Discografias Comentadas: Styx – parte II

Discografias Comentadas: Styx – parte II
Styx em 1983: Tommy Shaw, Chuck Panozzo, Dennis DeYoung, John Panozzo e James Young
Por Mairon Machado
O Styx entrou na década de 80 como uma das principais bandas do rock americano. O sucesso de Crystal Ball, The Grand Illusion, Pieces of Eight e Cornerstone, abordados na primeira parte, deixaram os bolsos do grupo forrados de dinheiro. Mas, nem tudo foram flores a partir de então. Dois álbuns conceituais de estrondoso sucesso acabaram levando ao fim precoce do grupo, que voltaria nos anos 90 com uma formação diferente, assim como a sonoridade adaptada às exigências necessárias para se conquistar espaço durante aqueles anos. Vamos então aos álbuns dessa época.
Paradise Theater [1981]
Esse é para mim o melhor álbum da fase com Tommy Shaw. Narrando a história fictícia do Paradise Theater, o Styx manteve o sucesso dos álbuns anteriores, mas a sonoridade se tornava cada vez mais AOR, e para desenvolver esse belíssimo álbum conceitual, o quinteto de Chicago conseguiu juntar toda o talento individual de cada membro em um álbum sensacional que gerou mais quatro grandes hits para a coleção do grupo. A vinheta “A.D. 1928”, que abre o disco, tem a melodia destacada na balada “The Best of Times” (terceira posição nas paradas), com um refrão que até sua vó conhece. O mesmo pode ser dito para o riff de “Too Much Time on My Hands” (segunda posição nas paradas), repleta de sintetizadores, nessa que é a principal canção da história do Styx em termos de sucesso (ao lado de “Lady”). O andamento oitentista e as inesquecíveis palmas entre as palavras que formam o nome da canção durante o refrão, animaram muitas festas adolescentes durante os anos 80. O rock de “Rockin’ the Paradise” (oitava posição nas paradas), com uma ótima introdução seguida pelos vocais de Dennis, e um excelente solo de Tommy, possui uma levada de baixo, piano e bateria típica dos grandes rocks da década de 50. Outros destaques vão para  “Snowblind”, com o andamento levemente blueseiro, e boa participação das guitarras, além de um solo excepcional, com muitos bends e notas velozes, e “Half-Penny, Two-Penny”, uma paulada, com o ótimo riff das guitarras e um excelente andamento de John e Chuck. A marcação do baixo é grudenta e dançante, além do riff, que cantarolamos sem querer junto à voz de James. A mudança no emotivo refrão, onde as vocalizações cantam a venda do Paradise por um valor irrisório, e os barulhos que levam à demolição do Paradise Theater entre acordes de piano, o badalar de um sino e o sempre marcante baixo de Chuck, são os pontos principais dessa excelente faixa que encerra a história com os excelentes solos de James, Tommy e do sax de Steve Eisen. Eisen também está presente em “Nothing Ever Goes as Planned”, uma balada suave, com um arranjo de metais para a Hangalator Horn Section comandada por Ed Tossing, e em “Lonely People” canção que abre o lado B retratando muito bem na melodia e arranjo da canção os pesados momentos de vazio do teatro através das guitarras, com destaque para os solos de Tommy e James. A única canção que para mim não se encaixa no conceito é “She Cares”, uma balada AOR comandada pelo embalo de baixo, bateria e violão, além de acordes de piano e os vocais de Tommy. Eisen também participa com outro solo, e no geral, ela foge bastante da proposta total do LP. O encerramento do álbum, com “A.D. 1958”, possui a mesma melodia de “A.D. 1928” e da introdução de “The Best of Times”, com diferença apenas na letra, que agora cita a existência do teatro apenas na memória daqueles que o acompanharam. Um ótimo álbum que atingiu a primeira posição nos Estados Unidos, e que vendeu mais de 3 milhões de cópias até os dias de hoje. Uma versão limitada do vinil apresentava uma imagem da decoração do Teatro gravada em laser dentro dos sulcos do LP, tornando-se mais um atrativo junto da qualidade sonora de Paradise Theater.
Kilroy Was Here [1983]
Seguindo a linha de álbuns conceituais, Dennis criou uma história futurística para o LP seguinte. Kilroy Was Here narra um mundo dominado por seres criados pelos japoneses (os Mr. Robotos) para auxiliar as pessoas em trabalhos pesados e também no dia-a-dia. Nos Estados Unidos, um maníaco chamado Dr. Righteous, líder de uma liga conhecida como Majority for Musical Morality (MMM) decide banir o rock ‘n’ roll da comunidade americana, acusando inclusive Elvis Presley de ser o responsável pelo declínio moral e econômico dos Estados Unidos. Tudo é feito através da TV a cabo e também da internet, antes mesmo que esses dois existissem como hoje vemos ao nosso redor. As bandas de rock ganham um tempo para organizar seus shows de despedida, e em um deles, do astro Kilroy, um MMM é morto, com Kilroy indo parar na cadeia. Os anos se passam e rebeldes a favor da volta do rock começam a se rebelar, entre eles, Jonathan Chance, que tira Kilroy da prisão. É exatamente nesse ponto que começa o álbum. Musicalmente falando, é mais fraco que Paradise Theater, mas mesmo assim, temos bons momentos, como a clássica “Mr. Roboto”, com versos cantados em japonês e com um grudento refrão, além de vozes computadorizadas e também muitos sintetizadores, que praticamente são ouvidos durante todo o álbum; A bonita balada “Don’t Let it End”, e também “Double Life”, um pop oitentista e grudento, onde o refrão é o principal destaque junto ao solo de sintetizador. James (interpretando o papel de Dr. Righteous) é responsável pela melhor canção do LP, “Heavy Metal Poisoning”, onde o riff da guitarra apresenta uma canção bem diferente dos eletrônicos presentes em quase tudo o que ouvimos. Destaque também para o marcado e complicado andamento dos irmãos Panozzo e  para o fantástico solo de James. Pops como “Cold War” e “Haven’t We Been Here Before” preenchem o disco com muitas melodias, com destaque para o solo de guitarras gêmeas na última, que leva para “Don’t Let It End (Reprise)”, que encerra o LP com um rock sensacional, apresentado para a geração que ainda não tinha a oportunidade de ouvir o som das guitarras, do baixo, do piano e da bateria. Os momentos mais fracos ficam por conta de “High Time”, recheada de bateria eletrônica e “Just Get Throught This Night”, onde Tommy toca um instrumento japonês (o shami-sen) e apenas isso merece destaque. Kilroy Was Here alcançou a terceira posição nas paradas, sendo “Mr. Roboto” e “Don’t Let it End” os grandes singles do LP (terceira e sexta posição respectivamente). Muito do que está nas letras do álbum é uma crítica de Dennis contra os discursos que acusavam (ainda) o grupo de ser ligado ao satanismo, o que podemos comprovar principalmente em “Heavy Metal Poisoning”. A ambiciosa superprodução envolvendo um curta-metragem e o palco da turnê, foram marcas registradas dessa fase do grupo, que registrou assim o primeiro ao vivo, Caught in the Act Live, no ano de 84, encerrando as atividades devido justamente aos conflitos entre Dennis, Tommy e James, os quais ocorreram durante toda a turnê.
Edge of the Century [1990]
Depois de seis anos, o Styx voltava, agora com Glen Burtnik substituindo Tommy, além dos irmãos Panozzo, James e Dennis. Com uma sonoridade bem mais moderna, o Styx renascia das cinzas, com um álbum mediano que mesclava baladas (“Carrie Ann”,  “Show Me the Way” e “Love at First Sight”) com rocks modernos (“Love is the Ritual”, “Not Dead Yet” e “World Tonite”), onde “Love is the Ritual” e “Show Me the Way” se destacaram nas paradas americanas. A primeira, cantada por Burtnik,  atingiu a nona posição, e perambula entre o hard farofa e o pop oitentista, mesclando bateria eletrônica e riffs dançantes de guitarra. Já a segunda, cantada por Dennis, apesar da bonita melodia, não me chama a atenção, mas foi uma das mais pedidas nas rádios americanas durante o ano de 1990, atingindo a terceira posição. “All in a Day’s Work” é uma balada mais  trabalhada, levada apenas pelo violão e por sintetizadores acompanhando os vocais de Burtnik, além das vocalizações presentes durante o refrão e do acordeão de Dennis, reaparecendo nos álbuns do grupo depois de muitos anos.  O mesmo ocorre no retorno dos covers, com o bom rock de “Not Dead Yet”, lembrando muito Aerosmith nessa mesma época, onde somente guitarra, baixo e bateria acompanham os vocais de Dennis, que limita-se apenas a cantar, sem sintetizadores ou eletrônicos à sua volta. A faixa-título “Edge of the Century” é outro rock de bom gosto, com boa participação das guitarras, onde os sintetizadores de Dennis adaptam o Styx ao som dos anos 90. Mais rock anos 90 está presente em “World Tonite”, com um solo de harmônica feito por Howard Levy. “Back to Chicago” é uma ótima canção com pitadas jazzísticas e melodia leve, tendo a participação de naipe de metais e de um excelente solo de clarineta feito por John Negus. Mas para variar, a melhor canção é uma composição de James e Dennis, “Homewrecker”, com uma interessante introdução misturando barulhos de aviões entre solos de guitarra e sintetizadores, que apresentam os vocais de James em um hard Styx com batidas bumbo-caixa, mas que sacolejam o corpo, relembrando o final da década de 70 no refrão, com as vocalizações agudas e outro grande solo de Dennis e James. Um destaque que merece ser dado é o fato das rádios americanas terem incluído “Show Me the Way” como um hino adotado pelas tropas americanas que lutavam na Guerra do Golfo, inclusive com algumas rádios tocando uma versão editada com os filhos de alguns militares cantando o refrão da canção. O Styx fez uma curta turnê e encerrou novamente as atividades após a compra da gravadora A&M pela Polygram em 1991. Um álbum intitulado Son of Edge foi registrado, com essa formação, mas nunca foi lançado oficialmente. Canções que pertenciam a ele foram lançadas posteriormente em coletâneas e discos solo. Edge of the Century foi o último álbum do grupo a contar com John Panozzo, que faleceu em 16 de julho de 1996 por causa da cirrose.
 
Brave New World [1999]

Depois de uma reunião a fim de regravar “Lady” para a coletânea Greatest Hits (1995) e do show em homenagem a John Panozzo, que culminou no álbum ao vivo Return to Paradise (1997), após 17 anos, Tommy Shaw, Dennis DeYoung, James Young e Chuck Panozzo voltaram a gravar um álbum de estúdio. Com a bateria comandada por Todd Sucherman, Brave New World foi aguardado com muita expectativa pelos fãs. Considero esse o mais fraco dos álbuns do Styx, mas confesso que gosto muito do início do CD, com as cordas de “I Will Be Your Witness” e a levada do wah-wah de Tommy, apesar de ser uma canção bem anos 90, pronta para tocar nas rádios.  As cordas também estão presentes em “Number One” (com os vocais distorcidos no refrão e com Tommy usando muito wah-wah e alavanca no seu solo) e na jazzística balada “Fallen Angel”, com o refrão repleto de vocalizações em uma das melhores canções do CD. Outra que me agrada bastante é a faixa-título, com a utilização do mandolim na introdução, e com um estranho mas interessante riff de guitarra, além da boa utilização dos sintetizadores e dos vocais, sendo a versão “Brave New World (Reprise)” bem diferente, com um andamento alegre e mais pesada, e Tommy solando como nos clássicos álbuns da banda. “Heavy Water”, com os vocais divididos entre James e Tommy, é a mais pesada, e com um ótimo refrão. Um álbum do Styx não está completo sem uma balada melosa, e aqui a tarefa fica para as bonitas “While There’s Still Time”, com um interessante arranjo vocal e  também dos violões, e para a quase gospel “Goodbye Roseland”, com um excelente arranjo de cordas. Para viajar um pouco, o rock ‘n’ roll de “Just Fell In”, com sintetizadores imitando naipes de metais, e a ótima “Everything Is Cool”, também forte concorrente a melhor do álbum, principalmente pelas boas passagens progressivas de seus quase seis minutos e dos solos de James e Tommy, são uma boa pedida. Canções mais simples como “Best New Times” e “What Have They Done to You” (também com a participação de cordas) mostram que o Styx trabalhou  para produzir um álbum coeso e pronto para o mercado americano do final dos anos 90, que foge muito do que os fãs antigos esperam de um álbum do grupo, empregando samplers e melodias vocais pouco inspiradas. Mesmo assim,  no geral, Brave New World está na mesma linha de Edge of the Century. Um bom álbum para se ouvir de vez em quando, principalmente se não temos nada melhor para ouvir naquele momento, com uma ressalva: apesar de eu gostar de reggae, não dá para aturar “Great Expectations” e “High Crimes & Misdemeanors”, conseguindo ser piores que “Plexiglas Toilet” (de The Serpent Is Rising). Brave New World foi o último álbum com Dennis DeYoung, e  acabou tendo uma recepção amena, alcançando a décima posição nas paradas, com o único single do CD, “Everything is Cool”, sendo um fracasso comercial.
Cyclorama [2003]

Com Chuck Panozzo debilitado pelo vírus HIV e contando com o retorno de Burtnik para preencher o espaço onde Chuck não conseguiu participar, esse foi um álbum que passou despercebido pelos fãs do Styx, e o primeiro a contar com Lawrence Gowan nos teclados (substituindo Dennis). Considero esse o melhor  álbum desde Kilroy Was Here, lembrando que ele foi lançado após uma série de álbuns ao vivo. O bom rock de “Do Things My Way” abre os trabalhos em alto nível, mas as oscilações estão presentes no punk Green Day de “Kiss Your Ass Goodbye”, cantada por Burtnik, o metal moderno de “Captain America”, cantada por James, a balada “Fields of the Brave”, cantada por Lawrence, e na acústica “Yes I Can”, cantada por Tommy e Burtnik, que mostravam a versatilidade vocal do Styx em canções que parecem ser de diferentes bandas, apesar de estarem presentes no mesmo CD. A bela “Killing the Thing That You Love”, revela o talento vocal de Burtnik e uma bonita interpretação ao piano, feita por Lawrence. Já “Bourgeois Pig”, com os riffs pesados de guitarra, é uma engraçada e descontraída vinheta que também não se assimila a nada do que foi registrado pelo Styx até então. Mais peso pode ser encontrado no riff de “One With Everything”, onde  os vocais são mais trabalhados. Muito próxima do progressivo dos anos 90, ela conta com um ótimo solo de sintetizador. Uma das melhores canções do disco, sem dúvida. “Waiting for Our Time” também chama a atenção, alternando momentos acústicos e pesados, com destaque para o belo trabalho vocal do refrão. Outra com um belíssimo trabalho vocal é a recriação para “Fooling Yourself (Palm of Your Hands)”, onde o fantástico início com todos cantando a capella leva a uma curta recriação do famoso refrão desse clássico de The Grand Illusion (1977). Se queremos voltar para esse LP, podemos ouvir “These Are the Times”, com os vocais de James apresentando a melhor canção do álbum, trazendo um excelente refrão cantado por todos, onde, apesar da modernidade da bateria, fica impossível não voltar ao final da década de 70, principalmente pelos momentos progressivos dos sintetizadores e das ótimas passagens instrumentais. “More Love for the Money” e “Together” apresentam o Styx mais coeso de Brave New World. Derrapada apenas para “Genki Desu Ka”, que encerra o CD com vocalizações cantando o nome da canção em uma levada moderna demais para meu gosto.  Apenas como comentário adicional, fora de campo a batalha entre Styx e Dennis DeYoung estava apenas começando. 

Big Bang Theory [2005]

Após uma apresentação no Crossroads Festival de Eric Clapton, durante o ano de 2004, onde o Styx interpretou versões de Jimi Hendrix, Beatles, Slim Harpo e B.B. King, nasceu a ideia de registrar um álbum somente com covers, e assim foi feito com Big Bang Theory. Muito versátil, indo desde The Allman Brothers Band e Crosby, Stills, Nash & Young até Ray Charles e Willie Dixon, o álbum é um ótimo agregado de grandes clássicos com sonoridade Styx, que ficou entre os cinquenta álbuns mais vendidos daquele ano. Versátil, tem como destaque “I Am the Walrus” (Beatles), “Locomotive Breath” (Jethro Tull), “One Way Out” (The Allman Brothers Band) e “Wishing Well” (Free). Chuck tocou baixo apenas em “Locomotive Breath”. Começaremos a análise do disco justamente por essa canção, registrada com muita fidelidade à original, apenas sem a introdução no piano, com James cantando na mesma melodia de Ian Anderson. “I Am the Walrus”, gravada durante o Crossroads Festival, é outra que ficou muito parecida com a versão original, principalmente pelos vocais de Lawrence, que estão muito iguais aos de John Lennon. Outros excelentes momentos são “I Can See for Miles” (The Who), que nos revela o que já havia sido mostrado nos álbuns da década de 70, ou seja, a forte inspiração que o grupo tinha em The Who, interpretando essa faixa quase que na perfeição da original; a moderna e pesada versão para “Wishing Well” (Free), com uma ótima interpretação vocal/instrumental de Tommy, que também está perfeito reinventando Steve Winwood na linda “Can’t Find My Way Home” (Blind Faith), com violões, percussão e a leve participação do órgão; a sensacional “One Way Out” (The Allman Brothers Band), com utilização de slide guitar e tudo o mais que essa pérola do southern americano merece, em mais uma interpretação sensacional com destaque para a recriação “versão Styx” dos duelos de slide-guitar e guitarra entre Tommy e James, bem como do solo de bateria, sempre presente nas canções do Allman Brothers, e aqui muito bem construído por Todd; e também a magnífica versão para “Find the Cost of Freedom” (Crosby, Stills, Nash & Young), apenas com violões acompanhando as arrepiantes vocalizações de Tommy, James, Todd, Lawrence e Ricky. Algumas invenções também acabaram funcionando bem, como a pesada versão para “I Don’t Need No Doctor” (Ray Charles), que ficou muito próxima à versão do Humble Pie, e “Manic Depression” (Jimi Hendrix), onde o destaque vai para a perfeita participação de James, cantando e solando muito bem. Já “Summer in the City” (Loovin’ Spoonful) ganhou uma nova cara, que não está no nível das demais canções do álbum. O mesmo ocorre em “Talkin’ About the Good Times” (The Pretty Things), que apesar do belo arranjo vocal, ficou mais pesada que o original, tirando a beleza da canção, e também para a versão moderna de “It Don’t Make Sense (You Can’t Make Peace)” (Willie Dixon), que segue a linha blues apenas na melodia, adicionando vocalizações e sintetizadores que mudaram completamente a versão original. Destaque positivo também para a belíssima balada “A Salty Dog” (Procol Harum), muito fiel à versão original. Um ótimo álbum, talvez um dos grandes discos de covers da história, o último (até o momento) da carreira do Styx. Em 2010, saiu o EP Regeneration: Volume I, apresentado seis regravações, ao mesmo tempo que o nome de Dennis era retirado oficialmente do site do grupo, encerrando uma briga lamentável entre Dennis e a dupla James/Tommy.

4 comentários sobre “Discografias Comentadas: Styx – parte II

  1. Cara, o “Paradise Theater” é um discaço. O conceito é excelente e o instrumental casa perfeitamente. Não é meu favorito dessa fase, mas é provavelmente o melhor engendrado de todos. É o ápice do desenvolvimento da idéia do que o Styx deveria ser. Costumava ter birra com “Kilroy Was Here”, por achar que os delírios de Dennis DeYoung foram longe demais ali, suprimindo a criatividade de Tommy e James e consequentemente a faceta mais rock do grupo. Mas no fim das contas é um bom disco, apesar de algumas coisas extremamente bregas até para o meu gosto tolerante. “Brave New World” é um disco legal, ainda mais se levarmos em conta o cenário diferente e não tão receptivo para uma banda com a sonoridade do Styx, mas acredito que na época Tommy Shaw fez mais bonito com o primeiro álbum do Damn Yankees.

    Quanto aos seguintes, ouvi pouco para tecer opiniões mais fundamentadas, mas lembro do "Cyclorama" ter chamado mais minha atenção que o "Brave New World".

  2. Aos que quiserem conhecer mais sobre a segunda parte da historia da banda, ai esta o link

    http://baudomairon.blogspot.com/2011/04/styx-parte-ii.html

    Diogo, eu acho o Paradise um dos melhores discos da década de 80, e o Kilroy de brega só tem High Time, o resto é pura e simples sonzera. Mr. Roboto é um dos mais legais refrões de se cantar. E os videos promocionais são bem legais tb, principalmente por ilustrar a história com clareza.

    Depois da volta, o Cyclorama é o melhor disparado, mas concordo que o primeiro Damn Yankees vale bem mais q qqer um do Styx pós 90.

    Abraço

  3. Corrigindo: quando disse que "Brave New World" é um disco legal, referia-me a "Edge of the Century", esse sim contemporâneo do primeiro lançamento do Damn Yankees.

    Quanto a "Kilroy Was Here" ser brega… olha, eu acho que "Mr. Roboto" e aquelas vocalizações processadas em japonês são difíceis de ser toleradas, hein? Hehehe, mas admito que o disco é legal sim, e "Don't Let It End" é um balada bem menos brega do que algumas coisas que eles já haviam feito.

  4. Ah, agora ta explicado. O fato de Dennis ter barrado a criatividade de James e Tommy no Kilroy acabou fazendo do Brave New World o contrario. Só o Tommy praticamente manda no disco, e por isso eu não consigo "entender" esse disco, fora que dentre os três, apesar do Dennis ser o melhor compositor, as canções que o James cômpos sempre foram as melhores para mim.

    Aquelas vozes japonesas são o extase do vinil Diogo. Mr. Roboto é um classico. O curta do filme é digno de Oscar, tamanha a produção. Melhor diretor, melhor ator (Dennis), melhor ator coadjuvante (James), melhor atriz (Tommy, hhehehe), Melhor atriz co-adjuvante (Chuck Panozzo, ohiaoehaioheao), melhor trilha musical, melhor fotografia, melhor enredo, …, enfim. Se não fosse o Paradise Theater, o Kilroy seria o melhor disco da fase Tommy – pau a pau com o The Grand Illusion.

    "Babe" é extremamente brega, isso não tem como discordar

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