Melhores de 2019: Por Tuba Risteri

Valeu pessoal, aqui quem vos escreve é Tuba Risteri!
Confiram meu canal TUBA🤘METAL no Youtube, inclusive com um novo vídeo de grandes lançamentos de 2019 é só entrar nesse link.

Escolher os melhores do ano é uma tarefa árdua, principalmente de 2019, um ano recheado de inúmeros lançamentos excelentes, desde bandas clássicas até bandas mais recentes. Ouvi muitos lançamentos de rock/metal e suas vertentes e realmente separar dez ficou muito complicado, pois dos que ouvi, gostei de quase tudo. Cheguei a me perguntar como eu iria fazer a seleção pois eu poderia montar umas cinco listas com os dez melhores tamanha quantidade de álbuns que gostei. Minha lista foi baseada nos discos que mais me surpreenderam, que superaram minhas expectativas e até mesmo que me apresentaram novas bandas.

01. Possessed – Revelation of Oblivion

Essa banda extrapolou todos os limites de tempo sem lançar material inédito, pasmem, mas são 33 anos de espera e Jeff Becerra e cia trazem toda agressividade guardada nesse tempo à tona. O album começa com a intro “Chant of Oblivion “com sinos de igreja batendo ao fundo talvez remetendo ao debut Seven Churches um dos mais influentes da musica extrema, da intro em diante vem uma avalanche de riffs e solos além dos vocais gritados e rasgados de Becerra, são 11 faixas destruídoras de puro thrash/death. Quem esperava por um novo álbum do Possessed? Simplesmente sensacional, o disco que mais ouvi em 2019.

02. Tygers of a Pan Tang – Ritual

Veteranos da NWOBHM nunca foram uma banda grande, mas estão em plena forma e lançaram Ritual o substituto do excelente álbum de 2016. O disco é puro heavy metal, com riffs fortes, refrães marcantes e solos muito bem elaborados, a banda está em uma fase incrível. Para mim um prato cheio, pois adoro a banda e esse disco não poderia ficar de fora dos melhores. Vida longa ao Tygers!

03. Queensryche – The Verdict

Um dos discos que mais gostei de 2019, em seu terceiro lançamento com o vocalista Todd La Torre a banda soa melhor do que nunca, jovem, vigorosa e com esse trabalho só temos a certeza da consolidação dessa formação que voltou a me fazer ter interesse pela banda depois de 20 anos pelo menos. The Verdict tem excelentes músicas, muito bem trabalhadas e produzidas que me levou a querer ouvir a próxima faixa e depois a outra, a outra e quando percebi tinha acabado disco, sem dúvidas uma obra a ser apreciada.

04. Sacred Reich – Awakening

Outra surpresa de 2019 foi esse disco, pois a banda não lançava material inédito desde 1996. E não é a toa que Awakening saiu espetacular, muito bem produzido, músicas pesadas que hora soa thrash e hora heavy metal, solos matadores, me parece que elez juntaram varias bandas de thrash metal incluindo eles mesmo e bateram no liquidificador, o resultado foi Awakening, que figurará em várias listas desse ano.

05. Exhorder – Mourn the Southern Skies

Parece que as bandas que estavam na “geladeira” foram as que mais me surpreenderam esse ano. Esse álbum de 2019 é o terceiro da banda e lançado 27 anos após o segundo, após reuniões e pausas durante os anos, nos brindam com esse disco mostrando que o groove que foi tão popular com o Pantera nos anos 90 ainda está presente no som da banda, é um petardo atrás do outro, o som thrash soa moderno e ao mesmo tempo soa como a banda no inicio e além da excelente produção, esse som agressivo e com groove fizeram esse trabalho se destacar entre os lançamentos de thrash metal, gostei demais.

06. Xentrix – Bury the Pain

O thrash inglês nunca foi tão popular como o americano ou o alemão, mas sempre teve ótimas bandas e o Xentrix é uma delas, que apesar da pouca popularidade, idas e vindas, mudança de som, parece ter se encontrado e após 23 anos sem lançar nada nos brindou com o furioso Bury the Pain, disco digno de thrash metal, riffs matadores, peso e agressividade, que me faz adorar o estilo, esse álbum tem algo a mais do que outros do estilo mostraram, não esperava, mais um que foi surpresa.

07. Blood Incantation – Hidden History of the Human Race

Foi o disco que me apresentou a banda e o segundo de estúdio dessa banda de death metal de Denver (USA) formada em 2011. O álbum me surpreendeu com suas 4 músicas e cerca de 36 minutos de um death metal old school, técnico, com várias mudanças de andamento, tempos quebrados e um vocal gutural que tem um ar sinistro. As músicas variam de 5 a 7 minutos e finaliza com uma faixa de 18 minutos. É como se fosse um Dream Theater do death metal, a faixa “Inner Paths (To Outer Space)” em seu início me fez parecer estar assistindo a um filme de terror, álbum surpreendente que me fez procurar pelo debut da banda.

08. The Rods – Brotherhood of Metal

Pouco comentada mas essa banda de heavy metal norte americano formada em 1980 sempre me fez curtir seu som e não foi diferente com o novo álbum. A capa já faz referência ao seu grande clássico oitentista Wild Dogs, o som é hora heavy metal, hora rock n’ roll, um disco empolgante do começo ao fim que o fazem fluir muito bem, na minha opinião superior ao seu antecessor Vengeance (2011), um grata surpresa para meus ouvidos.

09. Dream Theater – Distance Over Time

Sempre fui um admirador do trabalho da banda, mas seu último álbum não havia me agradado, morno, lento e muito longo e desde desse eu pensava que a banda assim como em cada disco estava trazendo algo novo e diferente e que o próximo com certeza seria mais curto e mais pesado e não deu outra, esse novo trabalho dos caras tem músicas mais curtas, mais pesadas e obviamente aquela quebradeira com mil notas por minuto, além do mais está soando com muito mais feeling do que seus últimos 3 lançamentos, a banda parece ter se encontrado novamente e Distance Over Time é um dos melhores trabalhos que fizeram ao longo de sua carreira.

10. Vltimas – Something Wicked Marches In

Uma nova banda com seu debut, porém formada por veteranos do metal extremo. O supergupo formado por David Vincent ( ex-Morbid Angel) Rune Blasphemer (ex-Mayhem) e Flo Mounier (Criptosy) me deixou muito curioso para saber o resultado dessa junção, e não podia ter sido diferente, o álbum em seus quase 40 minutos de um death metal brutal, mostra que a banda é muito entrosada, há certas partes que o clima soa black metal, confesso que estava meio com pé atrás devido aos últimos trabalhos de Vincent, mas aqui ele acertou em cheio, uma paulada atrás da outra.