W. A. S. P. – The Crimson Idol (Reissue Edition) [1998]
Por Mairon Machado
Há algum tempo, trouxe aqui uma resenha detalhada sobre um dos maiores lançamentos da década de 90, The Crimson Idol. O quinto disco da carreira do W. A. S. P., que completa hoje exatamente 32 anos de seu lançamento, é um álbum conceitual narrando a ascensão e queda do astro do rock Jonathan Aaron Steele, e não vou entrar nos detalhes centrais do disco, deixando para o leitor acompanhar a matéria citada acima.
Musicalmente, temos uma paulada do início ao fim. Comandado pelo baixista, vocalista, guitarrista, compositor, produtor e faz tudo Blackie Lawless, o W. A. S. P. tem aqui sua obra definitiva, na qual o rapaz está acompanhado de Bob Kulick (guitarras), fazendo talvez a melhor performance de sua carreira, assim como o batera Frankie Banalli (outro baterista, Stet Howland, também se faz presente). O álbum gerou quatro singles, a saber “Chainsaw Charlie (Murders in the New Morgue)”, “The Idol”, “Hold On To My Heart” e “I Am One”, os quais foram relativamente bem sucedidos nos charts.
Para os colecionadores, o W. A. S. P. é uma banda que sempre traz novidades em seus lançamentos de singles, e não foi diferente com os da época de The Crimson Idol. O primeiro deles, de “Chainsaw Charlie (Murders in the New Morgue)”, saiu em uma tiragem limitada de um pacote contendo três mídias, chamada The Chainsaw Pack, assim como uma versão 12″. A The Chainsaw Pack é constituída de uma pasta plástica com 3 bolsas, uma para cada um dos lançamentos individuais, os quais foram: um compacto de 7″ Picture Disc; Um compacto de 7″ etched com uma mensagem gravada a mão no vinil, feita por Lawless; e o CD single. Como novidades musicais, temos “Phantoms In The Mirror” (presente na versão 12″, CD single e no 7″ etched) e a faixa “The Story Of Jonathan (Prologue To “The Crimson Idol”) Part 1″ (presente na versão 12″ e CD single), a qual narra a primeira parte da história presente no encarte que acompanha o Vinil e CD originais.
“The Idol” recebeu versões em 12″ e dois compactos 7″ (vinil vermelho e vinil shaped). A versão 12″ traz a segunda parte de “The Story Of Jonathan (Prologue To “The Crimson Idol”)” e a inédita “The Eulogy”, as quais estão, de forma separadas, em cada um dos compactos 7″. “Hold on to My Heart” saiu em uma tiragem trazendo uma versão editada desta incrível balada, acompanhada de uma versão para “When The Levee Breaks” do Led Zeppelin e versões acústicas para “The Idol” e “Hold On To My Heart”. Já o single de “I Am one” saiu em uma versão 10″ com a faixa gravada ao vivo na espetacular apresentação da banda no Monsters of Rock Festival de 1992, assim como mais três faixas daquele show: “Wild Child”, “Chainsaw Charlie” e “I Wanna Be Somebody”. O resto do show foi levado para os fãs através da edição em CD do compacto de “I Am One”, com a mesma faixa junto de “The Invisible Boy”, “”The Real Me” e “The Great Misconception Of Me”.
Obviamente que um colecionador do grupo irá desejar (e eu particularmente me falta só o CD de “I Am One”, como mostram as imagens ao longo do texto, retiradas da minha coleção) ter todos esses itens diferentes, mas para quem não é colecionador, mas gostaria de ter todas as músicas, em 1998 saiu uma edição remasterizada de The Crimson Idol, dupla, apresentando além de The Crimson Idol na íntegra, todas as canções bônus citadas acima. A formação nessa apresentação de Donington é de Lawless (guitarra, vocais), Doug Blair (guitarra, vocais), Stet Howland (bateria) e Johnny Rod (baixo, vocais), e pode ser encontrada na íntegra no Youtube. Mesmo com qualidade baixa na visão, o som é ótimo, sendo que quase todo The Crimson Idol é interpretado. E é o grande atrativo desta reedição.
Afinal, conferir a complexidade das canções ao vivo é bem interessante. Apesar de algumas falhas, a mais gritante em uma entrada totalmente atravessada de um acorde dos teclados durante “I Am One”, a pancadaria come solta, e ouvir “The Great Misconception Of Me” ao vivo é de tirar o chapéu. Esta reedição, originalmente lançada no Japão e Reino Unido, posteriormente teve uma nova adaptação, em 2007, também no Reino Unido e Alemanha. Em 2012, foi a vez da Argentina, através do selo Icarus, relançar a obra nesse formato, e ano passado, a Hellion Records trouxe essa fantástica edição para o Brasil, acompanhada do lançamento oficial em nosso país do álbum ao vivo Double Live Assassins, originalmente lançado em 1998, fazendo o registro da turnê de Kill Fuck Die, álbum que marcou o retorno do guitarrista Chris Holmes para a banda. Mas isso já é papo para outro post, ficando este como uma forma de comemorarmos os 32 anos de The Crimson Idol, e uma indicação de aquisição agora possível de ser feita sem passar por taxações e/ou perdas através das compras internacionais via Discogs, Ebay e afins. Vale muito a pena!
Track list
1-1 The Titanic Overture
1-2 The Invisible Boy
1-3 Arena Of Pleasure
1-4 Chainsaw Charlie (Murders In The New Morgue)
1-5 The Gypsy Meets The Boy
1-6 Doctor Rockter
1-7 I Am One
1-8 The Idol
1-9 Hold On To My Heart
1-10 The Great Misconceptions Of Me
1-11 The Story Of Jonathan (Prologue To The Crimson Idol)
2-1 Phantoms In The Mirror
2-2 The Eulogy
2-3 When The Levee Breaks
2-4 The Idol (Live Acoustic)
2-5 Hold On To My Heart (Live Acoustic)
2-6 I Am One (Live Donnington 1992)
2-7 Wild Child (Live Donnington 1992)
2-8 Chainsaw Charlie (Murders In The New Morgue) (Live Donnington 1992)
2-9 I Wanna Be Somebody (Live Donnington 1992)
2-10 The Invisible Boy (Live Donnington 1992)
2-11 The Real Me (Live Donnington 1992)
2-12 The Great Misconceptions Of Me (Live Donnington 1992)
Só li a matéria hoje, excelente por sinal. Também considero The Crimson Idol como a obra definitiva da banda e um dos grandes discos dos anos 90.
Valeu por resgatá-lo, Mairon.
Muito obrigado pelo comentário Daniel. O que você acha dos The Neon Gods?
Cara, tenho que ser sincero, eu até tenho eles, mas tem tanto tempo que ouvi que nem lembro. Porém, pelo visto, não me marcaram. Vou ver se escuto novamente este fim de semana.
Abraço!