King Crimson – Larks’ Tongues in Aspic [1973]

King Crimson – Larks’ Tongues in Aspic [1973]


Por Adriano KCarão
O King Crimson é uma de minhas bandas favoritas. Gosto tanto de King Crimson que inseri suas iniciais, KC, no meu nickname, “KCarão”. E Larks’ Tongues in Aspic foi o primeiro disco que ouvi dessa magnífica banda – antes eu só ouvira músicas avulsas, como “Indoor Games”, do álbum Lizard (1970). É difícil, no entanto, dizer que por esse motivo Larks’ é meu disco favorito. Basta reouvi-lo uma vez pra notar que não poderia ser diferente, ao menos não comigo! Talvez haja trabalhos melhores do que este, se formos procurar no infindável catálogo de álbuns progressivos da década de 70, mas poucos arrancam de mim tanta comoção, tanto êxtase como faz esse maravilhoso disco!
Larks’ Tongues in Aspic foi lançado em 1973 e marcou a estreia da terceira encarnação do King Crimson, com Bill Bruford (ex-Yes) na bateria, John Wetton (ex-Family e outros) no baixo, no piano e no vocal, David Cross no violino, na viola, na flauta, no mellotron e no piano elétrico, e Jamie Muir (improvisador livre que participou em diversos projetos) nas percussões, além, é claro, do mestre Robert Fripp nas guitarras, no mellotron, nos eletrônicos e no piano elétrico. As letras dessa vez ficaram por conta de Richard Palmer-James. Com um time desses, fica bem difícil destacar um membro em especial, mas eu acredito que quem fez a diferença aqui foi realmente o grande David Cross! Os melhores momentos do disco, de fato, ficam a cargo desse exímio músico, dono de um estilo cativante, que acrescentou ao som do King Crimson boas doses de lirismo e sentimento. Cross ficaria com o King Crimson ainda durante o próximo álbum, Starless and Bible Black (1974), depois do qual largaria o grupo, mas fazendo uma participação especial no clássico Red (1974). Jamie Muir, no entanto, só atuou em Larks’ Tongues in Aspic, o que não é pouca coisa, dada a grandiosidade desse disco e tendo em vista que a percussão cumpre um papel importante no mesmo. Vamos então ao próprio!
Formação que gravou o disco

Não fosse o notável histórico de experimentações no som do King Crimson, eu diria que esse álbum já começa de uma forma nada convencional, pois a primeira faixa, “Larks’ Tongues in Aspic, Part One” não inicia com um riff ou uma melodia introdutória ou mesmo uma sequência de acordes. O que se passa nos primeiros minutos da música são notas diversas tocadas por Jamie Muir em instrumentos de percussão diferentes, produzindo uma cama sonora que mal prende sua atenção. Isso talvez tenha o objetivo de gerar o contraste com o momento posterior, quando o tema minimalista de David Cross faz a música ganhar corpo e, sendo acompanhado pelo rufado da bateria de Bill Bruford, chega a um estado de tensão que estoura na parte mais pesada da música, com o riff tocado por John Wetton no baixo e acompanhado em um contraponto nada barroco pela guitarra endiabrada de Robert Fripp. Vale dizer que esses dois temas, o do violino e o tema pesado de baixo e guitarra, parecem servir de base para os dois temas que compõem a última faixa do disco, “Larks Tongues in Aspic, Part Two”, sendo estes também um mais leve e outro mais pesado. Voltando à parte um, após a repetição desses dois temas, a música entra em seu momento mais anárquico, também com duas partes distintas e com destaque especial ao monstro das baquetas Bill Bruford! Depois disso, a música acalma e David Cross é deixado praticamente só para conduzir o momento da música que mais se aproxima de sua inspiração original, a peça erudita “The Lark Ascending”, do compositor britânico Ralph Vaughan Williams. Em seguida, retorna o tema minimalista de Cross, que agora conduz ao tenso encerramento da música, com o baixo em evidência.

O maestro: Robert Fripp
A faixa seguinte, “Book of Saturday”, curtíssima, parece a princípio um estranho no ninho, mas não há estranhos no ninho quando tratamos de um ninho de estranhos! Se levarmos em conta que “larks’ tongues in aspic” significa algo como “mousse de língua de cotovia”, então talvez não se trate de um ninho, mas de um prato – e, a julgar pelas músicas apresentadas, bastante suculento. “Book of Saturday” é basicamente uma balada guiada pela voz de Wetton e o dedilhado de Fripp, com um suave e flutuante acompanhamento de violino, mas não é tão convencional como pode parecer. Os versos variam entre um compasso comum em 4/4 e um em 5/4, mas de forma bem harmoniosa, leve, como é a tônica geral da música. Destaco aqui o vocal de John Wetton, que varia do doce ao amargo e, ao final, adiciona um tom mais dramático à canção. Aliás, me perdoem os fãs de Asia e afins, e também aqueles que não apreciam as qualidades vocais de John Wetton, mas aqui em Larks’ Tongues in Aspic ele realmente brilha no vocal, uma das minhas performances preferidas dentro do prog e até da música em geral!
Quando “Book of Saturday” vai sumindo e começa a próxima faixa, é hora de procurar algum auxílio para casos de emergência. Pegue um copo d’água, no mínimo um lenço e, na dúvida, deixe o número do pronto-socorro discado no celular, pois “Exiles” promete abalar toda sua estrutura emocional! Ruídos perturbadores soam baixinho, como uma dor interior, e são seguidos por uma melodia grave e sombria, quase wagneriana, que é rompida subitamente pelo violino exuberante de David Cross, acompanhado magistralmente pelo violão de Fripp. É como se resquícios de esperança brotassem em meio a uma paisagem desoladora, ainda que fosse apenas um último grito desesperado e nostálgico por um tempo que se foi e não há de voltar. Esse cenário se confirma quando Wetton declama exasperadamente os primeiros versos da canção, os quais são seguidos pelo retorno da introdução sombria, que agora vem acompanhada de batidas nos pratos e de respostas desalentadas no violino. Há uma nova interrupção por parte do violino, que aqui se torna ainda mais triste, parecendo implorar, e que novamente conduz à linda parte vocal, agora mais sóbria, mas sem perder o tom comovente. Uma nova melodia de voz é introduzida, sombria como a introdução, mas que, acompanhada pelo piano, vai ganhando diferentes matizes e encerra com cores mais ensolaradas, retornando à melodia principal que agora soa triunfante e gloriosa! Wetton faz ainda vocalizações emotivas em um trecho que parece simbolizar um retorno ao lar, após um doloroso exílio em terras hostis. Ele é acompanhado pelo violão, que lentamente introduz o tema do solo de guitarra que vem a seguir. Quem acha que Robert Fripp é um robozinho insensível não pode ter ouvido seu solo ao final de “Exiles”! Um verdadeiro desrespeito com o coração de quem escuta a música, principalmente porque antes de findar o solo de Fripp, Wetton encaixa perfeitamente uma melodia belíssima no violino, que vai morrendo e inicia um trecho bem suave. Após a repetição de uma melodia combinada entre violino e guitarra, a música torna-se tensa, e o sobe e desce frenético das escalas de Cross leva a um clímax de tensão bem típico desse álbum, e que parece destruir toda a esperança que acumulamos nos minutos finais da música, que encerra com um violão hipnótico. Ouso considerar “Exiles” a peça definitiva em se tratando de rock progressivo! Nada menos que genial!
Dando prosseguimento à apresentação dos diversos habitantes desse ninho de estranhos, “Easy Money”, que vem a seguir, é uma faixa pesada, com um andamento carregado, meio que uma precursora do que o Van Halen faria no disco Balance. Dá até pra entender por que muitos metaleiros conseguem curtir o King Crimson sem problemas, mas é preciso ir com cuidado nas associações. Desde a primeira incursão da banda na seara do rock pesado, que foi “21st Century Schizoid Man”, eles demonstraram que queriam ir sempre mais além, não no sentido de tocar ainda mais pesado, mas no de não se limitar aos ditames do heavy metal – que nem sequer existia como estilo definido. No álbum aqui tratado, ninguém vai encontrar a ênfase no virtuosismo e na velocidade que encontramos no thrash e no prog metal, muito menos a prisão aos clichês do metal em geral. Em “Easy Money”, pode-se notar essa liberdade quando nos deparamos com o seu trecho instrumental, em que o solo de guitarra começa baixinho, vai crescendo, mas nunca chega a “dominar” a música, e o roqueiro tradicional irá se frustrar ao perceber que o brilho desse trecho fica realmente por parte da percussão de Jamie Muir. A parte vocal, com mais uma ótima performance de Wetton, é onde de fato reside todo o peso, e o resultado é soberbo, soberbo como a gargalhada que encerra a música – e que logo nos faz lembrar de “Indoor Games”.
David Cross, John Wettton, Bill Bruford e Robert Fripp

 

Jamie Muir

Chegamos então ao segundo melhor momento do álbum, uma faixa tão perfeita quanto “Exiles”, mas bem menos convencional. “The Talking Drum” talvez não faça a bateria falar, mas quando a música termina, você vai estar se lixando pro título! E também para qualquer coisa que não seja o estado de êxtase em que ela vai lhe deixar! A música inicia com um barulho semelhante a zumbidos de inseto e uma percussão aparentemente sem grandes objetivos, até que o baixo entra com o riff que irá repetir durante boa parte da música, sempre acompanhado da bateria. A percussão então passa a caminhar ao lado dos dois, e o violino ensaia sua entrada. À medida que o violino vai ganhando destaque, Bruford adiciona mais firmeza à sua batida, demonstrando que sabe ser genial mesmo quando a música parece exigir apenas o feijão-com-arroz do seu instrumento. Tendo ascendido à posição maior dentro da música, o violino, como novo führer, inicia seu reinado bárbaro e destrutivo, querendo sempre ampliar seu “espaço vital” com escalas belíssimas e angustiantes, e pra isso conta com o ambíguo auxílio da guitarra de Fripp. Esta, tão bárbara quanto o violino, executa um riff esquisito e repetitivo, até ganhar total destaque, parecendo se rebelar contra o jugo de Cross e dando início à parte mais tensa e arrebatadora da música. Fripp pode não dar uma aula de feeling com sua guitarra, mas o que ele cria ao duelar com o violino soa como a tentativa mais bem-sucedida de fazer uma máquina sentir dor. Guitarra e violino parecem então negociar um acordo, o que não significa que a música se torne harmoniosa. Muito pelo contrário! Os dois instrumentos injetam cada vez mais doses de loucura e desespero à música. O violino, tendo domado a guitarra rebelde de Fripp, reina absoluto e, novamente auxiliado por ela, conduz a música ao seu ápice, quando Bruford espanca os pratos, fazendo não sua bateria falar, mas gritar de dor. Retornam os estranhos zumbidos de inseto, e o violino transpira notas cada vez mais agonizantes, até atingir um estágio de tensão tão grande que a música termina liberando tudo em um verdadeiro orgasmo de notas estridentes, orgasmo esse que, no entanto, não parece ter fim.

Para dar cabo dessa total anarquia de notas agudas, Robert Fripp impõe uma perfeita ordem geométrica com sua guitarra, de forma brusca e autoritária, iniciando a pancadaria de “Larks’ Tongues in Aspic, Part Two”. Com sua construção altamente matemática, essa segunda parte deve levar os Mike Portnoys da vida ao delírio – e de fato o Dream Theater registrou uma versão dessa música na edição especial do seu mais recente álbum, Black Clouds and Silver Linings. Um exemplo é a segunda entrada do riff inicial, quando a guitarra segue tocando em 5/4 e Brufford e Wetton acentuam a bateria e o baixo como se tocassem em 5/8, gerando um lindo efeito de contraste rítmico. O tema fundamental dessa faixa pode ser dividido em dois sub-temas básicos, um mais pesado seguido de um mais leve, ambos enfatizando o aspecto rítmico e dando espaço para pequenas variações vez ou outra. Parece que ouvimos o atual ritmo da sociedade, com sua ênfase na mecanicidade da vida, na otimização das atividades, na louca busca pela eficiência, que faz até os momentos de lazer – ou o tema mais calmo, como preferirem – serem calculados em função do trabalho racionalizado, sem o qual não se pode viver. Lá pelo meio da música, porém, quando Muir passa a interferir nas certezas matemáticas da música com sua percussão louca, e, em resposta, a bateria, o baixo e a guitarra criam uma nova variação do primeiro tema e dão início à parte mais maquinal e carregada da música. O anárquico violino do genial David Cross ressurge, com doses cavalares de imperfeições humanas traduzidas em melodias cambaleantes e em um uso aparentemente desleixado de seu arco. A revolta trazida por Cross interfere no ritmo da máquina que vínhamos ouvindo, o que podemos perceber pela bateria que se torna irrequieta – no melhor estilo Bill Bruford – ao acompanhá-lo. Após esse “entendimento” caótico entre o violino e os demais instrumentos, retorna o tema mais leve citado acima, ainda com um traço repetitivo, maquinal, mas sendo bem mais calmo nesse retorno. O tema é a princípio acompanhado pelo violino, que, ao fundo, vai soltando notas bem longas e cada vez mais agudas, e o próprio tema principal vai subindo na escala até seu clímax que, seguido de um instante de silêncio, dá lugar a mais uma profusão de sons, dessa vez vindos de todos os instrumentos, e de forma menos anárquica que em “The Talking Drum”. Em meio a esse carnaval de sons (ou ruídos, como preferir), que logo dá lugar a uma pequena calmaria, você finalmente tem a oportunidade de assimilar os efeitos da experiência pela qual passou desde que pôs o disco pra rodar, e seu coração dá glória aos céus ao saber que o mesmo chegou ao fim, pois bastaria mais uma música para que ele explodisse de emoção! E você daria adeus ao mundo, mas morreria em total êxtase, feliz por ter experienciado este álbum, que é uma verdadeira “maravilha do mundo prog” tamanho família!

31 comentários sobre “King Crimson – Larks’ Tongues in Aspic [1973]

  1. Difícil acrescentar algo sobre o Larks’ Tongues in Aspic depois desta análise soberba do Adriano. Trata-se, inclusive, de um disco já dissecado de todas as formas, poucas delas, é verdade, com o brilhantismo das palavras que acabei de ler.
    Vou então falar do Adriano, um rapaz que devia escrever muito mais por aqui, pois cada texto seu é um presente para quem gosta de música e é um crime ele nos presentear tão pouco. Não li metáforas forçadas, exageros de fã apaixonado ou viagens inconseqüentes. O que transpira o texto é a emoção de quem foi tocado pela música e soube expressar seus sentimentos, com riqueza de detalhes, inteligência e muita honestidade. Difícil crer que o escriba tenha pouco mais de 20 anos e começou a orelhar o prog praticamente ontem.
    Esta comunidade pode se sentir orgulhosa de ter colaboradores tão ecléticos nos assuntos que escrevem e tão refinados e sérios na abordagem dos textos. O KC de KCarão, agora respeito ainda mais, não é à toa. Adriano no teclado do computador, em alguns momentos, me lembrou a sofisticação do mestre Fripp em sua guitarra.
    Parabéns, meu amigo!

  2. Eu tiro com a cara desse fdp, mas no fundo acho que tenho inveja de sua capacidade de descrição, fugindo do racional e apelando para os sentimentos que a música pode suscitar. Certamente nesse caso, o artigo fez jus à grandeza do fantástico album que aborda. Meus favoritos podem ser "In the Court of the Crimson King" e "Red", mas "Larks'" está logo atrás.

  3. Salve KCarão!
    Apesar da crítica "especializada" considerar o álbum: "Int The Court Of The Crimson King" o melhor da banda, aprecio bastante "Larks’ Tongues in Aspic" tmb.
    E, depois de ler sua resenha, o ouvirei com "outros olhos" (rsrsrs).
    Muuito bom!
    Abrçs.

  4. "Red" pode ser o meu disco favorito do Rei Escarlate, mas é inegável a qualidade e a grandeza de Larks'! Ô disquinho bom pacas! É de se imaginar o que a colaboração de Jamie Muir não teria trazido ao KC em anos vindouros se ele não tivesse desistido do mundo para virar monge na Espanha! E o quarteto restante pode não ter atingido a mesma qualidade do Larks' no "Starless And Bible Black", mas no palco era um monstro que devorava qualquer um que se arriscasse a enfrentá-los!

    Belíssimo texto, Adriano! Que mais venham da mesma fonte, e com a mesma qualidade!

  5. Baita texto para um baita disco. Não considero este o melhor do KC por que antes eles fizeram duas obras primas: Lizard e Islands, mas a descrição está perfeita sobre todas as faixas. Apenas uma dúvida, não estou certo dessa ter sido a terceira formação do King crimson, já que eles alteraram bastante a formação nos primeiros discos, mas enfim, o texto está ótimo. Parabéns!

  6. Cês tão exagerando, gente, na boa. xD
    No mais, se eu escrevo relativamente bem, é justamente pelo fato de escrever pouco.
    Mas então, legal vcs terem curtido! Agradeço pelos comentários. Valeu!
    Gaspari, não conta minha idade, senão eu perco o moral! Brincando.. Valeu pela força!
    Diogo, se for assim, então sigamos assim: vc inveja meus textos de "expressionismo alemão" e eu invejo sua prolixidade em escrita e revisão impecável!
    Lou James, eu nem sabia que cê curtia King Crimson, juro que não esperava seu comentário. Valeu! xD
    Micael, vc havia comentado no post do Stick Men Trio sobre o KC no meu nick e eu esqueci de responder. Vc é uma das poucas pessoas que notou de cara. Muitos até me chamam "Kacarão" ou coisa do tipo! xD
    Mairon, é como o Diogo disse. Nem sei se eu já tinha escrito "encarnação" ou se foram nossos sobres editores que corrijiram, mas eu quis dizer realmente nesse sentido, de encarnação, pois formação já havia tido mais..
    Valeu pelo comentário tb, Leandro!

  7. Fala, Romay. Sabia que cê ia curtir as referências expressionistas! xD
    Eu vou procurar conhecer o Cross solo em breve, mas pode deixar que eu me arranjo aqui. Utilizo mais o soulseek do que links.
    Valeu pelo comentário!
    Aproveito pra comentar uma coisa que preferi deixar fora do texto: existe aquele papo de os melhores discos do Styx serem os pares; no caso do King Crimson eu prefiro os ímpares. Tentando fazer um Top 5 dessa fase:
    1-Larks' Tongues in Aspic;
    2-In the Court of the Crimson King;
    3-Red
    4-Lizard
    5-Starless and Bible Black

  8. E como ficaria um top 5 do KC?
    Pra mim ficaria assim:
    1 – In the Court of the Crimson King
    2 – Discipline
    3 – Lark's Tongues in Aspics
    4 – Red
    5 – Lizard

  9. Complicadíssimo esse Top 5, hein?

    Como bem disse o Diogo, HOJE eu colocaria:

    1 – Red
    2 – In The Court Of Crimson King
    3 – Larks' Tongues In Aspic
    4 – The ConstruKCtion Of Light
    5 – In The Wake Of Poseidon

    Isso para não citar nenhum ao vivo, como a magistral caixa "The Great Deceiver", o "Nightwatch", o "Cirkus" ou o "Elektrik"…

  10. Muito bom texto, Adriano. Dissecou a obra com objetividade e subjetividade na medida, uma linha de escrita que gosto muito. Afinal, estamos falando de arte e arte tem que ser tratada como arte, não como notícia ou narração de jogo de futebol.
    O disco é fantástico e vejam só, não sei se isso ocorre com vcs tb: eu tenho uma séria dificuldade de memorizar esse disco assim como um todo. Ele não fixa de fato na minha mente. Isso ocorre com vários outros discos que curto. Pq quando eu o ouço, entro num estado tão paralelo (somado ao jeito como ouço normalmente, com a luz apagada, deitado e sem ficar olhando pro encarte do CD), que a música me atinge num estado de muito relaxamento. Aí eu não consigo "pegar" algumas partes, me soam sempre como novidade! Isso é ótimo. Já a música ruim é ao contrário, me deixa tenso, concentrado e aí eu fico com a porcaria na cabeça!! hahuahuahuahua…doideiras do mundo prog!
    Abraço!!
    Ronaldo

  11. Ronaldo, comigo isso não acontece, até pq cada um de nós tem sua forma própria de ouvir música. Eu geralmente ouço música fazendo alguma otra coisa, mas quando é um disco assim que eu curto eu costumo apenas ouvi-lo, mas não é deitado nem nada disso, é batendo cabeça! Um amigo meu achava sem noção o fato de eu ouvir Rossini dançando, batendo cabeça.. HAUHAUHAUHA Doideiras do mundo prog cearense! Que bom que vc gostou, agradeço o comentário.
    Bueno, esse seu Top 5 aí é Top 5 de mocinha.. Tô só esperando o Top 5 do Daniel!

  12. "Tirando a primeira fase do KC eu só conheço basicamente o Discipline, e não incluiria em um Top 5."

    Adriano, estás perdendo grandes discos ao não conhecer aqueles gravados depois da "volta" com o Thrak. Este, o ConstruKCtion , o Level Five e o Power To Believe mostram um KC mais elétrico, mais técnico, mais quebrado, mais inventivo do que a trilogia colorida (que eu gosto também), e que merecem ser ouvidos e apreciados.

    Pode ir sem medo de se arrepender!

  13. Micael, a verdade é que eu já ouvi, sim, alguma coisa dessa fase mais recente. Já vi um DVD, que esqueci como se chama, e um otro que o amigo Bueno me passou. E já ouvi alguma coisa que eu acho que é um EP – tô com preguiça de ir no Google xD – e acho que se chama "Vrooom Vrooom", com 4 ótimas músicas, anarquia total! Um Rage Against the Machine de vanguarda! lol

  14. Já que o Adriano (como ele admite) arrumou um jeito de encher de comentários o tópico dele, aqui vai meu TOP (six) do King Crimson:

    Formentera Lady
    Sailor's Tale
    The Letters
    Ladies of the Road
    Prelude: Song of the Gulls
    Islands

  15. Já que o Adriano (como ele admite) arrumou um jeito de encher de comentários o tópico dele

    Seu fofoqueiro, era segredo! xD
    Não entendo como podem preferir o Islands ao Larks', mas faz parte da vida, né?..

  16. queria encontrar com pessoas para falar de king crimsom e rock prog em geral, mas quase ñ se acha alguém fã desse sublime genero da música.Cara, não tenho nem palavras para descrever sua resenha sobre "larks tongues".Tá pra lá de magistral, magnifíco, maravilhoso.

  17. Poxa, Danilo! Sei que tô respondendo bem atrasado, mas valeu pelo comentário! Encontrar fãs de prog pessoalmente é realmente algo meio raro, mas pela internet circulam muitos desses freaks e sites como a last.fm são ideais pra esse tipo de conversa sobre gostos musicais em comum! Continue acompanhando a Consultoria que certamente vai encontrar muitas matérias interessantes de prog ou de outros estilos.

  18. Olha só, legal relembrar esse tópico. Deparei-me com o Top 5 do King Crimson que fiz há alguns meses, e chego cada vez mais à conclusão que a constante variação em se tratando de álbuns favoritos é característica das ótimas bandas: Hoje minha lista teria uma mudanças de posição:

    1. In the Court of the Crimson King
    2. Red
    3. Larks' Tongues in Aspic
    4. Lizard
    5. In the Wake of Poseidon

  19. A minha tb mudou. Esqueci de inseri-la no comentário de resposta ao Danilo e não quis "floodar" o post com 2 comentários seguidos. Ei- la:

    1-Larks' Tongues in Aspic
    2-In the Court of the Crimson King
    3-Lizard
    4-Red
    5-In the Wake of Poseidon

  20. Amigo, bela "consultoria", realmente a genialidade desse grupo é fantástica. Parabéns pela resenha. Abraços!
    Ricardo SG.

  21. Um rispidez vanguarda sem limites de contenção, obra de arte absoluta, nada será igual. King me apresentou a música mais extraordinária que já ouvi, fazendo rock com jazz.

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