Monophonics – Sound of Sinning [2015]

Monophonics – Sound of Sinning [2015]

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Por Christiano Almeida

O Monophonics foi formado em 2005, em San Francisco. Lançaram o primeiro disco, In Your Brain, em 2012, e fazem um som fortemente influenciado pelo Soul e o Funk setentistas, que mesclam muito bem com algumas sonoridades psicodélicas daquela mesma época.

Sound of Sinnig, o segundo do grupo, foi lançado em 2015, e muito pouco comentado. Não me lembro dele ter sido citado em nenhuma das listas de melhores daquele ano. E faz sentido uma banda com esse tipo de sonoridade receber algum destaque em pleno 2015? Sim, com certeza. Não é novidade que estamos vivendo um revival da Soul Music. Amy Winehouse abriu muitas portas. A banda que gravou boa parte de Back To Black – The Dap Kings – vem lançando grandes discos com a Sharon Jones, um dos ícones da nova cena do Soul/Funk. Charles Bradley é outro nome obrigatório dessa safra. Todos já tocaram no Brasil.

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O grande diferencial do Monophonics é capacidade fundir o Soul com outras referências, como a psicodelia, conseguindo criar um som bastante característico e atual, com timbres limpos e orgânicos. “Sound of Sinning” aprimora o que fizeram no primeiro disco. Não existem excessos, nem experimentações desnecessárias. Difícil citar algum destaque, mas a faixa título consegue criar um encontro inusitado entre Curtis Mayfield e The Zombies. “Hanging On” traz ótimos vocais de Kelly Finnigan. “Holding Back Your Love” poderia ter surgido de uma colaboração entre Jack White e Arthur Lee, do Love.

Com toda certeza, um dos grandes discos de 2015. Pena que ninguém percebeu.

Monophonics
Track List:

1. Lying Eyes
2. Sound Of Sinning
3. La La La Love Me
4. Promises
5. Falling Apart
6. Hanging On
7. Strange Love
8. Find My Way Back Home
9. Holding Back Your Love
10. Too Long
11. Everyone’s Got…

4 comentários sobre “Monophonics – Sound of Sinning [2015]

  1. Em uma primeira passada gostei bastante do que ouvi. Som fácil e agradável de ouvir. A voz do cantor é ótima e remete totalmente aqueles cantores do soul dos anos 70. Bela primeira indicação Christiano!!

  2. Que bom que gostou, Fernando. Foi meu disco preferido de 2015, juntamente com o Meliora, do Ghost.

  3. Cara, quando não encontro muitas referências no allmusic (há apenas as capas dos álbuns, e este segundo sem nem ficha técnica) já considero a banda uma grande raridade. Então encontrar ainda uma resenha perdida na Rede, em português, é muito legal! Parabéns pelo trabalho. Vou frequentar aqui (não conhecia).

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