Cinco Discos Para Conhecer: Templos do Rock – Brixton Academy

Por Marcello Zapelini
Nossa série de templos retorna à sonolenta cidade de Londres (sleepy London town, como disse Mick Jagger em “Street Fighting Man”) para visitar outro templo do rock, com uma história menos brilhante do que o Hammersmith Odeon, o Royal Albert Hall e o Marquee, que já entraram nessa seção, mas não menos interessante: a Brixton Academy. Localizada no distrito de Lambeth, em Brixton (na região sul de Londres), e construída ao custo de 250.000 libras, foi inaugurada originalmente como cinema (Astoria Variety Cinema, depois Odeon Astoria) em 1929, e já na sua inauguração hospedou uma apresentação musical do ator e cantor Al Jolson (astro do primeiro filme falado da história, The Jazz Singer). Sua capacidade era de cerca de 3000 pessoas.
Em 1972, foi remodelada e tornou-se uma discoteca (Sundown Centre), e inclusive a gravação ao vivo oficialmente lançada mais antiga na Brixton foi feita nesse ano pelo Hawkwind, que incluiu algumas músicas no seu apoteótico Space Ritual. Apesar disso, a empreitada fracassou em 1973 e o local virou depósito até 1981, quando finalmente foi transformada em casa de shows. Por cerca de dois anos, o local (rebatizado como Fair Deal) foi usado sobretudo para shows de reggae; The Clash fez uma apresentação em 1982, pouco antes do fechamento da Fair Deal. Em 1983, foi adquirida pela soma simbólica de uma libra (!) e reabriu como Brixton Academy, e hoje em dia possui um contrato de patrocínio do grupo O2 . Assim, os visitantes de Londres hoje precisam buscar pela O2 Academy Brixton. Sua capacidade atual é de cerca de 5000 pessoas.
De 1983 para cá, a Brixton Academy hospedou muitos shows, como a última apresentação do The Smiths em 1986, o último show dos Ramones na Europa (1996), uma apresentação da Madonna transmitida pela Internet que quebrou o recorde de audiência online em 2000, dentre muitos outros. Rolling Stones, Eric Clapton, Iron Maiden, Bob Dylan, New Order, a lista é longa…, estão entre os artistas que se apresentaram nela. E se o Hawkwind foi o primeiro a gravar lá, o Wham seria o primeiro a registrá-la oficialmente em video: as cenas que emulam uma apresentação ao vivo no clip de “Wake Me Up Before You Go Go” foram filmadas lá, e em 1987 o New Order gravaria seu vídeo VHS Academy em apresentação beneficente na Brixton. Para os Cinco Discos Para Conhecer a Brixton Academy, o critério é o de sempre: o gosto do autor. Tecnicamente, são seis discos, sendo que dessa vez o bônus é um hidden track: terminando a resenha do Motörhead em 1987, começa outra da própria banda, pois eles têm dois discos oficiais gravados lá e eu não consegui escolher um.
Pete Townshend’s Deep End – Live! [1986]
Pete Townshend lançou seu disco solo White City em 1985 (um bom álbum prejudicado pela produção oitentista, aliás), que rendeu o quase hit “Face the Face”, e fez vários shows para promovê-lo com uma banda que batizou de Deep End, que incluía, entre outros, “Rabbit” Bundrick nos teclados, Simon Phillips na bateria e David Gilmour na guitarra (que tivera uma música em coautoria com Pete no disco). Em seguida, saiu um VHS com o show de 1º de novembro na Brixton Academy e no ano seguinte, por “demanda popular” o LP foi lançado oficialmente. A gravadora brasileira deve ter achado que era muita coisa do narigudo líder do The Who em pouco tempo, pois se White City ganhou edição nacional, este Live! só apareceu como importado em terras brasileiras. É uma pena, porque Live! se aproxima bem mais do que Townshend fazia com o The Who; claro, Roger e John fazem falta e Keith nunca será substituído à altura, mas a banda de apoio é ótima e todo mundo parece estar bem no palco. Abrindo em alto astral com “Barefootin’”, um gostoso rock’n’roll, o álbum mostra que Pete estava mais à vontade com os músicos que contratou do que com o The Who em sua última turnê. Na sequência, ele revisita “After the Fire”, que cedeu a Roger Daltrey para seu disco “Under a Raging Moon” – uma bela música que fica melhor na voz do ex-vocalista do The Who e que traz um bom solo de guitarra. Pete interpreta várias músicas do The Who – “Behind Blue Eyes” (que ficou ótima), “I’m One” (idem), “Pinball Wizard” (nem tanto) e “Eyesight to the Blind” (bem diferente da versão feita em Tommy e aqui está mais fiel à original de Sonny Boy Williamson, inclusive por ter harmônica), bem como outras covers (“I Put a Spell on You”, mais bluesy que a famosa versão do Creedence, e “Save it for Later”, do The Beat), e duas músicas de seus discos-solo anteriores (“A Little is Enough” vem de Empty Glass e “Stop Hurting People”, de “All the Best Cowboys Have Chinese Eyes) – mas nenhuma de White City. Em 2004, Live: Brixton Academy ‘85 traria o show completo, com 27 músicas em quase duas horas e meia – mas infelizmente nunca consegui obter essa versão. Recentemente foi lançada uma box set com todos os discos ao vivo de Pete Townshend, incluindo essa versão completa, mas também não a encontrei a um preço aceitável.
Pete Townshend (guitarra, violão, vocais), David Gilmour (guitarras), Simon Phillips (bateria), Chucho Merchan (baixo), John “Rabbitt” Bundrick (teclados), Jody Linscott (percussão), Peter Hope Evans (harmônica), Kick Horns (naipe de metais formado por Dave Plews – trompete; Peter Thoms – trombone; Roddy Lorimer – trompete; Simon Clarke – flauta e saxofones; Tim Sanders – saxofones), Gina Foster (backing vocals), Ian Ellis (backing vocals)
- Barefootin’
- After The Fire
- Behind Blue Eyes
- Stop Hurting People
- I’m One
- I Put A Spell On You
- Save It For Later
- Pinball Wizard
- Little Is Enough
- Eyesight To The Blind
Faith No More – Live at Brixton Academy [1990]
Acredito que a maioria das pessoas no Brasil seja como eu, e só ficou sabendo da existência da Brixton Academy por causa do Faith No More, que gravou lá seu único álbum ao vivo oficial (em 28/4/1990). O Faith No More tinha alcançado grande sucesso com seu terceiro álbum, “The Real Thing, que marcava a estreia do vocalista californiano Mike Patton no lugar de Chuck Moseley, e o álbum ao vivo era formado quase que exclusivamente por composições desse disco – a exceção é “We Care a Lot”. Há que se observar, entretanto, que duas das músicas (a versão para “War Pigs” e a pianística “Edge of the World”) não tinham sido lançadas no LP de estúdio, apenas nas versões em CD e cassete. E este Live at Brixton… também tem duas músicas a mais no CD em relação ao vinil, a peça de violão de Jim Martin (“The Grade”) e uma música completa, “The Cowboy Song”, antes somente disponíveis no maxi-single de 12” com “From Out of Nowhere”. O álbum atesta que Mike Patton era capaz de reproduzir no palco suas múltiplas vozes diferentes, que já chamavam atenção nas versões em estúdio, mas, sobretudo, que os músicos do Faith No More eram – e são – extremamente competentes, com destaque para o ótimo baixista Billy Gould. As versões ao vivo para “From Out of Nowhere”, “Falling to Pieces” e “Epic” ganham bastante em energia em relação às de estúdio, ao passo que “The Real Thing” se torna um pouco mais sombria. E a balada canalhinha, “Edge of the World”, fica mais divertida ao vivo. Gravado com boa qualidade sonora, este disco ao vivo demonstrou que o Faith No More chegara ao estrelato simplesmente para descobrir que não tinha a menor vontade de ser uma banda de sucesso: daí em diante, as músicas ficariam cada vez mais bizarras e idiossincráticas, fazendo com que os fãs que The Real Thing tinha conquistado paulatinamente se afastassem do grupo. Como até hoje eles não lançaram mais nenhum disco ao vivo, o álbum (e o vídeo lançado à época e depois disponibilizado numa coletânea em DVD duplo) permanece como um belo atestado da capacidade e do potencial do Faith No More, e o resultado é que, mais de 30 anos depois de ter comprado o disco original, este que vos escreve ouve-o mais frequentemente do que The Real Thing.
- Falling To Pieces
- The Real Thing
- Epic
- War Pigs
- From Out Of Nowhere
- We Care A Lot
- Zombie Eaters
- Edge Of The World
- The Grade
- The Cowboy Song
Mike Patton (vocais), Billy Gould (baixo, vocais), Jim Martin (guitarras), Roddy Bottum (teclados), Mike Bordin (bateria)
Motörhead – Live at Brixton Academy ‘87 [1994]/Live at Brixton Academy [2003]
O primeiro dos discos do Motörhead desta seção foi gravado durante o período em que o grupo (transformado em quarteto em 1984) recebeu de volta o folclórico Phillty Animal Taylor na bateria. O show na Brixton Academy (em 23/12/1987) foi o primeiro do batera na Inglaterra após sua volta e fez parte das gravações oficiais feitas para o álbum No Sleep at All, mas os tapes foram perdidos e somente em 1994 ganhariam lançamento. E, de fato, boa parte das músicas deste álbum já tinham saído em No Sleep at All (gravado num festival na Finlândia), mas, apesar da qualidade sonora ruim para um disco oficial, considero o Brixton superior àquele – jogar em casa parece ter feito diferença para Lemmy e sua gangue. Como no outro álbum ao vivo registrado pelo quarteto, a maior parte do repertório saiu de Orgasmatron e Rock’n’Roll, mas, como muitas dessas músicas nunca mais foram interpretadas nos shows, acabaram se tornando raridades. Nas músicas mais famosas do grupo (“Ace of Spades” não poderia faltar, e ainda temos “Stay Clean” e “Metropolis”), as duas guitarras de Würzel e Phil Campbell fazem diferença, tornando essas versões bastante interessantes – aliás, considero a “Metropolis” lançada neste disco melhor do que a de No Sleep ‘Til Hammersmith. O álbum termina com a ótima “Just ‘Cos You Got the Power”. Em 22 de outubro de 2000, o Motörhead, que fazia sua turnê de 25 anos, voltou a gravar na Brixton Academy, agora de volta à sua configuração original de trio, e com Mikkey Dee no lugar de Animal Taylor. Como dessa vez se trata de um CD duplo, tem-se mais de 100 minutos de música cobrindo a carreira da banda de Overkill (1979) até We Are Motörhead (2000), e algumas participações especiais, como “Fast” Eddie Clarke, Paul Kilmister e Todd Campbell (filhos de Lemmy e Phil), Doro Pesch e Brian May. O disco é ótimo do começo ao fim, mas gostaria de destacar os vocais de Doro em “Born to Raise Hell”, a versão com os filhotes para “Killed by Death”, Brian May e Eddie juntos a Phil Campbell em “Overkill”, a ótima “I’m So Bad (Baby I Don’t Care)”, uma música que eu adoro e parece meio deixada de lado nos discos ao vivo e coletâneas do grupo, a sempre divertida “Going to Brazil” e algumas favoritas da casa que nunca decepcionam, como “Bomber”, “Ace of Spades”, “Metropolis” e “Iron Fist”. É difícil escolher entre os dois discos do Motörhead gravados na Brixton Academy, mas o duplo lançado em 2003 tem uma ligeira vantagem, já que traz o show completo e a qualidade de gravação é superior (embora não seja perfeita). Por outro lado, o disco com o show de 1987 me é muito caro, pois foi meu primeiro CD do grupo. Minha sugestão? Se você gosta da banda, fique com os dois que não se arrependerá.
Live At Brixton Academy ’87
- Doctor Rock
- Stay Clean
- Traitor
- Metropolis
- Dogs
- Ace Of Spades
- Stone Deaf In The USA
- Eat The Rich
- Built For Speed
- Rock ‘n’ Roll
- Deaf Forever
- Just ‘Cos You Got The PowerLemmy Kilmister (baixo, vocais), Phil Campbell (guitarras), Würzel (guitarras), Philty “Animal” Taylor (bateria)
Live At Brixton Academy
- We Are Motörhead
- No Class
- I’m So Bad (Baby I Don’t Care)
- Over Your Shoulder
- Civil War
- Metropolis
- Overnight Sensation
- God Save The Queen
- Born To Raise Hell
- The Chase Is Better Than The Catch
- Stay Out Of Jail
- Dead Men Tell No Tales
- You Better Run
- Sacrifice
- Orgasmatron
- Going To Brazil
- Broken
- Damage Case
- Iron Fist
- Killed By Death
- Bomber
- Ace Of Spades
- OverkillLemmy Kilmister (baixo, vocais), Phil Campbell (guitarras), Mikkey Dee (bateria)
The Brian May Band – Live at Brixton Academy [1994]
Brian May se juntou a um time de primeira, que inclui os ótimos Neil Murray e Cozy Powell, que já tinham tocado juntos no Whitesnake e no Black Sabbath, para a gravação deste disco que atrai mesmo um não-fã do Queen como eu. Motivo? Brian é, como se sabe, um ótimo guitarrista e um cantor bastante respeitável. No ano anterior ele tinha lançado seu primeiro álbum solo de fato, Back to the Light (antes, a única gravação fora do Queen tinha sido o EP Star Fleet Project), e a turnê de lançamento foi uma espécie de teste para May – afinal, devido à saúde de Freddie Mercury, o Queen parara de excursionar bem antes da morte do cantor. Embora tenha chegado ao 6º posto na parada britânica, Back to the Light só alcançou o 159º na Billboard. Este Live at the Brixton Academy traz versões ao vivo de oito composições gravadas no álbum de estúdio, mais uma boa versão para “Since You’ve Been Gone” (calcada na que Cozy Powell gravara com o Rainbow), seis do Queen e o solo de guitarra, num total de 15 faixas (“39” e “Let Your Heart Rule Your Head” são apresentadas em medley) em cerca de 77 minutos de duração, o que traz o show quase completo (a única música que faltou foi “God”, de John Lennon); no entanto, várias músicas foram editadas (inclusive o solo de Cozy Powell, reduzido em relação ao original), e os solos do tecladista Spike Edney foram cortados. Em troca, o CD trouxe o máximo possível de música do show. Quanto ao disco em si, confesso ter ficado surpreso quando vi o disco pela primeira vez, pois Brian arriscou-se a gravar “Love of my Life”, uma vez que para mim a música traz “Freddie Mercury” carimbado nela, mas o guitarrista cantou-a bem (e, claro, o público também). Dentre as músicas do Queen, gosto bastante das versões de “Hammer to Fall” e “Tie Your Mother Down”, e, em menor grau, de “Now I’m Here” que, como sempre, serve basicamente para May mostrar seu talento guitarrístico no solo que a segue. Em relação às músicas de Back to the Light não posso comparar, pois nunca tive o disco de estúdio e ouvi-o bem poucas vezes para poder apontar alguma superioridade das versões ao vivo, mas gosto de “Driven by You”, “Headlong” e “Resurrection”. Por outro lado, “Too Much Love Will Kill You”, possivelmente a música mais conhecida do disco-solo, continua me soando excessivamente açucarada. Brian May às vezes me lembra Jimmy Page; ambos são excelentes músicos e compositores que parecem não saber o que fazer sem um vocalista ao seu lado (com a diferença de que May canta bem, e Page não…), nem se livrar dos fantasmas de suas bandas anteriores, e por isso não conseguem emplacar uma carreira solo. Mas, diferentemente do maestro do Led Zeppelin, o mago da guitarra do Queen tem um bom disco-solo ao vivo para alegrar seus fãs.
- Back To The Light
- Driven By You
- Tie Your Mother Down
- Love Token
- Headlong
- Love Of My Life
- 39 / Let Your Heart Rule Your Head
- Too Much Love Will Kill You
- Since You’ve Been Gone
- Now I’m Here
- Guitar Extravagance
- Resurrection
- Last Horizon
- We Will Rock You
- Hammer To Fall
Brian May (guitarra, vocais, piano, violão), Neil Murray (baixo), Cozy Powell (bateria), Spike Edney (teclados), Jamie Moses (guitarra, vocais), Cathy Porter (backing vocals), Shelley Preston (backing vocals)
Judas Priest – Live in London [2003]
O segundo álbum ao vivo oficial do Judas com Tim “Ripper” Owens nos vocais tem seu impacto diminuído por dois motivos: a banda já tinha lançado um duplo ao vivo após Jugulator (’98 Live Meltdown) e o segundo disco com Owens (Demolition) não foi tão bem-sucedido quanto o primeiro; a volta de Rob Halford poria fim à experiência da banda com Ripper, indubitavelmente um bom vocalista (que hoje está junto a K. K. Downing e Les Binks no KK Priest), mas que, apesar dos seus méritos, nunca foi muito bem aceito no grupo. Este Live in London apresenta um show completo da época, com 26 músicas que se estendem por mais de 129 minutos, cobrindo praticamente toda a carreira da banda; entretanto, apenas três (“One on One”, “Hell is Home” e “Feed on Me”) representam o então último disco de estúdio, e duas são extraídas de Jugulator (“Burn in Hell” e “Blood Stained”) – mas o ao vivo anterior, ’98 Live Meltdown, trazia versões para essas mesmas músicas (e mais “Bullet Train”, “Death Row” e “Abductors”). No final das contas, como as músicas dessa fase saíram dos setlists após a volta de Halford, apenas 8 das 23 músicas (24, se contarmos o obscuro bonus track “What’s My Name”, que saiu apenas na edição australiana de Demolition) gravadas por Ripper no Judas têm versões oficiais ao vivo. Para piorar, a maioria das músicas da fase Halford no álbum gravado na Brixton já tinha sido lançada com Ripper nos vocais no live anterior! Mas isso não significa que este “ive in London deva ser desprezado; particularmente, gosto mais da versão de “Victim of Changes” deste disco do que a do … Meltdown, e a considero uma das melhores da carreira do grupo; “Turbo Lover” ficou bem interessante com os vocais de Ripper, e, embora não fossem mais novidades, as novas versões de “Diamonds and Rust”, “The Ripper” (que o cantor transformou em seu hino particular) e “Beyond the Realms of Death” são muito boas. Por fim, destacaria “Desert Plains”, uma música que sempre gostei bastante e cuja única versão ao vivo que conheço além desta, que saiu como bonus track no relançamento de “Point of Entry”, com Rob no vocal, não é tão boa quanto a de “Live in London”. Em minha opinião, o Judas Priest se identifica fortemente com o Metal God Rob Halford, mas nem por isso se deve desprezar este bom disco com seu substituto nos vocais. O único problema é que ele não tinha mais o gosto de novidade.
- Metal Gods
- Heading Out To The Highway
- Grinder
- Touch Of Evil
- Blood Stained
- Victim Of Changes
- The Sentinel
- One On One
- Running Wild
- Ripper
- Diamonds And Rust
- Feed On Me
- Green Manalishi
- Beyond The Realms Of Death
- Burn In Hell
- Hell Is Home
- Breaking The Law
- Desert Plains
- You’ve Got Another Thing Coming
- Turbo Lover
- Painkiller
- Hellion
- Electric Eye
- United
- Living After Midnight
- Hell Bent For Leather
Tim “Ripper” Owens (vocais), K. K. Downing (guitarras), Glen Tipton (guitarras), Ian Hill (baixo), Scott Travis (bateria)
Bela lembrança dessa casa de shows que pode não ser tão importante quanto outros locais da capital inglesa, mas deixou para a história do rock alguns discos muito bons registrados lá . Dos citados, tenho o disco simples do Motörhead e o do Fenemê (que considero um dos melhores ao vivo dos anos 90, quiçá O melhor, e onde, na minha opinião, TODAS as versões ficaram melhores que as de estúdio, não só as citadas), mas já ouvi o outro do Motörhead e o do Brian May.
Cabe citar também que o único ao vivo oficial do Sepultura com Max nos vocais, o Under A Pale Grey Sky, também foi registrado lá. A banda não gosta muito desse disco (parece até que não o reconhecem como oficial), mas eu o considero o melhor ao vivo da banda!
Para finalizar, eu tinha a informação de que a “academia” havia virado um templo evangélico de uma dessas igrejas brasileiras mais interessadas em arrecadar o dízimo dos fiéis do que em guiá-los para uma suposta salvação. Parece que caí em alguma fake news, pois, pelo visto, ela ainda continua na ativa, embora com outro nome! De todo modo, bom saber que um lugar dedicado a algo tão “sagrado” quanto a música não cedeu sua função para outra coisa que deveria ser sagrada também, mas já virou mercadoria há muito tempo!