A excelência britânica do UK

A excelência britânica do UK
Formação clássica do UK: John Wetton, Alan Holdsworth, Bill Bruford e Eddie Jobson

Por Mairon Machado

O grupo UK (sigla para “United Kingdom”) surgiu com status de super grupo. E não era pra menos. Na época, início de 1977, três deles haviam passado pelo King Crimson de Robert Fripp. Esses músicos eram nada mais nada menos que John Wetton (baixo, vocais, com passagens por grupos como Wishbone Ash e Uriah Heep), Eddie Jobson (violino elétrico, violino, teclados, sintetizadores, programações e piano, que havia passado pelo Curved Air e foi o substituto de Brian Eno no Roxy Music) e Bill Bruford (bateria).
Bruford começou sua carreira de grande sucesso quando passou a integrar o Yes em 1967, ao lado de Chris Squire e cia., onde gravou apenas cinco álbuns, sendo que nos dois últimos (Fragile, de 1971, Close to the Edge, de 1972), ao lado de Rick Wakeman (teclados), Steve Howe (guitarras, vocais), Jon Anderson (vocais) e o já citado baixista Chris Squire, formou uma das mais importantes encarnações do grupo, registrando clássicos eternos como “Roundabout”, “Close to the Edge”, “And You And I”e “Heart of the Sunrise”.
Bruford abandonou o Yes por sentir-se muito limitado musicalmente, e então juntou forças com Robert Fripp no King Crimson, onde não deixou por menos, e registrou excelentes trabalhos como Lark’s Tongues in Aspic (1973) e Red (1974), além do ao vivo USA (1975). Antes de formar o UK, Bruford teve uma rápida passagem pelo grupo Gong, e ainda esteve no Genesis, acompanhando o grupo na turnê de excursão do álbum A Trick of the Tail (1976), que foi registrada no sensacional ao vivo Seconds Out (1977).
Bill Bruford em 76
Com o final da primeira fase do King Crimson em 1975, Bruford passou a consolidar em sua cabeça a ideia de criar uma banda onde ele seria o líder, buscando então músicos que personificassem o que estava na genial mente do baterista. Poucas semanas bastaram para que ele encontrasse os parceiros desejados, os quais eram dois antigos colegas: um deles era o próprio Wetton, que já estava de saída do Uriah Heep. O outro, Rick Wakeman, que estava recuperando-se de um infarto ocorrido pelos diversos problemas surgidos na turnê “Arthur on Ice”.
Estava formado o embrião do UK. O trio passou a ensaiar e compor músicas, e diversas gravações foram feitas. Porém, a gravadora de Wakeman (A&M Records) não conseguiu chegar a um acordo com a gravadora de Bruford, e então o projeto acabou não avançando. Mesmo assim, Bruford acabou montando sua própria banda, o grupo Bruford, que merecerá um destaque especial aqui na Consultoria do Rock dentro de algumas semanas.
Faziam parte do Bruford: o próprio, Dave Stewart (teclados), Jeff Berlin (baixo) e Allan Holdsworth (guitarras). Holdsworth havia passado por grupos como Soft Machine, Gong e Tempest, consolidando sua carreira com um estilo único de tocar guitarra, incrementando escalas velozes dentro da linha jazzística que consagrou posteriormente Jon Abercrombie como um dos melhores no ramo, e havia acabado de lançar seu primeiro álbum solo, Velvet Darkness (1976).
Após o lançamento do primeiro álbum do Bruford, Feels Good to Me (1977), Wetton contatou o baterista para resgatar o projeto que não tinha dado certo com Wakeman. Eddie Jobson surgia como o promissor tecladista que seria o responsável pelos solos principais das canções que Bruford e Wetton haviam composto. Porém, com uma visão sempre à frente, Bruford aceitou o convite, e levou com ele Holdsworth. Surgia então a primeira e mais importante formação do UK, com Bruford, Wetton, Jobson e Holdsworth.
A excelente e fundamental estreia do grupo
Logo, o quarteto passou a ensaiar, resgatando canções ainda da fase com Wakeman, e não demorou muito para que surgisse o primeiro álbum. U.K. foi lançado em março de 1978, e logo foi considerado como um dos melhores trabalhos progressivos do ano, com a imprensa rotulando o UK como o novo King Crimson. 
O LP abre com a marcação de baixo, bateria e guitarra apresentando o riff de teclados feito por Jobson, começando “In the Dead of Night”, onde viradas de Bruford são seguidas pelo ritmo do baixo de Wetton. Wetton começa a cantar a canção, com Bruford fazendo suas marcações estranhas e complicadas, e o refrão surge entoando o nome da canção, tendo então um tema central executado por baixo e guitarra, acompanhado pela marcação de Bruford após um curto solo de Jobson.
Temos a segunda estrofe da letra, chegando à repetição do refrão e dos temas anteriores. Wetton faz a marcação no baixo enquanto Bruford cria uma complicada marcação para Holdsworth solar sobre os acordes dos teclados de Jobson. O refrão é repetido, bem como o tema central, e então entramos em “By The Light of Day”.
 
U.K. – britânico até no selo do LP
Efeitos de sintetizadores formam um viajante arranjo para acompanhar os vocais de Wetton, e então, o nome dessa parte da canção é entoado na mesma melodia do refrão de “In the Dead of Night”. O UK surge por trás dos vocais de Wetton, e Jobson sola no violino elétrico sobre as vocalizações. Mais uma estrofe é cantada, e Jobson entra em outra viajante sequência de sintetizadores, acompanhado pelas rufadas de Bruford, para então executar um solo inicialmente acompanhado por todo o UK, e depois sozinho, recheando seu solo com longos e viajantes acordes, levando então para “Presto Vivace and Reprise”.
A matadora entrada de Bruford é seguida por um intrincado tema dos teclados, lembrando muito canções de Frank Zappa, enquanto Wetton e Bruford executam um tema muito complicado e totalmente diferente ao fundo. Holdsworth passa a acompanhar o tema de Wetton e Bruford, enquanto Jobson viaja nos teclados, e assim, voltamos ao início de “In the Dead of Night”, com Wetton retomando a letra e repetindo o refrão com as frases “by the light of day, in the dead of night”, encerrando essa primorosa faixa com o imponente tema central.
“Thirty Years” vem a seguir com sintetizadores e violino elétrico apresentando acordes tristes e um bonito solo de Holdsworth. Wetton começa a cantar acompanhado apenas pelos acordes de Jobson, e aos poucos, Bruford vai adicionando pratos aos acordes de Jobson, enquanto Wetton segue cantando a letra com a voz característica que marcou sua carreira.
 
Jobson, Bruford, Wetton e Holdsworth
Então, a longa sessão lenta transforma-se para Jobson solar com os sintetizadores sobre um andamento marcado de Bruford e Wetton. O andamento muda, agora com o baixo e a guitarra fazendo o mesmo tema enquanto Bruford inventa batidas impossíveis de serem reproduzidas. Jobson e Holdsworth passam a solar de forma alternada, ambos esbanjando virtuosismo, e assim Wetton retorna à letra, com o andamento tornando-se mais simples e com a canção encerrando em um belo tema executado por guitarra e violino, onde Bruford destaca-se com suas viradas e batidas.
O lado B abre com “Alaska”, onde acordes de sintetizadores fazem o tema inicial em uma longa e viajante introdução, até Bruford entrar, seguido por Wetton e Holdsworth, para a pauleira pegar de vez entre Jobson e Holdsworth, alternando acordes pesados e marcados, com Bruford e Wetton sendo os mediadores do duelo entre teclados e guitarra.

Eddie Jobson

Então, a doideira pega geral, e entramos em “Time to Kill”, a qual abre com os vocais de Wetton, em um andamento dançante, com destaque para as intervenções de piano feitas por Jobson. Após o refrão, Jobson começa seu solo de violino sobre a marcação de guitarra e baixo, com Bruford alternando as batidas nos pratos, bumbo e caixa. O solo ganha peso junto com as batidas de Bruford, voltando então para o refrão, que encerra a faixa com a sequência que abre a canção.

“Nevermore” surge com Holdsworth esbanjando virtuosismo no violão, acompanhado por acordes de sintetizadoers e fazendo um curto tema. Bruford surge com marcações no chimbal e Wetton começa a cantar, com o moog acompanhando a melodia do vocal. Bruford faz uma virada e passa a comandar o ritmo da canção, dessa vez sem muitas invenções.
O baixo de Wetton se destaca durante os solos de Holdsworth e Jobson, onde a alternância entre guitarra e teclado cria um clima ótimo e dançante junto à marcação quebrada e à pegada de Bruford e Wetton. Holdsworth e Jobson fazem o mesmo tema, e Wetton grita o nome da canção, retornando à letra na melodia deste último tema, levando assim para a viajante sessão somente com sintetizadores, com muitos eletrônicos.
Wetton passa a cantar sobre os acordes de Jobson, enquanto Bruford, em um mundo paralelo, faz diversos rolos, levando ao solo de Holdsworth, que encerra a canção com mais um show à parte feito por Bruford.
O LP encerra com “Mental Medication”, onde os acordes jazzísticos da guitarra, bem como sintetizadores, apresentam os vocais de Wetton na mesma melodia desses acordes. Bateria e baixo surgem dando ritmo para a canção, acompanhados pelas intrincadas sessões de teclados, com Bruford fazendo misérias na bateria. Essa parte recheia o tema central da canção, antecedendo o virtuoso solo de Holdsworth, onde novamente Wetton e Bruford se destacam com um andamento dançante e swingado, e ao mesmo tempo extremamente complicado.
O mesmo acompanhamento está presente no solo de violino feito por Jobson, levando ao encerramento da canção com as frases iniciais de Wetton, e com sintetizadores e guitarra repetindo a melodia inicial.
Jobson e Wetton (1978)
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O UK partiu para uma rápida turnê pela Europa, mas, apesar de todo o sucesso do LP de estreia, Bruford e Holdsworth decidiram retornar as atividades com o Bruford, deixando Wetton e Jobson na mão. Jobson, cada vez mais virtuoso e autodidata, convenceu Wetton de que não era necessário uma guitarra para a banda, que o que eles estavam precisando era de um baterista e nada mais. Depois de muitas audições, Terry Bozzio asumiu o comando dos bumbos.

Segunda formação do UK: Eddie Jobson, Terry Bozzio e John Wetton
Bozzio era um proeminente garoto que tinha no currículo uma excelente participação trabalhando ao lado de Frank Zappa, registrando álbuns como Zoot Allures (1976) e In New York (1978).
Então, entre novembro de 1978 e janeiro de 1979, passam a trabalhar no Air Studios, onde registram uma famosa foto com casacos de pele em um embranquiçado dia de neve (similar a outra famosa foto do grupo Emerson Lake & Palmer). As alterações no UK mostravam que o grupo tinha adquirido uma nova personalidade. Apesar da sentida ausência, principalmente de Bruford, em alguns momentos, o UK inovava na utilização dos sintetizadores, e Jobson tornava-se cada vez mais especialista no violino elétrico, tirando sons que seriam copiados por sintetizadores diversos durante toda a década de 80. Além disso, Bozzio trouxe mais peso e velocidade ao ritmo do UK, o que para os fãs da primeira encarnação, acabou não soando tão bem.
A estreia do UK como trio
Em março de 1979 era lançado o álbum de estreia da nova formação do grupo. Danger Money apresentava o que já vinha sendo conferido nas apresentações e ensaios que o UK estava fazendo: peso e virtuosismo empregados em doses perfeitas para o fã de rock progressivo.
O álbum abre com a faixa-título. “Danger Money” começa com os sombrios acordes de teclados e das batidas de Bozzio empilhando viajantes acordes que diminuem o tom até Wetton começar a cantar o nome da canção na melodia do tema principal, feito por teclados e baixo. A letra desenvolve-se em um interessante duelo vocal de Wetton com ele mesmo, em uma canção que pode se dizer precursora do estilo AOR que marcaria a carreira de Wetton anos depois ao lado de grupos como Asia e Phenomena.
O refrão entoando o nome da canção é repetido e o duelo vocal segue, para então mais uma vez surgir o tema central, chegando ao solo de Jobson, onde ele primeiramente apenas marca o tempo com o sintetizador enquanto faz um estranho tema com outro sintetizador. Wetton e Bozzio acompanham os acordes de marcação de Jobson, e aqui claramente percebemos a ausência de Bruford, já que o andamento de Bozzio é muito convencional, não saindo das batidas bumbo-caixa, enquanto que Bruford estaria fazendo grandes peripécias com seu kit.
O tema central retorna, e Jobson dá sequência aos seus acordes, retomando o tema principal e Wetton encerrando a letra, sem antes deixar de repetir o refrão, com o sombrio início completando a canção.
“Rendezvous 6.02” vem a seguir, com piano elétrico, baixo e chimbal apresentando outra canção na linha do Asia na fase inicial, principalmente pela melodia vocal de Wetton. O tímido refrão apenas entoa o nome da canção, e após mais uma breve estrofe, temos o solo de piano de Jobson, com Wetton fazendo boas escalas no baixo e onde Bozzio finalmente se apresenta para os fãs do UK, com boas e rápidas viradas, voltando então para o refrão e ao encerramento da canção com mais uma estrofe da letra de Wetton.
O lado A encerra-se com a pérola “The Only Thing She Needs”, que começa com um ótimo solo de Bozzio. Marcações de baixo, bateria e teclados, trazem o tema principal, com a canção virando uma dançante faixa comandada pela marcação de Wetton e Bozzio, onde Jobson sola utilizando violino e sintetizadores. O tema dos teclados aumenta de velocidade, e então Wetton passa a cantar sobre o andamento dos teclados, baixo e bateria, com Bozzio novamente fazendo uma boa performance.
Mais um curto solo de Bozzio e voltamos ao início da canção, para Wetton seguir a letra. Bozzio executa uma rápida virada que leva ao início dos solos de Jobson, primeiramente ao piano elétrico, e tendo apenas a companhia de intervenções de Bozzio. Wetton então passa a marcar o tempo enquanto Bozzio e Jobson travam uma batalha particular, chegando ao clímax da canção no delirante solo de violino, que antecede os ritmos oitentistas que apareceriam em diversas bandas posteriormente, com uma pegada fantástica de Bozzio e Wetton, além do próprio Jobson fazendo acordes no seu órgão hammond, que são seguidos por um virtuoso solo no mesmo instrumento.
Um crescendo dos acordes, onde o destaque vai para as escalas de Wetton, e essa excelente faixa encerra-se com longos acordes do baixo e dos sintetizadores, entre rápidas viradas executadas por Bozzio.
Jobson, Wetton e Bozzio ao vivo em 1979

“Caesar’s Palace Blues” abre o lado B com longos acordes de violino entre batidas de Bozzio e marcacão de Wetton. Bozzio novamente trabalha muito bem, e Jobson apresenta o intrincado tema central nos teclados, seguido pelo baixo e pela marcação de Bozzio. Violinos surgem trazendo o vocal de Wetton, entoando o nome da canção entre as intervenções do violino. Aliás, essa é a canção da carreira do UK onde Jobson mais utiliza esse instrumento, que também irá aparecer bastante nas duas faixas seguintes. O solo que Jobson faz aqui, utilizando-se de escalas similares as de Darryl Way (Curved Air) é sensacional, levando então para o encerramento da canção.

“Nothing to Lose” já possui um andamento bem mais oitentista, recheado de teclados e com a marcação cavalgando lentamente pelo baixo e bateria. Temos claramente um embrião de Asia, recheado de vocalizações que entoam o nome da canção, e em um andamento que só não é mais parecido com o Asia primeiramente por que ele ainda não existia, e segundo pela ausência das guitarras de Steve Howe. Essa canção é perfeita para os amantes do estilo, e facilmente poderia ter se transformado em trilha de propaganda de cigarros. Destaque para mais um interessante solo de violino feito por Jobson.

Jobson, Wetton e Bozzio

O LP encerra-se com mais uma joia. Sintetizadores vagarosamente introduzem “Carrying No Cross”, acompanhados de muitos eletrônicos, até Wetton começar a cantar. Resquícios de King Crimson surgem na melodia vocal de Wetton, que está acompanhado apenas pelos sintetizadores. A bateria aparece, e o climão viajante de canções como “Starless and Bible Back”, “The Night Watch” e “Exiles” (todas do King Crimson) toma conta do recinto a partir dos teclados e do violino.

Wetton segue a letra da canção, e assim começa a sequência de solos de Jobson. Para os que consideram o tecladista/violinista apenas um mero coadjuvante nas bandas por onde passou, essa é a canção que ele precisava para demonstrar suas habilidades e gravar seu nome como um dos principais nomes do rock progressivo. Com o piano elétrico, Jobson começa a solar acompanhado pela forte marcação de Wetton e Bozzio. Intrincadas intervenções do hammond modificam a canção, que ganha um ritmo veloz com Bozzio utilizando bastante os dois bumbos, além de viradas precisas que se encaixam perfeitamente com o que Jobson está fazendo no piano elétrico.
Wetton passa a fazer uma marcação que dita o ritmo da sequência da canção, enquanto Jobson delira nos sintetizadores e Bozzio cria um ritmo totalmente insano para acompanhar a doideira de Jobson e a marcação de Wetton. Jobson salta como Keith Emerson para o hammond, fazendo um dos melhores solos de sua carreira, para então, com os sintetizadores, executar os acordes que Wetton permanece incansavelmente executando. Jobson ainda executa um virtuoso solo com o piano, que então o leva para a utilização de diversos eletrônicos, enquanto Bozzio destrói atrás do bumbo.
Finalmente, a canção ganha uma cadência que leva para o solo de violino, com a melhor canção de Danger Money encerrando-se tendo apenas Wetton cantando o final da letra acompanhado pelos eletrônicos de Jobson. 
O derradeiro Night After Night
O UK partiu para uma excursão mundial, passando por países como Alemanha, Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão, onde as apresentações no Sun Plaza e no Seinen Kan de Tóquio foram registradas no álbum Night After Night (1979), com o grupo lançando duas canções inéditas: “Night After Night” e “As Long As You Want Me Here”. 

Após o lançamento desse álbum ao vivo, o UK encerrou suas atividades, com os músicos partindo para projetos individuais, onde Wetton foi montar o Asia ao lado de Steve Howe, Geoff Downes (teclados) e Carl Palmer (bateria), Jobson integrando o Jethro Tull e Bozzio criando a banda Missing Persons, ao lado de Dale Bozzio (esposa do baterista) nos vocais, Patrick O’Hearn (baixo, que havia tocado com Bozzio na banda de Frank Zappa) e Warren Cucurullo (guitarra, também ex-membro da banda de Zappa).

Em 1998, saiu o álbum Concert Classics Vol. 4 – UK, trazendo uma apresentação do grupo com a formação original em 1978. Wetton e Jobson lançariam ainda o álbum Legacy, trazendo como convidados músicos como Bruford e Steve Hackett (Genesis), mas que acabou sendo abortado.

Fundado por alguns dos maiores nomes do cenário progressivo mundial, o UK obteve em sua curta carreira o respeito e a admiração do público e da crítica especializada, apresentando uma sonoridade que associava as novas tendências do rock progressivo  e também utilizando-se da formação jazzista de seus integrantes, culminando com o surgimento do estilo que ficou conhecido como Adult Oriented Rock (AOR) e gravando no hall dos grandes nomes do rock progressivo uma excelência essencialmente britânica, ou seja, perfeita!

9 comentários sobre “A excelência britânica do UK

  1. Baita bola, Mairon, acabaste fazendo praticamente um "discografias comentadas" de luxo da banda. Até hoje eu conhecia apenas "In the Dead of Night", mas já corri atrás da discografia do grupo e ouvi os dois primeiros álbuns do UK. Ainda preciso ouvir beeeem mais, mas a banda me agradou de cara, em especial o primeiro disco, com meu mais forte candidato a baterista favorito EVER. E quem pensa que Eddie Jobson, por ser menos conhecido que os outros integrantes, faz papel de coadjuvante, está muito enganado.

  2. Muito bom mesmo esse seu texto Mairon. Eu também acho o Bill Bruford o melhor baterista de todos os tempos. O cara saiu do Yes onde o virtuosismo é colossal porque ele não podia ele se sentia limitado!!!!! O qu eé isso!!! E tem gente que ainda paga pau para cada zé ruela por aí…

  3. Só ouvi até hoje o Danger Money. Ouvi poucas vezes, mas a verdade é que não agradou muito..
    Vou conferir esse primeiro. Bruford e Holdsworth! Difícil não ser sensacional!!

  4. Groucho, o U. K. é fantástico. O que o Bruford faz na bateria é de tirar o chapéu e comê-lo inteiro. Vá atrás! E Diogo, tu tens tazão, o Jobson para coadjuvante somente no Jethro. No más, por onde ele passou, o cara sempre mandou bem. Fernando, discutir se o Bruford é o melhor baterista de todos os tempos as vezes é complicado. Na época dele, Carl Palmer, Neil Peart e até o Phil Collins tocavam muito. Só que com o passar dos anos, o Bruford foi o UNICO que manteve a mesma técnica, e tocando excepcionalmente, enquanto os outros viraram algo q prefiro não escrever aqui.

  5. Ouvindo agora o CD duplo The UK Collection, com os três LPs numa embalagem bem pobre, mas conveniente. Realmente, o UK era fantástico, e apesar de Terry Bozzio set um baterista de respeito, ninguém supera o mestre Bill Bruford nesse tipo de som. Mental Medication é uma música para se obrigar as pessoas a ouvirem em pé, em posição de respeito!
    Em tempo: será que é sonhar demais imaginar um lançamento de sobras de gravação com material inédito?

    1. Seria sensacional, ainda mais em vídeos. Há poucos registros no mercado. Seria perfeito!!! E sim, Bruford é o maior baterista da história. O que ele estava tocando nessa década de 70 é inacreditável

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