Melhores de 2015: Por Mairon Machado

Melhores de 2015: Por Mairon Machado
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Kostas Harizanis, John Vagenas e John Delias, felizes com a primeira colocação nessa lista

Esse ano não consegui dedicar-me com a devida atenção para os lançamentos. Buscar novidades então foi uma raridade, e só consegui ouvir bandas que já conhecia. Mesmo assim, consegui fazer uma listinha de 10 discos que julgo serem os melhores de 2015, entre uns 40 que devo ter ouvido, e ainda ficaram agluns outros bons de fora. Já adianto, a maioria é velharia, mas como diria o poeta, panela velha é que faz comida boa … Se bem que o melhor disco do ano coube a uma gurizada grega


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1. Naxatras – Naxatras

Como é bom ouvir um disco que te deixa caído, de quatro, babando horrores. A estreia dos meninos gregos é uma atrocidade progressiva psicodélica para qualquer fã do estilo sair gritando pela casa dando pulos de alegria por tamanha Maravilha musical. Misturando influências da cultura grega com elementos de bandas tão distintas quanto Flower Travellin’ Band, Captain Beyond, Gong e Magma, entre outros grupos não tão conhecidos do grande público, Naxatras é um coice nos peitos naqueles que, como eu, acreditam que somente as décadas de 60 e 70 foram capazes de produzir material de qualidade. Os dez minutos da faixa de abertura, “I am the Beyonder”, exploram o ritmo repetitivo e perturbador da guitarra, com uma pegada forte de baixo e bateria e um crescendo empolgante, que também se repetem no encerramento, a inacreditável “Ent”. O álbum de estreia do trio hipnotiza o cérebro rapidamente, e logo na terceira faixa, “Space Tunnel”, você já está babando pela sala, seja pela criatividade maluca, pelas viajantes psicodelias do vocal ou pelos alucinógenos solos de guitarra. Porém, é em “Downer” que a coisa encrespa, com uma levada bluesy chapante que faria Jim Morrison viajar no deserto sem um pingo de LSD. Ainda temos “Shiva’s Dance” corroendo o cérebro, a sobriedade instrumental de “Waves”, os delírios orientais de “The West”, enfim, um disco perfeito e surpreendente. Ano que vem farei uma resenha detalhada desse magnífico álbum, e tomara os deuses do progressivo que essa bandaça não fique apenas em um único álbum. OBRIGADO YOUTUBE PELA DICA!


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2. UFO – A Conspiracy of Stars

Em um ano marcado pela morte de grandes artistas do rock, e do lançamento do sétimo capítulo da série Star Wars, os britânicos do UFO mostraram que são capazes de manter-se no mercado moderno com canções que ainda causam impacto. Aliás, é incrível pensar que a banda está na ativa há mais de 40 anos, e com tanto vigor. A guitarra de Vinnie Moore comanda a sonzeira, destacando “Sugar Cane”, “Messiah of Love”. O disco é todo coeso, e facilmente você irá repetir o mesmo quando chegar em seu final, já que é gostoso de ouvir uma banda azeitada e totalmente a fim de fazer música boa. Não digo que A Cospiracy of Stars seja uma sequência de Seven Deadly (2012) e The Visitor (2009), por que ele consegue estar acima desses dois ótimos álbuns. Que muita saúde acompanhe os velhinhos nos próximos anos, e se for para lançar álbuns a cada três anos com essa qualidade, que assim seja.


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3. Europe – War of Kings

Quando War of Kings chegou às lojas, foi com surpresa que o mundo ouviu o novo álbum dos suecos. Afinal, desde seu retorno na década passada, o grupo vem se renovando com uma qualidade ímpar, que o afasta da farofice dos anos 80 e o coloca no hall de uma das melhores bandas da atualidade. Esse álbum traz uma forte inspiração em Uriah Heep, sendo que por diversas vezes confundimos a voz de Joey Tempest com a de Bernie Shaw, destacando a faixa-título, “California 405”, “Light it Up”, “Days of Rock ‘n’ Roll” (nessa eu tenho certeza que é o Shaw quem está cantado) e no refrão de “Second Day”, que traz também um pouco de Deep Purple. Ao mesmo tempo, a dupla Norum e Léven está afiadíssima, construindo riffs pesados e grudentos, com especial atenção para “Children of the Mind”, sendo Norum,  aliás, o grande destaque do disco, que rodou bastante no aparelho esse ano, e merece a segunda posição.


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4. Slayer – Repentless

O retorno de Paul Bostaph para as baquetas do Slayer, e o primeiro álbum do grupo após a morte do guitarrista Jeff Hanneman, é simplesmente uma brutalidade como só o Slayer consegue entregar. Uma banda que está na ativa, querendo superar a tragédia da perda de um de seus principais membros, e com uma gana fenomenal, onde o guitarrista Kerry King é o centro das atenções com solos ágeis e muita ferocidade. Um álbum que certamente não irá ficar apenas como quesito de coleção, pois várias são as faixas que rodam fácil entre os clássicos da banda, como a faixa-título, “Vices”, “Piano Wire” e “When the Stillness Comes”.


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5. Faith No More – Sol Invictus

O primeiro álbum do FNM em quase 20 anos não é um clássico como The Real Thing ou Angel Dust, mas é um ótimo retorno para os fãs que ardiam em febre pela ausência de Mike Patton e cia. dos palcos. “Motherfucker” e “Superhero” chegaram com toda a pompa de um clássico, sendo duas das canções que mais curti nesse ano, e no mesmo nível estão “Separation Anxiety”, “Black Friday”, “Cone Shame”. A lamentar apenas o fato de o show no Rock in Rio não ter sido tão apavorante quanto é o álbum, principalmente por que Mike Patton inventou de fazer um Stage Dive e acabou cometendo umas atrocidade sem fundamento, se espatifando todo no chão.


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6. David Gilmour – Rattle That Lock

O show de David Gilmour em Porto Alegre foi um dos melhores shows que já vi em minha vida, muito por causa das canções que o ex-Pink Floyd tocou de sua banda original, mas muito também pela qualidade das canções de Rattle That Lock que foram apresentadas na noite do dia 16 de dezembro. Afinal, o disco apresenta uma ampla variedade de estilos, seja com o folk de “Faces of Stone”, seja com o blues-jazz arrepiante de “The Girl in the Yellow Dress”, as pitadas de jazz no pop da faixa-título, e os ótimos momentos instrumentais de “And Then …”, “Beauty”, “5 A. M.” e “In Any Tongue”, quando a guitarra de Gilmour predomina soberanamente nas caixas de som. Deu para matar saudade dos velhos tempos, e ainda, atestar que o vovô Gilmour ainda tem muito o que nos ensinar sobre como tocar guitarra sem ser um virtuose da velocidade, mas apenas sendo um virtuose do feeling.


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7. Anekdoten – Until All the Ghosts are Gone

Esse álbum foi ouvido aos 45 do segundo tempo, e que baita disco. Com certeza, vou cometer uma injustiça não colocando-o em uma posição superior nessa lista, mas pelo menos, as duas audições que foram realizadas para o mesmo já foram o suficiente para colocá-lo no Top 10. Depois de tantos anos afastados, a turma de Nicklas Berg fez um disco que matou a saudade dos fãs com tudo aquilo que eles gostam: muito mellotron, melancolia, inspiração em King Crimson e obras bem trabalhadas. “Get Out Alive”, “Writing on the Wall”, e a instrumental “Our Days Are Numbered”, além da linda flauta de Theo Travis em “If It All Comes Down to You”, são os principais momentos de um álbum que vai rodar bastante nas caixas de som durante 2016. Pena que ouvi ele tarde, mas antes tarde do que nunca.


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8. Apocalyptica – Shadowmaker

Para quem acompanhou o início da carreira do Apocalyptica, quando o quarteto de violoncelos especializou-se em recriar obras clássicas do Metal mundial, ouvir Shadowmaker é uma grata supresa. Afinal, agora a banda conta com um vocalista fixo, Franky Perez, que não faz feio em nenhum momento, e destaca-se na pancadaria da faixa-título, que só por si já garante o álbum entre os melhores de 2015, e também em “Slow Burn”. Para os fãs antigos, o peso de “I-III-V Seed of Chaos” e “Riot Lights”, a linda “Till Death do us Part”, e a pancada “Reign of Fear” (que aparece apenas na edição limitada, infelizmente, por que é lindíssima) irão trazer um baita sorriso. Discaço, que está me levando para conhecer os demais álbuns dos finlandeses.


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9. Scorpions – Return to Forever

Claro que não é o Scorpions hardeiro da era Uli Jon Roth, mas depois de muito tempo os alemães conseguiram fazer um álbum bom de ouvir do início ao fim. Temos vários momentos interessantes, como “Going Out With a Bang”, “Rock My Car”, “All for One”, “The Scratch”, “Rock ‘n’ Roll Band” , além do espaço para as tradicionais baladas, aqui separado para “Gypsy Life” e “House of Cards”. Não será um disco marcante, mas perto do que ouvi em 2015, é um álbum que merece um Top 10.


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10. Beardfish – +4626 – Comfortzone

Outro que ouvi aos 45 minutos do segundo tempo, e vou me arrepender de não ter colocado em uma posição mais acima. Mas tudo bem, o fato de os suecos do Beardfish pelo menos serem citados já é uma dentro. Desconhecia a banda, apesar de eles estarem desde 2001 pelos palcos, e foi quando ouvi o disco do Naxatras que o youtube me sugeriu ouvir esse daqui (só para ressaltar, o youtube me sugeriu Naxatras depois que eu ouvi o novo do Anekdoten). Uma banda que faz uma sonzeira fenomenal, sem um estilo bem definido, mas que podemos dizer, se aproxima do rock progressivo, com grandes doses de indie. O vocalista Rikard Sjöblom possui uma voz marcante, e as canções são muito bem construídas, com viradas e intrincações que surpreendem, além da influência marcante do mellotron do King Crimson e Genesis, o teclado e o piano com influências de Gary Brooker e Rick Wakeman, mas também com um K de Keane, ou até dos timbres de guitarra similares aos de Robert Fripp por certas vezes, mas longe de ser apenas mais uma cópia dos gigantes britânicos. Mais uma banda que vou ter que fazer resenha ano que vem, e que me deu uns bons chutes na cara durante a audição de + 4626 – Comfortzone. Um disco lindo, onde “Hold On”, as pancadarias de “King” e “Daughter / Whore” e os quinze alucinantes minutos de If We Must Be Apart (A Love Story Continued) são alguns dos principais destaques. Em tempo, os dez minutos de “Comfort Zone” e os dedilhados de “The One Inside Part 2: My Companion Throughout Life” são tão lindos e emocionantes que até sua bisavó irá se comover.


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Menção Honrosa: A-ha – Cast in Steel

Outro grupo que retornou com tudo no Rock in Rio foi o norueguês A-ha. Depois de seis anos do praticamente despercebido lançamento de Foot of the Mountain, o retorno para o Rio de Janeiro fez com que muitos fãs voltassem a ouvir o som oitentista da banda. Eu sempre fui um que não era um seguidor do trio, mas tinha meu apreço (até hoje, me arrependo de ter feito e não salvo em lugar nenhum, uma matéria extremamente pessoal para a Collector’s Room, a qual foi simplesmente jogada no lixo pelo proprietário daquele site), e foi com grande alegria que eu ouvi Cast in Steel. Afinal, não tem como não voltar para minha infância com faixas como “Cast in Steel”, “Forest Fire”, “The Wake”, “Living in the End of the World”, com surpresa total para a linda “She’s Humming a Tune”, forte candidata a melhor música do A-ha, ao lado de “Hunting High and Low” e “Stay on These Roads”. A voz de Morten Harket continua a mesma, os teclados de Magne Furuholmen continuam os mesmos, as guitarras de Pål Waaktaar-Savoy continuam as mesmas, ou seja, o grupo não perdeu a capacidade de cômpor e criar músicas dançantes e cativantes. Ganha menção honrosa não somente por que o álbum é bom, mas por que foi um dos melhores shows do Rock in Rio desse ano, realizado sob muita chuva – lá no Rio – e sob um lindo eclipse lunar – aqui na afastada São Borja.


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Destaque positivo – Anderson Ponty Band – Better Late Than Never

 A união dos monstros sagrados do rock progressivo foi acompanhada com muito expectativa, e foi brindada com esse belo álbum ao vivo, que além de trazer canções inéditas, apresenta novos arranjos para clássicos do Yes, como “Wonderous Stores”, “Roundabout”, “And You And I” e “Time and a Word”. Um discaço para os fãs de progressivo comemorarem e ouvirem por muitos anos, e como o próprio nome diz, melhor tarde do que nunca essa fantástica fusão de Anderson e Ponty.


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Destaque negativo – A morte de grandes artistas da música

Está se tornando de praxe, infelizmente, mas a cada ano que passa, mais e mais artistas que apreciamos no mundo da música tem indo fazer shows no andar de cima. Chris Squire (foto) foi a que mais senti, mas também foi lamentável vários outros ícones que não estarão mais entre nós a partir de 2016. Praticamente cada semana era um nome novo, e assim se foram: John Tout; Daevid Allen; Lemmy Kilmister; Edgar Froese; B. B. King; Mike Porcaro; Demis Roussos; AJ Pero; Júpiter Maçã; Andy Fraser; Phil Animal Taylor; Gary Richrath; Steve Mackay; Sam Andrew; Scott Weiland e tantos outros.  O pior é saber que a tendência com o passar dos anos é de aumentar ainda mais esse grupo. Uma pena, mas são os ossos do ofício que o tempo traz para todos.


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Decepção – Iron Maiden – The Book of Souls

Quando o clipe de “Speed of Light” surgiu nas redes sociais, a esperança de finalmente poder ouvir um disco do Iron Maiden diferente dos demais cresceu fortemente. A canção é veloz, tem uma baita pegada, um refrão grudento, solos contagiantes e ainda, um joguinho bem legal que foi lançado junto com o disco. Quando saiu o disco, que tristeza. Era o velho Iron Maiden repetindo a fórmula tradicional do Em, C e D, com canções longas que você reza para acabar, um Bruce Dickinson caindo aos pedaços, e o mais chato de tudo, uma pomposa faixa de dezoito minutos, “Empire of the Clouds”, com pianos e muita chatice que só os fãs da donzela conseguem suportar. Decepção total!


25 comentários sobre “Melhores de 2015: Por Mairon Machado

  1. Boa lista. Porém, em minha opinião, caberia o album do Steven Wilson, que está cada vez mais se aproximando do que ele fazia com o Porcupine Tree. Ouça com atenção. É um discaço.

  2. A lista do meu querido Mairon Machado é tipica dessa gente bronzeada que quer mostrar seu valor. Tem Ufo, Europe, Slayer, Faith No More, Gilmour, Anekdoten, Apocalyptica, Scorpion, A-Ha e Iron Maiden… Só medalhões. Puta que o pariu. Ainda bem que eu não vivi esse 2015 aí. O único pedacinho dele que valeu a pena foi o do Naxatras, um disco sublime. Que aninho desperdiçado, hein Mairon? Se eu fosse você voltava e vivia ele de novo.

    1. Marquinho querido, não quero mostrar valor e tão pouco sou bronzeado, mas fazer o que se está difícil ouvir algo diferente hoje em dia. E vamos ser sincero, o Iron Maiden apareceu no negativo, e o A-ha como menção honrosa. E eu citei o Beardfish no final (aliás, esse disco tem crescido rapidamente em meu conceito). Enfim, o Naxatras foi uma das melhores audições que tive há algum tempo, e fico feliz que tem surgido bandas nesse nível. Falta o bom e velho Bruno Marise para nos trazer mais Sangue Novo, não acha?

          1. Eu conheço o Beardfish, Fernando, assim como já conhecia o Naxatras. Fiquei pegando no pé do Mairon em relação às outras bandas porque achei que ele já fosse macaco velho o suficiente para não se impressionar com bandas que tocam com o nome (seja o disco bom ou não, como o do Slayer que eu gostei muito, mas que não surpreendem mais a não ser pela capacidade de ainda estarem tocando e com profissionalismo), como aqueles velhos centro-avantes que existem por aí em atividade. E tem uma ironia nesse disco do Beardfish: é um disco conceitual sobre os vícios da acomodação, e a lista onde ele está incluída é uma overdose de comodismo. Sei lá, o Mairon é muito mais que a lista dele e eu entrei 2016 evitando morder a lingua porque o veneno aqui tá foda.

    1. Correndo atrás do Naxatras. Vamos ver se o sedutor texto do Mairon corresponde à realidade…Anderson-Ponty vou arriscar por Ponty, já que Jon fora do Yes costuma cair perigosamente na new age quase brega.

  3. Velharia demais. Acho que dessa lista acabei apreciando apenas o Faith No More. Scorpions está decente, tem umas músicas medonhas no meio mas no geral é um disco 2,5/5. Slayer até já comentei aqui minha impressão, um belo 1/5. Esse do Europe eu ouvi umas 2 vezes, não achei ruim, mas o som não é pra mim.

    1. Sim, a lista tem muitas bandas que surgiram em décadas passadas…. mas isso é um problema? É uma lista pessoal.

  4. Dos discos do Mairon, um entrou na minha lista, um eu ouvi mas acabou ficando de fora apesar de ter achado um bom trabalho (UFO) e um vai entrar como decepção (já devem imaginar qual seria devido ao test drive que fizemos).

  5. Algum fã do Apocalyptica aqui? Eu achei o novo disco muito bom, e bem surpreendente para acostumados com os discos instrumentais do início de carreira da banda

    1. Eu sou, mas por incrível que pareça, esse álbum me passou batido. Meu favorito é o Reflections. Está ao mesmo nível desse ou melhor?

  6. Achar que o novo do Scorpions e o do Faith No More são bons é uma grande piada do ano !!!
    São albuns medíocres que não chegam nem perto dos álbuns medianos que já foram lançados por eles no passado e considerá-los melhores lançamentos do ano é afirmar que seu gosto é mais do que duvidoso. Eles tem que comerem muito feijão com biotônico Fontoura para serem considerados bons.

    1. Concordo que não chegam perto dos álbuns medianos lançados por essas bandas no passado, mas perto do que foi lançado em 2015, são bons discos. Mas tudo bem, fique a vontade para duvidar do meu gosto musical. Não será o primeiro. Abraços

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