Na Caverna da Consultoria: Filipe Prado

Na Caverna da Consultoria: Filipe Prado

Por Thiago Reis

Tivemos o prazer de bater um papo com um grande fã da banda Angra e dos trabalhos do baterista Aquiles Priester, detentor de uma gigantesca coleção de itens relacionados à banda, Filipe Prado é baterista, colecionador e fotógrafo nas horas vagas. Ele mantém no Instagram uma página chamada Angra collection, dedicada a mostrar a sua coleção de forma detalhada e organizada.


– Olá Filipe, seja bem-vindo à nossa Caverna. Por favor, apresente-se aos leitores e obrigado por compartilhar sua paixão pela música conosco.
Primeiramente, muito obrigado pelo convite. Me sinto verdadeiramente honrado em fazer parte da Consultoria do Rock, um site extremamente competente e apaixonado por música, que me chamou a atenção anos atrás com as brilhantes resenhas dos discos do Sabbath com o Tony Martin. Me chamo Filipe Prado, tenho 33 anos, estou com a minha (agora) esposa há 17 anos e temos uma filha linda, que é literalmente a alegria da nossa vida. Sou supervisor de planejamento, o que me dá um certo “incentivo” quanto à planilhas, controle, catálogos e números, algo que ajuda muito na parte da coleção. Me formei em direito e fiz metade do curso de análise de sistemas, mas não me identifiquei com nenhum das profissões que estudei, (in)felizmente. Toco bateria desde os 15 anos e gosto muito de fotografia também. Não a de celular, a de verdade.

 – Quais suas primeiras lembranças do começo de sua paixão pela música?
Literalmente a primeira memória que tenho com música, de me lembrar com clareza, é a de mexer na “vitrola” Gradiente da minha mãe, voltando a agulha para tocar novamente a música “Black” do Pearl Jam. Lembro nitidamente que era a penúltima música do lado A, então, quando a agulha chegava perto do final dessa faixa, antes de entrar em “Jeremy”, eu já voltava para o começo da música para ouvir “Black” novamente. Eu devia ter por volta de 7 anos, talvez um pouco menos. Obviamente esse vinil e a vitrola, ainda existem e estão comigo. De uma forma mais “consciente” digamos assim, voltei a prestar atenção de fato e parar para escolher o que ouvir com cerca de 12 anos. Nessa fase, em contato com os discos de vinil e fitas K7 do meu padrasto, descobri o heavy metal. Ele me dava livre acesso ao sistema de som e ao acervo dele (e também as câmeras analógicas, o que explica claramente também o gosto pela fotografia), que beira os 1000 vinis, inúmeras K7’s e mais de 500 CD’s. Então, como uma boa criança, eu ia PELA CAPA para escolher o que seria mais interessante para ouvir.

E o que seria melhor que uma capa com uma caveira e um demônio? Absolutamente NADA. E foi assim conheci o Iron Maiden em The Number Of The Beast, sendo que daí, foi ladeira abaixo (ou acima, dependendo do ponto de vista).

– E a primeira vez que você ouviu Angra? E claro, a primeira vez que você ouviu uma música com as baterias do Aquiles Priester?

Na época, apesar da internet já estar muito mais presente na casa das pessoas, eu tinha um computador muito bom, mas, sem internet, pelo receio (real) de que vírus pudessem danificar os meus arquivos. Então, realmente ainda em 2002-2003 (quando comecei com Angra), eu tinha que TER o disco para ouvir e digitalizar, se fosse o caso. Meu primeiro disco do Angra foi o Live In SP em CD (comprado na loja física Blaster, em Santos), e foi exatamente aí que ouvi Nova Era com o Aquiles. Não entendi absolutamente NADA do que estava acontecendo, na época, ainda achava que tinham 2 pessoas tocando bateria. Não conseguia ver como era possível uma linha de bateria daquelas.

Isso, somado ao DVD do Iron Maiden no Rock In Rio e ao clipe de “My Sacrifice” do Creed fechou os elos da corrente que se tornariam a minha vontade de tocar algum instrumento, e, qual deles seria. Qual escolher? O mais caro, mais pesado e mais cansativo? CLARO. Vamos tocar bateria. QUENEM O AQUILES E O NICKO.

– A partir de que momento você começou a se considerar um colecionador de materiais envolvendo o Angra e a carreira do Aquiles?
Essa pergunta, para mim, é absurdamente importante. Como comecei a “entender” que tinha literalmente um MUNDO pra colecionar? Caímos novamente no meu padrasto. Eu, com 16 anos, tinha todos os discos do Angra lançados até então (até o Aurora), tudo no formato de CD e mais nada. Me achava o Xerxes do filme 300, o mais importante rei da Terra. Um “colecionador” poderoso, que tinha TUDO do Angra (judiação, eu não poderia estar mais enganado). Um dia aleatório, com o meu padrasto e a minha mãe, fomos à Disqueria, um lendário sebo daqui de Santos (do saudoso músico Wagner Parra). Achei 2 CD’s do Angra, o Rebirth e o Aurora, que eu na época, eu já tinha. No entanto, por ser Angra, peguei os 2 da estante e olhei.

Reparei que algumas coisas estavam diferentemente posicionadas na contracapa, em comparação com o que eu estava habituado com as minhas 2 cópias desses mesmos álbuns. Cada um desses CD’s estava por R$17, e, obviamente, levei os 2, apesar da minha mãe ter lançado a frase signature dela, “Pra quê Filipe? Você já tem isso”. Essas 2 cópias eu fui descobrir depois de algum tempo que eram as versões ASL desses ábuns (que eu já tinha mas em versões Paradoxx), o que involuntariamente me despertou a curiosidade de mais variações que pudessem existir de um mesmo álbum. Obviamente tenho esses 2 CD’s até hoje, inclusive com a inscrição de preço na parte de trás do acrílico do Aurora, escrita com canetão preto. A carreira do Aquiles acabou sendo um desdobramento “natural” por eu ser baterista e tão fã de Angra.

– Que “manias” relacionadas com a sua coleção você tem? E qual a sua rotina na audição e curtição de seus discos?
Para falar das minhas manias, acredito que 1 entrevista inteira não seja o suficiente. Vou falar de algumas por cima apenas para ilustrar esse universo paralelo que é a minha mente:

  • Obviamente ninguém mexe em nenhum dos meus itens (com exceção da minha filha), muito menos para retirar encartes ou pegar os CD’s na mão;
  • Uma vez abertos os meus slipcases, coloco caixas acrílicas novas e vazias dentro deles, e guardo em plásticos especiais para nunca mais mexer nos slipcases, evitando desgastar as quinas;
  • Sempre que disponível, compro mais de 1 unidade de cada item;
  • Não pego nas caixas nem nas mídias em nenhum lugar que não sejam as bordas, para não marcar as superfícies com impressões digitais, dando aquela impressão de objeto “ensebado”;
  • Não compro em nenhuma loja física fora da Galeria do Rock, que não seja a Blaster, daqui de Santos;
  • Possuo todas as camisetas do Angra em duplicidade para não usar um dos “kits” completos;
  • Não abro de forma nenhuma a janela em dias ensolarados com algum armário aberto para as laterais não queimarem;
  • Não compro de forma alguma, nenhum item de anúncios que mostrem o pé do anunciante da foto, independentemente do valor ou raridade do item;
  • Não compro nada em anúncios que tenham frases ridículas/idiotas do tipo “novo, só não-lacrado” ou “aberto somente para conferência”, “nunca tocado” dentre outras estupidezes desse nível;

Acho que deu para entender um pouco do meu mundinho a partir dessa listagem. Sobre rotina de audição, eu escuto exclusivamente CD’s nacionais. Não escuto importados nem que possuam bônus. Acho que isso pode ser considerado uma mania também. Risos.

– Qual álbum do Angra você possui mais versões? Qual é a versão desse exato álbum que você ainda procura?
Atualmente acredito que seja o Rebirth. Na última contagem, levando em conta tiragens e falsificados “originais” (prensados e com encarte), estou quase chegando em 30.

Vou modificar um pouco a pergunta, pois do Rebirth, tirando os “Samplers”, não me falta nenhum: procuro o Temple Of Shadows colombiano (cornucópia). Essa versão é uma coisa que também me assombra. Já peguei 2 ou 3 vezes online, mas sempre dá algum problema e me estornam. Joguei para o universo para ver quando consigo esse CD na minha mão.

– Quais são os números atualizados de sua coleção (cds, dvds, k7, lps, blu ray etc)?
Somente do Angraverso:
360 Cd’s; 19 K7’s; 14 Boxes; 14 LP’s; 42 Dvd’s; 13 Blurays; 27 camisetas; 8 VHS’s; 1 estátua e 3 funkos; 3 palhetas, 11 baquetas, 1 caixa e um prato do Aquiles; 8 cervejas, 4 vinhos e 3 copos; +-90 revistas e 18 livros; 5 pastas de 200 plásticos cada; Por volta de 500 plastificações.

– Você já fez aulas com Aquiles, assistiu vários Workshops e claro, muitos shows. Conte-nos alguma história marcante que você tem com esse músico que tanto admira.
Obviamente são histórias que guardo com muito carinho, e, acredito que seja a primeira vez que eu estou compartilhando abertamente esse tópico. Sempre admirei o Aquiles de uma forma incomum, gerando inclusive brincadeiras maldosas dos meus amigos de escola. Quando vi ele aqui em Santos, na Temple Of Shadows Tour em 2005, onde ele deu o espetáculo habitual, eu não consegui entender nada do que estava acontecendo, pois foi o primeiro show de rock que fui na vida. Começar a “vida” de shows com “Spread Your Fire” realmente marca. Marca DEMAIS.

O ano era 2011. Ganhei de uma professora (a mais importante que tive na vida, como sempre falo para ela) um ingresso para um show de rock. O show ia acontecer no lendário Via Funchal em São Paulo e era a primeira vez (e até hoje a única) que essa banda iria se apresentar no Brasil. Fomos para São Paulo de ônibus de excursão, eu, minha esposa e a Professora Adriana. Não tivemos muitos percalços para entrar, pois a nossa entrada era separada por ser pista premium, e rapidamente adentramos no Via Funchal. Peguei uma camiseta no merchandising, que tenho até hoje obviamente, e fomos para a pista. Estávamos aguardando um outro amigo, irmão da professora Adriana e quando eu olho para o lado, ele estava ali, passando apressado de mão dada com a esposa: o Aquiles, a 3 metros de distância no máximo.

Fiz uma coisa que nunca tinha feito, por receio de me decepcionar com o artista: falei muito alto “CA%$#&*, O AQUILES” e fui na direção dele, de uma maneira totalmente invasiva e estranha, dando a cabeça de bandeja para ele ser mal-educado ou até simplesmente perguntar o que aquele doido estava fazendo ali, tamanha a minha emoção desmedida com o ocorrido. Para a minha surpresa, ele foi extremamente educado, de uma forma que me inspirou pedir uma foto, que tenho até hoje e está na matéria (é a foto da extrema esquerda, de cima), e, ali, a admiração só aumentou. Para quem conhece ele de forma mais próxima, fica fácil de ver que ele também está com um sorriso muito sincero no rosto, pois ficou surpreso com a minha alegria quase que infantil ao conhecê-lo.

Caso alguém ainda não tenha matado em qual evento isso aconteceu, foi no show do Journey em SP, no dia 30 de março de 2011. O Aquiles estava apressado e levemente tenso, pois, nesse mesmo dia, ele ia encontrar o ídolo DELE, o Deen Castronovo, sendo que nem essa tensão fez ele não ser extremamente gentil comigo. É uma data que guardo com uma felicidade realmente ímpar, o que dá para ver nitidamente na minha foto ao lado dele. Depois dessa data, fiz uma aula com ele no Bateras beat Pinheiros, onde fui com a camiseta do Journey, ele me reconheceu e ficamos praticamente 3 horas só conversando sobre o show e sobre tantas outras coisas. Foi ali naquela aula que ele realmente conheceu o meu apreço e o meu respeito pela carreira e pelo talento dele, o que obviamente, gerou uma conexão.

Outros momentos que guardo com carinho especial, fora a data que o conheci pessoalmente, foram a audição do disco acústico do Hangar, onde eu fui um dos 5 selecionados para a audição prévia em um evento fechado em SP e também no dia que fui ao Jô com o Hangar, no Infallibus, como convidado da banda e roadie dele. Além de entrar na Globo e ver tudo literalmente dos bastidores, a esposa e os filhos do Aquiles estavam conosco. Foi um dia importantíssimo para ele, o que me traz um carinho absurdo pelo dia, pela situação e por poder ter estado na companhia dele em todo o momento.

– O disco Temple of Shadows do Angra, lançado em 2004 foi um grande marco para o heavy metal de nosso país. Conte-nos como esse álbum impactou a sua vida musical.

Ganhei o CD de aniversário, no mês de lançamento, e, lembro nitidamente que na primeira audição, eu não consegui entender absolutamente nada. Quando começou “Spread Your Fire”, os deslocamentos de chimbal e ride que o Aquiles fez, literalmente eu precisei ouvir novamente para me situar. Aqueles arranjos viraram ao contrário a cabeça de praticamente todos os bateristas daquela época. Estranhei MUITO o disco, pelo mal do fã de comparar o disco recém-lançado com o anterior, e, se comparado com o Rebirth, o Temple é TOTALMENTE diferente. Após algumas audições, comecei a ficar com alguns refrões na cabeça e aquilo tudo foi internalizado de uma maneira bem rápida e natural (assim como foi exatamente com o Vera Cruz, tantos anos depois). Em 1 semana no máximo, todas as músicas já estavam “coladas” na minha mente e eu já não ouvia aquilo como uma coisa “nova”.

O impacto musical e pessoal foi absoluto. Se antes do Temple eu era um adolescente aspirante à baterista, comecei a tratar o instrumento com muito mais respeito e seriedade e, tenho muito orgulho de falar que muitas músicas do Temple eu consigo tocar do início ao fim atualmente. O disco colocou praticamente todos em estado de alerta, e isso era muito engraçado na época. A “molecada” começou a achar que tudo que não fosse tocar era perda de tempo: videogame, esportes e escola por exemplo. Quem parava para se divertir nunca conseguiria tocar “Angels And Demons” na guitarra, na bateria ou no baixo. Eu inclusive tenho uma teoria/brincadeira extremamente brisada de que, após o Temple, a maior parte das bandas de metal melódico desandou ou lançou álbuns duvidosos (totalmente diferentes dos anteriores). Não conseguindo chegar nem perto de nada do Temple, restou ao pessoal mudar o estilo para algo mais leve, evitando assim confrontar e ser esculachado pelo Angra de 2005. Óbvio, é uma brincadeira, mas, sem compromisso, convido quem ler essa parte a prestar atenção em álbuns lançados em 2005 e 2006 de bandas estabelecidas de metal melódico, e observar a severa mudança (para pior) de sonoridade ou a reestruturação de muitas bandas do segmento.

– Vamos falar da sua página no Instagram, chamada Angra Collection. Qual foi a inspiração para criar a página? Conte para os leitores o trabalho que você tem para fazer cada postagem, já que não são apenas fotos que você coloca, mas cada postagem tem uma quantidade bem grande de informações.

Que pergunta ótima! Vou contar a ambientação exata da ideia da criação. Em 2020, precisamente no início de abril, no cerne da pandemia, fui desligado da empresa onde eu trabalhava. Como eu trabalhei de 2013 até 2020 direto, sem nenhum mês de férias, resolvi não fazer absolutamente nada em abril. Foquei em ficar em casa, jogando Tony Hawk’s, assistindo Harry Potter e também Brooklyn 99, repetidamente, para “limpar a RAM” da minha mente (o que acabou dando muito certo). Começou o mês de maio, eu estava no Instagram vendo alguns memes, quando, de repente, aparece uma página sugerida para mim, a “maidencdscollector” (que infelizmente não existe mais). Não que precise de explicação, mas era uma página de insta somente com os discos do Iron Maiden, com uma abordagem muito peculiar: SÓ O CD aparecia. Sem cerveja barata, sem boneco estranho, sem estante desfocada atrás, só o CD, ali, na cara, chamando atenção.

Entrei em contato com o Bruno, administrador da página e ele foi extremamente gente fina, me falando vários toques de como fazia as fotos e tudo mais. Aquilo me deu um ânimo para tentar fazer algo relacionado à Angra. Isso foi dia 2 ou 3 de maio. Como sou extremamente inquieto, já perguntei de cara para alguns amigos e para a “patroa” o que achariam da ideia, e todos me incentivaram. Comprei 2 ring-lights pelo Shopee, que chegaram praticamente dia seguinte, e dia 4 de maio mesmo já comecei a bater as fotos. Na primeira sessão, registrei a foto principal (a primeira postada) e também a de alguns CD’s. Como demorei um tempo para “achar” a luz e também testar se iria bater foto com o celular ou com a minha câmera, fiquei alguns dias nessa experimentação e logo dia 09/05 eu já comecei a postar as fotos de maneira “oficial”, com a página criada. Achei que ia ficar um bom tempo de pandemia fazendo só isso, mas, graças a Deus, logo fui chamado (em junho) para trabalhar novamente na empresa de onde eu saí em 2019 e acabou não dando tempo de bater foto de praticamente nada. Então, cheguei em um impasse: matar aquela brisa de pandemia, ou arrumar outros horários e rotinas para manter a página? Acho que essa resposta todos sabem.

Detalhe, tudo ainda ficou mais desafiador quando descobri que minha esposa estava grávida da nossa princesa, então, realmente faço malabarismo para bater as fotos, sendo que 99,99% dessa parte eu faço de madrugada. As pesquisas costumo fazer no horário de almoço, no trabalho, porque a chance de ligar o PC depois de chegar em casa é praticamente nula. A página acabou virando algo a mais. De alguma forma, me representa mais do que deveria. A questão da organização seletiva, do falar demais, do perfeccionismo em padrões e medidas, na JAMAIS abordagem de temas políticos ou ativistas no meio musical, do sarcasmo, dentre tantas outas, me traduz muito além de uma página onde são meramente postados CD’s. Quem me conhece de uma forma mais próxima entende isso de cara. Independentemente dos itens que comprei e troquei pela página, além da página do Instagram em si, fora tudo isso, a jornada foi e está sendo muito prazerosa e gratificante. Acabei tendo um alcance inimaginavelmente maior do que achei que poderia algum dia ter, tendo muito contato com gente do bem, que ama e apoia a banda e o legado assim como eu. E, o mais importante de tudo, que inclusive faz eu falar sobre esse alcance com orgulho e não com arrogância é: ZERO monetização.

Nunca recebi 1 real ou injetei 1 real no Instagram para ganhar seguidor, like, parceria ou nada do tipo. Nada foi vendido, anunciado ou monetizado por lá. Foi tudo do zero, orgânico, de fã para fã, sendo que a página até hoje é pessoal, e não empresarial. A única exceção é a rifa do Temple ASL, que fiz em janeiro de 2022 a pedidos nas caixas de perguntas que, além de ter sido um sucesso, continuam me pedindo direto por DM para realizar outra rifa, dessa vez com algum item japonês.

– Quais são os seus objetivos para a página Angracollection e para a sua coleção em si para 2023?
Estou focado esse ano em:

  • Tentar fechar as tiragens nacionais que ainda me faltam em CD e DVD;
  • Fazer 3 posts dedicados à locais relacionados à banda, obviamente secretos até o momento;
  • Iniciar os posts dedicados às camisetas;
  • Conseguir ou me aproximar de conseguir 50 Temples Nacionais;
  • Fazer a minha resenha dos outros 6 discos de estúdio do Angra;
  • Organizar o primeiro encontro dos membros do grupo da página no whats, que será na Galeria do Rock.

– Você já se desfez de algum disco e se arrependeu depois? Qual?
Com certeza. Eu cheguei a ter 4 boots Jailbait do Angra, todos em mídia prata. Peguei por um preço excelente no ebay, mas acabei trocando em itens da “Nova Era” da banda. Foram itens absurdos que eu adquiri, mas, atualmente, não passaria esses boots prensados por nada.

– A partir de que momento você decidiu que sua coleção seria focada em Angra e projetos paralelos de seus membros?

Por incrível que pareça, decidi isso somente no começo de 2022, quando a página começou a ganhar “corpo”. Tive sinais claros que, quando uma coleção é focada 100%, existe muito interesse e interação com o nicho que é fã da banda, no caso, com os fãs de Angra. Até o começo de 2022, eu ainda possuía a discografia completa de várias bandas clássicas, que eu tinha “por ter”, mas raramente ouvia e sempre acabava ficando esquecido. Efetivamente em janeiro, comecei a separar aos poucos muito material nessas condições, em perfeito estado, mas “esquecidos”, para trocar por Angra ou re-injetar em Angra. Algumas discografias completas que passei em 2022 (algumas ficando com apenas 1 ou 2 CD’s da banda): Rhapsody, Rush, U2, Foo Fighters, Guns, Edguy, Stratovarius dentre outros. Fora isso, também passei tudo duplicado que tinha de Iron Maiden e alguns que tinha triplicado e quadruplicado de Angra, para conseguir acompanhar os ritmos de lançamento do Angraverso ultimamente. Tirando Angraverso, no momento possuo a discografia completa apenas do Iron Maiden, do King Diamond, do Dream Theater, do Symphony X e do Oasis, fora “alguns” CD’s soltos.

– Cite as versões mais curiosas que você tem de algum álbum do Angra ou da carreira do
Aquiles.
1 – Macacão do Aquiles usado no clipe de “Call Me In The Name Of Death”;
2 – Baqueta gigante do Aquiles utilizada na turnê mundial do Rebirth;
3 – Credencial do Aquiles do Via Funchal, do dia da gravação do DVD Live In SP;
4 – Camiseta preta do Aquiles, utilizada nas fotos do Aurora (a de caveira);
5 – Nota fiscal de 2 K7’s do Vera Cruz (essa nota foi emitida no exato dia do nascimento da minha filha, e, levei para o Aquiles autografar, pois vou enquadrar);
6 – K7 Ømni;
7 – Infallible do Hangar original (a cópia em CD trazida do Aquiles da Europa com a master final, enviada para a fábrica);
8 – Pôster original de época da gravação do DVD Live In SP enquadrado;
9 – Live In SP tailandês com OBI, autografado pela banda toda, menos pelo Rafael;
10 – K7 Angel’s Cry lacrada, com o Marco Antunes na foto e com o Alex Holzwarth descrito no lineup como baterista da banda;
11 – Ingresso do primeiro show da “Nova Era” do Angra (Maringá).

– Qual foi o item relacionado à banda que você mais teve trabalho de conseguir?
Acredito que tenha sido o Ark Of Shadows. Após muitas negociações malsucedidas pela internet, acabei comprando presencialmente, em Santos, de um outro fã da banda. Foi um dia tão tenso que me lembro nitidamente do local e da situação. O ponto de encontro foi exatamente em frente à minha antiga Faculdade, e, por ter sido ainda pré smartphones, não sabia a cara do sujeito, me restando aquele medo de ser encontrado morto em algum banheiro de shopping nas proximidades. Deu tudo certo, e paguei em 2011, pelo Ark + um “Acid Rain” single, R$250. Obviamente tenho os 2 até hoje.

– Você também coleciona bootlegs ao vivo da banda? Quais são os seus favoritos?
Voltei a colecionar bootlegs mês passado, pegando algumas jóias com o Supremo Sacerdote de Angra, o absoluto Dener Ariani. O Dener é figura indispensável na realidade do Angra e tenho sorte de tê-lo como amigo. Além da infinita paciência que ele tem em direcionamento e dúvida com qualquer tipo de item, ele é do raro tipo que compartilha a informação, sem nenhum tipo de egoísmo. Alguns boots marcantes estão sendo trazidos por ele de fora do Brasil, e peguei 5 até o momento. Pretendo pegar todos que ele trouxer. O meu favorito é sem dúvida o boot de áudio do DVD da Temple Of Shadows Tour, que acabou nunca saindo.

– Qual outro tipo de produto além das mídias você coleciona relacionado às suas bandas do coração?
Camisetas, sem dúvidas, e um número grande de revistas também. Costumo comprar camisetas de show no dia do evento sempre que possível e também gosto de colecionar linhas licenciadas pelas bandas quando são produzidas por marcas de roupa. Revistas eu coleciono por considerar literalmente uma parte da história da banda. Em inúmeras matérias, fotos e reviews, me sinto no clima do lançamento do álbum lendo uma resenha de show da época, as vezes de 20 anos ou mais atrás.

– Dos inúmeros projetos paralelos dos membros do Angra, qual é o que você mais curte?
Acho que é uma resposta unânime, mas vale reforçar: obviamente o Shaman. Por ser basicamente o Angra com o Hugo, vou dar uma resposta de projeto realmente paralelo. Atualmente, é a carreira solo do Edu, indubitavelmente. Além deles terem conseguido realmente gravar o sucessor lógico do Temple Of Shadows, ali tem muito da sonoridade do Angra pela parte do Edu. Como muitas músicas do Angra foram de fato compostas pelo Edu, fica meio que um questionamento de ovo/galinha. A carreira solo do Edu tem sonoridade parecida com o Angra porque o Edu compôs muito no Angra, ou porque o Vera Cruz lembra muito Angra, por ter sido composto pelo Edu? De qualquer forma, o Vera Cruz é um disco que traz sentimento, já traz memórias, e, o mais importante, trouxe muita gente para o metal, coisa raríssima nos dias de hoje.

– Especificamente sobre projetos em que o Aquiles participou, quais os que mais te chamaram a atenção?
Vou sem medo no disco do guitarrista Giordano Boncompagni, o New Shred Generation, de 2016 e no disco solo do guitarrista Serj Buss, Liquid Piece Of Me, de 2007. Esses 2 CD’s não são apenas demonstrações de virtuosismo instrumental. São 2 discos que possuem composições extremamente bem estruturadas, que, além de serem perfeitas no instrumental, poderiam também ter linhas vocais sem problema algum. São 2 discos instrumentais perfeitos na minha opinião, justamente por essa musicalidade. Também gosto MUITO do disco do MacAlpine gravado pelo Aquiles, o Concrete Gardens, que apresenta toques progressivos com o som inconfundível de bateria do Mestre Polvo.

– Tem algum item do Angra/Aquiles que você ainda não conseguiu e está perseguindo até hoje?
Com certeza. Ainda estou atrás dos bootlegs Jailbait, com um preço justo é claro, mas, a minha criptonita na coleção é o LP do Fireworks, que é um dos pouquíssimos itens que eu NUNCA tive (pois tive inúmeras trocas ao longo dos anos). Fora isso, as K7’s búlgaras sempre são um fantasma na minha cabeça.

– Qual foi a maior loucura que você fez para adquirir um item raro?
Vender os 4 boots Jailbait prensados. Valeu muito a pena, mas, com os preços de hoje desses boots, isso é facilmente considerado loucura.

– Em especial, o Angra passou por algumas importantes mudanças de formação. O que você tem achado da sonoridade atual da banda?
Adoro a atual formação bem como a sonoridade. Eu já era um grande fã do Lione e do Rhapsody, bem como do Vision Divine, então, achei perfeito o Lione entrar para a fria que seria ser vocal do Angra naquele momento, com tanta indecisão. O pessoal mais novo pode não se lembrar, mas, após a traumática apresentação da banda no Rock In Rio de 2011, o clima de incertezas era gigante para a banda e para os fãs. Também conhecia e gostava muito do trabalho do Barbosa no Khallice, que, além de ser um guitarrista extremamente habilidoso, é fora do padrão no assunto educação e gentileza. O Bruno, como dito pelo Jens Borgren, é uma força da natureza. Quem não se impressiona com o Bruno tocando, ou está mentindo, ou nunca viu ele tocando, não existe outra alternativa. Como todos sabem, bandas com muito tempo de estrada e de carreira, acabam tendo uma “data de validade” esperada, pelos bateristas e pelos vocalistas. Claro, praticamente qualquer membro de uma banda é substituível, mas, as vezes não funciona. Acho que o Bruno e Fábio, em particular, “deram” mais uns 15 anos ao Angra com facilidade, na questão de fôlego, sendo que é basicamente o que o Eloy fez no Sepultura. Não só a renovação do membro em si, mas a inspiração e o sangue novo que levam a banda a entregar uma coisa mais viva. Gosto muito dessa formação e já tenho uma memória afetiva enorme com do Omni, disco do qual fui a mais de 9 shows na época de lançamento.

Aproveito essa pergunta para expressar a minha tristeza com os fãs que fazem críticas negativas à formação atual do Angra. Daqui a 20 anos, essa época será lembrada como a época do Rebirth dessa geração, mas, graças à problematização na internet, muita gente usa “opiniões” de terceiros antes de validar as coisas com os próprios olhos. Eu vivi, aproveitei e aproveito MUITO a fase Lione e sinto por quem é fã da banda não faz o mesmo. Não gosta, deixe de acompanhar, é simples. Coloquei a energia em algo que você julgue melhor. O mesmo aconteceu com o Alírio por exemplo, e, agora que o Shaman acabou novamente, começam os “fãs de hashtag” como eu chamo: o cara que só fala mal, não compra nada, não comparece aos shows, não toca nem campainha mas fala mal do timbre dos músicos, descasca banda e membros nas redes sociais e, quando a banda acaba, vem com #voltafulano nos posts, sendo que até outro dia esse mesmo “fã” falou que não existia Shaman sem o Andre Matos…..vai entender……(obviamente é um exemplo, mas deu para entender a situação pelas colocações).

– Você teve a oportunidade de participar do evento Hangar Day. Conte-nos sobre esse dia e toda a experiência de estar no palco tocando uma música do Hangar.

Essa experiência foi MUITO marcante. Já fazendo aulas com o Aquiles, resolvi participar do segundo Hangar Day, pois tinha tido vergonha de participar do primeiro. Na época, estava sem bateria acústica montada em casa, portanto, tirei todos os detalhes da música que eu enviei (“Falling In Disgrace”) apenas em borracha, tanto nas mãos quanto nos pedais. Eu novamente não ia mandar, repensei milhões de vezes se seria o “certo” a fazer, mas, eu tinha CERTEZA que conseguiria ganhar se enviasse a Falling. Pratiquei a música (que eu já conhecia inteira) por cerca de 1 semana, por volta de 4 horas diárias, até pegar “sem pensar” todos os paradidles dos refrões, bem como alguns detalhes de crashs, fazendo também algumas coisas inspiradas na versão live do “Inside My Drums” dessa mesma música. Fui para o extinto estúdio “Noname”, daqui de Santos, com todos os meus melhores pratos, pedal duplo, estantes, e 2 câmeras, quase uma bruxaria para a época. Era uma ZOOM Q3 e uma câmera CyberShot. Tudo isso NO ÚLTIMO DIA DE PRAZO para o envio do vídeo, como eu costumo fazer em TUDO na minha vida. Em 2 horas de sala, montei as coisas e mexi na luz praticamente 1 hora e 40. Toquei a música 2x, com um nervoso absurdo (ainda tenho o vídeo e fica bem nítido isso).

Achei que, se fosse para eu ganhar, teria que ser com um vídeo genuíno, sem nenhuma edição, recorte, overdub, microfonação por peça ou qualquer regalia do tipo. Era eu, com uma bateria judiada de sala de ensaio, com pele mais velha do que filtro de barro de casa de avó, e mais meus Paistes. Essas 2x gravei com confiança, me esforçando ao máximo em tirar o som mais balanceado possível de todas as peças da bateria e dos pratos, sendo que o som do vídeo ficou 100% natural, capturado com 1 único microfone. Eu estava obviamente com um certo medo, pois faltavam tipo 2 horas para o prazo de envio encerrar. Fui com a minha namorada, atual esposa, que me ajudou inclusive a carregar aquele inferno todo. Sem ela, literalmente não teria tido nem o vídeo nem a vitória. 10 anos depois agradeço novamente: muito obrigado vida. Por que sem ela não teria vídeo? porque fui com o carro da minha sogra e voltei para enviar o vídeo também da casa da sogra, pois eu estava sem computador na época. Upei os 2 vídeos da zoom, pois ficaram com a luz e áudio melhor, e não tinha chance de eu editar NADA àquela altura do campeonato.

Escolhi 1, subi o vídeo privado, como pediram e adeus, estava feito. Detalhe importante, que acredito que não tenha problema falar 10 anos depois. Eu mandei o vídeo APÓS o término do prazo, em quase 1 hora, pois o Youtube e a internet na época não eram tão rápidos como atualmente. O limite era meia noite ou algo assim, mas acabei conseguindo upar tudo apenas 1 e pouco da manhã. O dia do evento foi espetacular, mas realmente não me recordo muito pelo nervoso absurdo em que eu me encontrava. Lembro mais vendo os vídeos e me vendo, do que “a minha visão” propriamente dita. Realmente foi a vez que mais me desesperei para tocar bateria em um palco (ou fora dele). Enviei para a matéria uma foto do cartaz original do dia do evento, que guardo como um tesouro até hoje.

A linda estatua do Angel’s Cry está em sua coleção. Como você adquiriu a peça e qual foi toda a história para que a estátua fosse construída?
Essa escultura já tem história: Conheci o artista em um grupo de Iron Maiden, ainda em 2020. Conversa vai, conversa vem, mais de ano batendo papo, todos os Eddies produzidos por ele adquiridos, veio a idéia: que tal um anjo do Angel’s Cry? EXCELENTE. O Tiago mora no Sul, então, comentei com ele que estava pensando em fazer uma publicação especial na página, sobre o túmulo de onde o anjo da capa do Angels foi inspirada. O Tiago foi curtindo a ideia, consegui ir ao cemitério em maio de 2022, mandei algumas fotos para ele para auxiliar em alguns detalhes do projeto e o anjo foi tomando forma, de um jeito absolutamente surpreendente. Esculpida em cerca de 35 dias, com um tempo total de trabalho estimado em 320 horas, a escultura possui cerca de 40cm de altura e pesa precisos 3,050kg. A pintura é especial, feita com combinações de tintas, ou seja, nenhuma cor do anjo é “de fábrica”. Cada tom foi desenvolvido para atender perfeitamente a visão do artista de como aquilo teria que parecer.

Com a obra finalizada, para replicar a escultura, o artista fez 7 moldes de silicone, para conseguir copiar à exatidão todos os detalhes esculpidos na clay (argila sintética). Para a modelagem em si, foi utilizada a argila sintética “Oil Clay Hard Maia Clay”;, uma argila especial, desenvolvida especialmente para trabalhos detalhistas e minuciosos de escultura artesanal. Como homenagem e agradecimento à parceria, o meu amigo Tiago Boito fez o primeiro anjo em linha para mim, cravando as inscrições FP01 (Filipe Prado 01) na base do anjo, em tinta dourada, para dar AQUELE charme na peça (que é a primeira produzida, e a única com essa inscrição). Tiago Boito (@boitodevilland) é um escultor tradicional do Sul do país, que desenvolve suas obras desde 2018. As suas criações de Eddie’s do Iron Maiden, recentemente estamparam as notícias de sites especializados em rock e metal. Com um toque extremamente detalhista e único, o Tiago replica a ideia principal das artes esculpidas, com um volume massivo de pesquisa e desenvolvimento por trás da escultura em si. Para a escultura do Angels por exemplo, foram inúmeras horas de estudo de corpo feminino, anjos e tecidos, para replicar da forma mais real possível, a visão dele. Não acho que somente estudo garanta um resultado parecido ao que ele alcança.

Como sempre falo para ele, sem dúvida, existe um dom na arte dele que não pode ser alcançado com nenhuma aula, e, quando você une isso ao esforço da pesquisa e ao amor pela arte, o resultado fala por si só.

– Chegou a hora das famosas listas rsrs Quais os dez melhores discos da década de 60?
Acredito que seja uma resposta incomum, mas eu detesto música dessa época. Entendo perfeitamente a relevância, a influência e os caminhos que a música seguiu pelos grandes álbuns dos anos 60, mas realmente, não vou mentir se eu falar que eu NUNCA escutei um disco da década de 60 inteiro.

– Quais os dez melhores discos da década de 70?
Black Sabbath – Black Sabbath
Black Sabbath – Paranoid
Black Sabbath – Master Of Reality
Black Sabbath – Vol. 4
KISS – Kiss
KISS – Love Gun
KISS – Destroyer
KISS – Alive!
KISS – Double Platinum
Rush – 2112

– Quais os dez melhores discos da década de 80?
Iron Maiden – The Number Of The Beast
Iron Maiden – Piece Of Mind
Iron Maiden – Powerslave
Iron Maiden – Somewhere In Time
Iron Maiden – Seventh Son Of A Seventh Son
Michael Jackson – Thriller
Rush – Moving Pictures
Ozzy Osbourne – Blizzard Of Ozz
Metallica – … And Justice For All
King Diamond – Abigail

– Quais os dez melhores discos da década de 90?
Angra – Angel’s Cry
Angra – Holy Land
Angra – Fireworks
Stratovarius – Visions
Metallica – Metallica (Black Album)
Oasis – What’s The Story? Morning Glory
Pearl Jam – Ten
Judas Priest – Painkiller
The Cranberries – Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?
Ozzy Osbourne – No More Tears

– Quais os dez melhores discos da década de 2000?
Realmente não consigo chegar em 10 risos, nessa foram 11:
Iron Maiden – Dance Of Death
Dream Theater – Black Clouds & Silver Linings
Dream Theater – Octavarium
Linkin Park – Hybrid Theory
Linkin Park – Meteora
Creed – Wheathered
Angra – Rebirth
Angra – Temple Of Shadows
Shaman – Reason
Shaman – Ritual
Nightwish – Once

– Quais os dez melhores discos da década passada?
Foo Fighters – Wasting Light
Iron Maiden – The Book Of Souls
Iron Maiden – The Final Frontier
Creed – Full Circle
Angra – Omni
Daft Punk – Random Access Memories
Adele – 21
Lady Gaga – Born This Way
Thirty Seconds To Mars – Love Lust Faith + Dreams
Project 46 – Que Seja Feita a Nossa Vontade

– Quais foram as suas últimas aquisições?

Escultura Angel’s Cry – Tiago Boito;
Reaching Horizons Digipak Lacrado;
Box Francês Ritual Shaman (com palheta);
Scorebooks Aurora e Fireworks;
Pack 10 CD’s japoneses do Oriental Records, do Shopee.

– Além de discos, você possui algum outro tipo de coleção?
Coleciono também:
– Ipod’s (desde que estejam funcionando);
– Selos (uma coleção absurdamente linda e valiosa, que ganhei do meu padrasto);
– Copos;
– Action figures;
– Livros;
– DVD’s de filme e camisetas de banda compradas em shows.
Não sei se conta como coleção, mas nunca vendi os meus Playstations, desde o PsOne. Como 2 Playstations 3 meus queimaram e eu acabei ficando com todos e depois arrumei, tenho atualmente 6 videogames Playstation, sendo 1 PsOne, 1 Ps2, 3 Ps3 e um Ps4. O 5 ainda não comprei risos. O mais curioso de tudo é que parei de jogar em 2010 e só comprei o Ps4 para poder voltar a jogar Tony Hawk’s pelo breve mês de férias que tive em 2020.

– Indique três lojas/sites para os colecionadores continuarem a aumentar suas coleções, e o porquê das mesmas.
Excelente pergunta, vou falar 3, sendo uma para itens lacrados e lançamentos, outra para raridades, e uma terceira online, sendo que as 2 presenciais estão na Galeria do Rock:

1 – DieHard: quem coleciona e não conhece a DieHard não tem internet em casa, é a única explicação. O melhor atendimento presencial e online do segmento, a loja não decepciona em nenhum dos 2 fronts. Com postagens a jato no caso do online, e vitrine sempre atualizada na loja física (que fica na Galeria), a DieHard é uma daquelas lojas que, se fechar, é porque o dono faleceu sem herdeiros, porque, do contrário, ela continua lá. Não tem erro com eles, nunca.
2 – Music House: somente presencial, também na Galeria. Um dos donos tem uma marca registrada extremamente peculiar, a de enxergar as coisas com uma lupa, o que o torna algo memorável. Já achei CD’s fora de catálogo literalmente a décadas lá, as vezes, lacrados. Peguei um Angra AGAT 2 em 1 (russo falso) no final do ano passado, coisa bem recente. Vale a visita, e é bom ir calibrado financeiramente, porque eles sabem o preço das coisas.
3 – Denerwoods: como o chamo, o Supremo Sacerdote de Angra, o Dener possui lojas online no Shopee e no Mercadolivre, sempre tendo itens dos mais variados. Perdi a conta de quantas coisas já peguei com ele, desde 2010/2012. De Angel’s Cry 30 anos, em catálogo, até Reaching Horizons K7, você acha com ele. Honestidade e parceria selam o compromisso em cada venda, fora que, ele ainda manda brindes do Angra. Chegou coisa que comprei com ele literalmente essa semana, que, por sinal, foram alguns boots preciosos que ele anda trazendo de
fora. Recomendadíssimo e essencial.

– Que bandas atuais você indica para nossos leitores conhecerem?
A primeira banda é o Surra. Essa banda é aqui de Santos e eu tenho a sorte de conhecer o vocalista, o Léo, um cara absurdamente gente fina, muito bom de estar por perto. A banda já tem 10 anos de história e mantém uma identidade fortíssima por ter uma riqueza absurda nas letras, apesar de possuir alguns toques sarcásticos e cômicos homeopaticamente adicionados. Surra foi meu segundo artista mais ouvido em 2021 e 2022, e eles são do gênero trashpunk, que é meio que um speed metal, mas de trash e punk rock. Uma salada maravilhosa.

A segunda é o trio instrumental mais famoso de todos, o AAL. O Animals As Leaders não é uma banda nova, mas, para mim, é. Comecei a escutar pois o Eloy Casagrande, baterista do Sepultura e um dos bateristas mais absurdos da atualidade escuta muito e fala bastante do baterista do Animals, o Matt Garstka. Quando você escuta AAL, parece que eles tocam instrumentos diferentes dos tocados pelos mortais, apesar de serem “simplesmente” guitarras e bateria. O som em djent te leva literalmente para outra dimensão, com uma verdadeira humilhação na parte técnica. É mais fácil você desistir de tocar ao ouví-los do que se inspirar a melhorar, sem dúvida alguma.

A terceira, também não é nova, mas comecei a ouvir em 2022. É a banda do Bill Hudson, a NorthTale. Eles apresentam um metal melódico extremamente refinado e bem produzido, o que agrada DEMAIS o pessoal da escola do metal melódico do início dos anos 2000.

– Indique três discos que mudaram sua vida, e conte o porquê?
Creed – Weathered
Foi o meu primeiro CD de rock, e foi nos clipes do Creed que reparei pela primeira vez o que era uma banda propriamente dita, já tendo primariamente a atenção presa no baterista na época, fato que desencadearia o gosto pelo instrumento alguns anos depois. O álbum propriamente dito, tem um conceito fortíssimo de letras, abordando questões pessoais de autoconhecimento, Deus, passado e futuro. Tudo no álbum combina e faz sentido, desde à sonoridade, passando pelas letras, toda a parte gráfica, o conceito, a ambientação do começo e obviamente o final. É uma obra de arte espetacular, que me marcou MUITO.

Linkin Park – Hybrid Theory
Literalmente foi o disco que mais ouvi na vida, empatado com o Creed, até mais do que alguns do Angra. Para mim esse CD é a epítome do sucesso da indústria fonográfica, que, por sinal, logo iria derreter dentre os dedos dos grandes empresários. Nessa época, uma banda ainda precisava de um produtor, de dinheiro investido, de MUITO direcionamento e de “força” para um lançamento bem-sucedido. Hoje em dia, qualquer banda, por pior que seja, grava um disco em um estúdio qualquer, cria um instagram com artes ridículas, coloca o “álbum” ou o “single” no spotify, a família e as namoradas escutam, e fica por isso mesmo. A “liberdade” de não ter a indústria filtrando o que é lançado, acabou tirando a qualidade e a projeção de bandas que poderiam ser novas promessas no mundo da música, causando um tsunami de chorume musical nessa era de streaming. Caso alguém discorde, peço que pense em 1 banda que seja, lançada pós 2010, que encha um estádio com público próprio. A música acabou se tornando uma coisa vintage, onde o aparecimento instantâneo e esquecível no tiktok vale muito mais do que a arte e o legado em si.

Angra – Temple Of Shadows
Já comentei por cima, mas o Temple foi uma verdadeira revolução, musical e baterística, para qualquer pessoa que tocasse algum instrumento na década dos anos 2000. É um disco perfeito, atemporal, com letras e conceitos que fazem as pessoas refletirem e tirarem suas próprias conclusões e, o mais importante, mexe com a emoção das pessoas, como todas as obras de arte verdadeiras.

– A sua coleção tem fim? Chegará um dia onde você vai olhar e dizer "tenho todos os álbuns que preciso" ou isso não existe para nenhum colecionador?

Não tem fim. Para mim, a paixão pela coleção transcende uma quantidade ou uma meta por determinado ou determinados itens. Justamente por isso mantenho o foco somente em Angra atualmente. De outras bandas, compro somente os CD’s convencionais de catálogo, nacionais, e mais nada. Sempre dou o exemplo das tiragens nacionais ou dos CD’s japoneses. Quando você fala que “possui um Temple Of Shadows” nacional, qual é? São 7 tiragens nacionais originais, mais algumas versões paralelas. Para o colecionador, basta 1? Bastam todas?

Por ser feito em outra época, os CD’s quase sempre possuem diferenças em cores, e as vezes até na qualidade do material gráfico. Eu não me importava com isso até aprender com um grande amigo que conquistei no mundo da coleção e mantenho contato até hoje, o mestre Thiago Reis. Quando descobri que álbuns que eu amava e prezava demais, tinham 8, 9, até 10 variações correspondentes às tiragens. Para mim, hoje, eu só TENHO o CD/DVD nacional, quando tenho TODAS as tiragens originais do item (AA, AB, AC, AD, AE e assim por diante).

Tem como conseguir, mas é uma coisa extremamente limitada e cansativa. O outro exemplo são os CD’s japoneses do Angra. Muita gente possui todos, o que é sensacional, e, extremamente valioso. Mas, PARA MIM, a graça é ter TODOS que saíram daquela forma, que, em CD’s japoneses, significa ter, NO MÍNIMO, 4 unidades de cada, sendo as unidades regulares e as unidades SAMPLE, ambas abertas e também lacradas. Portanto, é basicamente impossível parar ao ponto de falar “já tenho tudo”. É mais fácil o cara se injuriar de ser refém disso e parar de vez, vendendo tudo. Mas colecionador ATIVO, sem comprar NADA, eu realmente nunca vi.

Outro exemplo simples: um CD exatamente igual à algum que eu já tenha, aberto e também lacrado, mas, AUTOGRAFADO por algum integrante: para mim, aquele item já é único. Inclusive tenho itens iguais, autografados pelo mesmo ou pelos mesmos membros, com variações. Para mim, essa diferença, a vida que o item teve e a história que ele carrega, representam TUDO nessa arte do colecionismo, que consiste basicamente em refazer os passos que aquela música percorreu no nosso mundo, e, principalmente, na vida do fã que ama aquela banda ou música.

– Conte para nós algo curioso que você passou ou vivenciou relacionado com um item de sua coleção, ou um artista que você teve contato, enfim, algo que aconteceu por conta da sua paixão pela música.
Infelizmente, vou ter que “chover no molhado”. É praticamente impossível não citar o Aquiles aqui. Minha paixão pela música, pelo rock e pelas mídias físicas foi digamos, um dominó nesses acontecimentos. Em 2007-2009, quando o vinil estava praticamente extinto e só comprava CD quem era “bobo” de não baixar, eu era fiel aos CD’s e DVD’s originais, coisa incomum para alguém da minha idade, na época. Ao saber do meu apreço por rock e por esse tipo de “mundo” de mídias físicas, o falecido pai de uma amiga de faculdade (que Deus o tenha), me emprestou alguns DVD’s de rock, uns 10. Tinha de Satriani até Kiss, praticamente tudo eu conhecia, mas, obviamente o PRIMEIRO que coloquei no DVD foi o show “Journey 2001”, com o Steve Augeri nos vocais.

Eu não conhecia absolutamente NADA de Journey. No entanto, fiz uma conexão quando eles tocaram “Ask The Lonely” no DVD. Lembrei da versão do Hangar dessa música, e logo pensei “putz, é esse o Journey que o Aquiles toca”. Pelo Aquiles gostar da banda, eu me forcei a ouvir repetidamente, até cansar, e, acabei virando fã, pela inegável musicalidade da banda, que sem dúvida foi uym dos maiores expoentes do rock nos anos 80. Sabendo que eu era fã, a Professora Adriana (de quem já falei previamente na entrevista) me deu o ingresso do show do Journey (2011) de presente, onde eu acabei conhecendo o Aquiles pessoalmente, o que é um absurdo completo.

Entendo que, quem está lendo “de fora”, possa não enxergar o absurdo efeito borboleta de toda essa experiência, que iria culminar no “Filipe colecionador de Angra e Aquiles”, mas, chega a ser mágico. Parece que tudo estava escrito, somente esperando o mover do pêndulo do destino para começar a andar. Por eu gostar de rock por influência do meu padrasto (que é da época da mídia física), comecei a apreciar esse mundo onde, logo após conhecer Iron, cheguei no Angra, que me dando aquele ar de roqueiro cabeludo na faculdade, acabou me gerando um DVD (sem eu ter pedido) emprestado de um então desconhecido, que também era roqueiro. Nesse DVD tinha uma música que foi tocada em versão cover pelo Aquiles, que me fez virar fã de Journey, que me fez ganhar um ingresso para o único show do Journey Brasil, onde eu encontrei o Aquiles pela primeira vez…….

É o famoso “se eu contar, ninguém acredita”, mas é a pura realidade. Curiosidade de itens tenho várias, mas nenhuma tão interessante ao ponto de superar o Aquiles tendo me influenciado diretamente a conhecer o Aquiles. NADA supera essa cadeia de eventos. Eu ainda acho que vou me encontrar vindo do futuro falando para mim mesmo que fui eu mesmo que montei todo esse roteiro, como em uma caverna de “Dark” do colecionismo, misturado com o “Exterminador do Futuro”.

– Filipe, novamente muito obrigado por participar de nossa Caverna, e que bom que você está aqui para contar sua história. Fique à vontade, este espaço é seu.

Muito obrigado, de verdade, por essa entrevista. Agradeço imensamente ao amigo de colecionismo e de vida, o mestre Thiago Reis, pela oportunidade e pelo espaço nesse site tão especial para mim que, como falei no início, acompanho a muito tempo e me fez apreciar Tony Martin da maneira correta. Parabéns para todos vocês que mantém essa chama da informação imparcial no mundo do metal acesa. Vocês são exemplo nesse segmento. Peço perdão por ter me alongado em algumas (senão todas) respostas, mas, ficou perceptível que respondo a maioria das coisas com alguma emoção, o que acaba estendendo demais alguns tópicos. Minha esposa fala que “eu amo demais as coisas que eu amo”, o que é uma verdade absoluta, ela obviamente inclusa nesse pacote.

Seja para quem leu tudo, para só clicou e não leu nada e também para quem leu algumas partes, meu muito obrigado da mesma forma, pelo interesse na minha história no mundo do colecionismo. Respondi todas as perguntas com o maior carinho e cuidado possível, e espero que a leitura seja, de alguma forma, produtiva. Apesar das excentricidades, garanto que tudo que falei aqui é verdadeiro. Também me desculpo por não conseguir bater uma foto “geral” da coleção, o que é fisicamente impossível. Tentei reunir alguns compilados mais interessantes para suprir isso e deixar a entrevista rica visualmente também.

Convido quem não conhece a visitar a minha página no Instagram: @Angracollection. Por lá respondo (muitas) dúvidas por mensagem e indico itens pontuais para quem me pergunta onde conseguir determinadas coisas. Por último, mas não menos importante: Angra é Angra, p*rra!
Um grande abraço a todos.

140 comentários sobre “Na Caverna da Consultoria: Filipe Prado

  1. Ótima entrevista, muito bem conduzida e um convidado top demais!

    Muito interessante conhecer um pouco mais de alguém que entende tanto sobre o universo Angra, é notório o conhecimento do convidado sobre o assunto, papo de mestre!

    Vale muito a pena conferir.

    1. O convidado Filipe tem grande dedicação com a coleção e com a página que ele administra no Instagram, a AngraCollection. O material realmente é incrível e o conhecimento técnico dele sobre edições, versões de um álbum etc é absurdo também. Muito obrigado pela sua leitura!

      1. O “chefe” Filipe dando aula de simpatia e honestidade nas respostas em uma das maiores e mais interessantes entrevistas que já li. Fiquei também bastante surpreso com as manias citadas e não posso que concordo bastante com algumas delas. 😅Enfim, Filipe é um cara do bem, gente fina mesmo e que merece muito o reconhecimento que página vem tendo.
        Um abração!

      2. Muito obrigado mestre Thiago Monteiro pelas palavras e pela parceria de sempre. Fico extremamente feliz em ler esses elogios, dá aquele sentimento de que todo o esforço valeu a pena com as amizades através do colecionismo.

        Um grande abraço e tmj sempre!!!

      3. Salve meu guitar Luiz. Desde os tempos de Y3 ouvindo eu falar de Angra uiahsduiahsiudhauidad.

        Abração e tmj monstro sagrado.

    2. Ótima entrevista.
      E o Felipe é fera demais, tem uma coleção e conhecimento sobre a banda incrível. 🤘🏽👏🏽

    3. Quando descobri a página @Angracollection no Instagram eu pirei. Simplesmente não acreditava no que estava vendo. Uma infinidade de itens e numerados, catalogados, conservados e embalados, era inacreditável. Vários itens do mesmo título mas de versões completamente distintas e até mesmo raras. Um dia sem pretensão mandei mensagem no DM da página e fui respondido, foi o primeiro contato que tive com o Filipe. Cara muito acessível, gente fina, honesto e muito inteligente e organizado, me mostrava alguns de seus itens separadamente, e fizemos negócios também. E me despertou a vontade que até então achei que não ia conseguir encontrar os buscar intenso do angra e de outras bandas relacionadas. O mais importante é o sentimento de saudade de quando pra ouvir ou conhecer bandas novas ou conhecer os trabalhos lançados tinha que ir atrás, em lojas , cdr com amigos, revistas, programas de rádio especializados. Um sentimento saudosista e carregado de carinho e emoção. Agradecer ao
      Filipe por seguir com esse trabalho e carregar esse sentimento que todo nós possuímos, mas ele faz com destaque e organização, além de construir um grupo onde tem informação, compras e vendas de itens, indicações e foco na música e nas bandas. Obrigado pelo serviço amigo e por reunir outros fãs de boa música e garimpeiros de itens oficiais das bandas e artistas que construíam nossa armadura sonora.

      Abraço

      John

      1. Chego a ficar sem graça com esse comentário mestre, realmente emocionante. Quando comecei a página, se 1 pessoa ouvisse 1 música do Angra por minha causa, eu já ficaria feliz. Ler o seu comentário me dá a certeza de que consegui transmitir alguma mensagem através da coleção.

        Muito obrigado pela confiança e pela parceria de sempre. Agradeço também pela sua educação e pelo seu engajamento em todos os momentos.

        Um grande abraço!

  2. Acho muito incrível que ainda existam pessoas que são fãs de verdade e desempenham bem esse papel. A dedicação do convidado com sua coleção é realmente inspiradora.

    Parabéns pela entrevista.

  3. A melhor palavra pra essa entrevista: S E N S A C I O N A L!

    O que faz a perfeição da coleção do Filipe não é só a quantidade, mas também a qualidade.
    Enquanto alguns monetizam ou fazem por competição (principalmente), fazer de alma e amor igual o Filipe faz é o que o torna único, não só por sua coleção mas também pela comunidade que ele criou com o Angra Collection.

    Ótima entrevista, deveria virar um vídeo! E eu adoraria produzir hehe

  4. Muito obrigado pela oportunidade!

    Em especial, gostaria de agradecer ao meu amigo pessoal, Thiago Reis que, além de me ensinar tanto sobre colecionismo em quase 15 anos de contato, me deu essa moral absurda com essa entrevista extremamente bem formulada. Ver isso publicado me dá uma alegria enorme. Novamente, MUITO obrigado ao mestre Thiago e à Consultoria do Rock.

    Um grande abraço e espero que gostem da leitura!

    1. Ver sua coleção e seu conhecimento crescerem ao longo desses 15 anos realmente é algo incrível. O melhor e mais legal é que a humildade continua a mesma de 15 anos atrás. Grande abraço meu amigo! E obrigado por dispor de seu tempo para responder as perguntas e tirar as fotos.

  5. Uma matéria incrível sobre uma pessoa extraordinária!! Me encanto a cada postagem de sua página, tudo muito bem detalhado e bem-apessoado! Parabéns aos envolvidos, amei conhecer um pouco mais sobre banda!!

  6. Meus parabéns pela entrevista, vale a pena conferir a página do entrevistado que é top demais.

    Coleção linda e dedicação impecável.

  7. SENSACIONAL!!!!! Acompanho o trabalho do Filipe no Instagram e fico extremamente feliz por essa entrevista, pois, a dedicação que ele tem não só com a coleção, mas também com as fotos muito bem planejadas das coleções e a organização das postagens no Instagram merece muito reconhecimento.
    Amei a entrevista. ❤️🤟🏻

    1. A dedicação dele realmente é algo admirável! Fico feliz que tenha gostado da entrevista. Muito obrigado pelo comentário e pelo feedback!

  8. Simplesmente fantástico.

    Parabéns sempre pela dedicação, e por fazer tão bem feito ao ponto de querer reler tudo novamente porque ficou mais que divino 👏👏

  9. Ja tive o imenso prazer de tocar com o Filipe, vocês não tão entendendo o quanto ele consegue executar as musicas do angra e power metal em geral com muito feeling e uma pitadinha de sapecagem

    1. Esse cara sabe o que fala. Bora mandar aquele power metal na sala 1 meu querido!!! Grande abraço!!!!

  10. E além da coleção de angra, ele tem uma puta coleção de filmes e pecas de filmes de terror também!!!!!!!

    1. Olha o cara, me entregando!!! Hausdiahsuidhaudad. Qualquer dia faço um feat dessa parte de terror na página. 1 bud e 2 bombons meu queridoooooo, crédito ou débito? Tá me devendo aquela exposição de ralo hein! Abraço!!!!!

  11. Todo o trabalho e dedicação que o Filipe tem com a coleção dele é incrível, o cara consegue ser muito detalhista na organização de todas as obras que ele possui e historias. Dessa forma conseguiu fazer um portfólio digno de um fã de verdade! Entrevista top

  12. O entrevistado realmente tem propriedade sobre o assunto Mundo Angra, entrevista incrível e bem dirigida pelo Host Tiago, parabéns a todos pelo trabalho, é impressionante ver uma coleção MUITO bem organizada e com muitos itens que são relíquias! Hahah 👏🏻👏🏻

    1. Muito grato pelas suas palavras, Pedro! Filipe é um cara muito organizado mesmo, sempre nos mínimos detalhes rs. Abraços!

  13. Tudo que o Filipe faz pela música é genuíno e com muito amor, aproveitem todas as dicas e sugestões musicais com moderação. 🔥🎧

  14. Acompanho a página do Filipe desde o início ,desde quando ainda era um projeto de um super fã. Hoje, responsável por uma senão a maior página do Angra atualmente. Sempre atualizada, organizada, portador das melhores fotos e coleções do Angra. É uma forma de revivermos diariamente toda essa história através de um conhecedor nato da banda. Que esse projeto so cresça. Que entrevista ótima essa, bom saber sobre as curiosidades, legado e dicas sobre a banda e mais. Já estou ansiosa pela próxima. Vou começar a acompanhar aqui tbm! Abraços! De uma seguidora assídua do Filipe e do Angra.

    1. Filipe foi nos mínimos detalhes mesmo, Vanessa! Inclusive essa é uma das características da coleção e da página Angra Collection. Fico feliz que tenha gostado. Abraços!

    2. Não sei nem o que falar. Por esse tipo de retorno que continuo com a página. O Ayrton sabia das coisas. Muito obrigado, de coração!!!

  15. Nunca vi uma entrevista com um conteúdo tão rico e bem organizado, parabéns pelo trabalho pessoal!

    1. Muito obrigado Valmir. Fiz tudo com muito cuidado e carinho. Um grande abraço e fico feliz que tenha gostado!!!

    1. Também adoro essas K7’s, inclusive tive algumas dessas. Passei a do Temple e do Aurora para o Filipe há uns 8 anos atrás. Coleção sensacional…essa k7 do Omni é de tirar o fôlego!

  16. Esse cara é um grande amigo que conquistei durante a minha pequena jornada de colecionismo. Honesto, gente boa e, o mais importante, HUMILDE. Um melhor amigo nesse mundo de colecionismo e que confio mais que tudo.

    Sua coleção contêm uma infinidade de itens que são uma surpresa a todos. E MUITO bem conservado. Se tem um cara que sabe conservar os itens é ele. Acervo de PRIMEIRA linha. Talvez o colecionador com mais itens diversificados e bem cuidados que já conheci.

    Grande abraços de seu grande amigo.
    Com carinho, Taka.

    1. Meu grande parceiro Taka!!!!

      Muito obrigado pela gentileza e pela parceria de sempre. Além de qualquer CD, esse tipo de amizade que nós levamos para “fora do instagram” é que faz esse cuidado todo com a coleção valer a pena. CDs compramos na internet. Já gente do bem que ama o som não.

      Grande abraço meu amigo!

  17. Como eu sempre chamo o Filipe “mestre angra” kkk, cara que matéria sensacional, perguntas muito bem elaboradas e respostas dadas com excelência pelo grande Filipe, muito orgulho pela sua amizade meu nobre, pessoa iluminada e humilde demais você, fiquei muito feliz pelas lindas fotos da matéria do anjão que esculpi do angels cry, e esse fiz questão de mandar o primeiro numerado e com suas iniciais.
    Grande abraço e bora seguir aumentando a coleção 😈😈😈.

    1. Absurdamente grato pela sua amizade meu parceiro. Ter o pessoal do bem comigo hoje em dia é a certeza de que a minha página foi uma coisa muito boa. Um grande abraço do seu amigo e conte cmg. Sorte de ter conhecido alguém tão gente fina e tão talentoso quenem vc. Tmjjjjj!

  18. Entrevista sensacional! Esta para nascer uma pessoa tão organizada e dedicada quanto o Filipe, apesar dessa entrevista estar bastante completa tenho total certeza que ele ainda falaria horas sobre o ínumeros outros fatos do mundo da música. Sorte de quem tem ele no dia-a-dia.
    É um cara MUITO fora da curva, uma pessoa ímpar

  19. Entrevista muito boa e as respostas sempre nos mínimos detalhes, Filipe sempre gente fina demais, um irmão que a vida me trouxe pela amizade e idolatria ao Angra!!!

    1. Sem palavras pro teu comentário meu mestre. Muito obrigado pela força e pelo apoio de sempre. Conte comigo. Abraço!!!!

  20. O Filipe é a pessoa mais caprichosa, detalhista e paranoica no melhor sentido da palavra que eu conheço. Uma coleção de dar inveja. Exímio escritor, colecionador e pesquisador.

    Um prato cheio de inspiração para qualquer amante do colecionismo!

  21. Entrevista muito bem conduzida, e com um entrevistado desse o conteúdo é de primeira qualidade.
    Parabéns pelo reconhecimento Filipe, você merece!

    1. Muito obrigado parceiro!! Obrigado também por engajar e me apoiar sempre. Sem esse tipo de incentivo sincero, eu com certeza não teria tanto cuidado com essas coisas.

      Um grande abraço e obrigado por tudo.

  22. Como eu sempre digo… o Filipe é um cara que ama demais as coisas que ele ama. Espero que nossa filha puxe esse entusiamo dele. Mas também espero do fundo do coração que ela não ocupe tanto espaço em casa com coleções. Risos, risos…

    1. Se eu não fosse casado com você, depois desse comentário com certeza eu casaria.
      Muito obrigado pela paciência infinita comigo.

      A presuntinha já é animada igual ao papai. Se prepara pq vamos ter que arrumar MUITO mais espaço para as coleções dela. Risos acentuados.

      Amo vocês.

  23. Acredito que essa foi a entrevista mais interessante e também mais absurda que vi no site. parabéns pelo acervo inacreditável!!!

  24. Parabéns pela coleção! Fiquei impressionada com os posteres. A entrevista foi muito bem conduzida, ótimo texto.

    1. Muito obrigado Mariana! Aproveito para agradecer novamente ao mestre Thiago Reis pela entrevista conduzida de forma extremamente profissional. Abraço!!

  25. Muito legal! Não sabia que existiam tantos grandes colecionadores de Angra. É o segundo que vejo aqui no site em um curto período de tempo.

    Viva o metal nacional!

  26. “Não compro de forma alguma, nenhum item de anúncios que mostrem o pé do anunciante da foto, independentemente do valor ou raridade do item;” kkkkkkkk. Essa frase foi de matar.

    1. Kkkkk. O pior é que é verdade. Se o cidadão não tem o cuidado de cortar uma foto, imagina como que ele guarda a coleção… Um abraço Miguel!

  27. Parabéns ao entrevistado e ao entrevistador pelo conhecimento detalhado e pelo domínio sobre os temas em toda a entrevista. Texto excelente.

    1. Muito obrigado Caio! Tive a sorte de ser entrevistado pelo Mestre Thiago Reis, que literalmente dá aula sobre Angra. Um grande abraço e fico muito feliz que tenha gostado.

  28. Muito top essa entrevista, a parte que mais gostei foi das manias e cuidados com os discos. muito top, parabéns mano.

    1. Muito obrigado parceiro!!! Obrigado por ter lido e espero que tenha gostado das histórias. Abraço!!!!!

  29. Show de bola. Imaginando tua alegria aí man! Parabéns pela conquista e pela entrevista! Top demais! Forte abraço.

  30. Entrevista muito interessante, não ficou somente na música. Essa ligação da música com a nossa memória afetiva é que transforma os nossos ídolos em heróis. Parabens.

  31. De Metallica até Cranberries! Adorei as listas dos melhores discos por década. Parabéns pela coleção.

  32. Parabéns pelo empenho em preservar a história dessa banda que eu amo tanto. Achei a entrevista pelo google e fiquei surpreso. O blog é possui matérias muito boas. Parabéns aos envolvidos.

    1. Muito obrigado Yuri! Feito com muito amor, de fã para fã. Quando puder, procura a minha página no insta que vc vai gostar (@angracollection). Abração!!!

  33. Acompanho a página e já conheço o empenho do Filipe na qualidade das postagens. Parabéns pelo lindo trabalho!

  34. Gostaria de aproveitar o Filipe e essa imensa audiência que é fã do Angraverso para saber se vcs conhecem o Sevencrows, uma banda daqui de Porto Velho que foi produzida pelo Felipe Andreoli. Inclusive ele gravou o baixo do disco. Me falem aí o que acharam da banda….

  35. O que dizer de uma entrevista tão perfeita vindo do entrevistador e do entrevistado ! Conheço os 2 e os admiro muito! Essa foi uma das melhores matérias já vistas por aqui!
    Parabéns Thiago e Filipe?

    1. Muito obrigado, Lirian! Foi uma experiência sensacional conseguir entrevistar o Dener e na sequência o Filipe, duas pessoas que admiro muito. Fico muito feliz que tenha gostado e a admiração é recíproca! bjs

  36. Parabéns pela entrevista!

    Se tem alguém dedicado, minuncioso, detalhista e uma “enciclopédia” do Angra, esse cara é o Filipe!

    Sempre atencioso, e disponível pra tirar as dúvidas do pessoal em relação ao Angra.

    A página Angracollection reconhecida inclusive por membros da banda!

    Abraço

    1. Muito obrigado pelo reconhecimento Cristiano, e também muito obrigado por interagir sempre na página e no grupo. Tento sempre ajudar no que posso, para passar o máximo de conhecimento possível, de fã para fã. Os fãs ganham e a banda ganha. Infelizmente nem todos pensam assim.

      Novamente, muito obrigado!!! Tmj!!!

  37. Sem dúvidas esse cara já é uma lenda do colecionismo de metal no nosso país. Em termos de Angra, já podemos compará-lo a outra lenda, o museu do Angra do Dener Ariani. A matéria também está fantástica, obrigado Thiago Reis.

    1. Confesso que essa parte me pegou:
      “Não compro de forma alguma, nenhum item de anúncios que mostrem o pé do anunciante da foto” 😂😅

    2. Fiquei bobo com esse comentário mestre. Para mim, chega a ser inacreditável ser citado junto ao mestre absoluto Dener, que me ensinou e me ensina muito, até hoje. Muito obrigado pelo feedback e pela interação de sempre, e também um obrigado especial por me ajudar a desbravar o Angels Eldorado com código de barras auishdiauhsduihad. Logo posto esse item te marcando.

      Tmj mestre!!!

  38. Nossa! Que legal esse campo de comentários. Vários amiguinhos fantasmas comentando por aqui. Um verdadeiro parque de diversões. Agora é minha veeeez: boooo, boooo, boooo…

    1. Essa foi muito boa parceiro!

      Vemos o quanto conseguimos conquistar quando tem esse tipo de verme nos comentários.

      Divulguei e continuo divulgando a entrevista na minha página, o que está gerando um claro destaque à matéria, mas acredito que seja um tema acima da sua capacidade de entendimento.

      Inclusive, consegue-se ver que 100% das pessoas que comentaram aqui são seguidores ativos da página, com fotos e perfil de verdade no instagram. O único fake aqui é você, pode comprovar (caso realmente saiba ler).

      Te desejo tudo de bom, pois não adianta eu desejar o mal de uma pessoa que faz esse tipo de coisa. Pelo visto, o lixo e o excremento são a sua realidade.

      MUITO obrigado por me mostrar que estou no caminho certo!

      Um grande abraço para você. Desejo de coração que entre muita luz nessa sua vida imunda e inútil.

      Tmj!!!!

  39. Esse é o cara, meu amigo de infância, baterista da minha primeira banda, tentou me ensinar a gostar de metal (até que algumas eu curto, vai?)… difícil descrever o Filipe. um cara único e obcecado pelas coisas que gosta.

    Fico feliz em saber que está conquistando um enorme espaço nesse mundo da música e coleções que é tão especial pra você.

    Te desejo todo sucesso do mundo. Um grande abraço pra você e pra sua família.

  40. Comecei a escutar Angra por conta do meu namorado, e ele me apresentou a página.
    Não imaginava que uma pessoa poderia ter tanto cuidado e dedicação assim.
    Parabéns!

  41. Excelente entrevista do meu chapa Filipe. Conheço ele já há algum tempo pra sentir a satisfação dele em responder cada pergunta. Me entreti com cada resposta que só alguém com muito interesse e dedicação por algo que goste poderia dar, dedicação e interesse esses que contagiam as pessoas próximas à terem o mesmo gosto, eu incluso! Desejo sucesso à página para que tenha outras entrevistas como essa, e sucesso ao Filipe com seus projetos para contagiar ainda mais pessoas com Angra, música, filmes e o que mais ele gostar.

    1. Sem palavras para agradecer o carinho e a paciência que esses dindos tem comigo. Mais feliz ainda por vocês não terem pego ódio de Angra, de tanto eu falar sobre o tema auishuaishduiahauihsduiahdad. Muito obrigado pela parceria absoluta de sempre.

      Um abraço enorme meu compadre!!!

  42. Parabéns pela coleção surreal. Achei que só tinha cara assim em Maiden e em Kiss. Muito bacana.

    1. Muito obrigado Marcos!!! Maiden e Kiss são insanos demais para serem colecionados, quem me dera auishduiahsduihad. Abraçooo!!!

  43. Entrevista completíssima, parabéns ao Filipe. Realmente me senti no início de uma grande coleção. Conteúdo extremamente imersivo. Parabéns ao entrevistador pela condução do texto.

  44. Uma palavra: ESPETACULAR!!! Entrevista e fotografias minuciosamente executadas.

    A parte sobre não comprar nada com os pés do anunciante na foto foi brilhante!!!! Achava que era só eu que não gostava de fotografias assim kkkkkkk

    1. Obrigado Felipe! a parte das fotos é cômica, mas é verdade auishdauihsduiahdad.

      Se o cara não tem o cuidado pra recortar uma foto, imagina como conserva o item que está anunciando…..cilada!!!!!

      Abraço!!!

      1. Muito obrigado Paula! Feliz que tenha gostado, fiquei um bom tempo respondendo tudo com o maior cuidado possível.

        Grande abraço!

  45. Muito bom! Uma das entrevistas mais completas que já vi aqui na Consultoria. As fotos ficaram lindas. Parabéns pelo esmero!!

    1. Muito obrigado Robson! Fico feliz que tenha dado para ver o comprometimento com a entrevista e com a Consultoria. Um grande abraço!

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