Iron Maiden: Cinco Músicas Injustiçadas

Iron Maiden: Cinco Músicas Injustiçadas

Por André Kaminski

Não é só o Fernando, fanático pelo Iron, que escreve sobre a banda por aqui! Eu também curto dar meus dois centavos sobre os lendários britânicos de vez em quando.

Uma postagem simples mas com a ideia de gerar discussão: cinco músicas que me incomodam muito o fato de eu as considerar injustiçadas dentro da carreira deles, seja pelos fãs que muitas vezes as ignoram só pelos hits de sempre (“The Trooper”, “Aces High”, “Fear of the Dark e as tantas outras) quanto pela banda que as tocou poucas vezes e nem sempre bem posicionadas dentro do setlist.


The Reincarnation of Benjamin Breeg (A Matter of Life and Death – 2006)

Eu já sendo bem direto, acho este álbum um dos piores do Iron Maiden. Um disco para mim que soa preguiçoso e soporífero. Mas eu até hoje pago pau para esta música que saiu em um dos álbuns que menos gosto de ouvir. Inclusive, é uma faixa que está no meu top 5 da banda em termos de preferência. Não consigo entender como uma faixa que sai do tocante e melodioso para o pesado e agressivo de uma sutileza sem igual seja tão desprezada por tanta gente. A música é incrível do início ao fim, traz uma letra marcante e um instrumental excelentemente bem azeitado. A história fictícia do tal Benjamin Breeg nunca pegou entre os fãs, todavia, foi uma das ideias mais legais que a banda criou mas que, infelizmente, nunca gerou o interesse que eu imagino que eles esperavam.


The Phantom of the Opera (Iron Maiden – 1980)

Sabemos o quão foda o Bruce é como vocalista, mas se tem uma faixa que ele jamais conseguirá igualar o desempenho e a interpretação de Di’Anno é nessa música. O velho vocalista é visceral cantando esta canção, que a meu ver deveria ser mais tocada pela tchurma de Harris & Cia, mesmo que Bruce não chegue a brilhar tanto quanto o velho Paul nesta faixa.


Transylvania (Iron Maiden – 1980)

Olhem só a alegria de Murray quando toca a melhor faixa instrumental da banda criada até hoje. Está aparente na cara do guitarrista que esta deve ser uma das faixas favoritas dele. Gers toca os dois primeiros solos mais melódicos que vinham diretamente de Stratton, enquanto Murray faz o shredding final de maneira brilhantemente perfeita. Por mais que adoramos ouvir Bruce, a banda deveria deixá-lo descansar mais enquanto nos diverte com este petardo.


The Aftermath (The X-Factor – 1995)

Com essa belíssima letra e mesmo que Blaze não tivesse lá o melhor desempenho ao vivo daquilo que poderia, acho esta música uma lamentável desprezada do X-Factor e da época em que ele esteve na banda. Uma excelente letra e melodias de doer na alma é o que sinto quando ouço esta ótima canção, ao qual demorei um bocado para apreciar as qualidades dela, mas que hoje considero uma das melhores da era Bayley do Maiden.


The Duellists (Powerslave – 1984)

O disco está entre os mais amados pelos fãs, mas ninguém me convence que a quinta faixa “The Duellists” não seja uma desprezada e injustiçada pela banda. Com um refrão marcante e um Bruce cantando até as goelas, talvez seja realmente apenas o tom dos vocais da música que, creio eu, Bruce não consegue mais repetir devido a idade que provavelmente impeça deles a recolocarem nos setlists. Eu particularmente não ligaria se diminuíssem o tom para Bruce não sofrer tanto, apenas gostaria de ouvir “The Duellists” aparecendo mais nos ao vivos da banda.

E você? Certeza que tem as suas favoritas que nem a banda e nem os fãs estão nem aí. Fique a vontade para comentar as minhas escolhas e, claro, colocar as suas também.

9 comentários sobre “Iron Maiden: Cinco Músicas Injustiçadas

  1. Não considero “Benjamin”, “Phantom” ou “Transylvania” como injustiçadas. A primeira chegou a ser single, a segunda foi bastante tocada na era Bruce e até cover do Ghost ganhou, e a terceira é sempre lembrada com carinho pelos fãs, e também foi muito tocada ao vivo nos primórdios… as outras duas escolhidas, sim, concordo com a classificação, mas eu faria uma lista completamente diferente, com “Strange World” (se é para ter uma da fase Dianno), “Still Life” (uma das minhas favoritas de todos os tempos, e que acho que só apareceu na tour do Seventh Son, depois nunca mais), “Back in the Village” ou “Losfer Words (Big ‘Orra)” (a primeira quase tão esquecida quando “The Duellists”, a segunda outro instrumental de alto nível), “Mother Russia” (uma das minhas preferidas do NPFTD, aop lado de “Tailgunner” e da faixa título) e “Fortunes of War”, se é para ter uma da fase Blaze… mas, para mim, a faixa mais injustiçada da carreira da Donzela é “Deja Vu”, justamente a primeira música da banda que ouvi, e que nunca é lembrada nem citada por ninguém, nem banda (que a ignorou novamente até na turnê que “homenageia” o álbum onde ela se encontra), nem fãs, nem bandas cover, nem nada… e eu, praticamente sozinho, idolatrando esta faixa que pertence a um álbum que também pode ser considerado “injustiçado”, embora a banda tenha em parte o redimido nesta turnê atual.

    Gostei muito da ideia do tema, André. Penso que vale para outras bandas a análise de canções esquecidas, quase nunca tocadas ao vivo, que não recebem covers, e que só estão presentes na mente dos fãs mais fanáticos… se você permitir, acho que vou usar sua ideia para criar outros textos… as seleções de músicas/bandas já estão rolando na cachola… agora é colocar no papel, e quem sabe este texto gere uma nova seção no site, hein?

    1. Não tem copyright de ideias aqui não, Micael. Faça quantos posts quiser com a mesma ideia!

      Eu é claro, não tenho o mesmo conhecimento sobre a banda que tantos outros aqui, mas falando sobre Benjamin Breeg e Transylvania ainda acho que sejam muito injustiçadas. Para mim, a primeira poderia ser a nível de uma top 15 mais tocadas da banda enquanto a segunda devia ser quase que obrigatória para dar o descanso merecido a Bruce ao mesmo tempo que escutamos uma instrumental foda.

  2. “The Duellists” no lugar da chatice de “Fear of the Dark” nos shows seria um sonho… Essa é do meu álbum favorito da banda, o pessoal aqui já sabe do quanto que eu amo o Powerslave!

  3. Eu adoro “Prodigal Son”, do Killers, e de acordo com o Setlist.fm, só foi tocada ao vivo uma vez, e antes da banda ficar famosa. Outra que eu gosto muito e não tem versão ao vivo é “Montségur”. Por fim, “Man on the Edge” é uma boa música da fase Blaze que ficou esquecida.

  4. “Holy Smoke”, do No Prayer for the Dying. Fui a 4 shows do Iron, nunca consegui ouvir ao vivo. Na época de lançamento do disco, não tocava nas rádios (brasileiras, pelo menos). Fez sucesso só no meu toca-discos, pelo jeito.

  5. Eu já tive ideia de fazer algo nesse sentido também. Posso fazer uma lista enorme de faixas que eu gostaria que a banda desse mais atenção também. Uma instrumental eu citaria Genghis Khan por ter uma melodia que nunca vai ficar datada. Murders in the Rue Morgue eu acho demais também, To Tame a Land talvez seja uma das melhores composições de Harris e do Powerslave eu acho um crime que Flash of the Blade não seja lembrada. Em um texto antigo meu aqui falo das faixas do No Prayer For the Dying e, para finalizar, queria discordar do André em relação ao famoso AMOLAD. Para mim ele só perder para o BNW dessa nova fase do Maiden.

  6. Muita música boa parada, essa é a verdade!!!! The Duellists (Powerslave – 1984) é um clássico e as músicas com o Blaze quase não são lembradas, valeu!!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.