A dura vida dos colecionadores no Brasil

A dura vida dos colecionadores no Brasil

Por Mairon Machado

Colecionar discos é um hobbie bastante comum no mundo todo. Vários blogs, sites e páginas de redes sociais são dedicadas para tal, algumas com mais destaque, como por exemplo, o excelente canal Discogs, o qual conta atualmente com mais de 500 mil usuários de todo o mundo, e é um dos mais confiáveis e completos sites de catalogação, compra e venda de discos. E claro, a audição de uma determinada obra, aquele momento para você relaxar, cavucar informações ou apenas curtir o momento em que a música sai das caixas de som, são alguns motivos que fazem com que esse número seja tão expressivo. Fora que mostrar para um amigo AQUELE disco, sempre faz bem para o ego.

Colecionador com orgulho de sua coleção

Os brasileiros, obviamente, estão presentes nesses usuários e nesses blogs, sites e páginas citados acima. Nós mesmos, na Consultoria do Rock, representamos uma pequena fatia do mercado nacional que coleciona e compartilha a paixão pela música, sendo que, conforme apresentado na coluna Na Caverna da Consultoria, todos os colaboradores do site possuem uma coleção de discos, uns mais, outros menos.

Porém, nos últimos anos, a coisa tem ficado complicada para os colecionadores de discos aqui no Brasil. Em especial, na década atual, várias são as reclamações e desilusões de brasileiros colecionadores de discos. No último ano, os problemas agravaram-se tanto que diversos amigos próximos e/ou virtuais, que colecionavam com paixão e avidez, acabaram “cansando” e entregando-se para a ociosidade de apenas manter em dia, e com “saúde”, sua coleção no ponto que está, desistindo de buscar aquele disco em um garimpo ou em um site.

Um dos melhores momentos quando se tem uma coleção de discos

Esse texto vem fazer um desabafo pessoal, pois sinto-me cada vez mais incluído no grupo de colecionadores brasileiros que, apesar de ainda estar caçando e comprando discos com regularidade, vêm encontrando obstáculos cada vez maiores para manter a sua coleção, e quiçá ampliá-la como queria.

Irei basear a minha justificativa de obstáculos em quatro pilares fundamentais, os quais são: não existem mais lojas físicas especializadas, em boa quantidade, como antes; a desorganização das lojas, unida a muitos vendedores desonestos; preços mirabolantes; o serviço dos Correios.

Tentarei fazer um comparativo com o mercado internacional, e claro, deixo os comentários em aberto para aqueles que quiserem contribuir com mais justificativas para a coleção estar “conturbada”, desabafar contra algum desses obstáculos, ou discordar de tudo o que vou escrever. E quero ressaltar que o que virá abaixo será baseado em experiências pessoais, de um colecionador que compra em média de 200 a 400 discos por ano – ainda – mas que vem se desiludindo bastante em manter a coleção por conta dos motivos citados acima, e que vou comentar um pouco mais sobre eles a partir de agora.

 

Ausências de lojas físicas

Nos anos 90, com a decadência do vinil e o boom do CD, o Brasil viu surgir inúmeras lojas físicas especializadas em vendas de CDs, e também em repasse de vinis. Lançamentos em LPs eram colocados em saldos e engradados de cerveja, a preços de banana. Lembro que comprei álbuns como o Live at Donington (vinil triplo do Iron Maiden), Counterparts (Rush), assim como alguns Santanas do final dos anos 70, o The Division Bell (Pink Floyd), Cross Purposes (Black Sabbath) entre outros, por 50 centavos, no máximo 1 real. CDs importados eram raridades por aqui, e o próprio CD não era algo tão fácil de se comprar (legal era alugar o CD em uma loja de alugueis e gravar em K7).

No início dos anos 2000, as lojas começaram repentinamente a valorizar novamente o vinil. Demorou um tempo (praticamente toda a primeira metade da década passada) até que o vinil conseguisse um lugar nas prateleiras de vendas com certa apreciação, mas o CD ainda era algo presente nas maiores das lojas especializadas. O problema é que essas lojas começaram a minguar rapidamente. Alguns exemplos claros que aconteceram comigo. Nasci e cresci em uma cidade (Pedro Osório) de pouco mais de 8 mil habitantes. Lá, na década de 90, havia uma loja especializada em vendas de discos. A cidade grande mais próxima, Pelotas, tinha no mínimo cinco grandes lojas de discos no final dos anos 90 (Trekos, Beiro, Zé Carioca, Studio CDs e Multisom), fora outras que vendiam LPs e CDs, apesar de não serem especializadas em tal. E tudo isso em menos de cinco quadras.

Lojas físicas estão cada vez mais vazias, e escassas

Pois já na década seguinte, a tal loja de Pedro Osório fechou. Trekos e Beiro mudaram as atenções para outros produtos (a Beiro fechou em seguida), e Zé Carioca, Studio CDs e Multisom, apesar de ainda existirem, já não conseguem sobreviver somente com venda de discos, tendo que apelar para outros produtos, como eletrônicos, celulares ou revistas. Para piorar, recentemente a Multisom, talvez a maior loja com venda de discos no Rio Grande do Sul, anunciou que a partir de 2019 não irá mais vender CDs, devido a baixa procura e ao novo modo de consumir música, através dos streamings. Um choque para quem ainda conseguia vasculhar as promoções da loja.

Ao mesmo tempo, na segunda metade da década passada, tive a oportunidade de ir diversas vezes ao Rio de Janeiro e São Paulo, e posso afirmar tranquilamente (e com pesar) que em menos de três anos (entre 2006 e 2009), muitas lojas de discos fecharam. Destaque especial para as tradicionais Modern Music (Rio) e Nuvem Nove (sampa), lojas gigantescas em termos de material, e que deixaram órfãos muitos colecionadores. A Galeria do Rock migrou de inúmeras lojas de discos para várias lojas de skatistas … O mesmo posso dizer de Porto Alegre, tradicional cidade de lojas de discos, que viu fecharem (ou readaptarem-se) lojas tradicionais como a Zeppelin e a já citada Multisom, e minguarem os CDs em locais como Americanas, Saraiva e Cultura.

A Galeria do Rock já foi símbolo de grandes lojas em nosso país

Ainda há alguns sebos nessas cidades e em tantas outras citadas, que se tornaram locais de encontro dos colecionadores, mas são cada vez mais raros os frequentadores, que se tornaram muito restritos nas compras musicais, e também o giro de mercadoria nesses sebos. Ao mesmo tempo, as lojas de vendas de LPs importados nasceram do nada, mas com expectativa de vida baixa. Afinal, o alto preço dos produtos, e a pouca busca, faz com que os donos não consigam sustentar se quer o aluguel do prédio onde tem a loja, apenas com a venda dos discos.

Em uma recente matéria do site de entretenimento da Uol  (buuuuuuuuuuuuuuuuuh), há cinco motivos para ainda se frequentar lojas: “Descobertas são mais democráticas”, “Você pode conhecer pessoas”, “A sabedoria dos gurus”, “Rola música boa” e “Mergulho no passado”. Concordo que esses motivos até são válidos, mas hoje em dia, achar lojas de discos que tenham essas características com qualidade não é fácil, e para piorar, a maioria dos sebos sofre de uma desorganização absurda, e que vai de encontro ao segundo fator que vejo prejudicar as coleções.

Lojas desorganizadas e vendedores desonestos

Claro que ainda há os velhos lojistas conhecidos, que conversam com o freguês, apresentam novidades e dão um desconto legal. Assim como lojas organizadas, com discos separados por estilos, em ordem alfabética, algumas por artista, etc. Mas vejo, em minhas experiências de garimpo, que isso não é mais tão comum.

Colecionador “sujando as mãos” em busca do garimpo perfeito

Recentemente, em um sebo de Florianópolis, encontrei um vendedor que não tinha os preços dos discos indicados em local algum. Era necessário mostrar o disco (CD ou LP) para o lojista e ele indicava o preço. Até aí, nada tão anormal. Mas geralmente, o que esperamos é que o lojista avalie pelas condições do disco. Pois esse foi no Mercado Livre, olhou os preços que estavam cobrando no site e estabeleceu um valor médio como o valor do disco que eu escolhi (um Ultraje A Rigor, que ele cobrou R$ 40,00). Fiquei indignado, e mais ainda quando ao reclamar em um grupo de colecionadores do Facebook, vários foram os participantes do grupo que trouxeram reclamações similares de outros vendedores pelo país.

Fala sério, não tem cabimento! Para piorar, esses mesmos vendedores, em lojas físicas, também são muito desorganizados. São raros os locais onde você entra e consegue ver uma organização dos discos, seja por ordem alfabética ou por estilos. Os discos na maioria das vezes podem até ser associados com estilos (rock, cantores/as nacional, música clássica …), mas são amontoados em engradados ou caixas, sem uma ordem ou critério. Muitas vezes, o estado dos plásticos dos LPs é de uma sujeira tamanha que uma simples “folhada” nos vinis deixa a ponta dos dedos preta. Isso considerando que o lojista coloca plástico nos vinis. Os CDs ficam alojados apenas com o nome do artista e do álbum, um sobre os outros. Para poder conferir o encarte e a mídia, é necessário retirar os que estão sobre o que você quer pegar. Isso quando não tem aquele cheirão de mofo ou até mesmo urina de rato.

Discos organizados por artista, sonho de todo colecionador em um sebo

Sim, há vários sebos que são ótimos de se garimpar, com uma bela organização, ambiente adequado, plásticos novos (não vou fazer merchandising de nenhuma loja aqui, mas posso indicar nos comentários, e aceito indicações também), mas o que vejo nas buscas por discos país a fora é cada vez mais amontoados de LPs e CDs, e “te vira” para catar algo no meio de Xuxas, discos de novela e música clássica, e mais outros lançamentos que na maioria dos casos não são atrativos.

Lamentáveis exemplos da desorganização de alguns sebos

Bom, mas superada essas desavenças, você decide encarar o monstro, e começa o “garimpo”. Daí encontra, no meio de muitos discos detonados, um belo exemplar de, por exemplo, o disco Thriller (Michael Jackson). Eis que surge o terceiro motivo para afastar os colecionadores de continuar sua coleção.

Preços mirabolantes

Eis que você leva o Thriller, um dos discos mais vendidos da história, e que se encontra praticamente em tudo o que é sebo, em direção ao lojista, e pergunta o preço. Resposta: R$ 40,00; R$ 50,00; talvez até R$ 100,00 reais. Como disse no início desse texto, há menos de 20 anos, o vinil era “moeda de troca” nas lojas. Hoje, com essa fase “bonita” do retorno do vinil, os lojistas mudaram os olhos para os LPs, e os preços estão subindo exorbitantemente. E para piorar, os preços dos CDs estão seguindo o mesmo caminho.

Discos raros, e realmente caros

Não é só o disco do Michael Jackson que citei. Álbuns de novelas, tão menosprezados há tão pouco tempo atrás, estão tornando-se mais caros do que algumas joias. A versão original de A Gata Comeu Internacional, com “Crazy for You” (Madonna), em bom estado, não sai por menos de R$ 300,00. Esse era o preço de um Tim Maia Racional na década passada!! Discos de Arnaldo Baptista, Mutantes, os primeiros Rita Lee, que tinham um valor aceitável (até R$ 100,00) hoje não se acha por menos de R$ 400,00 em bom estado. A fase Racional de Tim Maia, a fase psicodélica de Ronnie Von, isso subiu para valores próximos a 1 K. Caros de verdade eram o Louco por Você (Roberto Carlos), Paebirú (Lula Côrtes e Zé Ramalho), Let Me Sing, Let Me Sing (Raul Seixas), Sua Música, Sua Interpretação (Gilberto Gil) ou On Stage (Jorge Ben), que no início dos anos 2000 já superavam os R$ 1000 reais, e hoje aproximam-se da ordem de 10 K em suas versões originais.

Mas isso não afeta somente os discos de artistas brasileiros. Álbuns como os do Black Sabbath pós-Dio, em lançamentos de vinil, tornaram-se “raridades” com valores acima de R$ 100,00, sem encarte e em estado duvidoso. Cross Purposes e Forbidden, os dois últimos lançamentos em vinil, não baixam de R$ 300,00, quando se acha. Algo que era mais fácil de se encontrar em loja do que bala de leite em mercadinho de esquina. Muito disso se deve ao fato de que algum esperto percebeu que lá fora, os colecionadores estavam comprando os vinis lançados no Brasil a partir da década de 90, já que nosso país foi um dos poucos a seguir lançando discos em LP com regularidade, até 1996, e isso fez com que os preços subissem.

Mas daí, vamos olhar os vendedores de discos no site Discogs, e ver principalmente os preços de qualquer LP brasileiro vendido por um brasileiro. São raros aqueles que custem menos de 10 euros. Para piorar, a classificação da capa e da mídia (os famosos VG+, NM, entre outros) não condizem com a realidade. Tive a oportunidade de vender para o exterior algumas vezes, e os compradores de lá sempre reclamam de que o que o brasileiro coloca como classificação não condiz com a realidade. O vendedor internacional, ao dizer que a capa é VG+ (Very Good +) leva em consideração que a capa está praticamente intacta, sem riscos, sem desgaste. Aqui no Brasil, um VG+ é uma capa assinada por 5 donos diferentes, um belo rasgo na lateral e ainda faltando um pedaço da contra-capa … E o disco irá custar 30 euros.

Esse lote de discos, em estado duvidoso, vai ser oferecido, no ML, por quase R$ 500 reais

Não vamos longe, e nosso tradicional Mercado Livre também está passando por isso. Lojistas colocam preços altos em CDs e LPs que se tornam referência para outros lojistas, e assim, aquele Legião Urbana que você achava todo dia por 3 pila, agora sai 30. Outro fato que ajudou a alavancar os preços foi o retorno do lançamento de vinis. As novas edições não saem por menos de 80 reais, em média. Então, do ponto de vista do lojista, se o cara paga 80 em um relançamento, certamente vai pagar 200 no original.

Ok, posso estar exagerando, mas é decepcionante ver que discos comuns estão custando uma fortuna, e que aquela raridade que você juntou moedas para comprar, quando vai novamente comprar está o triplo. Mas tudo bem, de alguma forma, você superou as adversidades. Cavucou no garimpo virtual do Mercado Livre (ou outro site nacional de vendas) ou foi em busca de um e-bay ou Discogs (até amazon) da vida e achou o seu disco por um preço justo e com uma qualidade aceitável. Eis que surge nosso quarto motivo para abandonar a coleção.

 

Os Correios

Esse tem sido o mais dramático dos motivos para se abandonar a coleção. O mercado virtual cresceu enormemente na década atual. Pessoas do mundo inteiro estão usufruindo de sites de compras para adquirir produtos, os mais diversos possíveis. No Brasil, em apenas cinco anos, segundo pesquisa da Rede Globo, o número de compras brasileiras em sites triplicou. Desde móveis e eletrodomésticos até bazar e armarinho, tudo é comercializado em grandes números por sites e redes sociais, e, quem entrega esses produtos comprados online, aqui em nosso país, são Os Correios.

Só que a empresa que já foi símbolo de qualidade aqui no Brasil, presente em todos os municípios brasileiros, e com mais de 350 anos de tradição, tem causado uma decepção atrás da outra para os clientes, e principalmente, colecionadores. No mesmo grupo de colecionadores do Facebook que citei antes, o qual consta com mais de 18 mil membros, somente esse ano contei mais de 100 reclamações de demora na entrega de discos comprados, e não só do exterior, mas também de compras atrasadas feitas DENTRO DO Brasil, o que é inexplicável. Junta-se isso, uma enorme quantidade de extravios, ou melhor, “extravios” (veja essa reportagem para entender o que estou falando).

Demora na entrega e “extravios” tem causado indignação de colecionadores

Pegando os produtos importados, todos, ao chegarem no Brasil, passam por uma vistoria da Receita Federal, para sofrer taxação ou não. Se sofrer taxação, o valor do produto pode superar mais de 100% o valor pago. Mas ainda não são tantas as taxações em discos. Inclusive, o deputado João Daniel, do PT de Sergipe, está entrando com um projeto pedindo isenção de impostos federais e contribuições sociais para importação de discos, aparelhos toca-disco e acessórios.

O problema principal então é o tempo de entrega, e os extravios. Aqueles discos que são rastreados, quando liberados da tributação para entrega, tem um prazo de 40 dias úteis para serem recebidos pelo destinatário. Só que esses 40 dias úteis tem transformado-se em quase seis meses. E os não rastreados, bom, esses têm desaparecido e não sido recebidos pelo destinatário. O colecionador, frustado por ter gastado seus poupados dólares (ou libras, ou euros), vai se desiludindo, até que não compra mais.

Memes sobre os constantes atrasos dos Correios em entrega de produtos

Os Correios colocam a culpa na grande quantidade de compras. Uma média de 200 mil pacotes por dia atingiu 400 mil pacotes por dia em novembro de 2017, sendo que atualmente, a média é de 300 mil pacotes por dia, recebidos no Centro de Distribuição dos Correios em Curitiba. Desses, 100 mil são destinados quase que diariamente para a população do estado de São Paulo. Por isso, o atraso acaba ocorrendo. Os Correios estão tentando buscar soluções, como um aluguel de um imóvel dentro do Aeroporto Internacional de Guarulhos, que agilize o procedimento de recebimento e vistoria pela receita federal, mas não há prazo para que isso se concretize.

Para piorar, como o vendedor do exterior em sua maioria é honesto, com a grande quantidade de reclamações brasileiras de não recebimento de seus pacotes, devolve o dinheiro, mas não envia mais nada para o Brasil, ou irá enviar somente nas modalidades mais caras de frete (com rastreamento e seguro), tornando o valor de frete para um simples CD próximo a 30 reais. Sem contar que o próprio frete no nosso país, é um absurdo. Um frete de um PAC que vai de Porto Alegre a Boa Vista (3792 km) custa R$ 100,00 reais e leva um mês para ser entregue. Se for por Sedex, o valor vai a R$133,80, e o prazo diminui para 2 dias. Pegando os Estados Unidos como exemplo, uma encomenda tipo Sedex por lá, que vá de Nova Iorque até San Francisco (4133 km) demora os mesmos 2 dias, mas custa apenas 20 reais, no máximo!!!

Postagens no Facebook, falando sobre entrega de discos com atrasos inacreditáveis

Seguindo nessa comparação Brasil / Exterior, volto para o número de lojas especializadas. Parece que por lá também está diminuindo, mas não com tamanha intensidade como aqui no Brasil. E, ao contrário de nosso país, os sebos ainda permanecem na ativa. Tive a oportunidade de conhecer belos sebos na Europa (Bélgica, Espanha, França, Grécia, Holanda e Itália), todos com produtos em boas condições e com preços honestos para a qualidade do que estava sendo exposto. Dá vontade de levar as lojas inteiras. A organização dos discos, a limpeza, a conversa com o dono, são atributos que em quase tudo o que fui de loja pude verificar em uma qualidade muito acima de nosso país. Mas, se comprarmos muitos discos, corremos o (grande) risco de sermos taxados quando voltarmos ao Brasil, o que também vem acontecendo com relativa frequência.

Ao mesmo tempo, conversando com vendedores do exterior, é notável a diferença na forma de venda dos discos. Detalhes como a edição que está sendo vendida, se é relançamento ou não, se é um disco que está arranhado ou com capa rasgada, encarte faltando, enfim, há uma honestidade muito grande, para garantir que o comprador está levando exatamente o que ele quer para sua coleção, e não fazer com que o mesmo saia frustrado ao levar um disco que ele procurava com capa tripla e encarte, na versão capa simples e sem encarte.

Postagens com reclamações de entregas dos Correios

Enfim, teria outras questões para abordar, mas deixo o espaço dos comentários para podermos ampliar essa discussão, e claro, aqueles que discordarem de mim, fiquem à vontade para jogar as pedras. Repito que ainda há locais interessantes para comprar discos no Brasil, que um bom garimpo ainda dá para ser feito em locais específicos, só que isso vem diminuindo quase que exponencialmente. Por favor, não deixem de opinar. Afinal, sou só eu que sinto-me um colecionador frustrado em nosso país?

75 comentários sobre “A dura vida dos colecionadores no Brasil

  1. Até estalei os dedos antes de comentar. Concordo plenamente com tudo que foi escrito no artigo. Parei de colecionar discos há mais ou menos um ano. O último que adquiri foi o The Inner Mounting Flame, da Mahavishnu Orchestra.

    Foram vários os motivos que me fizeram abandonar um dos meus hobbies preferidos, mas basicamente dá para resumir todas as razões entre as que foram apresentadas ao longo do texto.

    Aqui em BH era possível encontrar álbuns em bom estado e por um preço acessível até mais ou menos 2012, 2013. De lá pra cá os preços aumentaram consideravelmente. É praticamente impossível encontrar um vinil com a capa sem rasgos e com encarte por menos de R$ 80,00. Os lojistas enlouqueceram?

    Outro problema que me fez desistir de colecionar discos foi a desonestidade dos comerciantes. Por exemplo, na última vez que eu fui à Galeria do Rock daqui de BH, ocorreu comigo algo parecido com o relatado no artigo. Escolhi o CD, perguntei o preço (nenhum álbum da loja continha o valor na capa), a menina olhou pra mim, olhou pro disco, olhou pra mim novamente, olhou para o disco de novo e disparou: 50 reais por um Inner Mounting Flame nacional usado. Pirei. No final das contas consegui uma redução de quase 50% e levei por 30 reais. Ou seja, o vendedor primeiro analisa o cliente pra ver se consegue tirar alguma vantagem dele, o que é uma palhaçada absurda.

    Entreguei-me ao streaming desde então e não me arrependo. Hoje pago 17,90 por mês para ter à disposição uma infinidade de discos para escutar. Quantos álbuns em bom estado dá para comprar pelo mesmo preço hoje no Brasil? Praticamente nenhum.

    Só me resta dar boa sorte pra quem ainda encara essa aventura ingrata de colecionar discos. Eu abandonei o barco mesmo e não me arrependo. Por último, fica a crítica aos lojistas: não adianta lamentar em matérias de jornais que o streaming está “matando” a música. As pessoas querem escutar discos legalmente, mas não vão se submeter a gastar rios de dinheiro em um vinil sujo, sem encarte e arranhado (em certos casos), só porque o LP “voltou”, o que pra mim é apenas uma manobra do mercado fonográfico para aumentar descaradamente o valor dos discos. E por fim, lojistas, respeitem os poucos clientes que têm e tratem de estudar. É constrangedor quando uma pessoa que tem menos de 30 anos como eu parece conhecer mais do que alguém que aparenta estar na casa dos 60 e trabalha vendendo discos.

    1. Valeu Diogo. Tomara que você possa voltar a colecionar em breve. Eu não aderi ao Streming por várias razões, e uma delas é a sensação de “mexer” com o vinil/CD. Mas confesso que sua fala de 17,90 e acesso a vários discos é um belo motivo.

      Queria entender como que, em promoções, os CDs chegam a ser vendidos por menos de 10 reais. Um amigo meu, que trabalhou em fabricação de CDs, comentou uma vez que o custo de um CD, com encarte e tudo mais, não sai mais de 5 reais. Poderiam muito bem vender CDs por 15 reais. Iam alegrar muita gente, e ganhar uma graninha. Mas não, preferem ganhar rios de dinheiro imaginários, já que pouca gente banca 50 pilas num lançamento …

      Abraços

      1. E olha que eu nem comentei dos Correios. Eu compro praticamente tudo pela internet, principalmente livros. Acho muito prático. Porém, atualmente, tenho que comprar algo pra ler assim que a encomenda anterior chega à minha residência, caso contrário, se eu esperar terminar de ler um livro para comprar outro, posso ficar até três semanas sem nada de novo pra ler, como já aconteceu. Antigamente dava pra pagar por um livro na Estante Virtual e dois dias depois ele estava no meu quarto. Hoje em dia a espera pode chegar aos 20 dias. Imagina importando?

    2. Realmente a moça te sacaneou amigo, respeito sua opinião mas não largo minha coleção de lps por nada hehehe . Boa sorte p vc um abraço.

  2. Eu infelizmente tive que parar também de importar tanto pelo fato que meu dinheiro encurtou mas ainda mais pela entrega falha dos nossos Correios. Não posso arriscar pagar em um cd que eu não faço ideia de quando vai chegar. Isso me desanimou quando fiz uma encomenda de 4 cds há uns 3 anos e nem sinal de vida por aqui. Daí pagar pelo frete mais caro fica inviável. Volto quando isso se resolver.

    1. E pior, hoje os não-rastreados estão sendo “jogados” na caixa de Correios de qualquer jeito. O que tem aumentado de reclamações de discos/CDs quebrados na entrega, não é mole não.

  3. Fui colecionador por quase 50 anos e vendedor há mais de 10 anos. Fui dono de sebo e vendo por internet. Gostaria de me manifestar pois enxergo os dois lados, mas a matéria e os comentários já taxam o vendedor como filho da puta sacana. Então desanima.

      1. Diego, e isso aqui?

        “Sim, há vários sebos que são ótimos de se garimpar, com uma bela organização, ambiente adequado, plásticos novos (não vou fazer merchandising de nenhuma loja aqui, mas posso indicar nos comentários, e aceito indicações também),”

    1. Nem todos meu caro, nem todos. Deixei claro isso no texto, e você, com a Siri da Gaita, é um belo exemplo de vendedor honesto, que cobra o preço justo pelo produto, e melhor, conhece o que vende.

      1. Belíssimo texto amigo, achei super divertido, só discordo do que vc fala sobre desorganização, pois é nesses casos em que o garimpo é mais emocionante, boa sorte abração.

  4. Eu falo isso há anos e muitos me olhavam com desdém…

    Desde a ‘volta’ no vinil, os preços são ridículos, é como pagar 200 Reais numa camiseta da Nike que custa 1 real pra ser feita…

    Eu não compro mais LP, salvas exceções quando os preços são justos, o que não é comum. Mas ao mesmo tempo a moda do Vinil já está em queda e eu dou 2 anos para que morra também. Por aqui na Polônia já vejo vários e vários títulos de grandes gravadoras sendo vendidos por 50 zl, novo e lacrado (o preço ‘normal’ é de 100 zl). Em promoções chego a pegar por 35 zl.

    Por isso continuo comprando meus cds alegremente, não pago mais de 20 reais em quase qualquer título que quero, novo. Usado então me canso de pagar 1 euro por título, que todo mundo conitnue comprando LP e que o preço do cd caia!

    Quanto às lojas, sinto falta, mas são muitas as lojas fantásticas aqui desse lado do mundo. No Brasil nunca foi bom, a diferença é que antes os preços eram baixos.

    Eu comprava discos há 15 anos atrás porque eles eram baratos. Com 10 Reais voltava com 10 discos pra casa e podia conhecer mais música nova, com o cd isso não era possível. Essa coisa de ‘LP é melhor’ só fodeu com o colecionador, que em grande parte, é o culpado pelo ‘vinil é melhor’. Hoje paga caro pelo achismo.

    Segue o jogo, eu com 100 LPs e mais de 1500 cds, não volto a comprar LP com afinco antes que os preços voltem ao normal (o que vai acontecer logo, toda moda morre). Mas se isso não acontecer, tchau tchau vinil, de novo…

    Só a título de curiosidade, os LPs por aqui também são caros, mas nada chega aos pés do Brasil, o país da vantagem!

    1. O país da vantagem, bela frase Diego. E belo relato. Realmente, aí na Europa a coisa é diferente. E fico contente em saber que os preços estão diminuindo por aí. Acho que o vinil não vai morrer em dois anos. Talvez demore um pouco mais. O que me assusta é que a quantidade de lançamentos em “material” vem diminuindo. Para se ter ideia, o novo do U2 saiu aqui no Brasil em tiragem normal de 3000 cópias. Isso era tiragem limitada nos anos 80 …

  5. Comprar vinil ocupa muito espaço em casa, assim como o cd. Prefiro ouvir as musicas no youtube mesmo. Prático e de graça! rsrsrs

  6. Acho que a matéria tem fundamento, mas concordo em partes. Na minha opinião o que mais me desanima mesmo, de fato, é o problema para entrega dos Correios. Ë muito ruim você pagar caro por uma coisa e não saber quando vai chegar e se vai chegar. E parece que quanto mais o tempo passa, pior fica.

    A questão do preço também é desanimadora, mas entendo é que é uma “fase”. Basta ver que disco de vinil tá caro em todo mundo, não só no Brasil. Mas aqui é tudo potencializando, como já comentaram aqui. Eu só acho que a “industria” vai acabar matando seu próprio produto mais uma vez: o vinil começa a dar sinal de vida, sobem o preço absurdamente (dos discos novos) e logo todo mundo abandona as coleções.

    1. Tenho comprado bastante do exterior, vinis usados com preços entre 3 e 10 euros. Não acho isso caro.

      1. Onde vc encontra a esse preço?
        Eu parei de usar em definitivo o Ebay desde que eles começaram a cobrar o imposto direto na compra. Mas antes quando o dolar já estava por volta de 3 eu já tinha desanimado pois é difícil competir com quem ganha em dolar, euro ou libra e não paga o frete que pagamos.

      2. De fato de 3 a 10 não é caro, dependendo do titulo e do estado do disco/capa, etc. Mas se você comparar, provavelmente antigamente esses discos de 10 euros deviam estar custando uns 4 ou 5. E discos novos então nem se fala. Mas concordo com você que aqui meio que passou dos limites, tem gente cobrando preços irreais. Porém se tem quem compre…

      3. Fernando, tenho pegado muito no discogs e no ebay chinês. Mas tem que ter um bom tempo para procura.

  7. A baratos a fins na galeria do rock em são paulo é um exemplo de organização

      1. Nunca comprei nada na Baratos Afins (com exceção dos CDs lançacos pela própria loja, como Mopho, por exemplo) exatamente pelos preços.

        Lembro de quando ia na Galeria 2x por mês e todos os discos custavam mais de 15 Reais, com o preço médio de 30. Os mesmos discos eu encontrava nas outras galerias em bom estado por 5…

  8. Quando vi o título dessa publicação, imaginei que os comentários renderiam (pelo bem e pelo mal) e apareceria mais gente que encontra as mesmas dificuldades. Não me enganei. Nunca me considerei um colecionador, mas, até alguns anos atrás, costumava comprar meus disquinhos por aí, em uma quantidade muitíssimo menor que a do Mairon, mas maior que a grande maioria da população. De certa forma, parei. Com raras exceções (algum lançamento especial ou novo de algum artista que eu realmente admire), nem me dou ao trabalho de garimpar. Sim, ter o produto físico é bom, mas minha sanidade financeira é muito mais importante. Feliz é quem pode fazer essa opção. Eu não posso.

    Ainda consegui pegar um período relativamente bom na década passada, quando comprei algumas dezenas de vinis e vários CDs usados por preços honestos e em condições dignas. O valor mais comum era 10 reais, mas comprei muita coisa por menos, até por 1 real, e em estado decente. Tenho discos que me custaram 10 e hoje facilmente estão custando o triplo, o quíntuplo ou até mais. Desde essa época fui aprendendo a lidar com os lojistas e diferenciando os malandros dos honestos, especialmente aqueles que botam o olho em ti e julgam sua capacidade “intelectomusical” pela aparência e pelo jeito de se expressar. Há (havia?) alguns caras legais (em Porto Alegre, destaco os lojistas dos andares superiores da Galeria Chaves), mas há também figuras execráveis (prefiro não mencionar), incapazes de realizar um atendimento digno, lidando com o cliente como se estivessem fazendo-lhes um favor. Sebos bem organizados e sebos que são um suplício para alguém que, como eu, tem rinite. Feiras geralmente eram furadas, pois apenas centralizavam o ponto de venda de lojas que eu já conhecia, sem nenhuma vantagem que não a logística. Talvez a vantagem fosse apenas a dos lojistas, não sei. Lojas grandes valiam a pena pela possibilidade de encontrar discos com valor promocional escondidos em meio a tantos outros. Nas últimas vezes em que tentei essa aventura, foi só decepção.

    Não concordo com o que o Diego disse acima sobre o Mairon não ter mencionado a possibilidade de haver vendedores honestos, mas, de resto, concordo com quase tudo que ele escreveu. Esse papo sobre a superioridade do vinil é um grande exemplo de como o próprio colecionador ajudou a cavar sua sepultura, elevando o fator fetiche e ajudando a inflacionar o valor de troca de muito material que estava encalhado e não saía nem pelo valor de uso. A turma do jornalismo musical também tem muita culpa no cartório, inflando esse senso de “volta do vinil” de uma maneira que, observando em retrospecto, até soa infantil de tão obviamente (e involuntariamente) perniciosa que seria.

    Quanto aos Correios, bem, se algum dia foi um serviço bom e confiável, acho que foi bem antes de eu começar a precisar dele. É claro que isso não ocorre apenas com os discos. Esses tempos comprei algumas camisetas dos EUA e só fui receber meses após o prazo tido como habitual. Inclusive havia perdido a esperança, pois a encomenda aparecia como se tivesse saído de Curitiba em direção a Porto Alegre sem jamais ter chegado, isso dois meses antes do recebimento. Conversando com o entregador, ele disse que, em razão do grande volume, a chegada da encomenda só tem a chegada “batida” no sistema na hora de ir para a rua fazer a entrega. Mas essa ainda ficou pequena em comparação com um CD do Bruce Springsteen que levou um ano e meio para aparecer (já havia até desistido e estranhei quando o recado para pegar chegou na caixa de correio). Já teve vez em que pedi reembolso ou reenvio de uma encomenda que não chegou, a loja reenviou e acabaram chegando os dois. Senti-me até mal pela situação, pois mandar de volta seria um esforço ridículo a se fazer. Não à toa, essa mesma loja nem vende mais para o Brasil. Pelo menos tentei há uns três anos e não consegui. Desde então, nunca mais.

    E falar da malandragem intrínseca que perpassa nossa brasileira existência? Ihhh… Aí já é assunto demais…

    1. Diogo, vou responder teu comentário por partes. Primeiro, obrigado pela contribuição. E legal que tá rendendo.

      O que temos então

      “Há (havia?) alguns caras legais (em Porto Alegre, destaco os lojistas dos andares superiores da Galeria Chaves), mas há também figuras execráveis (prefiro não mencionar), incapazes de realizar um atendimento digno, lidando com o cliente como se estivessem fazendo-lhes um favor. Sebos bem organizados e sebos que são um suplício para alguém que, como eu, tem rinite.”

      Na Galeria Chaves, o Luís (Classic Rock) era o melhor vendedor que tinha. Loja bem organizada, um conhecedor de música e bom desconto. O Edson (Tamba) foi excelente nos anos 2000, mas depois que se voltou para o mercado de brinquedos, a Tamba nunca mais foi a mesma. Nem sei como está hoje.

      Sebos bem organizados em Porto Alegre hoje são raros. Na verdade, o do Rogério (na Santo Antonio, não lembro o nome) e a do Ivan (Stoned Discos) são muito bem organizados.

      A Boca do Disco, apesar de entender que muita gente não curte o Getúlio, foi boa por muito tempo. Agora, ele acumulou muito disco, e lá, quem sofre de rinite vai ter problema. Sebos horrorosos em Porto Alegre encontram-se em diversos locais, principalmente perto da rodoviária e no viaduto da Borges.

      As feiras em Porto Alegre nunca renderam para mim. Preços ainda mais caros que nas lojas, pouca variação, enfim …

      1. O Edson é o que eu sempre achei mais gente fina. Dependendo da quantidade e mesmo do que eu tinha pra gastar, dava um descontinho. Sei que ele andava variando de ramo e com interesse maior por comprar brinquedos usados do que por discos, mas faz anos que não boto os pés na Tambe, então não sei a quantas anda a situação. E sim, a Stoned, do Ivan, é uma loja mais organizada mesmo. Comprei muita coisa com ele.

      2. Era muito legal comprar com ele. Quando a Talita tava lá, as vezes o Júpiter Maçã também estava, e trocar um papo com o Júpiter era ótimo (doido demais). Depois que ele enveredou para o mundo dos brinquedos, não fui mais lá. Aliás, nem sei se a Tamba ainda existe …

    2. Prezados seguidores,Em 1984 desempregado e sem perspectiva de trabalho fui atravez de um amigo ate a loja Gramophone aqui no RJ e consegui uma vaga de vendedor, era aquele roqueiro de NITEROI que teve a chance de começar a comprar discos aos 10 anos de idade, la na Modern Sound na Barata Ribeiro com o Pedro; um dos caras mais corretos que coinheci na vida inclusive me dando varias oportunidades de adquirir discos e equipamentos de audio muita das vezes parcelado devido ao meu baixo numerario. Foi uma experiencia extasiante atravez da Dna Leia que tinha um bom conhecimento de musica classica e vinha tambem de outra grande loja do Rio a Toc Discos so que mais povao. Fomos a primeira loja a introduzir o CD no Rio, lembro que os discos nao tinham capa nem contra capa e os titulos eram populares, como Guilty da Barbra Streisand so da CBS. Trabalhei durante aproximadamente 06 anos, fiz grandes amizades, aprendi muito com grandes colecionadores a maioria de Jazz. Concordo plenamente com tudo que foi dito, mas, no Brasil a maioria dos empresarios nao tem respeito pelo consumidor, na Gramaophone fui demitido quatro vezes sempre por tornar partido dos meus clientes, meu patrao era um sujeito arrogante que achava que todos os clientes eram lixo, por cosidera na epoca um numero aproximadamente de quinze mil discosnao me desfis de minha coleçao principalmente por ter um excelente pre e power e um toca discos Lynsondeck extraordinario. Hoje vejo o que na epoca ja se discutia a qualidade superior do vivil em relaçao ao CD. Quanto a aquisiçao me recuso a comprar discos do brasil, nossas gravadoras nunca tiveram respeito pelo consumidor, capas ridiculas, sem qualquer tipo de informaçao ao comprador, sem falar na massa do vinil, algo absolutamente ridiculo. Hoje tenho uma outra vida aos 60 anos sinto muita saudade da hora do almoço em que recebia grandes executivos na loja em que eu era saudado com simpatico educado e sempre colocando o meu cliente em primeiro lugar.

      1. Caro Carlos, muito obrigado por seu comentário. A Modern era uma loja sensacional, uma das melhores que vi. Comprei muito por lá. Uma pena que você tenha passado por decepções, e pior, que ainda estejamos passando por dias bem complexos na música nacional. Aliás, não é só na música. Nosso país tá afundando em mediocridade dia após dia …

        Abraços

  9. Infelizmente, tive de desistir de comprar discos no exterior, pois, desde o ano passado (2017), praticamente toda compra que fiz, seja qual o país de origem, não chegou até mim. E, se eu contar de junho de 20107 para cá, posso colocar como 90% das compras “perdidas” pelos correios, depois de chegar no país. recentemente, comprei alguns vinis de uma loja virtual de Recife, um vendedor bastante honesto e interessado em fidelizar o cliente, tanto que troquei diversos e-mails com ele antes de os discos chegarem, sendo ele sempre atencioso e prestativo. Digo diversos e-mails porque a compra levou, simplesmente, quatro meses para sair de Recife e chegar a Porto Alegre, onde moro. Quatro meses! E, após receber a encomenda, ao tentar fazer uma outra, fui surpreendido com um custo de frete de mais de 100 reais, sendo que estava comprando um DVD de menos de 50! O próprio lojista me recomendou não comprar, pois o frete (que, segundo ele, é estipulado pelos correios), estava absurdo! Assim não tem como seguir comprando discos, nem mesmo do mercado interno!

  10. Sem mencionar os preços abusivos que as lojas virtuais não especializadas (americanas, saraiva, fnac, etc) cobram pelos vinis! totalmente fora da realidade! E o interessante é que, quando chega a “black friday”, os mesmos discos ganham “descontos” de até 80%. Como pode um desconto destes? E porque não vender durante todo o ano por um preço mais em conta, mas vender, ao invés de colocar a venda por um preço extorsivo e ficar com o produto encalhado?

    1. Pois é Micael, comentei isso acima. Queria entender como que, em promoções, os CDs chegam a ser vendidos por menos de 10 reais. Poderiam muito bem vender CDs por 15 reais. Iam alegrar muita gente, e ganhar uma graninha. Mas não, preferem ganhar rios de dinheiro imaginários, já que pouca gente banca 50 pilas num lançamento …

  11. Mesmo em alguns sebos, os vinis que antigamente eram “normais” viraram “raridade” de uma hora para outra, e, se você reclamar com o lojista, ele diz que “tem quem pague”, embora o disco fique encalhado por lá anos e anos. Algo que, sinceramente, não consigo entender!

  12. Voltei para o vinil no ano passado. E retomei a compra de CDs. Mas concordo com tudo escrito no texto. As lojas são sujas, vendedores desinformados e preços exorbitantes. A única exceção foi a Baratos Afins na Galeria do Rock em SP onde comprei um álbum triplo do Paul McCartney (Wings Over America). A exceção no caso é pq eles são mais organizados e limpos. Mas o preço… 240 reais neste álbum. Mais barato que no Mercado Livre mas mesmo assim muuuuito caro… Desanimei com os vinis.
    Não foi falado das feiras de venda de discos que estão acontecendo em alguns lugares. Este mês mesmo teve uma feira na Rua Augusta em SP. Nunca fui. Será que dá para achar coisa boa e barata?

    1. Tarcísio, obrigado pelo comentário. Paguei 12 reais no meu Wings Over America, os três com encarte, em um sebo do Rio de Janeiro onde fazer garimpo exige paciência e controle da respiração. Mas isso em 2007. Acho que hoje, nesse mesmo sebo, encontraria o mesmo disco por 45 reais. Ainda é um bom preço, mas para quem pagou 12, foi muito. E confesso que comprei muita coisa nesse sebo, já que os discos variavam de 1 a 5 reais o preço ….

    2. Essas feiras são boas opções porque geralmente vai muito vendedor sério e os discos são bem organizados, não é tão complicado encontrar o que se procura. Também se acha bons preços e geralmente os vendedores dão descontos.

    3. ola Tarcisio. la nos primordios como disse ao Mairon a Industria fonografica caga e anda pro consumidor. Hoje voce tem o auxilio da internet pra tirar duvidas e evitar as arapucas, Veja bem, começamos aqui no Brasil com a alavancada do VHS, eu mesmo vendia uma quantidade exorbitante por dia (Era em torno de Quinhentas unidades diarias) um verdadeiro inferno, tendo em vista a nota fiscal que na epoca era na escrita uma a uma. Uma verdadeira febre , panassonic e JVC lideravam o mercado na epoca em que o dolar batia nas alturas. Logo logo os japoneses que lideravam a tecnologia de video com a fobia do VHS partiram para o Laser Disc. Eu mesmo ainda tenho aparelho e um torno de 200 unidades,Como o LP, decidiram que quem morava em apartamento encontrava uma dificuldade muito grande em termo de armazenamento, portanto lançaram o CD e posteriormente o DVD.A sony electronics firmou contrato de selecionar seus equipamentos por area (Atitude covarde ao consumidor. Finalmente na atualidae lançaram o blu ray que ao meu ver so algumas ediçoes de blu ray audiio vale a pena, Agora nao satisfeitos lançaram o 4K. Note bem a dança das cadeiras com o consumidor. quem investiu no VHS foda-se, quem investiu no LD foda-se, decidiram finalmente que a grande maioria nao sairia do LP para o CD . Nao tem jeito amigo hoje o bom rock and roll e refem de remasterizaçoes ridiculas e na maioria das vezes o que eu chamo de caça niquel. Viva a pirataria para aqueles que foram enganados e vao continuar sendo pela Industrias Fonograficas. Com todas quebradeiras que ouço falaro meu protesto e para todos colecionadores ou nao que estas Industrias se fodao; Abraços

  13. Os discos que quero ter vou lá e baixo e depois os gravo em mídia física e ouço até cansar. Não tenho problemas com preços, vendedores chatos e arrogantes, correios, etc, etc…Como não tenho fetiche nenhum e me interesso apenas pela música, este meu modo de agir me basta! Qual a diferença entre ouvir um disco em vinil ou gravado em cd-r? Talvez eu seja meio tosco, mas para mim que estou interessado apenas na música a diferença é tão pequena, que eu acabo agindo baseado na comodidade…

    1. Então Cleibsom, vejo muita gente seguindo esse caminho. Eu já aprecio pegar um disco como o Just a Game (Triumph) e me prestar a jogar o jogo que vem na capa interna do gatefold com meu enteado. Ou então ler toda a decifragem das letras do Elomar no Fantasia Leiga para um Rio Seco. Mas é fetiche mesmo …

      1. Sim, cara, é um fetiche! Eu não julgo ninguém e cada um que colecione o que quiser, mas esse fetiche não tem nada haver com música e no fim, para mim, é ela que importa. Pelo menos você não se julga superior à ninguém apenas por ouvir música em sua forma “original”, seja vinil ou cd…

      2. Exato, ninguém é melhor que ninguém. O importante é curtir música na paz. Afinal, ela ajuda bastante!!

  14. Ah! Essa é clássica Micael, já ouvi muito essa frase “tem quem pague”. Tem uma loja na Galeria em SP que alem de atender mal pra caramba o cliente, ainda solta esse tipo de frase. Pois bem, lá não compro nunca mais, mesmo sendo uma loja gigante e com muitas variedades, já vi muita gente metendo o pau neles justamento pelo tratamento que é dado ao cliente.

    1. Lojas da galeria do rock que só querem lucrar tem várias. Mas a que mais me impressionou é uma que vendia CD e DVD pirata como se fossem novos!!! Essa nunca mais boteis os pés (e era que famosinha na região, com propaganda na Rock Brigade e tudo mais)

      1. Cheguei a comprar CDs piratas antes da era de ouro da internet Banda Larga (2002/2003), títulos que nunca foram lançados em CD e que os LPs chegavam a custar 500 Reais. Coisas como o Pirata d’A Barca Do Sol, Paêbirú do Zé Ramalho e Perfume Azul Do Sol. Esses discos eram muito bem pirateados, mas depois dessas comprar fiquei pensando comigo mesmo que eu estava ajudando, de uma forma ou outra, com a pirataria. Ai parei.

        Essa loja chamava Araçá Azul, na galeria do Rock em SP.

        Agora, a que eu nunca mais botei os pés foi a loja do lado, a Aqualung. Os caras vendiam cds piratas na caruda, copiados de cds importados e tinham a pachorra de cobrar 25 reais por cd…

        Uma vez queria o, então, disco novo do Flower Kings, Paradox Hotel, e pedi lá pra ver quanto saia o importado, eles me disseram 100 Reais (ou algo assim), quando eu respondi que tava caro demais pro meu bolso recebi um ‘se você quiser podemos fazer uma cópia pra vc, sai 30 Reais’…

        Nunca mais comprei lá

  15. Vou fazer um comentário extra que acabei esquecendo no anterior.

    Fui ao Brasil em Abril à trabalho, então não tive tempo de garimpo, salvo dois sebos, um em Lages, o Sebo Marechal (maravilhoso, recomendo) e outro em Curitiba (me fugiu o nome, mas fica próximo do Shopping Curitiba) (ótimo também).

    Já que não tive tempo, tive que me contentar em ir nas várias Lojas Americanas de Shoppings de diversas cidades (Lages, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba). Achei que isso ia me render uma coisa bem simples e que eu queria: comprar discos fáceis de achar no Brasil mas que aqui na Polônia são impossíveis de achar. Coisas que todo mundo tem como Legião Urbana, Titãs, Paralamas, etc.

    3 anos atrás quando estive no Brasil e visitei duas lojas Americanas foi fácil encontrar esse tipo de disco e comprei alguns. Dessa vez…

    Não há ABSOLUTAMENTE NADA nas lojas com exceção de MPB, Sertanejo universitário e Funk. Vejam bem, não tenho nada contra esses estilos, de verdade, cada um ouve o que gosta, mas Sertanejo e Funk, por exemplo, tem o público que menos se importa com mídia física. Já ouviram alguém falar que comprou o último cd do Jorge e Matheus ou da Anitta? Não, por que esse público ouve online e é assim que é. Então as Americanas apostarem nesse estilo pra vender CD é simplesmente… fora da realidade.

    O máximo que consegui foi achar uma Cássia Eller, uma Zizi Possi e um Milton Nascimento. De resto a Saraiva que eu visitei em Floripa foi muito melhor.

    Acabei voltando com 15 discos pra casa, mas só 3 das Americanas, o resto de Sebos. Queria comprar cds novos, mas…

    Ah, outro adendo, QUE PORRA aconteceu com os cds no Brasil? Comprei dois cds da Legião Urbana na Saraiva bem baratos (10 Reais), novos, lacrados. Abro os cds e a impressão… meu Deus, parece a porra de um CD pirata… as grandes gravadoras fodendo com o pessoal legal e depois não sabem porque CD não vende mais…

    1. Cara, as Americanas estão praticamente “fabricando” seus CDs, e pior, tem muita gente comprando isso. DVD então, os caras tão baixando do youtube, colocando num cartãozinho impresso e vendendo como a 8 maravilha do mundo. E tem gente que compra …

  16. perfeito seu texto mairon, ja diminuí muito as compras devido a todos esses fatores citados, isso ferra com qualquer animo de comprar, vinil mesmo o ultimo que comprei foi o primeiro do bad company por 5 pila numa cidade turistica do litoral do parana em janeiro, de resto, vou ouvir o meu acervo e lembrar de como eramos felizes no passado .

    1. Ainda encontro discos baratos em alguns sebos do Rio e de Porto Alegre, porém, em estados no mínimo de chorar. O último disco realmente barato que comprei aqui no Brasil foi o Ópera do Malandro, por 15 reais, com encartes, em um sebo de Copacabana. Mas tenho aproveitando promoções da Cultura e Saraiva em termos de CDs. Daí vem novamente a pergunta: “por que não fazem a venda dos CDs com preços acessíveis mais frequentemente?”

  17. Bom, por ser colecionador, me identifiquei completamente com tudo que foi dito no texto. Estive no Rio de Janeiro semana passada, dei uma passada no Barra Shopping e descobri que a Fnac fechou, uma loja onde eu ainda conseguia encontrar cds como Loki, Acabou Chorare e Tropicalia ou Panis et Circencis por 15,00. Depois fui até a Saraiva e descobri que o setor da loja destinado à música foi reduzido para menos da metade do que era antes e o que se encontra atualmente é lançamento de duplas sertanejas ou artista revelação do momento da rede Globo. No dia seguinte fui à uma galeria da Tijuca com três lojas de cds, dvds e lps especializadas em rock em todas suas vertentes, lojas que, num passado não muito distante, costumava sair com sacolas abarrotadas. Para o meu espanto, qualquer cd importado não saía por menos de 90,00, alguns por 110,00 e 120,00 um cd simples. Acabei comprando quatro cds no saldão de usados e olhe lá. Quanto aos LPs, um usado “barato” saía por 40,00. Desanimei. Quanto aos correios, estou no aguardo de um cd comprado no Ebay em novembro/17 da Inglaterra sem rastreio que já estou dando como extraviado e por fim um box comprado em janeiro/18 dos EUA que gerou um código iniciado em UM não rastreável no Brasil. Tá complicado meus amigos, mas parar de colecionar jamais.

    1. Então Tiago, recebi ontem e hoje encomendas que havia dado como perdidas, que foram compradas na black friday do ano passado, vindas da Europa. Há esperanças. Abraços

  18. Vou dar o meu pitaco. Aqui no Rio, fui criado com inúmeras lojas discos em cada bairro, ás vezes uma por quarteirão. Com a chegada do CD, as ofertas ficaram absurdamente fáceis, muito embora os importados sempre fossem caríssimos. O próprio discurso recorrente à época induzia você a substituir os seus vinis pelo CD. Não fui muito nesta onda, e hoje, os meus vinis descansam em um quarto na casa da minha mãe. Quanto aos cds, fui comprando, trocando, escambando e, com a entrada do mp3, as pessoas também foram se desfazendo de suas coleções, por mais absurdo que possa parecer. Nos sebos da vida, fui encontrando ótimos títulos a cinco, três, um real. Porém, agora parece que o troço vai virar de vez. Mesmo sebos bacanas no centro do Rio vem “saldando” discos a preço de banana, isso quando as lojas não fecham. Pouco comprei para entregar aqui. Prefiro comprar na viajem ou pedir para alguém trazer, vale muito mais a pena. E, como sempre, as reclamações são as mesmas que li na matéria: preços exorbitantes, vendedores espertinhos e muito descuido com o material vendido. Uma pena.

  19. Também sou colecionador, afinal de contas sou brasileiro e não desisto nunca, mas realmente tem que ter muita força de vontade para continuar nessa. Compro com frequência no e-bay britânico, e enfrento todos os problemas relatados aqui. mas foquei nos Cds, porque vinil, sinceramente, não vejo vantagem, a não ser que você já tenha uma vastíssima coleção de algumas centenas no mínimo e queira apenas completar aqui e ali e garimpar alguma novidade. Vinis arranham com facilidade (experimenta escutar rock progressivo com o famoso ruído “plec-plec”), sua manutenção é complicada, aparelhos que toquem com um mínimo de qualidade custam os olhos da cara, o espaço em casa exigido é maior, os preços são irreais, e por aí vai. Respeito quem ainda curte os bolachões, entendo isso porque comecei a gostar de rock graças a eles, mas creio que esta volta, pelo menos no Brasil, se trata de modinha de hipster bobão (pleonasmo) e logo logo o pessoal vai cair na real.

    1. Então meu caro, eu coleciono vinil há muito tempo. CD nem tanto. Tenho 3000 e poucos vinis, e 1000 e poucos CDs. Tb acho que o vinil voltou como uma “fachada” de nostalgia, mas ainda sigo catando em sebos. E concordo com o que você falou. Espaço e manutenção são muito mais desgastantes para o vinil do que para o CD. Mas no geral, independente da coleção, vejo que o que relatei aqui vale para todas as coleções (vinil, DVD, CD, …). Procede?

      1. Sim, creio que no seu caso vale a pena. mas são poucos os que mantém ou mantiveram grandes coleções de vinis. O que eu critico é o colecionador “modinha” que paga 40, 50 pratas por um disco em más condições nestes sebos da vida, graças aos espertalhões de ocasião, só para “enfeitar” estante e posar de “moderno”. assim que sair de moda, eles vendem estas drogas por meia dúzia de tostões na primeira oportunidade que tiverem.

      2. Ah sim, isso é fato. Infelizmente. Mas tomara que a moda passe mesmo, e possamos ter preços justos em discos novamente.

  20. Sou colecionador também e sempre que posso estou comprando mais item para minha coleção (o dinheiro tá curto kkkk), além das lojas estarem sumindo outro fato lamentável são os vendedores picaretas, não estou falando daqueles que colocam preços astronômicos mais aqueles que vendem aquelas cópias piratas (russas) no mercado livre tem bastantes, tem um que posta os CD`s todos desmontados, eu comprei um CD desse vendedor e logo depois de uma busca no Discogs descobri a pilantragem, seu texto texto reflete bem o que é ser colecionador no Brasil, quanto aos Correios, o preço dos fretes são um absurdo, tem frete mais caro que muito CD por aí, fora a falta de cuidado com as encomendas, coleciono revistas de música também e muitas chegavam destruídas na minha casa, mesmo estando no envelope ´´Favor não dobrar“, hoje compro revistas e peço ao vendedor que ponha alguma proteção para evitar a destruição da revista pelos Correios, isso é realmente a dura vida dos colecionadores no Brasil.

    1. Meu caro Fernando, obrigado pelo comentário. E para piorar, agora o Mercado Livre está com taxas altíssimas de venda. Essa, que um dia foi a principal fonte de garimpo na internet, se tornou um local de fazer grana para alguns, e tirar grana de outros. Tanto que recebeu o apelido “Facada Livre” para descrever o que vem acontecendo por lá. Com isso, diversos vendedores estão desistindo de vender por ali. É mais uma junto com a demora e o descaso dos correios. Tá feia a coisa … Abraços

  21. Marion, parabéns pelo texto, que provoca tantas reações e reflexões. Cara, se vc tiver que indicar duas lojas em São Paulo que valem a pena visitar, quais seriam, na sua opinião, para MPB e Música Nordestina (CD’s e vinis)? Desde já, obrigado!

    1. Para MPB e Música Nordestina, indico ir em um grande sebo que há próximo da Av. Ipiranga, duas quadras da Galeria do Rock. Não lembro o nome daquele sebo, mas há muito material nacional ali por preço bem em conta. Saudações

  22. Bom dia. Comprei cerca de 500 vinis entre 78-95, com o dinheiro suado de estudante de classe média sem mesada. Voltei a comprar ano passado, com o dinheiro suado de professor. Estive agora em Valência e comprei 32 vinis na FNAC, quase tudo 180g com capa colorida, numa promoção 3×2. Paguei 324 euros ao todo. Nunca mais, nunca mais compro vinis no Brasil.

  23. E quando a esperança era comprar em sites com o ebay, os Correios tacaram uma taxa de R$ 15,00 sobre produtos importados.

  24. Achei fantasco.
    Eu tenho uma discografia de 1500 lp vinil para vender preço a cobinar.
    Abraços ZERAUL Fone 27997448070 aguardo contato ok

  25. Matéria de 2018, hoje 2023… e nada mudou pra melhor.. só piorou.. estou quase desistindo, atualmente compro na imusic, 3 dias esta no Brasil, 2 dias RF libera.. 15 dias no mínimo para chegar em SP/Capital, quanto aos valores pelos usados no Brasil.. simplesmente impraticável, peso de ouro para lixos..

    1. Pois então Paulo, esses dias pensei em refazer a matéria justamente para ver o que poderia ter melhorado, mas só vejo pioras. Seu comentário resumiu tudo o que pensei em escrever na nova matéria. Adiciono que a Imusic é exclusiva para produtos novos. Mas encontrar um usado hoje em dia com valor legal, é o Discogs e olhe lá. Nem ebay e amazon está legal de importar. Abraços

      1. Eu colecionava discos de rock há um bom tempo atrás…no fim, há uns 10 ou 13 anos atrás vendi minha pequena coleção (uns 100) por 4,00 cada ..hoje em dia vejo os mesmos discos que vendi, custando no mínimo 50,00 cada um….

        Mas voltei agora a colecionar novamente (porém compactos de reggae hehe), e fiz pela primeira vez, duas compras no discogs, uma já está em Curitiba, a outra faz 15 dias o cara não enviou e não responde minhas mensagens…. Será que o discogs tem alguma segurança igual o mercado livre?

        1. Eu compro bastante na discogs e tive poucos problemas. A única coisa que as vezes enrosca é que eu peço o rastreio para todas as vendas. Muitas vezes o vendedor não especifica que não tem registro pelo preço que ele cobra de frete e gera um desconforto. Precisamos do rastreio para caso passe da receita e os Correios cobrem o resgate (despacho postal) a gente paga logo antes de enviarem uma cartinha, demorar para chegar, para aí ficarmos sabendo que a encomenda tá parada lá

        2. Alcides, boa tarde. Infelizmene o Discogs nao tem um seguro como o Mercado Livre. Os vendedores internacionais são muito honestos, e caso você perca a compra, avise o vendedor imediatamente que (muito provável) ele lhe estorna. A questão de ficar parado em curitiba ainda está um caos, mas das compras que fiz esse ano, felizmente não tive problemas. Abraços e boa sorte

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