War Room – Iron Maiden 30 anos depois

War Room – Iron Maiden 30 anos depois
A coluna WAR ROOM retorna numa nova casa e estreando um novo formato adicional e mais interativo do que nunca: AS COMPARAÇÕES!
Claro que vamos manter o formato original de ouvir discos indicados entre nós, mas não há como negar que as fatídicas comparações são divertidas e que sempre vão estar presentes nas discussões amigáveis entre roqueiros. Não adianta, basta colocar alguma comparação na pauta que isso já dá assunto até para perder uma amizade de longa data.
Não vejo forma melhor de começar do que essa do que com o Iron Maiden.
O Iron Maiden é uma das bandas mais idolatradas no mundo da música. Eles têm um publico fiel, no qual me enquadro, e que se equiparam aos torcedores dos times de futebol.
A comparação escolhida é entre o primeiro disco auto-intitulado de 1980 e o mais recente lançado esse ano (2010), o The Final Frontier.
O que há de comum nesses discos é a presença do baixista Steve Harris e do guitarrista Dave Murray, os únicos dois que tocaram em todos os discos. O resto da banda é totalmente diferente.
O que temos desse resultado: uma banda diferente e 30 anos a mais?
Falando dos discos em si, o primeiro é tosco, mal produzido, direto, músicas na maioria curtas, pesadíssimo (rsrs! desculpe, não resisti à piada) e cheio de energia. Exatamente tudo o que gosto nesse disco é essa crueza e o fato de ir direto ao ponto, sem frescuras.
Já o mais recente, traz um disco com uma produção de primeira, uma banda madura, músicas longas com introduções e beirando o progressivo. Ou seja, sendo bem exagerado, o extremo do primeiro.
Sou fã e gosto dos dois, mas o que me trouxe ao rock não foram músicas como as que estão no TFF, portando se tiver que escolher fico com o primeiro.
Está aberta a discussão e a “guerra”! Sejam bem vindos, deixem suas opiniões nos comentários e vamos debater em alto nível a história da maior banda de Heavy Metal de todos os tempos.
Up the irons!

18 comentários sobre “War Room – Iron Maiden 30 anos depois

  1. Eu acho o primeiro infinatamente melhor, e sem nostalgia.

    As musicas, apesar de mais curtas, tem riffs e ganchos mais memoraveis, daqueles que voce termina de ouvir o disco e ficam na cabeça.

    O TFF, apesar de bom, poderia ter sido melhor. Acho que o Maiden precisaria de um produtor para podar os excessos da sua música hoje em dia. Algumas faixas do TFF, como Starblind e The Man Who Would Be King, seriam melhores e mais fortes se tivessem as arestas aparadas.

  2. Leo,

    Concordo. O curioso disso tudo é que ouvia a ALEXANDER THE GREAT do SIT e vibrava porque ela era diferente. Agora, de modo geral, todas vão nesse clima e sinto falta das musicas diretas e mais pesadas.

    Por isso comparei o que eu entendo ser os extremos…

    O primeiro e o mais recente. Ambos são bons, mas o primeiro fica na frente com alguma vantagem.

  3. Olha , vou ser bem sincero … eu nunca idolatrei o Maiden , e sempre fiquei puto pelos modinhas que acham que o Metal se resume a MAiden e Metallica , são a pior raça.
    Acho que até o Fear of The dark , mesmo com as mudanças , sempre me agradaram , e n a fase Blaze , apesar de momentos ridiculos como The Angel And the GAmbler ,deixou tb seu legado … Porém , pra quem não é fanatico como eu , depois de tantos lançamentos repetitivos e sem criatividade alguma , até as musicas antigas enjoaram , e eu não consigo mais ouvir MAiden nem a pau , enjoei demais , só em raras ocasiões ainda pego nos meus albuns ( tenho todos , e mesmo criticando o pós Fear of The DArk , meu favorito é o odiado Dance of Death).

    EU procuro ver a diferença entre A Matter of Life and Death e The Final Frontier , e simplesmente não encontro , apenas as letras , mais sinto q até os solos são os mesmos .

    Pra encerrar , mesmo q me xinguem , ouso dizer que o q mais gosto relacionado ao Maiden é a brilhante carreira solo do Bruce , com o magnifico e meio Heavy Melodico BAlls to Picasso e o totalmente classico do Hard rock TAttooed Milionaire que eu amo;.

  4. O primeiro sem dúvidas é o melhor. Além de ter o Dianno nos vocais não tem o mala do Janick Gers. E óbvio, tem a música mais tocada do Iron em todos os tempos, a imortal faixa-título!

  5. Olha, sob a ótica de um fã que, modéstia à parte, sabe ser crítico quando necessário (hehehe), é claro que prefiro o "Iron Maiden", apesar de ter total noção de que em "The Final Frontier" se apresenta um Maiden mais maduro e com total noção do que quer com sua arte. Como é normal em bandas mais jovens, os primeiros álbuns compensam a falta de conhecimento ténico, falhas de produção e execução com muita garra, e isso transborda em álbuns como o primeiro e o segundo da banda. O nível das composições é elevado, vide "Phantom of the Opera", "Prowler" e "Remember Tomorrow", minhas prováveis favoritas.

    Eu nem acho que sinto falta das músicas mais diretas nos últimos discos, pois me parece que a banda andou perdendo um pouco a mão nesse tipo de composição nos últimos anos. As minhas favoritas nos últimos álbuns são em geral músicas longas, como "The Nomad", "The Reincarnation of Benjamin Breeg", "Paschendale", "Ghost of the Navigator" e "When the Wild WInd Blows".

  6. Eu nao acho que uma musica precisa ser longa para ter "arestas a serem aparadas". "Ghost Of The Navigator" é enorme, e nao tem nada sobrando ali na minha opiniao. Já "Different World" é curta e iria inteira para o lixo por mim.

    Mas, como eu disse antes, eu acho que um produtor com uma opiniao e poderes mais fortes faria bem a banda. "The Man Who Would Be King", por exemplo, é uma ótima música, assim como "The Talisman", as melhores do TFF pra mim. Mas ambas tem partes desnecessarias, e podiam ser ainda melhores se tivessem essas partes editadas.

    Mas ai entra a força que a banda tem hoje em dia, maior do que a do produtor. Assim, as musicas saem exatamente como a banda, ou como o Steve Harris, quer, incluindo as passagens que soam desnecessarias para mim e que eles devem adorar.

  7. Estava outro dia mesmo comentando com o Daniel sobre como o Kevin Shirley é um produtor sem personalidade, incapaz de bater o pé de podar as intenções da banda quando elas superam os limites do bom gosto. É só reparar como soam COMPLETAMENTE diferentes os discos por ele produzidos, não há sequer uma característica própria, o "dedo" do produtor. Admito que gostei da produção do recente "Black Country Communion", especialmente as timbragens da guitarra de Joe Bonamassa. Mas vai saber quanto disso aí é responsabilidade de Kevin…

  8. Gosto bastante do primeiro, que é quase um disco punk devido à energia e espontaneidade latentes das faixas. Faz tempo que não o escuto, mas é um álbum importante na minha formação musical.

    Sobre o The Final Frontier, gostei bastante do álbum, e muito disso se deve ao fato de ele ser um disco diferente daquilo que se espero do Iron Maiden. A última música do play, "When the Wild Wind Blows", é uma das melhores faixas gravadas pelo Iron Maiden em anos.

  9. Difícil escolha… o primeiro é um clássico, já estamos "acostumados" com as músicas… o último ainda é muito novo, ainda não foi assimilado…

    Hoje escolho o primeiro. Daqui um tempo posso até mudar, mas acho que não…

  10. Creio que a banda mudou muito ao longo de todos estes anos… realmente é dificil comparar um classico com um album novo, porém, ainda fico com a simplicidade, originalidade e crueza do primeiro! creio que o Maiden da primeira decada foi mais criativo, da segunda decada mais ousado e da terceira mais maduro (digamos relaxado, no bom sentido)…

  11. Olha, quanto ao "ousado"… acredito que a maior parte dessa ousadia esteja empregada em "The X-Factor", aí eu concordo, pois de resto não sei não… até acho que "No Prayer For the Dying" tem sua dose de ousadia em renunciar à evolução natural e tentar resgatar a crueza dos primórdios, mas acredito que a própria banda tenha se arrependido disso… OU NÃO, hehe.

  12. Acho que o problema do No Prayer for the Dying foi que eles tentaram fazer algo mais cru e isso acabou resultando em falta de cuidado com a gravação.
    Sobre o assunto do post acho que todos aqueles que falam que a banda sempre faz a mesma coisa deveria ouvir esses dois discos e coloco junto o Somewhere in Time. Impossível achar esses três discos parecidos…

  13. sem duvidas são dois otimos albuns se tratando de iron, os caras não conseguem fazer albuns ruins na minha opinião, pode ter até momentos ruins mas são poucos, mas no meu caso que conheço a banda a uns 15 anos fico sem duvidas com o primeirão, qual escutei exautivamente em vinil na minha adolecencia e com certeza as musicas cruas com o vocal foda do paul, me fizeram muito feliz naqueles tempos, o tff é muito bom bem feito e tal mas nao consigo ouvir muito

  14. Acredito que os fãs poderiam dar aos membros da banda o direito de se inventarem
    da maneira que quiserem. Uma grande decepção hoje, pode ser um clássico daqui alguns anos. Me assustaria ver o Maiden fazendo coisas que já fizeram – a busca por algo novo, pela variação, faz da música uma arte e não algo necessariamente para nos agradar. Falo isto ouvindo Book of Souls.

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