I Wanna Go Back: Boston [1976]

I Wanna Go Back: Boston [1976]


Por Diogo Bizotto
Desde que dei início à coluna “I Wanna Go Back”, com a intenção de apresentar para os leitores vários bons discos que estejam relacionados de alguma forma com o gênero musical denominado como AOR, recebi vários questionamentos acerca do que realmente constituiria o AOR (Adult Oriented Rock ou Album Oriented Rock) e qual seria a gênese do estilo. Essa é uma pergunta um tanto difícil de ser respondida, pois antes de existir como um gênero musical, o rótulo AOR existia para denominar as rádios mais progressistas que começaram a surgir no final da década de 60 e que ganharam importância nos anos 70. Os programadores musicais dessas rádios, fugindo do lugar comum de executarem apenas os singles das bandas, enviados como material promocional pelas gravadoras ou pelos próprios artistas, começaram a dar mais atenção aos álbuns, tocando faixas pouco habituais no decorrer da programação, muitas vezes canções longas sem edição alguma, fator que contribuiu preponderantemente para que o álbum se transformasse no formato mais popular de música a ser consumida dali em diante, mas com especial força nos anos 70.

Dessa maneira, esse formato radiofônico acabou abraçando majoritariamente as bandas de classic rock em detrimento de artistas pop, rhythm’n’blues e soul, que ainda tinham no single sua maior força. O público rock, geralmente mais fiel que o de outros gêneros, era o foco das estações, ao mesmo tempo que cada vez mais os grupos investiam em produções esmeradas, onde muitas das faixas de seus álbuns poderiam ser executadas sem problemas.

Mas quando surgiu o AOR como gênero? Qual poderia ser considerado seu marco zero? Mais uma vez, essa é uma pergunta que suscita diferentes interpretações e respostas que podem variar, sendo assim, apresento minha tese e afirmo: o álbum auto-intitulado de estreia dos norte-americanos do Boston é, para mim, o registro que faltava para cristalizar o AOR como estilo musical. Ao mesmo tempo que não difere tanto do hard rock que se praticava nos anos 70, tendo como base riffs e melodias executadas na guitarra, além de preciosas intervenções de teclados, especialmente do hammond, influência direta dos grupos britânicos, Boston apresenta um esmero sobre-humano na construção de canções que tinham a intenção de soar o mais próximo possível da perfeição técnica em termos de produção.

Partindo do explicitado acima, o leitor pode pensar que Boston foi gravado em estúdios famosos e caríssimos, com a produção pilotada por figuras de renome no meio artístico da época. Quem tem essa ideia está completamente enganado. Por trás de todo o perfeccionismo registrado no álbum estão anos de trabalho e muita insistência de um guitarrista chamado Tom Scholz, um nativo do estado de Ohio, mas que encontrou na cidade de Boston seu caminho musical.

Tom se revelou desde pequeno uma criança muito criativa, daquelas que desmontavam e montavam seus brinquedos a fim de saber como eles funcionavam, não raro realizando melhorias, quando não inventando coisas totalmente novas. Todo esse talento tomou formatos mais sérios quando Tom deixou sua cidade natal de Toledo e rumou para Boston, na costa leste dos Estados Unidos, a fim de estudar no conceituadíssimo MIT (Massachusetts Institute of Technology), universidade com grande ênfase na pesquisa e produção tecnológica, onde se graduou e obteve mestrado em engenharia mecânica. Após seu período no MIT, o então engenheiro conseguiu um emprego na Polaroid, empresa famosa por construir câmeras fotográficas que produziam imagens instantaneamente com o uso de papel filme no interior do aparelho. Assim, trabalhando até as 17h, começou a ter tempo de exercer outra paixão: tocar rock’n’roll.

Um autodidata, Tom aprendeu a tocar guitarra, baixo e órgão, e passou por diversos grupos locais, tocando na noite de Boston. Com a renda proveniente de seu emprego na Polaroid, o guitarrista foi adquirindo equipamentos de gravação e montando um pequeno estúdio no porão de sua casa, onde começou a gravar demos contendo suas composições, ao lado do guitarrista Barry Goudreau e do baterista Jim Masdea. Além disso, também investiu dinheiro no registro de demos em estúdios profissionais mais caros, que seriam enviadas para diversas gravadoras, que sempre rejeitaram seu trabalho. Porém, Scholz sempre ficava insatisfeito com a qualidade das gravações realizadas nesses estúdios, e começou a investir mais na compra e especialmente no aperfeiçoamento de seu equipamento, usando seu conhecimento em engenharia para melhorar seu desempenho, quando não inventando novos dispositivos.

Boston em 1976: Barry Goudreau, Tom Scholz, Sib Hashian, Brad Delp e Fran Sheehan

Em uma das sessões em estúdio, Tom conheceu o elemento que faltava para que suas composições alçassem vôos muito mais altos: o vocalista Brad Delp, um beatlemaníaco com um fabuloso alcance vocal e um timbre que casava perfeitamente com o hard rock melódico que Tom estava produzindo. Cada vez mais determinado em arquitetar sua sonoridade da maneira mais ambiciosa possível, Tom passou a gravar em seu estúdio caseiro camadas e mais camadas de guitarras, além de baixo e órgão, junto ao baterista Jim Masdea e a Brad Delp, que também colaborava nas composições e executava algumas guitarras e violões. Insistente em sobrepor guitarra sobre guitarra, com um perfeccionismo extremo, cunhando uma sonoridade diferente para o instrumento, Tom desenvolveu sua marca registrada, a execução de solos e melodias em sua guitarra de maneira harmonizada, pensada nos mínimos detalhes. Brad não ficava atrás, e acompanhava o guitarrista, gravando seus vocais diversas vezes, cada vez com uma mínima diferença, a fim de construir belas harmonias vocais que casariam perfeitamente com as equivalentes guitarrísticas.

Dessa vez, ao enviar o resultado das gravações para diversas gravadoras, a insistência valeu a pena, especialmente pois entre as faixas estava o futuro hit “More Than a Feeling”. Os músicos, agora empresariados e com um contrato, encararam uma situação difícil: a exigência da troca de Jim Masdea por outro baterista. Relutantes, Tom e Brad concordaram e assinaram com a gravadora Epic como únicos integrantes da banda Boston, nome recém sugerido pelo co-produtor John Boylan e pelo engenheiro de som Warren Dewey. Para o lugar de Jim foi convocado Sib Hashian. A fim de completar a banda, recrutaram o antigo conhecido Barry Goudreau para a segunda guitarra e o baixista Fran Sheehan, todos conhecidos do circuito noturno de Boston e das redondezas.

Algumas gravações ainda foram executadas em um estúdio em Los Angeles com essa formação,  além dos vocais de Brad, mas basicamente a maior parte do que se ouve em Boston é resultado das sessões realizadas no porão de Tom Scholz. O nome de John Boylan como co-produtor do álbum ao lado de Scholz é mera convenção, pois a única música totalmente gravada pela formação recém reunida foi “Let Me Take You Home Tonight”. Barry gravou os solos em “Long Time” e Fran cuidou do baixo em “Foreplay”. Sib Hashian regravou as linhas de bateria originalmente executadas por Jim Masdea (que anos depois voltaria ao grupo), com exceção de “Rock & Roll Band”, mantida por insistência de Tom.

Apesar de Boston constituir um álbum totalmente nivelado por cima, é em “More Than a Feeling” que se encontra seu maior trunfo, a canção que fez as coisas aconteceream para a banda. Apesar de não ter atingido o topo da Billboard, a música beliscou a quinta posição e se tornou mais antológica que muitos hits que encabeçaram a lista, elevando o status do álbum, que chegou à terceira colocação das paradas norte-americanas e se tornou o mais vendido álbum de estreia da história, com 17 milhões de cópias comercializadas apenas nos EUA, posição suplantada apenas muitos anos depois por Appetite For Destruction, debut do Guns n’ Roses. Sua introdução discreta trazendo baixo e violão, depois unida por bateria e pelo vocal de Brad Delp, ganha proporções épicas quando a melódica guitarra de Tom Scholz invade os alto-falantes através de uma linda melodia bem harmonizada e de um riff que posteriormente seria “copiado” por Kurt Cobain em “Smells Like Teen Spirit”. É hard rock, mas com um tino melódico e um esmero poucas vezes ou jamais visto antes, abusando de overdubs na construção de uma paisagem sonora sólida, elevada pela voz de Brad Delp e seu grande alcance.

Ao ouvir a introdução de “Peace of Mind” começa a ficar explícita a maior característica do Boston, que é a maneira de Tom Scholz executar a guitarra solo, criando melodias agradabilíssimas e que grudam na cabeça do ouvinte, arquitetadas com precisão. Brad Delp não fica atrás e se mostra figura indispensável no grupo, passeando com suas linhas vocais sobre o bem engendrado instrumental. Um verdadeiro subestimado, que provinha seus próprios backing vocals, trabalhando sua voz de maneira surpreendente.

“Foreplay/Long Time” consiste em uma faixa formada por duas músicas distintas. A primeira, instrumental, é, além da primeira composição da carreira de Scholz, uma boa mostra das influências de grupos britânicos sofrida pelo guitarrista. Iniciada com um solo de hammond, cuja execução se estende até o final da faixa, e pontuada por diversas viradas de bateria, com Sib descendo o braço violentamente, além da pesada intervenção de guitarra e baixo, ela introduz “Longtime”, que atingiu a vigésima segunda posição na Billboard. As linhas vocais de Brad Delp levam a música a diferentes lugares, tendo como base um riff tocado no hammond, além de baixo, bateria e violão, sem falar na guitarra de Barry Goudreau que passeia com liberdade e sola de maneira a não fazer feio frente ao “patrão” Scholz.

Boston ao vivo, com Brad Delp em primeiro plano e Tom Scholz ao fundo

Um testamento à persistência do Boston está presente em “Rock & Roll Band”, música de letra autobiográfica, mas que pode causar identificação com tantos grupos que começam tocando em qualquer espelunca por um cachê irrisório mas que não desistem do sonho de viver fazendo música. Trata-se de um hard rock mais direto, contando com uma ótima interpretação de Brad Delp, inclusive com bem colocados falsetes. “Smokin'” é outra faixa mais direta, mas trazendo um acento mais britânico e uma forte influência das bandas de lá, causando uma identificação imediata com os rocks mais irreverentes do Uriah Heep, especialmente devido ao riff principal  de guitarra e pelo hammond M-3 (com direito a solo), ambos executados por Tom.

“Hitch a Ride” remete a uma antiga composição de Scholz, quando essa ainda se chamava “San Francisco Day”, e traz uma grande profusão de violões, além de Brad cantando de maneira mais suave. Sib Hashian oferece viradas inteligentes, e Tom traz mais um solo de hammond, curto porém veloz. Mas o grande destaque da faixa é o excelente solo de guitarra de Tom, que se inicia de maneira melódica e vai se tornando mais veloz e técnico com o passar do tempo, mas sem jamais perder a melodia, denotando o perfeccionismo do guitarrista.

Na linha de “Peace of Mind”, aberta com mais uma das várias linhas de guitarra memoráveis de Scholz, “Something About You” tem cara de hit, mas nunca foi lançada como single. Urgente, riquíssima em harmonias vocais e pesada na medida certa, tem toda a pinta de soar excelente ao vivo. O álbum se encerra com “Let Me Take You Home Tonight”, a única que traz toda a banda tocando junta. Mais acústica que o resto do disco, traz violões em evidência, além da voz de Brad, que conduz a faixa com a segurança que lhe é típica. Entremeada por um belo solo, dessa vez mais discreto, casando com o andamento da música, se transforma em seu último minuto, acelerando cada vez mais sua velocidade, tranformando-a em uma boa canção não apenas para encerrar um disco, mas inclusive um show.

Não posso dizer que Boston é um retrato de uma era. Na verdade, o disco é um pioneiro, adiantando um tempo que estava por vir, onde grupos que conduziram o rock a um nível de perfeccionismo poucas vezes experimentado foram reis, e mesmo bandas que já existiam anteriormente, como Journey, Styx e Kansas, se renderam a tal sonoridade e conquistaram enorme sucesso. Hoje em dia o álbum pode não receber tanto reconhecimento, mas foi um dos principais responsáveis por manter elevado o status do rock mais clássico frente à crescente disco music e ao movimento punk, além de valorizar a dedicação de artistas que sabem que música é muito mais que atitude e que não se precisa necessariamente de rostinhos bonitos, de escândalos ou de designers de moda para alcançar grande sucesso. O principal elemento sempre será uma boa composição.

Track list:

1. More Than a Feeling
2. Peace of Mind
3. Foreplay/Long Time
4. Rock & Roll Band
5. Smokin’
6. Hitch a Ride
7. Something About You
8. Let Me Take You Home Tonight

15 comentários sobre “I Wanna Go Back: Boston [1976]

  1. Ótimo texto para um ótimo album Diego !!!!
    No entanto eu tenho muita dificuldade para entender o que é AOR…. não consigo entender este rótulo…seria ele aplicado posteriormente na década de 80 para bandas que passariam a tocar com camisa e calça social ????? como o Dire Straits…já li em alguns lugares que Dire Straits é AOR … realmente tenho muita dificuldade de entender…se fosse levar em consideração a denominação de que AOR seria Album Oriented Rock…então o Pink Floyd, o Who, o Kinks com seus albuns temáticos seriam também AOR… e oque dizer sobre a perfeição de produção…o Dark Side of the moon também possui produção perfeita…seria ele AOR então ???? Realmente este é um rótulo que não consigo compreender… já o misturei com as bandas HARD dos anos 80, com o ASIA pq tocavam com camisas sociais e com um monte de outras coisas (o Jorney também…já que eles também usavam social nos clipes)…então por favor…desculpem a ignorância mas alguem aqui poderia por favor me explicar o que realmente é AOR ????

  2. Fábio, é complicado mesmo… ao reler o texto após tê-lo terminado eu tive a certeza de que ele seria insuficiente em tentar explicar o que é AOR.

    Quanto à sua colocação a respeito de bandas como The Who, The Kinks e Pink Floyd, acredito que sim, eles estão entre os beneficiados desse formato radiofônico que se fortaleceu na época. Como admitir que uma música como "Won't Get Fooled Again", por exemplo, com oito minutos e meio de duração, fosse executada em sua integridade em algumas rádios da época? Somente nas estações mais progressistas dedicadas ao classic rock.

    Quanto a "Dark Side of the Moon"… acredito que não é apenas a produção que caracteriza um álbum como AOR (agora falando do estilo musical), ainda mais tendo em vista da conexão faixa-a-faixa presente no disco, caracterizando um disco conceitual. Cara, é uma questão complicada, pois ao mesmo tempo que posso associar o rótulo a artistas tidos normalmente como pop, por exemplo Richard Marx, também existem álbuns mais puxados para o heavy metal fortemente relacionados com o gênero, vide alguns discos do Saxon nos anos 80, em especial "Destiny".

    Putz, acho que mais compliquei que expliquei!

  3. CARACA…

    Agora fundiu tudo na cabeça !!!!

    Fui pra Wikipédia…que não é tão confiável assim… e achei isto aqui:

    O Album-oriented rock (ou AOR, significando Album Orientado ao Rock em inglês) era originalmente chamado de álbum-oriented radio, nome retirado de um formato americano de rádio FM que focava em faixas de álbuns de artistas de rock.

    Em alguns mercados o termo AOR foi reposicionado como Adult-oriented rock rock dirigido a adultos, sugerindo que os adultos seriam mais inclinados a comprar álbuns do que singles.

    O termo Arena Rock (ou Rock de Arena em inglês) também foi usado para descrever muitas destas bandas no Brasil.

    Do meio para o final da década de 1990, o termo começou a ser associado ao conceito chamado rock melódico que, resumindo, é o som como o das bandas de hard rock e heavy metal dos anos 1970, 1980 e começo dos anos 1990.

    No fim das contas o ser humano precisa catalogar tudo…heheheheh

    Abraços

  4. Pois é… o rótulo "arena rock" também é muito utilizado para rotular esse tipo de banda, em especial pelas composições naturalmente indicadas para a execução ao vivo, devido a melodias e refrões grudentos, um convite à interação com os artistas, ao contrário, por exemplo, de gêneros como o rock progressivo, que normalmente são mais contemplativos que participativos.

  5. Uma vez eu li no site da Poeira uma definição do Bento que considero ser a melhor. Ele disse que do meio para o fim dos anos 70 começaram a surgir bandas de rock com temáticas mais adultas e voltadas para os chamados "novos ricos" dos EUA. Um tipo de rock menos agressivo e de fácil assimilação. Estava criado o AOR, Adult Oriented Rock.
    QUanto ao disco do Boston, é um grande clássico do rock, um tremendo discaço de Hard Rock. Uma pena que os discos posteriores sejam fracos, apesar de um ou outra música legal.

  6. Que os discos posteriores são mais fracos, disso não há dúvida, apesar de eu apreciá-los. Mesmo assim, minha favorita se encontra no segundo álbum, a emocional "A Man I'll Never Be".

  7. Pela enésima vez, e desta vez por causa do Diogo, vou reouvir esse disco e ver se ele finalmente me convence. Um disco que vendeu tanto e que tanta gente gosta prova apenas que o problema sou eu. Desenvolvi muitos preconceitos com diversas bandas pelo fato de que na época eu era um jovenzinho marrudo que achava que se tocava no rádio era banda comercial e não merecia maiores atenções. E “More than a feeling” encheu o saco de tanto que tocava. Mas nessas eu perdi muita coisa boa, como o Kansas por exemplo, que hoje eu olho (ouço) com outros olhos (ouvidos). Vamos lá de novo…
    Quanto ao AOR, no verão vai bem, principalmente se for AOR condicionado.

  8. Pois é Leandro… como eu disse, considero o álbum um marco zero do gênero mais por ter cunhado uma sonoridade especial em termos de produção, pois trata-se essencialmente de um disco de hard rock, e dos bons! Tem muito birrento que adora bandas como Uriah Heep e Deep Purple, além de outras de progressivo que influenciaram o Boston, mas não dá uma chance ao grupo devido ao rótulo.

    Marco, essa não foi pra ti, HAHAHAHAA…

  9. Legal o texto. Tô até reouvindo o disco pra tentar perceber algumas coisas que vc disse.. É que, como já te disse, eu acho que depois de "Peace of Mind" a qualidade do disco decai – apesar de ficar mais 'prog'. Aliás, em "Peace of Mind" o nível já cai um pouco, mas é pq é IMPOSSÍVEL manter o nível depois desse CLÁSSICO ABSOLUTO chamado "More Than a Feeling", candidata fortíssima a melhor rock de todos os tempos!
    Quanto ao riff, realmente é muito parecido com o de "Smells Like Teen Spirit", mas ambos se parecem com o riff de "Wild Thing", lá dos anos 60. É um riff bem comum.. Já ouvi em algum otro lugar, mas não lembro onde agora…
    Mas esse Diogo tá um caso sério… Não bastasse sua paixão violenta pelo Bruce Springsteen, olha as músicas que o cara curte… Primeiro, essa "A Man I'll Never Be". Depois, "The Wall", do Kansas, em cujo refrão o cara diz despudoradamente "All I am and all that I would ever want to be is just a travesty". Toma jeito, Diogo!

  10. Gosto muito desse disco, mas não consigo vê-lo como um álbum AOR. Como o Diogo já postou muita matéria de bandas que eu não classificaria como AOR, então certamente estou errado. Smokin' é um rockzão, e eu gosto Foreplay é ótima. Um detalhe, de novo a mais famosa "More than A Feeling" para mim não é a melhor do disco, e desculpa Groucho, mas candidata a melhor rock de todos os tempos é muito exagero da sua parte, hehehe. Porém, nunca tinha reparado a semelhança da levada dessa canção com Ruinsmell Teen Spirit.

    Concordo com o Leandro, esse é um disco hard rock. O Don't Look Back, onde esta "A Man That I'll Never Be" me soa bem mais AOR.

    Agora, um disco que é 17 vezes platina não pode ser taxado como ruim de maneira alguma!

    Parabéns por mais um excelente post!

  11. Para contradizer os fãs que falam aos quatro ventos que “More Than a Feeling” é a melhor música do Boston, afirmo que na minha opinião, a grande canção do grupo e deste seu elogiadíssimo debut atende pelo nome de “Rock & Roll Band”. E ponto final!

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