Ouve Isso Aqui: Pra Quem Eles Tiram o Chapéu

Ouve Isso Aqui: Pra Quem Eles Tiram o Chapéu

Por André Kaminski

Tema escolhido por Davi Pascale

Com Fernando Bueno. Mairon Machado e Ronaldo Rodrigues

Última rodada do Ouve Isso Aqui, Davi completa a seção indicando discos de covers feitos por artistas famosos destacando suas principais influências musicais. O que se percebe é que o Deep Purple e o Rainbow são os campeões em faixas coverizadas pelos artistas desta seleção de discos. Agradeço a todos os consultores que participaram desta seção nesses longos meses em que recomendamos discos de diferentes temas. Como diz o Raul Gil, menção ao Davi ao tema, “Obrigado senhor, obrigado. Por ter nos dado uma seção feliz”.


John Lennon – Rock ‘n’ Roll [1975]

Davi: Sou suspeito para falar de John Lennon. Cresci ouvindo Beatles e também a carreira solo deles. E John e Paul sempre foram os meus favoritos. Tenho um carinho bem grande por esse disco. Aqui, John resgatou diversas músicas dos anos 50 e início dos anos 60. Gosto bastante da sonoridade desse álbum. Ok, há umas 2 ou 3 músicas que não ficaram tão legais, mas tem vários sons aqui que acho espetaculares. Versão de “Stand By Me” apresentada aqui é um clássico. “Slippin´ And Sliddin´” também chegou a ser trabalhada na época e ficou fabulosa. Gosto muito da abertura do disco com “Be-Bop-a-Lula”, de Gene Vincent. “Ain´t That a Shame” acho a versão dele melhor do que a do Paul. O rock “Bony Moronie” também ficou bem bacaninha. Algumas das músicas aqui foram trilha da minha infância. Nas versões apresentadas aqui mesmo. Ouvi o cassete no walkman, com essas gravações, infinitas vezes. Disco bem legalzinho.

André: Mais um disco para ouvir do Beatle que menos gosto. Mas dou o braço a torcer e o trabalho de Lennon aqui é muito bom coverizando estes clássicos dos anos 50 e 60. Lennon até foi bem fiel as originais, sem modificar muito exceto por alguns sopros a mais, o que torna os covers facilmente reconhecíveis. “Rip It Up/Ready Teddy” ficou muito boa. A interpretação vocal em “You Can’t Catch Me” está muito boa. Ainda fico com qualquer disco do Harrison, mas Lennon me deu um cala a boca bem dado por aqui.

Fernando: Sou do Time-Mcartney e, confesso, tenho uma prédisposição de não querer nem ouvir o que John Lennon fez depois dos Beatles. Acho chatíssima toda aquela história de paz e amor, vamos salvar o mundo e tudo o que ele representou, fora a culpa que ele carrega de dar suporte e ajudar a trazer ao mundo as maluquices da chatíssima Yoko Ono. Dito isso achei o disco divertido, mas um pouco fora do que eu costumo ouvir, mas dá para notar que o rock and roll raíz é mesmo a praia do ex-beatle.

Mairon: John Lennon tocando velhos clássicos do rock ‘n’ roll, e mostrando ao mundo que mesmo os Beatles tinham suas influências, não criaram nada sozinhos. É difícil citar canções em especial, por que os arranjos são quase todos iguais aos originais, com exceção na reggaeada de “Do You Wanna Dance”, a faixa mais desnecessária desse lançamento com esse arranjo. No mais, todos grandes clássicos absolutos de um passado não tão distante para John Lennon, mas muito jurássico para essa geração MP3, que PRECISA ouvir os originais aqui gravados. De qualquer forma, cito a dupla “Rip It Up / Ready Teddy” para dançar até cair no chão, e a versão definitiva de “Stand By Me” que está aqui como as que mais curto. Disco ótimo de se ouvir, rock ‘n’ roll puro, simples, emotivo e tudo de bom do melhor beatle.

Ronaldo: Ainda que fosse um artista versátil, é muito bom ver Lennon fazendo o que sabia fazer de melhor. O repertório é de primeira grandeza, a interpretação idem, arranjos fantásticos e uma sonoridade que soube captar a vibe dos anos 50 com a roupagem dos anos 70. Talvez possa soar herético, mas Rock ‘n’ Roll é o melhor trabalho solo de John Lennon, justamente por ter um repertório 100% calcado em suas melhores habilidades (sem demérito para seu enorme talento como compositor).


Eric Clapton – From The Cradle [1993]

Davi: Clapton foi outro artista que cresci ouvindo. Tanto a carreira solo, quanto o trabalho do Cream. Mesmo os trabalhos mais pops, que muitos torcem o nariz, me agradaram. Aqui, contudo, temos o músico caindo de cabeça no blues. Foi um trabalho muito celebrado, na ocasião. Lembro do lançamento desse disco. Recordo, inclusive, de assistir ao clipe de “I´m Tore Down” na MTV Brasil. A razão que tornou esse disco tão especial é simples. Trata-se de um trabalho extremamente honesto. O cara criou um setlist homenageando seus ídolos, trancou-se no estúdio com músicos de primeiríssimo de time (como de costume) e gravou o material tocando ao vivo dentro do estúdio. Muita gente, inclusive, comenta que não gosta do trabalho vocal dele aqui. E a razão é essa. Ele não ficou refazendo o vocal trocentas vezes, foi como saiu. O repertório é espetacular e a interpretação é inspiradíssima. O trabalho de guitarra dele aqui é magistral. “Blues Before Sunrise”, “Hoochie Coochie Man”, “Five Long Years” e “Blues Leave Me Alone” se destacam.

André: Não tem o que reclamar da performance de guitarra de Clapton, neste aspecto ele sempre foi divino. Complicado mesmo são os seus vocais porque, convenhamos, aqui ele demonstra que não tem o mesmo fôlego da turma do puro blues norte-americano e ainda por cima, tenta imitar os caras. Não conheço grande parte das versões originais aqui mas as que sei vejo que Clapton caprichou bastante, principalmente no instrumental. Mas esses vocais estão de lascar.

Fernando: Eric Clapton já regravou tanta gente durante sua longa carreira que um disco de covers não é lá muita novidade. O mais interessante é que o disco foi praticamente gravado ao vivo em estúdio. Mas para um cara com o talento de Clapton, ainda mais tocando coisas que ele conhece desde o berço não seria tão difícil, não é?

Mairon: Depois de álbuns lançados nos anos 80 que é de vergonha alheia, Clapton resgatou suas raízes no blues, pós-MTV Unplugged, e então lançou esse discaço que é um dos meus preferidos na sua vasta discografia. Versões embriagadas e perfeitas para “Blues Leave Me Alone” , “Third Degree”,  “Standin’ Round Crying”, “Hoochie Coochie Man”, “How Long Blues” e “Someday After a While (You’ll Be Sorry)”, e que não se prende só em clássicos atemporais do blues. A única que não me desce muito é “Motherless Child”, faceira demais para o contexto geral do disco. Por outro lado, “Sinner’s Prayer” é de se atirar na garrafa de uísque e não largar mais. Um disco fantástico, que me arrependo de não ter comprado na época, e hoje, virou raridade achar a versão em vinil. Baita lembrança Davi!

Ronaldo: O título do álbum é autoexplicativo e mostra qual foi a base para que o talento de Clapton emergisse para o mundo. Difícil tecer muitas palavras para esse álbum, que esbanja classe em todos os segundos de sua duração. Blues perfeito! E mais surpreendente é ele ter passado incólume pelas “loudness wars” e o excesso de compressão que assolou a produção musical nos anos 90. Tudo soa tão bem quanto “John Mayall & Bluesbreakers with Eric Clapton”. O timbre de Eric Clapton realmente é algo a ser estudado.


Yngwie Malmsteen – Inspiration [1996]

Davi: Sempre gostei muito do trabalho do Malmsteen. Trata-se de um cara que ajudou a dar uma nova cara para a guitarra (guitarristas como Timo Tolkki e Edu Ardanuy são claramente influenciados por ele). Sempre foi uma figura peculiar. Uma curiosidade bacana é que, embora seja um músico de rock (ok, metal, vai), suas principais influências vieram da música clássica e não do rock. Isso foi interessante para que criasse um novo estilo de tocar, mas em um projeto como esse sempre questionamos o que o cara iria aprontar… Além das já esperadas interpretações de Hendrix e Blackmore, temos o músico se arriscando em regravações de artistas como Rush, Kansas e Scorpions. O projeto funcionou muito bem. Não há uma única formação aqui. Ele trabalhou com diferentes lineups, mas o disco não soa como uma colcha de retalhos. Ele praticamente pegou as músicas, atacou uma dose de peso extra e fez seus solos típicos. Ou seja, tudo na velocidade da luz. O setlist funcionou incrivelmente bem. A única que não gostei foi a releitura de “Child In Time”.

André: Achei estranho quando soube deste disco porque me lembrei de alguma entrevista que Malmsteen deu dizendo que só se influenciou por músicos sinfônicos (e creio eu, Ritchie Blackmore). Foi uma entrevista bem depois deste álbum, o que pode ser interpretado como mais um dos ataques de pelanca do gordão sueco. Quanto ao disco, em geral, um bom disco com versões muitos boas da hoje batida “Carry on my Wayward Son” do Kansas e de “Gates of Babylon” do Rainbow ambas cantadas por Jeff Scott Soto. Malmsteen frita nos solos das músicas, enquanto mantém os riffs e melodias originais das canções. Todavia, destaco a performance ruim de Malmsteen fazendo os vocais de “Manic Depression”, estragando bastante o clássico de Hendrix. No mais, o disco se mantém em bom nível.

Fernando: Malmsteen pegou músicas de todas as aquelas bandas que ele cansou de dizer que eram influencias e fez versões muito legais, aliás ele sempre foi muito bom com covers. Destaque para “In the Dead of Night” que deve ter apresentado o UK para um monte de garotos que só querem ouvir o Malmsteen para ficar babando nas linhas de guitarra e aproveitaram para conhecer o fantástico Alan Holdsworth. No mais um desfile de grande bandas e guitarristas que influenciaram muita gente. Tava pensando aqui e Inspiration foi um ponto importante da carreira do Malmsteen, pelo menos para mim, pois gosto de muita pouca coisa que veio depois dele.

Mairon: Caralho, jamais imaginaria o Malmsteen tocando Kansas! E essa Sitar em “Gates of Babylon”, que massa.  Pô, nunca tinha ouvido uma cover para “In The Dead Of Night”, e ficou boa! Dos vocais, bom, não curto o Soto, mas reconheço que ele mandou bem em “Mistreated”, faixa que dificilmente vai ficar ruim quando tocada corretamente. Admiro o Turner, e acho que ele casou bem sua voz para as músicas em que participa. Traçando comentários sobre a performance do sueco, óbvio que o cara toca pacas, mas acho que seu estilo para as canções escolhidas fica muito diferente. É virtuosismo demais. Tipo, se eu não gosto do Morse tocando “Pictures of Home”, imagina com esses solos e escalas velozes? “Manic Depression” até que ficou interessante, mas o próprio Styx consegue fazer uma versão mais atraente. E outra, meteu quatro músicas do Purple! É muita paixão!! Desnecessário destruir o trabalho do Uli Roth em “The Sails of Charon” ou a elegância do Rush em “Anthem”, e principalmente Ian Gillan em “Child In Time”, mas vamos em frente. É um belo disco, claro que é, mas todas as músicas prefiro as versões originais, já que nenhuma delas o Malmsteen fugiu do arranjo original. Apesar de que a versão de “Gates of Babylon” ficou muito boa!

Ronaldo: Repertório caprichado e, até certo ponto, esperado a considerar a exuberância técnica de Malmsteen. Como de praxe ao longo de sua carreira, Malmsteen sempre esteve cercado de músicos de alto nível, então a execução não só da guitarra mas da banda toda (vocais incluídos) são excelentes. Os arranjos são um pouco “duros” e sem groove, uma marca do rock pesado dos anos 80 e 90. Outro porém é que Malmsteen tem por marca colocar todo seu vocabulário de técnica em todos seus solos, o que torna a coisa desequilibrada e muitas vezes descolada da proposta da música, como no caso de “Maniac Depression” ou “Mistreated”. A presença de várias canções do Deep Purple não surpreende, já que Malmsteen é um fã confesso de Ritchie Blackmore, assim como do Scorpions. “In the Dead of Night”, do UK, ficou genérica na mão do sueco e de sua banda, mas “Anthem”, do Rush, ganhou uma cara nova bem interessante.


Joe Lynn Turner – Under Cover 2 [1999]

Davi: Esse é outro cara por quem sempre tive uma admiração muito grande. Sim, escolhi os discos a dedo. Lembro que muitas pessoas, quando conversava de som, se referiam ao Joe Lynn Turner como um cantor regular. Nunca concordei. Sempre gostei muito do trabalho dele. Não apenas repertório, como também de sua voz. Ao contrário de muitos que devem ter tido o primeiro contato com ele no Rainbow, eu tive meu primeiro contato com o trabalho do Malmsteen. Adorava aquele VHS Live In Lenningrad… Tem muita gente que não gosta dele porque ele acabou participando da fase mais comercial de vários artistas. Esse trabalho foge um pouco dessa expectativa. Aqui, ele aposta em um hard rock pesado, com uma certa influência de blues. Tem muita música que os arranjos são similares, só enfiou um peso a mais, mas funcionou. Ele brilha em faixas como “Helter Skelter”, “Rock n Roll Hoochie Koo” e “Mississipi Queen”. Até se você não for muito com a cara dele, vale conferir esse disco.

André: Tenho Lynn Turner em boa conta. Não é um vocalista excepcional, mas se segura bem em tudo o que participa. O disco tem um ótimo repertório e um bom instrumental, com algumas versões bem mais pesadas que as originais. Gostei das versões de “Helter Skelter” dos Beatles, “Rock Bottom” do UFO e “Lost in Hollywood” do Rainbow. É um disco sólido, consistente e que agrada.

Fernando: Convenhamos… gravar um segundo discos só de covers em uma carreira que tinha até então cinco discos não é lá uma mostra de boa produtividade. Mas acabei ouvindo os dois discos e gostei de muitas das versões que encontrei. Mesmo a dispensável “Born to be Wild”, presente em 9 entre 10 set lists de bandas covers pelo mundo a fora, ficou interessante. Curioso ele escolher duas faixas de Deep Purple, Rainbow e Whitesnake já que de certa forma ele ficou marcado como sendo uma sombra de quase todos os vocalistas que passaram por essas bandas, mesmo tendo uma bela voz e nem sempre ser reconhecido por isso. Interessante também que ele nem sempre pinçou o grande clássico das bandas que escolheu. E sejamos sinceros, juntar Free, Mountain, Thin Lizzy, UFO e vários outros monstros em um lugar só é garantia de que coisa boa iríamos ter.

Mairon: Assim como Malmsteen, Joe Lynn Turner resolveu seguir os arranjos originais de suas escolhidas. O repertório é redondinho, não tem erro na escolha, e eu curto a forma do Turner cantar. Ele dá a sua cara para os clássicos, sem tirar quase nenhuma qualidade dos mesmos. A única que achei mais abaixo foi “Rock Bottom”. Por outro lado, “Helter Skelter”, “The Boys Are Back In Town”, “The Race Is On”, e principalmente “Waiting For A Girl Like You” ficaram sensacionais. Ah, e JLT cantando Rainbow (“Lost In Hollywood”) é sempre muito bem vindo. Não adianta, o cara tem voz para esse som mais leve, quase um AOR, eu curto (joguem as pedras). Disco regular, nada demais, bom de colocar como fundo para uma atividade de trabalho, ou para relaxar mesmo.

Ronaldo: Joe Lynn Turner é um cara do rock, ainda que sua passagem por bandas famosas sempre é associada com um incômodo acento pop pelos fãs mais radicais. O repertório da segunda parte de seu projeto Under Cover é cheio de grandes sons dos anos 60 e 70. Os arranjos não tem grandes invenções, o que por um lado é bom, já que projetos tributo são pródigos em produzir certas aberrações com músicas clássicas. A única pisada de bola é com “Rock Bottom” tocada mais lenta e cadenciada, perdendo mais do metade do impacto que a faixa original tem. A voz de Turner, apesar de conhecida pelos agudos avantajados, também vai bem nos médios (como visto em “Born to be Wild” e “Wishing Well” e “Rock and Roll Hoochie Koo”). É interessante notar a semelhança dos timbres de guitarra desse álbum em comparação com os originais de “Helter Skelter” e “Mississipi Queen”


Melissa Etheridge – Memphis Rock ‘n’ Roll Soul [2016]

Davi: Essa é uma cantora que sempre curti também. Passei a me ligar no trabalho dela depois que assisti ela cantando uma música no Woodstock 94. Os álbuns Yes I Am e Your Little Secret eu ouvi bastante na época. Aqui, contudo, ela foge um pouquinho de seu estilo habitual. Nesse CD, ela faz uma homenagem ao selo Stax e grande parte do repertório privilegia a soul music. Arriscado! Pessoal da soul music cantava pra caramba, mas ela não fez feio, não. Dona de uma voz potente, naturalmente rasgada, não ficou preocupada em tentar emular os cantores originais. Foi lá, cantou do seu jeito, e quebrou tudo. Músicas como “Hold On I´m Coming”, “Wait a Minute” e “Rock Me Baby” ficaram muito legais em sua voz. A maior surpresa, para mim, foi “I´ve Got Dreams to Remember” do Otis Redding que tinha medo do resultado final, mas acabou se tornando uma das que mais curti no disco. Quem curtir, aproveita para dar uma revirada na discografia dela que tem muita coisa bacana.

André: Não conhecia nada desta cantora e até achava que era algum nome novo na cena, porém, ao pesquisar descobri que é uma artista já bastante veterana. Não faço ideia, será que ela nunca teve muita divulgação no Brasil? Porque pela internet, ela até é bem conhecida nos Estados Unidos. O vocal dela me lembrou o da Doro Pesch, uma tonalidade meio anasalada diferente. Mas confesso que a sua voz não me cativou para estas canções, que são até bem executadas mas cuja voz que, para mim, é fundamental para apreciar este tipo de soul e blues, não orna meus sensíveis ouvidos. Mas é possível que seus discos originais sejam melhores. Pretendo dar uma checada.

Fernando: Claro que uma lista do Davi não poderia ficar sem algo totalmente fora da caixinha. Sei lá que é essa mulher! Claro que usei todo o poder do Google e descobri algumas (poucas) informações mais rápidas e acabei me interessando em ouvir o seu disco de estreia de 1988. esse aqui, no entanto, não me comoveu muito.

Mairon: A voz de Melissa, e o estilo de som, não é para mim. Dos aqui sugeridos, foi o único que não gostei. Revisões para clássicos do soul, country rock e do rhythm ‘n’ blues, certinha, ok, mas nada além disso. Não consigo apreciar esse tipo de som, acho pop-americanizado demais. Valeu a indicação Davi, mas essa não rolou sentimento.

Ronaldo: Disco muito agradável de se ouvir, contando com o talento de Melissa Etheridge como vocalista e front-woman de uma banda competente. É interessante que no repertório do disco, estejam músicas menos lembradas de nomes do blues e r&b sulista todos pertencentes ao selo Stax, mas também incluindo faixas clássicas de Sam and Dave, Rufus Thomas, B.B King e Otis Redding. Os momentos de maior destaque são “I’m a Lover” (de Lowell Fulson), um swing irresistível, e “Wait a Minute” (de Barbara Stephens), que soa como uma versão atualizada do Creedence Clearwater Revival.

10 comentários sobre “Ouve Isso Aqui: Pra Quem Eles Tiram o Chapéu

  1. “…fora a culpa que ele carrega de dar suporte e ajudar a trazer ao mundo as maluquices da chatíssima Yoko Ono.”

    Vai te catar, Bueno!

  2. “Não conhecia nada desta cantora e até achava que era algum nome novo na cena, porém, ao pesquisar descobri que é uma artista já bastante veterana. Não faço ideia, será que ela nunca teve muita divulgação no Brasil? Porque pela internet, ela até é bem conhecida nos Estados Unidos”.

    Teve entre os anos de 1993-1996, mas aparentemente, os discos não venderam o esperado por aqui e pararam de trabalhar ela por aqui. Não sei por qual razão, mas o álbum Lucky e os dois primeiros DVDs dela tb tiveram prensagem nacional, anos depois, mas nesse período dos anos 90 teve um investimento. Tinha clipe dela rolando na MTV, o Acústico MTV dela foi exibido aqui (tenho gravado em VHS. Show bem legal. Só ela no palco fazendo voz/violão e participação especial do Bruce Springsteen) e a própria Multishow exibiu um show dela (Tb tenho gravado por aqui) nesse período. Nos Estados Unidos, ela é bem respeitada, inclusive pela crítica especializada.

  3. “Claro que usei todo o poder do Google e descobri algumas (poucas) informações mais rápidas e acabei me interessando em ouvir o seu disco de estreia de 1988.”

    O primeiro álbum dela é bem cultuado nos EUA, mas te recomendo começar pelos 2 que cito na reportagem (Yes I Am e Your Little Secret).

  4. Gostei das referências ao mestre Raul Gil nesta seção, e gostaria de incrementar essa edição de “Ouve Isso Aqui” com uma frase também famosa do lendário apresentador: quem não gostar dos discos escolhidos nesta lista, que “pegue seu banquinho e saia de mansinho”.

  5. “Destaque para “In the Dead of Night” que deve ter apresentado o UK para um monte de garotos que só querem ouvir o Malmsteen para ficar babando nas linhas de guitarra e aproveitaram para conhecer o fantástico Alan Holdsworth. ”

    Uma salva de palmas ao Boss Mor

  6. Além de ser, sim, um cantor excepcional, Joe Lynn Turner é um sujeito muitíssimo boa-praça. Tive oportunidade de vê-lo duas vezes aqui em minha cidade e nas duas vezes, depois do show, ele terminou a noite bebendo com um monte de fãs desconhecidos, contando histórias incríveis envolvendo as pessoas com quem ele tocou ao longo dos anos e muitas histórias da estrada.

    1. Bacana… Eu assisti ele 2x também. Uma vez que ele esteve em São Paulo. Era ele e o Tony Martin (Black Sabbath), na mesma noite. O show acabou tarde pra caramba e, mesmo assim, o JLT ainda saiu para atender o público para fotos e autógrafos. Lembro que gostei muito da apresentação e ele foi bem simpático. E assisti ele em um evento chamado Voices of Classic Rock, lá no Credicard Hall. Cantou ele, o Glenn Hughes, Jimi Jamison (Survivor), Bobby Kimball (Toto) e o Alex Ligertwood (Santana). Show bem legal também…

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