Do Pior Ao Melhor: Pink Floyd

Do Pior Ao Melhor: Pink Floyd

Por Mairon Machado

Em se tratando de Pink Floyd, uma banda gigante mas uma discografia relativamente curta, fazer uma análise de quais os melhores e piores discos é uma tarefa não muito ingrata. Digo não muita por que é relativamente fácil para mim escolher o melhor e o pior, e até o mesmo o segundo melhor e o segundo pior. Porém, o recheio da lista sim, é bastante complexo. São 15 discos no total (lembrando que só os discos de estúdio entram aqui, mas acabei tendo que incluir Ummagumma por ser mezzo ao vivo mezzo em estúdio), e daí, tirando esses quatro citados, sobram 11 para se degladiarem nas posições

Vamos então a lista Do Pior Ao Melhor disco feito por Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason e Rick Wright (e mais Syd Barrett)


15. The Endless River [2014]

O 15° disco do Pink Floyd é o 15° dessa lista. Quero ressaltar que chamá-lo de “pior” não necessita dizer que ele é ruim. É um trabalho em homenagem ao falecido Rick Wright, e que resgata canções e improvisos realizados durante a gravação de The Division Bell. O resultado é um álbum praticamente todo instrumental, recheado de longos solos, mas que acaba sendo pouco marcante. As faixas onde Wright se sobressai, como “On Noodle Street”, “The Lost Art of Conversation” ou as duas “Allons-Y” são os melhores momentos. Mas no geral, não há uma música que grude, como em todos os demais discos do Floyd, e tão pouco algo que você vá dizer “nossa, isso é animal“. É um belo disco, mas só. Se fosse lançado como carreira solo de Gilmour, talvez recebesse mais atenção.


14. A Momentary Lapse of Reason [1987]

O retorno inesperado depois de um “longo” hiato de três anos do Pink Floyd foi sem seu líder Roger Waters, e tendo agora David Gilmour como figura central. Ao lado de Mason (e Wright novamente como músico contratado, assim como fôra em The Final Cut), Gilmour cria um novo Floyd, com sua voz aveludada brilhando junto de sua guitarra, e claro, fazendo um progressivo bastante moderno. Eu gosto do disco, destaco boas faixas como a complexa “Sorrow”, a baladaça “On the Turning Away”, um dos grandes solos da carreira de Gilmour, e o mega-sucesso “Learning to Fly”, que coloca os vocais femininos em destaque. Porém é difícil aturar “The Dogs of War”, “Terminal Frost”, as duas “A New Machine” e “Yet Another Movie / Round And Round”. A eletrônica “One Slip” até curto, mas para Pink Floyd, é uma música bem aquém. Em um disco 50% bonzinho, e 50% brabo de ouvir, penúltima posição até que é lucro.


13. More [1969]

Agora começa a complicar. Cada disco a seguir poderia mudar facilmente de posição (com exceção do primeiro), e More acaba abrindo essa sequência. É uma trilha sonora, o que nos leva a ouvir com uma atenção diferente, mas é inegável que não há como não se surpreender com o peso de “The Nile Song” e “Ibiza Bar”, ou o jazz fusion de “Up The Khyber”, uma das mais subestimadas faixas dos caras. Por outro lado, os violões de “Cirrus Minor” e ‘”Green is the Colour”, com o órgão de Wright brilhando na primeira, e o piano na segunda, dão ainda mais charme para a obra. Só que “A Spanish Piece”, “Crying Song”, “Main Theme” e “Party Sequence” são justificáveis apenas para trilha sonora mesmo. E “Quicksilver” é muita viagem e demasiada longa. Uma pena, por que as músicas boas aqui realmente são muito boas.


12. Ummagumma [1969]

O disco ao vivo e o disco de estúdio ficam na rabeira muito mais pelo estúdio do que pelo ao vivo. Três das quatro faixas caught in the act são excelentes amostras do que o Floyd fazia no final dos anos 60 e início dos 70, sendo “Astronomy Domine” uma das minhas músicas favoritas da banda na versão aqui registrada. “Careful With that Axe, Eugene” é alucinante, e “A Saucerful of Secrets” é simplesmente de chorar, numa das melhores performances de Wright e Mason. “Set The Controls for the Heart of the Sun” já considero mais aquém das demais, e então, ao entrar no álbum de estúdio, é difícil aproveitar algo realmente bom dali. Claro, eu curto “Grantchester Meadows” e algumas das partes de “Sysyphus” e “The Narrow Way”, mas é muito pouco para qualificar o álbum em uma posição maior. E nas demais faixas, muito do que acabamos ouvindo é realmente pura experimentação. Assim como More, não entra no Top 10 hoje, mas, oscila bastante na margem de erro para ficar no máximo na décima posição.


11. The Wall [1979]

Por mais que The Wall seja tido por muitos como uma obra-prima do Pink Floyd, não é o caso nas minhas audições. Claro, é um belo disco, sem sombra de dúvidas, mas a história talvez seja melhor que o disco, e as melhores músicas do álbum acabaram ficando melhores ao vivo do que aqui (preciso dizer quais são???). The Wall é um disco que ou você ouve inteiro concentrado na história, ou passa por faixas fracas como “Vera”, “Stop”, “Bring the Boys Back Home” entre outras, achando que são só músicas soltas, e que “Comfortably Numb” e “Another Brick in the Wall” são também faixas nada a ver com o contexto geral do roqueiro Pink. Para desentendidos, um disco com boas músicas acolá. Para um fã como eu, uma baita história, mas que musicalmente funcionou melhor ao vivo.


10. The Piper At Gates of Dawn [1967]

A estreia da banda é pura psicodelia. Até é meio que injusto tentar comparar o que o Floyd faz em The Piper at Gates of Dawn com os demais discos do grupo. Nada aqui vai soar parecido com o que os britânicos fizeram depois, culpa única e exclusivamente da presença de Syd Barrett. Uma das melhores estreias de todos os tempos traz pedradas como a citada “Astronomy Domine”, “Take up Thy Stetoschopy and Walk”, “Bike”, “Scarecrow”, entre outras, e fico sempre me perguntando onde a mente doentia e alucinada de Barrett teria levado o Floyd caso ele continuasse na banda? Talvez seria uma das mais de centenas de obscuridades que Londres pariu (e engoliu) entre 1965 e 1968.


9. Obscured By Clouds [1972]

Esta foi a última trilha sonora totalmente composta pelo Pink Floyd, e em comparação com More, é com certeza um disco melhor. O Floyd capricha nas canções instrumentais, com destaque para a pesada “When You’re In”, a delicadeza de “Burning Bridges” e “Mudmen”, e a sensacional “Stay”, na qual o Floyd aprimora suas composições mais lentas com primor. Gosto das viagens da faixa-título e das experimentações sonoras nos teclados de “Childhood’s End” e “Absolutely Curtains”, e é evidente como Wright foi um membro fundamental para criar o som tradicional que consagrou o Floyd, mesmo sendo os pilares centrais a guitarra de Gilmour e as letras de Waters. Obscured by Clouds acaba não soando como uma trilha sonora, mas como uma brincadeira de estúdio feita pelo grupo, e mesmo sendo discutido entre os fãs sobre sua qualidade, considero sim um belo disco, que como seus antecessores nessa lista, talvez merecesse uma posição melhor.


8. The Division Bell [1993]

Quando o Pink Floyd “voltou” em 1993, ninguém sabia o que esperar. Ainda mais que agora, depois de todo o litígio entre Waters e Gilmour, Wright voltava a ser membro oficial. Ao lado de Mason e Gilmour, criam o excelente “disco azul”, que amadurece e melhora as obras confusas e fracas de A Momentary Lapse of Reason (AMLOR), e dão uma nova cara para a banda, a cara rechonchuda e com biquinhos na boca de Gilmour. Surgem então canções suaves e bonitas, com andamentos leves, como “Coming Back to Life”, “Lost for Words” e “Poles Apart”, onde Gilmour brilha nos solos, assim como na belíssima instrumental “Marooned”. Apesar de terem faixas ainda comercias e que remetem a AMLOR (“What do You Want From Me” e “Take it Back” em especial), aqui está uma das melhores faixas da carreira dos caras, “High Hopes”. Em muito tempo Gilmour não havia criado nada similar a esta faixa, e ainda hoje não fez algo se quer 1/10 igual. Disco muito bom, e que ainda hoje soa surpreendente.


7. A Saucerful of Secrets [1968]

Bah, pior que eu gosto desse disco. É a psicodelia londrina preparada com novos temperos, que levam ao nascimento do progressivo meses depois, e aqui sendo preparada com uma qualidade rara. O disco é praticamente perfeito nesse quesito, vide faixas maluquetes como “Corporal Clegg” e “Remember a Day”. É o Floyd Barrettiano (Barrett está em “Jugband Blues”, sua última faixa com o grupo), mas caminhando para níveis maiores e melhores, criando coisas visionárias como a faixa-título, assombrosa e delirantemente fantástica, com usos de instrumentos como xilofone, o órgão carregado de efeitos de Wright e muita percussão, além de Gilmour fazendo misérias junto de um coral dramático e espetacular. E também se preparando para a nova – e melhor – fase com as experimentações de “See-Saw” e “Set the Controls for the Heart of the Sun”. Belíssimo e injustiçado disco, que talvez pudesse estar num Top 5. Se bem que a concorrência agora é ainda mais complicada …


6. The Dark Side of the Moon [1973]

Já vi que está chovendo pedras e facas lá fora, mas não, The Dark Side of the Moon está longe ser meu disco favorito do Pink Floyd. Óbvio que gosto do disco, óbvio que ele é incrível, mas há cinco discos da banda que considero melhores que este. E sabe por que? Por que não sou tão admirador assim dos clássicos que estão aqui. “Time” e “Money” meio que encheram o saco já (assim como “Another Brick in the Wall part II”), e as instrumentais não contribuem muito para eu curtir DSOTM como deveria. Apesar de ter “The Great Gig in the Sky” e “Us And Them”, duas das minhas favoritas da carreira do grupo, no todo acho que o disco ainda está abaixo dos cinco que virão. Tomates e ovos podres chegando em 3, 2, 1 …


5. Wish You Were Here [1975]

Agora é briga de facão. Se os anteriores já poderiam ocupar essas posições até a quinta, daqui até o pódio é muito, mas muito difícil dizer qual o melhor. Coloco Wish You Were Here na quinta posição muito por que, assim como “Another Brick in the Wall pt. II” e “Time”, cansei da faixa-título. Mas por outro lado, “Shine On You Crazy Diamond” em sua totalidade é uma obra-prima que dá muitos pontos para o disco, complementando por uma pancada do porte de “Have a Cigar” e as viagens nos teclados de “Welcome to the Machine”. Um disco que é uma paulada, e que deve ser ouvido com toda a calma e beleza que cada acorde dessas canções entrega ao fã.


4. Animals [1977]

Um discaço quase que completo. “Dogs” é uma paulada que impressiona a cada minuto, com viajantes teclados e um Gilmour inspiradíssimo. “Sheep” e “Pigs (Three Diferent Ones)” seguem os mesmos caminhos, porém agora com Waters se destacando junto de Wright, e se fossem apenas essas três épicas faixas, Animals talvez estivesse uma ou duas posições acima. Afinal, é um peso descomunal para um grupo prog, mas com muitos trechos viajantes e extremamente sensacionais. Porém, a ideia de Waters ganhar mais uma $ e colocar duas “Pigs on the Wing” no início e no fim do disco acaba contribuindo negativamente na qualidade final. Então, quarto lugar para ele.


3. The Final Cut [1983]

Muita gente diz que é um álbum solo do Waters, mas o nome na capa (ou no selo) é Pink Floyd, e tem David Gilmour e Nick Mason, e o melhor, o disco funciona. Desde que ouvi a primeira vez, The Final Cut me impactou. A dramaticidade que Waters carrega em sua interpretação vocal me agrada muito, e a obra toda, contando sobre como a guerra afeta a vida de uma pessoa, funciona muito bem. Aqui não há uma música em específico a se destacar, mas o conjunto total das canções, na qual justamente a que ficou mais popular, “Not Now John”, é a que destoa das demais (tipo um “Under Pressure” para o Hot Space). Se fosse para escolher só três canções que amo aqui, apresentaria “Your Possible Pasts”, “The Fletcher Memorial Home” e a faixa-título, principalmente pelas colaborações primorosas dos solos de Gilmour. Quem critica o disco por não existir nele o Pink Floyd de outrora, na verdade é uma viúva marota de Gilmour. Top 3 tranquilo.


2. Meddle [1971]

Seguindo o excelente momento de criatividade do quarteto, Meddle veio como um disco de transição em relação a fase do fim dos anos 60. As explorações musicais ainda estavam presentes, vide a grande suíte “Echoes” que ocupa todo o lado B do vinil. Porém, o lado mais comercial começava a surgir em canções amenas como “San Tropez”, “A Pillow of Winds” e “Fearless”. Fazendo o cercamento dessas faixas, a imortal e pesada “One of These Days” e o hilário blues de “Seamus”. O Floyd foi ao seu limite dentro dos estúdios, levando um cão para gravar uma canção, mas ao mesmo tempo encontrou os caminhos musicais que o levaram a criar Dark Side of the Moon e se tornar um gigante mundial. Tudo começou aqui.


1. Atom Heart Mother [1970]

Podem me chamar de louco, mas esse é o verdadeiro Pink Floyd. Cada membro contribuindo equanimemente para criar músicas fantásticas, e que representam o que os britânicos tinham de capacidade para juntos, propiciarem alegrias aos ouvidos. A suíte da faixa-título é o suficiente para garantir um Top 3, mas o Floyd cria peças incríveis chamadas “Summer ’68” e “If”, daí é Top 2. Com a delicada “Fat Old Sun” e os experimentalismos de “Alan’s Psychedelic Breakfast”, aí é topo do pódio fácil. Sem mais o que falar, colocar ele na primeira posição indica que este é também um dos melhores discos de todos os tempos, e se fosse eu professor de Artes, levaria fácil para a sala de aula. Obra prima!

26 comentários sobre “Do Pior Ao Melhor: Pink Floyd

  1. Vamos lá…

    “É um belo disco, mas só” não é não, risos. Só não é o pior da banda porque o Momentary fede a mofo.

    Concordo que ao vivo o The Wall funciona melhor (especialmente pela transição das faixas), mas 11° é loucura, ainda mais com as sobras dele em terceiro (!!!)

    Meddle merece estar alto, diferente do The Division Bell – malemá o único elemento onde este é superior ao Piper talvez seja a capa, e olhe lá. Atom Heart Mother é sim um bom disco, não entendo a rejeição que a banda nutre por ele… melhor do Floyd não, mas top 10 é garantido.

    Outras boas bandas para esta seção: Beatles, King Crimson, Kiss…

    1. Valeu sábio. Então, eu tenho essa dúvida se o endless ou o AMLOR são os mais fracos (dizer que são os piores é dificil). Mas poxa, o AMLOR tem “Sorrow” e “One Slip”, que são bem interessantes (principalmente Sorrow”. Daí ficou o Endless mesmo na última posição.

      Em breve teremos algo dos beatles por aqui, e do Kiss tb. Estão no forno e/ou na mesa de preparação

  2. Lista que provavelmente vai levantar controvérsia; mas é aquele negócio, gosto é como nariz, todo mundo tem, e cada um gosta de um tipo diferente.
    Eu nunca ordenei os discos do PF, para ser franco, e me alinho com a escolha de Atom Heart Mother como o melhor de todos, pois faz um tempão que é meu favorito. Mas para mim Animals viria em segundo lugar (de vez em quando alterna com Atom… no topo) e Wish You Were Here em terceiro, completando o pódio. Daí em diante vai uma confusão do cão, porque depende de como estiver a cabeça na hora de ouvir. Mas o meu último colocado é A Momentary Lapse…, que até é um bom disco para 1987, mas não é um bom disco para o Pink Floyd – não estaria alto na lista nem mesmo como disco-solo do Gilmour, na minha opinião. Quero reforçar, não é que o disco seja ruim, é que os outros são bem melhores…

    1. Marcello, desde que me conheço como gente o Atom é meu favorito, seguido do Meddle. Esses dois nunca saíram do top 3, assim como o Final Cut praticamente esteve lá o tempo inteiro. O Animals se não fosse as “pigs on the wing” estaria acima com certeza.

      Minha duvida no seu comentário é se a confusão do cão é do cão de “Dogs” ou do cão de “Seamus”?? Hahahaha

      Abraços

  3. Meu caríssimo chefão Mairon, vossa pessoa está de sacanagem comigo? Atom Heart Mother, é isso mesmo? O “disco da Anitta” (chamado carinhosamente por mim) em primeiro lugar entre os melhores do Pink Floyd? NUNCA NA VIDA!
    Vós sabeis bem que eu não gosto deste disco que inspirou o Led Zeppelin a fazer algo semelhante na capa do Led IV e até o Aerosmith na hora de fazer a capa de Get a Grip 23 anos depois. O mais perfeito exemplo de um disco ser legal musicalmente e a arte gráfica não ajudar em 0% de nada. Pra mim Atom Heart Mother está em um nível muito abaixo do que a banda faria nos anos seguintes. No meu ranking pessoal do Pink Floyd, está em último colocado. Em suma, não vos perdoarei JAMAIS!

    1. Olá Igor. Puxa, nem lembrei de você ao fazer a lista meu caro. Se lembrasse certamente elogiaria ainda mais o Atom Heart Mother (e citaria também que Close to the Edge é um discaço, com a faixa-título sendo a melhor música do mesmo, só para “agradar você”). Não leve para o pessoal, pois realmente não fiz este texto pensando nos seus gostos musicais (e acredito que ninguém aqui o faça hehehe)

      Abraços e obrigado pelos comentários fiéis

      1. Tá certo, chefe… Trocadilhos e brincadeiras á parte, realmente não gosto do Atom Heart Mother. Sinto muito pela sua escolha! Só lembrando-te que o surto vai ser ainda maior nas proximas edições do “pior ao melhor” com outras bandas como Genesis, Yes, Scorpions e Judas Priest, além de um ranking do “The Boss” Bruce Springsteen. Vamos esperar!

    2. De novo isso de “a música é boa, mas a capa não ajuda, então o disco é ruim”… pelo amor, sabe, tire a cabeça da bunda por uns minutos

      1. Por favor, você poderia me passar seu email? Eu precisava falar contigo em particular sobre um assunto importante. Ou caso não queira divulgar aqui, você também pode registrar seu email particular na barra de comentários que aparece exclusivamente para nós aqui, já que não sei se esse saldona que você para comentar seja o seu email real.

          1. Não esperava algo diferente vindo do senhor.

            O que eu queria tratar contigo era justamente um pedido inclusive para evitar de ter que remover comentários feitos pelo senhor ou, ainda pior, baní-lo. Mas já que não quis saber o motivo e não irei expôr aqui, caso o faça novamente irei remover o comentário. E na insistência, baní-lo. E aí não teremos mais o senhor por aqui e nem saberá a razão disso ter sido feito.

            Passar bem.

  4. Vou dar uns pitacos…Palmas para a 11 colocação de The Wall, lugar que merece, um trabalho mediano, que até pode ter letras boa, mas melodicamente é chato…The final cut nas cabeças não me desce, acho ruim mesmo, muito choroso…os albuns modernas estão nas suas colocações certas, que são as últimas, Pink Floyd não combina com modernismo, combina com as ruinas de Pompeia…The piper está devidamente rankeado, sem destaque como deve ser…Louvável o Atom na primeira colocação, trabalho fantástico que é subestimado inclusive pela própria banda, Animals também não tem a atenção do público que merece…Meddle, Wish, Dark Side não há o que falar, são obras primas e nem sei dizer qual deles é melhor, é tríplice empate na primeira colocação…eu diria que é uma bom ranking do autor.

  5. Parabéns Mairon, suas análises foram excelentes. Apesar de discordar em algumas posições, os comentários permitiram uma percepção significativa em relação aos discos e sua relevância na carreira do PF. Espero que um dia a consultoria faça uma lista com o REM.

  6. Voltei, galera… Para a alegria geral da nação vou postar o meu ranking pessoal “do pior ao melhor” disco do Pink Floyd, e também contradizendo o resultado do chefão Mairon, que dirigiu essa pesquisa:

    15. Atom Heart Mother (1970). O errático “disco da Anitta”, que me deixou puto da vida quando o chefão Mairon o escolheu como primeiro colocado de sua lista pessoal. Não repetirei o que penso a respeito dessa obra, pois eu já comentei sobre isso antes. Apenas fico pensando como seria o Atom Heart Mother se fosse lançado nos dias de hoje com a banda ainda viva e com uma capa diferente do que saiu em 1970. Certamente eu aprovaria com total satisfação!
    14. The Endless River (2014). Perda de tempo a existência desse trabalho na discografia do Pink Floyd. O single “Louder than Words” poderia servir como uma faixa bônus de uma edição comemorativa de The Division Bell (lá chegarei). De resto, um CD instrumental para o ouvinte dormir e relaxar tranquilamente.
    13. Ummagumma (1969).
    12. A Sacerful of Secrets (1968).
    11. The Piper at the Gates of Dawn (1967).
    10. More (1969)
    9. Obscured by Clouds (1972). Último disco da chamada “primeira fase” do quarteto, já preparando os ouvintes para o que virá nos anos seguintes.
    8. The Final Cut (1983). O disco final de Waters na banda, nem deveria se chamar Pink Floyd, este é na verdade o primeiro disco solo do atual “velho gagá esquerdista” que se tornou hoje (com a participação do Gilmour tocando guitarra em quase todas as faixas e até cantando em uma delas).
    7. A Momentary Lapse of Reason (1987). Talvez eu devo ser o único ou um dos poucos que defendem bem esse disco, tal qual o seu sucessor. Gosto de ambos os dois, e joguem-me pedras, tomates e ovos podres se eu estiver errado!
    6. The Division Bell (1994). Melhor da banda sem o Waters na minha opinião, e uma despedida luxuosa.
    5. Meddle (1971). A primeira grande obra-prima da banda, onde eles musicalmente se encontraram. Só a viajante “Echoes” vale pela bolachinha inteira, mas acho que deviam eliminar a “música do cachorro” do tracklist.
    4. Animals (1977). Primeiro disco que eu comprei do Pink Floyd na íntegra, após conhecer uma parte importante de sua obra. Isso foi no final de 2002, quando eu tinha 13 anos. De lá pra cá, envelheceu muito bem e se tornou um trabalho cada vez mais atual nos dias de hoje.
    3. The Dark Side of the Moon (1973). Sim, é o famoso disco do “Mágico de Oz”, com o qual tornei-me um grande admirador do PF. O mais bem sucedido comercialmente e com certeza um de seus melhores musicalmente falando – mas não o melhor como muitos ainda dizem.
    2. The Wall (1979). O melhor disco duplo da história do rock juntamente com o The River, de Bruce Springsteen. Pouco depois virou filme e mais tarde ganhou as megalomaníacas turnês revisitadas por Waters em carreira solo. Medalha de prata!
    1. WISH YOU WERE HERE (1975). Esse sim é o melhor disco da banda para mim, onde eles atingiram o ápice de sua arte musical. “Shine on You Crazy Diamond” dividida em duas partes (uma para iniciar e a outra para terminar o disco) foi uma sacada de gênio por parte dos caras, para rechear a audição com outras 3 canções igualmente clássicas por direito: “Welcome to the Machine”, “Have a Cigar” e a conhecida faixa homônima – quem nunca aprendeu a toca-la durante as primeiras aulas de violão? E quem nunca a tocou inteira em rodinhas com os amigos?. Enfim, Wish You Were Here está na minha lista de discos de “ilha deserta” e merece muito mais do que uma medalha de ouro, tal como Selling England by the Pound, Powerslave, Tales from Topographic Oceans, Thick as a Brick, Brothers in Arms, Pyromania, Breakfast in America, Screaming for Vengeance e Goodbye Yellow Brick Road, não citando a minha lista de 10 discos em ordem cronológica de escolha.

    Sem mais o que acrescentar nestas mal-traçadas linhas que comento por aqui quase sempre. Obrigado.

    1. Nenhum comentário sobre Ummagumma, Saucerful ou Piper? Alguma razão em especial?
      Sobre os demais discos, a música do cachorro, “Seamus”, não me incomoda, acho um blues simpático; se fosse tirar algo do “Meddle” acho que tiraria “St. Tropez”, que nem ao menos me soa simpática… Sobre o “Atom Heart Mother”, acho a faixa-título uma obra-prima, e considero “If” uma das melhores baladas do Roger. “Summer ’68” eu também gosto muito, e “Fat Old Sun” traz o primeiro grande solo do Gilmour. Só não dou muita bola para o café do Alan, mesmo…

      1. Não comentei sobre os quatro primeiros discos do PF apenas porque eu ainda não os ouvi… Mas prometo aprofundar-me mais neles!

        Quanto aos 3 hits de Atom Heart Mother (tirando a faixa-título e o “café do Alan”), afirmo que “Summer ’68” é a única que salva o disco de toda a mediocridade nele contida, até porque ela foi um sucesso aqui no Brasil na época (naquela propaganda antiga de um banco que patrocinava o Jornal Nacional), e é uma bela composição do saudoso Rick Wright (um dos vários “Giants in the Sky” que o Judas Priest cita em uma das faixas de seu novo disco). Só ouço esta faixa de vez em quando, não costumamente como as outras posteriores… Valeu a dica, de qualquer modo!

  7. Uma lista muito peculiar e claramente pessoal… O próprio Mairon diz, num dado momento: “Tomates e ovos podres chegando em 3, 2, 1…”. Registro que gostei da lista e principalmente dos comentários de cada álbum, mas discordo de absolutamente TUDO dela, exceto da 15ª aposição para “The Endless River”.

    Comecei a escrever o comentário no Word, antes de copiá-lo para cá, e como deu 5 páginas, decidi por deixá-lo salvo no computador (o comentário tornou-se uma reflexão sobre história da arte e sobre como categorizar obras “melhores” e “piores”, gostei dele) e apenas dizer 2 coisas:

    1. Não faz sentido “The Final Cut” à frente de “The Wall”, “The Dark Side of the Moon” e de “Wish You Were Here”, exceto se os critérios forem indiscutivelmente pessoais;

    2. Se você mesmo diz que o “Obscured by Clouds” é um álbum que “considero sim um belo disco, que como seus antecessores nessa lista, talvez merecesse uma posição melhor”, poderia tê-lo subido (segundo a sua lógica para a sua lista) para o 7º lugar ao invés de 9º.

    Que venham mais listas.

    Abraços, Mairon.

  8. Como todas as outras, esta lista é polêmica, e é bom que seja assim, suscita boas discussões.

    No meu caso, daria uma posição melhor ao “The Wall”, que, na minha humilde opinião, funciona ao vivo e apenas na audição simples. Não podemos subestimar uma letra como a de “The Thin Ice”, que, se escrita hoje, seria a imagem da nossa realidade de “redes sociais”:

    “If you should go skating
    On the thin ice of modern life
    Dragging behind you the silent reproach
    Of a million tear stained eyes
    Don’t be surprised, when a crack in the ice
    Appears under your feet
    You slip out of your depth and out of your mind
    With your fear flowing out behind you
    As you claw the thin ice”

    Parabéns pela lista.

    1. Valeu Mauro. As letras de The Wall são ótimas, mas as músicas em si poderia ter uma coesão melhor ao meu ver. Abraços

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