Consultoria Recomenda: Bandas femininas

Consultoria Recomenda: Bandas femininas
Karyn Kuhl
Karyn Kuhl (Sexpod)

Por André Kaminski

Tema escolhido por Davi Pascale

Com Diogo Bizotto, Fernando Bueno, Mairon Machado, Marco Gaspari, Ronaldo Rodrigues e Ulisses Macedo

O nosso “judeu” favorito do site (ele nega, mas esse sobrenome e a aparência não me enganam), Davi Pascale, foi o premiado dessa edição. O Consultoria Recomenda dessa vez traz uma postagem estrogenada. Só bandas em que todas as integrantes são mulheres. Tema fácil e agradável que curiosamente, bandas mais pesadas foram a maioria das escolhas dos consultores. Como eu sei que temos várias bandas que se encaixariam bem no tema, gostaria de ver ainda mais sugestões de bons discos nos comentários. Comentem as nossas e postem as suas lá embaixo, beleza?


Rock_goddess_rock_goddess

Rock Goddess – Rock Goddess [1983]

Por André Kaminski

Estava na dúvida entre elas e o Vixen, mas sempre dou preferência àquelas mais desconhecidas. Três gurias adolescentes tocando um heavy metal cru e pesado em uma época que o thrash – que se colocaria como o mais agressivo dentro dos inúmeros subgêneros do metal da época – ainda cagava nas fraldas. Registro impressionante para a época e uma das bandas mais pesadas da NWOBHM. Falem o que for, adoro esse vocal esgoelado de Jody Turner. A pegada instrumental então é excelente. Dentro desse disco há canções bangueiras como “Heartache”, hardeiras como “Love Lingers Still” e melodiqueiras como “Start Running”. Vá sem medo nesse primeiro registro das deusas do rock.

Davi: Esse eu também já conheço. Tenho os dois primeiros LPs delas. Assim como o citado Girlschool, é mais uma banda amada pelos fãs da New Wave Of British Heavy Metal. Esse álbum se tornou meio que cult entre os amantes do gênero. Como não poderia deixar de ser, seu som é cru, pesado e empolgante. “Heavy Metal Rock ‘n’ Roll” é considerada meio que um hino por muitos headbangers. Trabalho bacana…

Diogo: O Rock Goddess é uma das melhores indicações que deu as caras por aqui. As moças esbanjam garra em seu rock pesado de instrumental feijão com arroz, baseado em bons riffs de guitarras e melodias vocais que não são um poço de originalidade mas cativam, cortesia da guitarrista Jody Turner, que sabe ser agressiva na medida. Várias músicas merecem uma audição mais atenta, como “The Love Lingers Still”, “Take Your Love Away” (bom solo de guitarra) e “Satisfied and Crucified”. Cheguei inclusive a considerar a citação ao Rock Goddess.

Fernando: Mais uma banda da NWOBHM, porém ao contrário da Girlschool essa aqui não teve tanto reconhecimento. O som delas também me lembra outra banda do movimento, o Raven, pela energia em algumas músicas. Porém essa energia não impediu algo como a arrastada “To Be Betrayed”. Certamente a que mais gostei das que não conhecia dessa matéria.

Mairon: Metal mais cru e menos virtuoso que o Girlschool, com um vocal um tanto quanto chato, mas que no geral, não fede nem cheira. Não foi torturoso de ouvir esse disco, que é bem curtinho (meia hora e um pouco mais), mas não deixou nada de marcante nos meus ouvidos.

Marco: A vocalista dessa banda devia se decidir entre parto normal ou cesariana. O som até que é legal, os riffs convencem, mas o vocal parece de alguém que estourou a bolsa no taxi. Esgoelado demais. Se essas são as deusas do rock, sou ateu convicto.

Ronaldo: Se no sexo as mulheres valorizam as preliminares, na música, a impressão que eu tenho é que elas vão muito direto ao ponto. Era uma opinião vaga que foi se confirmando a medida em que fui trabalhando na audição destes discos do “Consultoria Recomenda”. O grupo Rock Goddess não foge dessa regra, entregando um som pesado logo no primeiro minuto e basicamente a mesma forma de cantar e tocar bateria no disco todo. Dentro do panorama do rock pesado oitentista algumas músicas funcionam despretensiosamente bem, como é o caso das guitarras dobradas em “My Angel” ou a cadência de “To be Betrayed”.

Ulisses: Assim como o Girlschool, outro grupo de NWOBHM, dessa vez um power trio bem sólido. A voz de Jody Turner tem a agressividade na medida certa, mas a maior parte das canções é sobre amor, sexo e traição, se bem que o disco termina com o hino “Heavy Metal Rock ‘N’ Roll”. No mais, é ‘all killer no filler’!


Sexpod disco

Sexpod – Goddess Blues [1997]

Por Davi Pascale

Karyn Khul, Tia Sprocket e Alice Genese formavam esse trio de rock alternativo de Nova Iorque. Descobri esse disco, na época, por indicação de um lojista. A banda era ótima. Tinha de tudo para despontar, mas não foi o que aconteceu. Goddess Blues recebeu bastante elogios da crítica especializada. Os críticos afirmavam ser um cruzamento de Soundgarden com Patti Smith. Declaração que sempre considerei um pouco exagerada, apesar de gostar do álbum. A influência de grunge é latente, com afinação baixa, bateria espancada. O trabalho é bem consistente. Infelizmente, esse foi o único full-lenght lançado pelo trio. Vamos ver qual a opinião de nossos amigos consultores sobre esse disco.

André: Umas trollagenzinhas como em “Goddess Blues” fingindo que iam encerrar a canção e voltando atrás, um vocal cansativo em “Foot on the Gas” (pelo menos o instrumental dessa música é bom), uma caixa de bateria digna de Lars Ulrich daquele disco do psicólogo em “Waterfall”… sendo bem sincero, é tão empolgante quanto o meio campo do Vasco da Gama no brasileirão desse ano.

Diogo: O nome do disco é Goddess Blues, mas é quando a banda soa mais pesada que o disco empolga mais, como na ótima “Foot on the Gas”, daquelas músicas capazes de construir uma paisagem sonora em nossa mente. Inclusive, apesar do grupo ser novaiorquino, sua sonoridade encorpada remete mais aos desertos próximos à Costa Oeste norte-americana do que aos ares mais cosmopolitas de Nova York. Certamente trata-se de uma das melhores indicações feitas nesta edição, pois a maior parte do tracklist é digna de muitas audições ávidas por peso distorção, baixo no talo e agressividade autêntica, não plastificada.

Fernando: Banda de mulher, mas um baita travecão na capa! No geral, não gostei. Me lembrou a sujeira do som do L7, mas o L7 era legal.

Mairon: Boa banda. As meninas tem pegada setentista no seu som, Gostei de várias faixas: “Go”, “Goddess Blue”, “Emily” e a longa “Waterfall” foram as que mais me chamaram a atenção, e inclusive fizeram com que eu ouvisse o CD novamente, fazendo com que eu gostasse também da pancada “Foot on the Gas”. Gostei mesmo, me lembrou um pouco do atual Blue Pills, apesar de ser uma banda da década de 90. Boa surpresa!

Marco: Como não conhecia a banda, não tenho informações a respeito. Mas lamento ter perdido isso na época porque o som eu achei bacana. Entre as melhores coisas destas recomendações.

Ronaldo: Não consegui pinçar um único elemento legal nessa banda e nesse disco. Algo errado comigo ou pura chatice?

Ulisses: Com um estilo que me lembrou Soundgarden, o power trio traz um rock alternativo bem sólido, mas sem grandes surpresas. “Foot On the Gas”, “Emily”, “Black in Bloom” e faixa-título são os destaques do registro, que fecha com a ótima “Waterfall”, onde Karyn Kuhl aproveita para se soltar na guitarra.


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Girlschool – Demolition [1980]

Por Diogo Bizotto

Ao contrário de tantos grupos que tentaram o caminho mais fácil de primeiramente capitalizar na beleza das integrantes, o Girlschool tomou o caminho oposto. O negócio desse quarteto da NWOBHM era tocar rock pesado recheado de riffs e licks espertos, formando boas canções como “Demolition Boys”, “Breakdown”, “Emergency” e “Deadline”, alternando vocais entre as guitarristas Kim McAuliffe e Kelly Johnson e a baixista Enid Williams, com destaque para esta última. Seu primeiro álbum, Demolition, dá de relho em tantos discos de bandas mais exaltadas por serem formadas exclusivamente por mulheres do que pela qualidade propriamente dita. É nele que se encontra o excelente cover para “Race With the Devil” (The Gun), que me apresentou o grupo há cerca de 15 anos.

André: Ah, o Girlschool. A primeira banda totalmente feminina que conheci, numa época em que eu recém havia adquirido um computador com internet banda larga e me afundava em programas como Limewire e Emule em busca de bandas diferentes que havia visto em alguma Roadie Crew ou Rock Brigade da vida. E esse foi o primeiro disco que ouvi delas e há alguns anos não o ouvia. Continua animado, pesado e divertido. Agradeço muito pela recomendação.

Davi: Esse eu já conhecia. Tenho em CD e LP. Gosto bastante do Girlschool. Uma banda que é meio que conhecimento obrigatório para quem curte a cena metal oitentista. Álbum clássico com canções clássicas do grupo como “Emergency” e “Take It All Away”. Feliz que foram lembradas… para quem curtir, vale checar também o álbum seguinte Hit And Run (1981).

Fernando: Apesar de elas fazerem parte da NWOBHM, movimento que volta e meia estou trazendo aqui para o site, eu nunca tinha ouvido as garotas. A alcunha atribuída para elas como “o Motorhead de saias” é bastante compreensível, basta ouvir um pouquinho os riffs. Certamente o bom relacionamento entre as bandas influenciou muito o tipo de som delas. Muito do som do punk também foi incorporado como em “Deadline”. “Race With the Devil” é provavelmente seu maior hit.

Mairon: Hard metálico para não se botar defeito nenhum. Bem tocado (Kelly Johnson é uma boa guitarrista). Destaco “Demolition Boys”, a agressiva “Midnight Ride”, o punk ramoniano de “Nothing to Lose”, o riff de “Race With the Devil” e o solo de “Not For Sale”. Nas demais, temos o rock ‘n’ roll clássico de “Take it All Away”, o peso de “Baby Doll”, as pegadas “Deadline” e “Breakdown”, além daquela que julgo ser a canção mais conhecida do quarteto inglês, “Emergency”. Talvez as Runaways ficassem melhor que a Girlschool em termos das bandas clássicas (aliás, senti muita falta das Runaways aqui), mas foi uma bela escolha para representar essa postagem, ainda mais perto de algumas barbaridades que rodaram por aqui, foi uma benção ouvir esse Demolition.

Marco: Nossa, fazia tempo que eu não ouvia o Girlschool! E o mais surpreendente foi ler na Wikipedia que elas continuam na ativa. Resta saber se são a menopausa do heavy metal ou o heavy metal na menopausa. Mas esse disco de estreia é bem legal. E elas tinham na época todo aquele lance com o Motörhead. Lemmy gostava delas, então tá gostado.

Ronaldo: Um rock bem honesto é o que melhor encontro para traduzir o som do Girlschool. Me lembro de uma coletânea que figurou nos primeiros dias de minha paixão pelo rock e que tinha dois sons das garotas – “Demolition” (a faixa título) e a versão para “Race with Devil”, originalmente da banda Gun. Reescutar o Girlschool para esta resenha foi um prazer. Nenhuma das instrumentistas se destaca fazendo uma performance mediana, mas que atende bem para um rock festeiro como o aqui praticado. Junto a isso, soma-se aquela vozinha quase adolescente, que é um tempero bem ardido e até lascivo ao som. A atitude é até meio punk, mas o som está mais para um pub-rock ou um rock n’ roll stoneano com mais distorção.

Ulisses: Cara, isso é NWOBHM do bom! As meninas mandam muito bem em faixas como “Demolition Boys”, “Racing With the Devil”, “Nothing to Lose”, “Emergency” e “Deadline”. Lembra também um pouco o Motörhead. Muito bom.


girlie-hell-get-hard-2012

Girlie Hell – Get Hard [2012]

Por Fernando Bueno

Tive um primeiro contato com o Girlie Hell por conta de um vinil de 7 polegadas para “Hit and Run”. Gosto demais do formato em 7” por me remeter à um época clássica da música onde os disquinho eram a forma de se conhecer uma banda ou um álbum. Assim ver uma trupe brasileira iniciante usar desse tipo de formato para se promover hoje em dia já faz merecer a audição do hard rock feito pela banda. Vi alguns vídeos de suas músicas e entrevistas no Youtube e me parece que a banda tem futuro trabalhando no underground e consolidando uma base de fãs. Isso certamente fará com que o sucesso, quando vier, seja duradouro.

André: O som delas é, de fato, muito parecido com o das suecas do Crucified Barbara nos momentos mais pesados. Não sei se essa influência foi intencional, mas é um tipo de hard rock que gosto quando ficam nessa linha. Pelo que pesquisei é o primeiro disco das goianas. Gostei de “Walk Away” com alguns vocais dobrados e “Hey Hey” que é mais direta e com ótimos riffs, mas tem uns infelizes como algo que eu acho que é um violino muito mal tocado em “Sickness”. Porém, em alguns momentos o instrumental me lembrou aquela pegada pop rock adolescente sendo a primeira faixa “Girlies Night” mais evidente. Se tirarem esse acento pop, creio que possam agradar mais em um segundo disco.

Davi: Banda de Goiânia. Não conhecia. Achei a banda bem competente, mas sinto que ainda estão em busca do som delas, o que é normal em inicio de carreira. “Fire”, por exemplo, me remeteu bastante à L7, enquanto “Girlies Night” me lembrou muito The Donnas. De todo modo, achei as composições muito boas e as garotas têm uma pegada legal. O único senão é o som de bateria que poderia ter tido um pouco mais de cuidado na gravação. Procurarei o CD delas, contudo.

Diogo: Durante quase toda a audição de Get Hard! pensei o seguinte: essa banda tinha tudo pra se dar melhor se cantasse em português. Isso porque, além da possibilidade de melhor exposição mercadológica, já que o som não é nada anticomercial ou algo do tipo, a pronúncia da vocalista Bullas Attekita fica devendo clareza em boa parte do tracklist. O som não chegou a me incomodar nem nada, mas também não cativou. Em alguns momentos em que a banda chega a dar uma empolgada, como em “Struggle” e “Sickness”, ou essa empolgação dura pouco, ou as linhas vocais dão um jeito de puxar o conjunto da obra para baixo.

Mairon: Não gostei da voz da moça, e o som também não me atraiu um pouco. Ouvi Get Hard! com certa expectativa, até por que tive em mãos e passei adiante um EP da Girlie Hell que saiu há pouco tempo. As garotas de Goiás fazem um som correto para o estilo proposto (esses rocks modernos), apenas isso. Não me tornei fã, e tão pouco irei atrás dos demais álbuns da banda.

Marco: Mais uma banda em que a gordinha rouba a cena. Mas achei o todo fraquinho. E a baterista é assim, assim. Se de tanta banda boa feminina, a Girlie Hell entrou como recomendação, das duas uma: ou eu não entendo de recomendação ou não entendo de mulher. Já adianto que de mulher eu não entendo mesmo. E o engraçado é que nos vídeos do youtube tem um monte de macho babando. Deviam parar de ouvir música com o pau.

Ronaldo: Ao ouvir a primeira faixa já sabia exatamente o que escrever. Ouvir o disco todo só me fez perceber (por mais pretensioso que isso possa soar) que minha percepção anda bem calibrada. Grupo de garotas revoltadinhas que descarrega a raiva aumentando o volume do amplificador de guitarra ao máximo (faltou fazer isso também com o baixo, coitado, ficou escondido), mas que ainda não aprendeu a transmitir esse sentimento através das músicas, apostando seus narizes na direção do rock genérico, plano e sem surpresas que é a marca autêntica destes anos 2000.

Ulisses: Quarteto brazuca bem legal, trazendo um hard ‘n heavy básico, porém eficiente, com influências de grupos como Crucified Barbara, AC/DC e Kyuss. Algumas faixas trazem uma ligeira variação muito bem vinda, como a pesada “Black Dreams” e a sombria “Sickness”. Têm um futuro promissor pela frente, e parece que vão lançar um disco ainda esse ano – eu já estou de butuca!


volkana_first

Volkana – First [1991]

Por Mairon Machado

Essas brasilienses foram pioneiras no metal nacional, por serem desbravadoras na cena metálica com um disco que marcou época. Apesar da qualidade de mixagem não ser das melhores, First Album possui uma impactante pegada na linha de grandes bandas do metal mundial, misturando elementos de nomes consagrados como Metallica, Sepultura e Slayer em faixas obrigatórias, das quais destaco a clássica “Darkness”, “Descent to Hell” e “War? Where My Enemy Lies”, apesar do desnecessário cover para “Pet Sematary”, original do Ramones, uma banda na qual as garotas de Brasília sempre afirmaram ser uma de suas principais influências. A guitarrista Karla Carneiro não deve nada para nomes conhecidos como Andreas Kisser ou Yves Passarell, e só lamento que o grupo tenha durado apenas dois discos.

André: Que dó que eu sinto do baixo nessa mixagem horrenda. Sei que não dá para esperar muito da produção de qualquer disco do heavy metal brasileiro dos anos 80 e início dos 90 como o desse álbum, mas ainda assim talvez tenha faltado um pouco mais de esmero. Entretanto eu seria injusto em desqualificar as composições desse disco que mostram ideias muito boas para o pouco flexível thrash. E Mariele Loyola cantando de forma tão limpa é digno de nota.

Davi: Mais um da série: conheço, tenho e gosto. Tenho os dois Lps do Volkana na minha coleção, mas esse primeirão é o que mais curto mesmo. Thrash metal competente e com personalidade, mas vale lembrar que a bateria não foi gravada por uma mina e sim, pelo Sergio Facci. Gostaria de ver elas de volta à ativa!

Diogo: É meio primitivo, a produção não é grande coisa e pouco dá pra se entender dos vocais, pois tanto a mixagem quanto a pronúncia é bem pobre, mas a banda ao menos é raçuda. Músico sem tesão no que faz não merece muita atenção. Alguns riffs poderosos dão as caras em músicas como “To Die Is Not to Die”, “Descent to Hell” e “Volkanas”, mas as músicas em geral são pouco memoráveis. O rap em “War? Where My Enemy Lies” ficou deslocadíssimo, sequer parece que foi feito para ser executado sobre a base instrumental em questão. E vamos combinar que o cover para “Pet Sematary”, de vocês sabem quem, ficou sofrível.

Fernando: Mesmo contando com a tradicional baixa qualidade de gravação que os álbuns dá pra notar que o trabalho da banda era bem feito. Lembro-me da época saber que elas existiam, mas nunca tinha tido oportunidade de ouvir e, desse modo, me passou batido. A versão para “Pet Sematary” é bonitinha e destoa um pouco da crueza e agressividade do restante do álbum.

Marco: Em homenagem à graça, ao charme e ao veneno da mulher brasileira, tinha que ter uma banda tupiniquim por aqui. E até que não escolheram mal, porque Volkana era melhor do que essas outras bandas de heavy metal da lista. Mas é tanta banda de METAU que ô povinho sem imaginação!

Ronaldo: Banda brasileira com um som bem pesado, que eu não saberia categorizar na taxonomia do heavy metal. O grupo foge um pouco da proposta da seção, já que temos um baterista no que seria o lugar de uma baterista. Logo de cara, surge um instrumental potente e bem tocado, com a voz bem colocada da vocalista Marielle Loyola. As duas primeiras faixas causam bom impacto e gastam todos os elementos que o conjunto tem a apresentar. Mas um cover de Ramones (Pet Sematary) e uma sequência de músicas mal resolvidas tornam o restante do disco enfadonho.

Ulisses: Thrash metal curto e grosso, com uma boa dose de punk. Aliás, por falar em punk, o cover de “Pet Sematary” ficou bem divertido, se bem que destoa um pouco do clima do disco. Por outro lado, petardos como “Darkness”, “Descent to Hell” e “Silent City” garantem que o ouvinte vai ficar com o pescoço doendo de tanto bangear, enquanto que “War? Where My Enemy Lies” traz breves passagens de rap que dão um resultado interessante.


The-Shaggs

The Shaggs – Philosophy of the World [1969]

Por Marco Gaspari

Por que ter mulheres lindas e roqueiras talentosas se você pode ter The Shaggs? As irmãs adolescentes Dot, Betty e Helen Wiggin eram a esperança do papai Austin para uma vida melhor. De acordo com uma profecia elas nasceram para ser rock stars e ele não poupou um centavo de suas economias para comprar instrumentos, alugar estúdio e gravar um disco delas. Philosophy of the World, de 1969, durante muitos anos foi considerado o pior disco de todos os tempos, mas Frank Zappa dizia que The Shaggs eram melhores que os Beatles. E quem somos nós para contradizer Mr. Zappa?

André: Desculpem, mas como organizador dessa série, terei que fazer um comentário um pouco diferente. Logo que eu recebi essa recomendação do Marco, eu já tive que rir. Sacanagem, avacalhou com o tema do Davi. Daí ouvindo para escrever esses comentários, e caralho, comecei a rir sozinho em casa com essa porra toda. Fico imaginando a cara dos consultores quando botaram pra tocar essa bagaça e ao ler os comentários que eu recebi, não me contive e continuei a rir. Não tem como levar a sério e escrever qualquer coisa sobre esse disco. Apenas sugiro ao Davi que como vingança, recomende em uma futura edição o pior disco possível do Roger Hodgson para o nosso colega sexagenário se obrigar a ouvir.

Davi: Esse disco comprova três teses para mim: 1) “Com vontade tudo é possível”. Quem diria que mesmo sem saber tocar, cantar ou compor lançariam um disco? 2) “Musica ruim sempre existiu”. 1969 foi o ano em que tivemos álbuns espetaculares como Abbey Road, Led Zeppelin II, Tommy, Led It Bleed chegando às lojas. E também tivemos essa atrocidade. 3) “Não importa quão ruim você seja, sempre agradará alguém” . Frank Zappa, Kurt Cobain e um consultor desse site indicaram esse LP. Faça-me o favor…

Diogo: Não consegui escutar esta porcaria até o final. Se era para avacalhar a seção, podia ser com alguém que ao menos tenta fazer algo bom, nem que seja seguindo as regras da própria cabeça. Ser limitado é uma coisa, muitas bandas boas são limitadas tecnicamente, mas não tocar porra nenhuma e ainda ter a ousadia de gravar um disco é algo completamente diferente.

Fernando: Eu ainda não consegui entender se a ruindade das meninas era intencional ou não. Vi que não conseguiram sucesso na época por conta da falta de capacidade musical que demonstravam e convenhamos que em 1969 existiam centenas de bandas clássicas com instrumentistas e compositores fantásticos na ativa. Seria muito difícil algo do tipo dar certo mesmo. Se virou cult depois não duvido muito. Não consigo acreditar que alguém gravou uma faixa como “We Have a Saviour” a sério. Parece uma gravação de um dia ruim de Syd Barret.

Mairon: Mas que barbaridade. Juntaram três meninas e colocaram elas com instrumentos desafinados, sem a mínima noção de melodia ou composição, e muito menos técnica ou habilidade, como destaco a vergonhosa introdução de “My Pal Foot Foot”. Que coisa horrível, como é que lançaram isso? Um bando de cachorro latindo tem mais musicalidade do que essa porcaria. Que horror! A única coisa boa – e mesmo assim ruim – é que o disco dura meia hora. Ruim por que aturar dez minutos disso é coisa para fortes. Alguém no asilo anda sofrendo de esclerose, só pode…

Ronaldo: Estava com dor de cabeça quando ouvi esse álbum. E ela ainda não melhorou.

Ulisses: Caralho, isso me deu umas crises de riso. Que horror. Tudo soa como o tipo de música que uma criança brincando com os instrumentos faria. Não sei quem foi o colega que recomendou, mas foi uma boa trollagem. É o melhor dos piores disco que já ouvi.


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Birtha – Birtha [1972]

Por Ronaldo Rodrigues

Até meados da década de 1980, mulheres basicamente só surgiam nos palcos como vocalistas (principais e de apoio) ou dançarinas (as vezes até simultaneamente nessas tarefas). Apenas por isso, uma banda completamente formada pelo time feminino já surpreende. Mas o apelo do Birtha não se deve por isso e nem por um eventual sex-appeal ao público masculino, e sim pela música de alta qualidade e energia que as garotas demonstram, já muito maduras logo neste disco de estreia – compondo, cantando e tocando muito bem. A sonoridade entrega que elas deviam ser muito fãs de Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e Steppenwolf (inclusive por trabalhar com o mesmo produtor dos caras, Gabriel Mekler) e também gastavam noites a fio com baladas da Motown. As garotas tinham uma pegada forte.

André: Isso aqui é aquele típico hard blueseiro que eu sinto uma falta nos dias de hoje. As vezes vejo uma pegada meio Led Zeppelin nas músicas mais hardeiras e de repente, percebo que elas tinham uma certa paixão pelo negão Hendrix nas mais blues rock. Os destaques são “Fine Talkin’ Man” com ares claramente sessentistas e aquele solo vocal ao final da canção (sempre tive uma queda por este tipo de encerramento) e “Judgement Day” com um baixo e um solo de teclado empolgantes.

Davi: Já sabia da existência do grupo, mas nunca tinha parado para ouvir. Gostei muito! Hard rock com pitadas de blues e funk. Peguei bastante influência de Steppenwolf e Grand Funk Railroad no som delas, o que me agrada. A cantora mandava muito bem. Em alguns momentos me lembrava a Janis Joplin, em outros a Ann Wilson (Heart), que são duas cantoras que gosto bastante. Correrei atrás do LP.

Diogo: O Birtha pratica um rock de pegada blueseira um pouco genérico, mas que é ouvido sem problemas, especialmente quando a guitarrista Shele Pinizzotto se arrisca a solar mais, como na boa “Tuesday”. Em alguns momentos, a banda me lembrou o REO Speedwagon dos primórdios, fato que pra mim é bom, como em “Too Much Woman (for a Henpecked Man)”, um dos destaques do álbum. Outro trunfo da banda são os vocais de apoio, muito bem utilizados.

Fernando: Gostei dos backing vocals no estilo daqueles grupos vocais dos anos 60. Não conhecia a banda, mas acredito que “Felling Lonely” deve ter sido um clássico na época com sua levada rock/soul e que a influências de Janis Joplin tenha sido fundamental. Entretanto gostei do resultado dessa influência mesmo não tendo muito apreço pelo trabalho de Joplin.

Mairon: Sonzeira das boas. Pelos teclados até acho que sei quem indicou esse petardo. As meninas tocam muito bem, sendo que a vocal tem seus momentos Janis Joplin. Os vocais aliás foi o que mais me chamaram a atenção, muito bem trabalhos e encaixados nas canções. Difícil achar um destaque, pois o disco é bastante homogêneo, mas não tem como segurar as cadeiras com o embalo de “Work on a Dream” e “Judgement Day”, a baladaça “Feeling Lonely” e a ótima interpretação vocal de “Fine Talking Man”. Único deslize é a chorosa “She Was Good To Me”, muito diferente do resto do álbum, o qual já coloquei na minha lista de aquisições.

Marco: Mulher é uma coisa maravilhosa. Mulher que toca numa banda de hard rock então é tudo de bom. O disco de estreia do Birtha é irretocável. Gosto de tudo e adorava principalmente o Leslie West delas, aquela guitarrista que não tinha só tamanho, mas também um talento tão grande quanto. E a vocalista, meu Deus! Dava casa, comida, roupa lavada… Quer saber: eu casava com as quatro.

Ulisses: Bom e velho rock setentista com doses cavalares de funk e soul e ótimos backing vocals. Discaço do começo ao fim, com linhas de baterias alucinadas e baixo marcante. Acho que as melhores faixas são aquelas em que a baterista Liver Favela assume a linha de frente dos vocais, como a abertura “Free Spirit”, a semi-balada “Forgotten Soul” e o cover “Too Much Woman (For a Hen Pecked Man)”, às vezes mandando uns falsetes absurdos. Já “Judgement Day”, também com Liver nos vocais, tem uma pegada mais progressiva, com grandes momentos da tecladista Sherry Hangler; é, de longe, a melhor faixa do LP.


Haim Days are gone

Haim – Days Are Gone [2013]

Por Ulisses Macedo

Acho que meus colegas esperavam algo mais pesado vindo de mim. Não os culpo, porém o que o Haim não tem em força bruta, tem em melodias cativantes. As irmãs cresceram numa família bem chegada ao rock setentista, mas também não deixam de apreciar o pop dos anos 80 e o alternativo/indie dos anos 90; adicione toques de originalidade e bom gosto e pronto, surge o Haim, tomando de assalto o mainstream com singles como “Falling” e “Forever”. O baixo marcante de “Don’t Save Me”, o country-pop de “Honey & I” e a inimaginável “My Song 5” também representam grandes momentos do disco, garantindo que é impossível ficar sem bater o pé ou balançar a cabeça.

André: Não é um estilo que eu ouviria direto, mas dou crédito a essas meninas. Fazem um pop muito bem feito, com o baixo dando o grave perfeito para esse estilo (finalmente Michael Jackson influenciou alguém). “Falling” é muito bonitinha. “Forever” parece synth pop dos anos oitenta naquela tecladeira característica e “Don’t Save Me” é muito próxima de uma cantora oitentista que gosto muito que é a Kim Wilde. Quem diria que o pop atual as vezes solta umas surpresas como essa?

Davi: Já tinha lido a respeito, mas ainda não tinha parado para ouvir. As meninas são competentes e entregam um trabalho pop bem feito e maduro. Referências de diferentes épocas surgem por aqui. Pegaram a sonoridade da Lorde e misturaram com o pop dos anos 80 feito por artistas como Michael Jackson, Janet Jackson, Paula Abdul… “If I Could Change Your Mind”, por exemplo, poderia ter sido trilha de “Curtindo a Vida Adoidado” ou “Mulher Nota 1.000”. Interessante, mas surpreendente ver esse álbum sendo indicado pelos headbangers daqui.

Diogo: A capa, com as três moças de ar blasé, não deu a melhor das primeiras impressões, mas ouvi-lo deu a certeza de se tratar de um dos melhores discos selecionados para esta edição. A sonoridade não é exatamente algo com o qual estou acostumado nem algo que pretendo voltar a escutar com frequência, mas há talento legítimo no tracklist de Days Are Gone. O instrumental foge de clichês e as melodias vocais são especialmente inteligentes, dando um banho em muita banda que acabou perdendo a mão nesse quesito e hoje se repete de forma melancólica. Uma coisa que não dá pra dizer é que o álbum é monótono ou cansativo. Vocês chamariam isso de indie? Bom, azar, pois “The Wire” é uma ótima canção.

Fernando: Definitivamente não é rock, nem um pouquinho. Porém percebe-se um esmero de composição e bastante boas idéias. A faixa de abertura, “Falling”, me parece que poderia tocar em todo lugar que agradaria a todos. Alías, o disco como um todo seria muito bem vindo para animar uma festa “eclética” (não gosto desse termo, mas tá valendo).

Mairon: Pop barato com as piores qualidades, que foi bastante chato de ouvir. A sensação é de uma mistura dos piores momentos do Roxette e da Madonna, ou algo como uma versão melhorada das Spice Girls. Chato bagarái!

Marco: Sei lá, tenho medo de falar mal porque podem dizer que sou sexista. Está certo que muita gente deve gostar delas, e que sejam felizes, mas se o som dessa banda não acrescenta nada ao pop, quanto mais ao rock. É tão inocente quanto a calcinha branca de algodão que uma colegial virgem acabou de tirar da gaveta.

Ronaldo: Emulação de pop oitentista do tipo trilha sonora para programas do Multishow. Destaco o trabalho vocal das garotas, bem sutil e desenhado em harmonia com as músicas. Tem até alguns lampejos experimentais, mas não impressiona quem tem um pouco mais de bagagem. Pelo que vi, ao vivo também há um homem cuidando da bateria e outro nos teclados, com as garotas cuidando do baixo e das guitarras.

51 comentários sobre “Consultoria Recomenda: Bandas femininas

  1. Eu pensei que hoje a matéria seria “Datas Especiais – 40 Anos de Wish You Were Here (Pink Floyd)”.

      1. Fizeram á meu pedido um Datas Especiais sobre o Selling England (Genesis) e o Topographic Oceans (Yes), e não fizeram com Wish You Were Here (Pink Floyd). Que triste!

  2. Só tenho uma coisa a dizer aos meus colegas consultores: vão estudar! E não adianta replicar dizendo pra que eu “vá escutar!” Sou surdo.

  3. Gostei da menção ao Haim por parte do Ulisses. Das poucas bandas femininas que me vieram a cabeça antes de ler a matéria, lembrei do L7, que sempre teve um som bacanudo e as brasileiras do Nervosa (mesmo achando o som delas uma porcaria).

    Dentre as citadas acima, só conhecia de antemão o Girlschool (que não fede nem cheira pra mim, pois nunca liguei tanto pra NWOBHM) e o The Shaggs, uma verdadeira bizarrice que felizmente poucas pessoas conhecem.

  4. Davi, o Sergio gravou o segundo disco do Volkana, o primeiro a batera é a Débora. Depois veio a Pat e depois sim o Sérgio.

    1. A Debora, até onde eu sei, só gravou a demo Trash Flowers. A historia que conheço é que a Debora saiu da banda pouco antes da gravação do disco, a Pat segurou as pontas em alguns shows e o Sergio gravou o First como musico convidado e depois foi efetivado… No encarte, consta o nome dele nos créditos e pode reparar que na capa do disco só tem 3 minas

      1. Então tá então, foi mal. Eu vi uma entrevista no Jô que a Pat tinha gravado o LP, mas como não tenho o mesmo, não vou afirmar.

  5. O Davi selecionou um disco que contém uma das piores capas que eu já vi na vida. Faz o Marilyn Manson parecer um artista fino.

  6. Incrível como o Ronaldo sempre acha uma banda setentista que se encaixa nos temas escolhidos e que ainda por cima sempre é muito boa.

    1. Penteou meu ego legal agora, André!
      Mas se tem alguma coisa que é incrível são os anos 70…
      abraço!

  7. Fiquei surpreso que gostaram do Haim. Não nego que é um puta guilty pleasure meu, mas achei melhor do que recomendar Crucified Barbara ou Holy Sisters… E André, essa Kim Wilde é boa mesmo!

  8. Maldito PT, ops, maldito Marco Gaspari! Quando vi a chamada do Mairon para esta matéria vim direto pra xingar pelo esquecimento das poderosas Shaggs. E perdi a viagem. O maledito lembrou das meninas.

    1. O Zappa foi muito irônico e cara de pau elogiando o trio Shaggs, e pior que tem gente que acreditou. São uns PTralhas mesmo

      1. [treta] Dizem que o Kurt Cobain também admirava as Shaggs. Isso explicaria porque o Nirvana é tão ruim. Ou será que ele foi irônico também? [/treta]

        1. O Cobain também adorava os Mutantes. Vai ver o Nirava era ruim (coisa que eu nao acho) também por causa disso.

          1. Que ele gostava dos Mutantes eu não sabia. Interessante.

            E a alfinetada no Nirvana foi só de brinks, Marco. 😛

          2. Não ligo para alfinetadas, Ulisses. Me preocupo é com estacas de madeira próximas do coração.

  9. O que não entendo é como admiradores de “vocalistas” de death metal podem achar as Shaggs bagaças.

      1. heuheuheuhue pô, death metal também é divertido pra caramba, é engraçado demais ouvir Impetigo. E Shaggs é bagaça mesmo, o Zappa foi irônico ao promover aquilo lá.

  10. Antes de terminar de ler já tava vindo aqui nos comentários pra recomendar o Birtha, mas o Ronaldo teve a bondade! =) Discaço!

  11. Fiquei muito surpreso pelo descaso dos meus amigos consultores em relação às Shaggs. Dizer que eu estava zoando o Davi com a minha escolha e que “felizmente” pouca gente conhece a banda é de magoar um sexagenário. Eu sei muito bem que são horríveis, mas elas ganharam ao longo dos anos um status que nenhuma das outras bandas recomendadas aqui sequer pensou em alcançar. São mitos, são cultuadas e são talvez o melhor exemplo dentro do rock de que o menos é menos. Todo mundo que gosta de rock e sua história tem sim a obrigação de conhecer as meninas. Elas podem nunca ter frequentado as páginas da Bizz ou outra revistinha tupiniquim, e nem a Veja, mas em compensação foram matéria enorme da prestigiada New Yorker, e já devem ter ilustrado qualquer revista decente ou indecente lá de fora dedicada ao rock. Minha intenção quando escolhi as meninas não foi zoar com a matéria, muito pelo contrário: achei que seria uma ótima oportunidade de elevar o nível deste site, postando coisa séria, por mais absurdo que isso possa parecer. Não tenho mais letrinhas pra continuar estas linhas, então passo a palavra ao crítico musical do New Yorker (matéria publicada em setembro de 1999, então imaginem como aumentou a bola das garotas desde então): http://www.newyorker.com/magazine/1999/09/27/meet-the-shaggs

    1. Rene Ferri da Bizz fez uma resenha elogiosa sobre a banda na revista afirmando que até Lou Reed gostava da banda.

      1. Não sabia disso, Antonio. Fico feliz de saber e também sem graça por julgar preciptadamente e ser pego no ato. Rene Ferri sabe das coisas (verdade verdadeira) e a Bizz não é mais revistinha tupiniquim (verdade quase verdadeira). E isso só enfatiza o fato de que não escolhi as Shaggs pra zoar com o recomenda de ninguém.

        1. E Lou Reed estava bem acompanhado: Metallica. A banda não iria participar de um disco se não respeitasse a obra do Reed

    2. Já vi notícia no Fantástico defendo marginais. Noticiários sensacionalistas como esse do newyorker existem aos montes.

    3. Acho que as Shaggs tão mais pra “Matéria Especial” do que pra “Consultoria Recomenda”, Marco. Mas não reclamo: pelo menos agora as conheço, e garantiram umas boas risadas, tanto na audição quanto no post. Mas também não ouvirei de novo! 😀

  12. Uma banda feminina que lançou apenas um disco, mas vale uma conferida: The Feminine Complex, “Livin’ love” (1969). “Hide and seek” e “Time slips by” são algumas de suas pérolas…

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