Notícias da Semana {27 de Abril a 3 de Maio}

Fabio Lione: Clássicos do Rhapsody com orquestra em turnê pelo Brasil
O lendário vocalista italiano Fabio Lione (Angra, Rhapsody, Vision Divine) desembarca no Brasil em maio de 2025 para uma turnê especial que promete emocionar os fãs de power metal sinfônico. A Dawn of Victory Tour contará com a participação de uma orquestra completa e apresentará na íntegra o icônico álbum Symphony of Enchanted Lands, além de outros clássicos do Rhapsody. Serão 15 apresentações que passam por todas as regiões do país, com cerca de trinta músicos no palco em cada show, proporcionando uma experiência imersiva e grandiosa. A turnê começa no dia 30 de abril em Manaus e segue por Recife (02/05), Fortaleza (03/05), Rio de Janeiro (06/05), Vitória (07/05), Belo Horizonte (08/05), Brasília (10/05), Goiânia (11/05), Joinville (13/05), Porto Alegre (14/05), Curitiba (16/05), e São Paulo, com duas sessões no dia 17 (sendo a das 20h já esgotada) e uma no dia 18/05. Os ingressos estão disponíveis pelo Clube do Ingresso e Sympla.
Lançado em 1998, Symphony of Enchanted Lands é um dos maiores clássicos da história do power metal e consolidou o Rhapsody como uma das maiores referências do gênero. Combinando elementos de música clássica, épicos de fantasia e arranjos orquestrais, o disco inclui hinos como “Emerald Sword”, “Wisdom of the Kings” e a faixa-título, uma das grandes composições do metal nas últimas décadas.
Nas cidades de Vitória, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia e Porto Alegre, a abertura fica por conta da Dogma, uma das bandas em maior ascensão no cenário do metal mundial. Com local de origem e integrantes mantidas em segredo, possui uma atmosfera misteriosa e vem se destacando por suas temáticas anti-religião e de liberação sexual. O álbum de estreia da Dogma foi lançado em 2023 e conta com uma sonoridade que remete ao heavy metal e hard-rock oitentista. Tanto o sombrio visual quanto a sonoridade geraram comparações com o trabalho do Ghost, mas as composições possuem uma assinatura característica que transforma o grupo em uma das principais promessas do metal mundial.
Datas
Fortaleza (Anfiteatro Dragão do Mar, 03/05)
Rio de Janeiro (Teatro Clara Nunes, 06/05)
Vitória (Vitória Grand Hall, 07/05)
Belo Horizonte (Teatro Ney Soares, 08/05)
Brasília (Auditório Planalto, 10/05)
Goiânia (Teatro Madre Esperança Garrido, 11/05)
Joinville (Teatro da Liga, 13/05)
Porto Alegre (Teatro AMRIGS, 14/05)
Curitiba (Teatro Bom Jesus, 16/05)
São Paulo (Teatro APCD, 17/05, 15h)
São Paulo (Teatro APCD, 17/05, 20h): ESGOTADO
São Paulo (Teatro APCD, 18/05)
LEPROSY: Banda lança combo com CD físico e nova linha de camisetas
A banda goiana de Death Metal LEPROSY anunciou oficialmente o lançamento da versão física do álbum Reborn In Yourself. Para impulsionar ainda mais a divulgação do trabalho, o grupo apresentou também sua nova linha de camisetas oficiais, disponíveis em um combo exclusivo. O kit promocional traz o CD físico de Reborn In Yourself acompanhado de uma camiseta – com duas opções de estampa – por R$ 100,00 (+ frete). As peças estão disponíveis em todos os tamanhos e podem ser adquiridas diretamente com a banda através dos seguintes canais:
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WhatsApp: (62) 98574-0553 (Rinaldo Macedo)
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LEPROSY confirmado na 3ª edição do ‘Show Beneficente’ em Goiânia
Além das novidades em merchandising, o LEPROSY confirmou presença na terceira edição do ‘Show Beneficente’, que acontece no próximo dia 31 de maio de 2025, no Capim Pub, em Goiânia/GO. O evento contará ainda com as bandas Seconds Of Noise, Ilizarov e Navalha, reforçando o apoio da cena local a causas sociais. Confira abaixo o serviço completo para mais informações:
SERVIÇO:
Show: LEPROSY no ‘3º Show Beneficente’
Local: Capim Pub
Endereço: Rua 5, nº 71, Setor Norte Ferroviário – Goiânia/GO
Data: 31/05/2025 (sábado)
Horário: 18 horas
Ingressos: R$ 20,00 (NA HORA)
Organização: @tbontbrec
“Reborn In Yourself”: um marco no Death Metal nacional
Ainda não ouviu Reborn In Yourself? O álbum vem recebendo elogios da imprensa especializada pela sua sonoridade crua e brutal, além da produção cirúrgica que valoriza cada elemento da composição. A obra consolida o LEPROSY como um dos nomes mais promissores do Death Metal brasileiro. Ouça AQUI.
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SFP – Press & PR
HÉIA: Banda retorna aos palcos ao lado da lendária Impurity em Goiânia/GO
O quarteto brasileiro de Black Metal HÉIA prepara um retorno triunfal aos palcos em 2025, com um show histórico marcado para o dia 30 de agosto, no De León Music Pub, em Goiânia/GO. Confirmada ao lado das bandas Burning In Hate, Nitimur In Vetitum e da icônica Impurity, que traz à capital goiana a turnê de divulgação do álbum “Satan’s Will Be Done”, a HÉIA promete uma noite memorável para os fãs da música extrema. Confira abaixo o serviço completo para mais informações:
SERVIÇO:
Show: HÉIA, Burning In Hate, Nitimur In Vetitum e Impurity no De Leon Music Pub
Local:De Leon Music Pub (@deleonmusicpub)
Endereço:Rua 86, nº 605, Setor Sul – Goiânia/GO
Data:30/05/2025 (sábado)
Horário:20 horas
Ingressos: R$ 40,00 (ANTECIPADO) | R$ 50,00 (NA HORA)
Organização e mais informações
Novidades: HÉIA lança vídeos de “Guitar Playthrough”
Em paralelo à confirmação do show, a HÉIA lançou recentemente dois vídeos no formato Guitar Playthrough para seu atual single “The Pilgrim of the Path” em seu canal oficial no YouTube. Nas gravações, o guitarrista, vocalista e fundador Místico oferece uma visão aprofundada sobre o processo de composição da faixa. Assista:
Héia – The Pilgrim of the path – Guitar Playthrough – Guitar One
Héia – The Pilgrim of the path – Guitar Playthrough – Guitar Two
Nova fase e produção
“The Pilgrim of the Path” marca o início de uma nova era para a HÉIA, agora atuando como quarteto. O single foi gravado no MH Studio sob a direção de Moyz Henrique e Místico, com mixagem e masterização realizadas por Andre Damien no Studio Maçonaria do Áudio. A música já está disponível nas principais plataformas de streaming. Ouça agora CLICANDO AQUI
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SFP – Press & PR
Duo alemão de death metal UNINHIBITED lança novo EP Scourge
A dupla alemã de death metal UNINHIBITED retorna com seu novo EP, Scourge, trazendo uma abordagem brutal e atmosférica ao gênero. Conhecidos por seus vocais guturais, riffs arrasadores e profundidade emocional, Basti (vocal) e Marco (música) desafiam os limites da música extrema com este novo e poderoso lançamento. Após o sucesso do álbum de estreia, a banda não perdeu tempo em criar material novo. Com paixão compartilhada e um processo de composição intuitivo, os dois músicos concluíram Scourge em apenas alguns meses — produzindo, mixando e masterizando o EP inteiro de forma independente para garantir total controle criativo. O resultado: um som cru e intransigente que captura perfeitamente a visão do UNINHIBITED sobre o death metal moderno.
Scourge é pura brutalidade do death metal — mas com camadas inesperadas. O EP equilibra blast beats, palhetadas tremolo selvagens e guturais com momentos de atmosfera sombria e composições complexas. Faixas como a épica de 8 minutos “Blood Sucker” e a arrasadora “Excavation” demonstram a capacidade da banda de mesclar complexidade e potência bruta com perfeição. Fortemente inspirado por lendas da velha guarda como Cannibal Corpse, Morbid Angel e Entombed, o UNINHIBITED também injeta seu próprio toque moderno — criando uma música que soa clássica e intensamente refrescante. Como a banda diz: “Este é o death metal como acreditamos que deveria soar — puro, sombrio e emocional, sem concessões.”
Músico gaúcho Jaydson lança podcast sobre álbum de estreia Live Fast, Die Old
O músico Jaydson lançou um podcast para falar sobre seu envolvimento com a música e sobre o álbum Live Fast, Die Old. Além do vocalista, guitarrista e compositor, o papo inclui os músicos que acompanham o artista nas gravações e ao vivo: Marcel Bittencourt (baixo e produção), Renato Siqueira (bateria) e Rodrigo Ferreira (guitarra). Para acessar o vídeo, clique aqui.
A conversa é dividida em dois momentos. No primeiro, Jaydson fala sobre a relação com a arte das sete notas, conta algumas lembranças, comenta por quais razões deixou de fazer som por um tempo e explica como foi a retomada da paixão por tocar. Na segunda parte, ele e a banda abordam o processo de composição, falam como se encontraram e debatem sobre a gravação do disco de estreia. Por fim, o quarteto faz um faixa a faixa explicando cada tema e lista suas composições preferidas. A apresentação é do jornalista Homero Pivotto Jr. A gravação foi realizada no estúdio José Florêncio Podcast, com filmagem e edição do próprio José Florêncio.
Sacrifix lança lyric video de “Let’s Thrash” e celebra o verdadeiro espírito do thrash metal old school
A banda paulistana de Old School Thrash Metal Sacrifix acaba de lançar oficialmente o lyric video de “Let’s Thrash”, faixa-título do seu mais recente EP. O vídeo, produzido por Wanderley Perna (W Designer e baixista do Genocídio), já está disponível no canal oficial da banda no YouTube e reforça o espírito visceral e caótico que a banda vem construindo desde sua formação. ”Prepare-se para o caos sonoro!”, anuncia o grupo. “Let’s Thrash é um hino visceral para os verdadeiros amantes do thrash metal old school. Se você vive para o peso, a velocidade e a brutalidade do metal das antigas, não pode perder. Coloque o volume no máximo, acione o play e sinta a energia crua desse som. Esse é o nosso grito de guerra a todos que nunca abandonam o estilo.” Assista agora.
Com referências diretas a nomes como Slayer, Exodus, Sodom e Kreator, o Sacrifix reforça seu compromisso com a essência do Thrash Metal clássico. O novo EP, também intitulado Let’s Thrash, marca a estreia da atual formação em estúdio: Frank Gasparotto (vocal/guitarra), Diego Domingos (guitarra), Filippe Tonini (baixo) e Fábio Moysés (bateria). A sonoridade está ainda mais técnica e brutal, destacando o entrosamento dessa fase da banda. A faixa-título foi a primeira a ser composta de forma colaborativa por todos os integrantes, e, segundo Frank, representa um momento de estabilidade e força criativa renovada. “Pode soar clichê, mas só quem é do ramo entende o sentimento de tocar e curtir o estilo. Agora sim estamos revigorados e estabilizados em todos os sentidos.”
Além da versão de estúdio — que conta com vocais convidados de Pedro Zupo (Living Metal) e gang vocals no melhor estilo D.R.I. e S.O.D. — o EP traz outras cinco faixas gravadas ao vivo e de forma profissional em ensaio, apresentando versões mais cruas e energéticas de músicas antigas. Gravado no Tori Studios (Diadema/SP) e com ensaios registrados no Armazém Studio (São Paulo/SP), Let’s Thrash teve produção da banda em parceria com Marco Nunes, responsável também pela mixagem e masterização. Ouça o EP Let’s Thrash.
Com esse lançamento, o Sacrifix não apenas reafirma sua posição como uma das grandes promessas do Thrash Metal nacional, mas também prepara o terreno para o seu próximo álbum completo, previsto para o final de 2025.
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Five Dogs lança EP Falsos Profetas com crítica social afiada e peso sonoro
A banda Five Dogs acaba de lançar seu novo EP, Falsos Profetas, pelo selo Electric Funeral Records. Com quatro faixas inéditas, o trabalho reforça a identidade crítica e combativa do grupo, combinando riffs pesados, letras afiadas e um som direto e sem concessões. A abertura fica por conta de “Lobotomia (Lobo em Pele de Cordeiro)”, uma faixa densa e sombria, marcada por vocais agressivos e uma repetição hipnótica que captura o ouvinte logo de cara. Na sequência, “Esperança” ironiza discursos políticos vazios – tão comuns na boca de quem promete mudanças – e os transforma em combustível para um ataque sonoro acelerado e lírico.
A faixa-título, “Falsos Profetas”, é talvez a mais direta e incisiva do EP. Com letra atual e sem rodeios, a banda entrega sua visão com contundência e verdade. Já o encerramento vem com “Mensagem das Estrelas”, que traz uma abordagem original: uma crítica feita do ponto de vista de um ser extraterrestre observando o comportamento humano. A música se destaca por sua estrutura bem construída, solos marcantes e uma base sólida de baixo e bateria. Com Falsos Profetas, a Five Dogs reafirma a veia contestadora já mostrada em Mundo Cão, mantendo firme sua postura crítica e consolidando seu espaço na cena independente com atitude, consistência e autenticidade. O EP está disponível em todas as plataformas digitais.
Descaso lança seu novo single “Madrugada na Augusta”
Em homenagem às noites de Rock do underground paulistano. Este é o primeiro single da banda após o lançamento do EP Em Pleno Fim do Mundo, dando início a uma nova fase, rumo ao segundo álbum. A banda Descaso, da capital paulista, lançou no dia 05 de abril seu mais novo single “Madrugada na Augusta”. O novo som conta com uma marcante pegada do Rock Clássico, combinada com um instrumental pesado e vocais (e letra) característicos do Punk Rock Brasil. “’Madrugada na Augusta’ foi feita com o objetivo de ser um som pesado, que ao mesmo tempo lembre as origens do Rock’n Roll e a atitude do Punk Rock” comenta a banda, “Não só em termos de composição, mas também em termos de mixagem e masterização, acreditamos que esse som está dentre os mais pesados e orgânicos que já gravamos.”
A letra da música trabalha conjuntamente as duas temáticas mais exploradas pela Descaso em suas canções, que são a cultura underground e a crítica social. “Um dos pontos fortes da letra da música é que conseguimos explorar a temática da cultura underground nas noites de São Paulo e, ao mesmo tempo, trouxemos algumas pitadas de crítica social.” explica Ivan Laurino, vocalista da Descaso, “Quem escuta a música nota que a gente explora uma contradição que envolve encher a cara, ver os amigos e curtir a noite como uma forma de se libertar do dia. Ou seja, embora a noite traga muitos perigos e riscos, ela é o único momento que a população trabalhadora tem para, de fato, viver. Fora da noite, o dia a dia no capitalismo sufoca”, completa Ivan.
O roteiro da música se passa na Rua Augusta, símbolo da vida noturna paulistana e berço do rock underground que dominou a cidade, especialmente nos anos 2000, quando bandas como Rock Rocket e Cachorro Grande agitavam os rolês. Tudo isso faz com que a nova música leve os ouvintes para a atmosfera empolgante e ao mesmo tempo perigosa da Rua Augusta nas suas madrugadas. “A música se passa na Rua Augusta pois ela é um símbolo do underground de São Paulo, onde já tocamos e conhecemos muitos dos nossos amigos que estão até hoje tocando com a gente nas noites pela cidade. Embora haja esse contexto da Augusta, a letra e a ideia da música valem para as noites paulistanas como um todo, incluindo todos os picos e rolês que o underground da cidade oferece.”, explica a banda.
O novo single foi produzido e gravado por Michel Kuaker no clássico Wah Wah Studio, situado na Vila Madalena desde 1996. Grandes bandas e artistas já gravaram por lá, como Inocentes, Edgard Scandurra, Blind Pigs, Corazones Muertos, Vespas Mandarinas, Crazyland, dentre outros. Esse foi o primeiro trabalho da Descaso com o Kuaker, uma parceria que promete outros bons frutos no futuro. “Madrugada na Augusta” é também o primeiro lançamento da banda após seu emblemático EP Em Pleno Fim do Mundo, de 2023, que conta com as faixas até então mais ouvidas pelos fãs, como “Onde os Sujos se dão Bem”, “Jovem Jack” e “Lute”. Assim, esse single representa o início de uma nova fase da banda que resultará futuramente em um segundo álbum a ser lançado. “Madrugada na Augusta dá uma noção para os ouvintes sobre o que está por vir, estamos compondo muitas músicas nesse momento e esse ano ainda teremos novos lançamentos. A longo prazo, temos a ideia de lançar um segundo álbum de estúdio”, comenta a banda.
Ouça agora
Sobre Descaso
Representando a cultura underground da cidade de São Paulo no século XXI, a Descaso exala Punk & Rock’n Roll por onde passa. Também com influências no Rock Blues, Rockabilly e nos clássicos do Rock Brasil, a banda traz em suas letras toda essência da crítica social e do cotidiano da população trabalhadora. Embora maduros nos palcos, tocando desde 2012, a Descaso começou a conquistar seu espaço na cena paulistana no fim da pandemia, com o lançamento do seu EP Em Pleno Fim do Mundo, produzido por Tadeu Patolla e lançado pela Marã Música. Com Ivan Laurino no vocal, Victor Kiapine na guitarra, Vinicius Cruz no baixo e Gabriel Izar na bateria, a Descaso é Blues, é Rock, é Punk, é a mistura de tudo sem medo de ousar.
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BOSSA NOVA: Como os americanos a enxergam?
8 de outubro de 1962. Aproximadamente 2.800 pessoas na plateia do Carnegie Hall, a casa de shows mais importante de Nova York à época, recebiam e aplaudiam de pé um grupo de músicos brasileiros, os mesmos que na capital fluminense compuseram e cantaram “Garota de Ipanema”, “Desafinado”, “Samba de Uma Nota Só”, entre tantos outros. O show foi gravado por veículos da imprensa internacionais (como CBS, Voz da América e BBC) e transmitido no Brasil pela Rádio Bandeirantes. Com identidade musical original, a bossa nova uniu o jazz à percussão típica brasileira do samba. Diferentemente da característica espetaculosa da música brasileira midiática que a antecedeu, com sua elegância e simplicidade o gênero ganhou o mundo à partir do histórico show no Carnegie Hall.
Mas e hoje, século XXI, ano 2025, essa ainda é uma realidade? A bossa nova permanece referência para artistas e públicos estrangeiros? Dado Sá, cantor, compositor, instrumentista e produtor musical brasileiro há mais de 25 anos nos EUA confirma a tese com base na sua vivência, em seus shows e nos shows que assiste e nas ruas e bares da Terra do Tio Sam. Para ele, a influência da bossa nova é inquestionável e de importância ímpar principalmente no universo do jazz, ontem e hoje. “Os americanos têm muito respeito pela bossa nova. Sobretudo ela, mas toda música que vem do Brasil é considerada de alta qualidade por sua complexidade melódica, percussiva e credibilidade de artistas brasileiros em geral. A música brasileira dentro de qualquer métrica ou ritmo possui muita melodia e ginga, balanço… e isso é associado de imediato. É muito como o futebol que tem a reputação… se vem do Brasil vai ser bom.”, disse ele, que vive em Denver, capital do colorado.
O músico, que tem a bossa nova como referência principal em suas composições e gravações, reforça a importância histórica do movimento, o que já garante o respeito e a admiração dos americanos, que tiveram seus gêneros musicais, artistas e mercado fonográfico influenciadas por ela. “Tudo começou no final dos anos 50 e foi se transformando e influenciando vários gêneros musicais ao redor do mundo, principalmente nos EUA. Acho que a receita inicial foi aquela mistura de samba e jazz com uma sincopação inusitada que causou admiração no mundo musical… e isso é o que mais me atrai pessoalmente.”
Esse cenário foi propício para Dado Sá. “Isso dá tanto uma oportunidade para o músico brasileiro como uma responsabilidade de manter um patamar de excelência e criatividade. Para mim é um desafio sempre animador. As músicas que componho são muito relacionadas a Bossa Nova não só por um aspecto melódico, mas também a tendência de navegar num ritmo um pouco assimétrico das cordas, percussões ou canto… E sempre tenho espaço com este repertório”. Não é à toa. A bossa está presente no cotidiano do americano. Dado Sa conta que as músicas brasileiras, sobretudo a bossa nova, tem espaço garantido nos bares e até mesmo nas ruas dos EUA. “É muito fácil encontrar em uma apresentação de jazz em qualquer parte do país, algumas canções de bossa, se não várias nos repertórios. De uma maneira pessoal eu fui uma vez convidado por um baixista amigo que se formava em um mestrado em música de uma Faculdade muito conceituada, para uma apresentação conjunta. Um dos requerimentos era interpretar uma bossa… veja só a credibilidade do estilo, que bacana!”
Para Dado, todos os músicos da fase inicial da bossa nova estão eternizados na cultura americana, mas ele destaca João Gilberto, Tom Jobim, Astrud Gilberto e Sérgio Mendes, e diz que a influência da bossa, por ter presença forte no mercado atual, faz com que novos artistas do gênero apareçam. “Com isso, os americanos acreditam que ainda se ouve muita bossa no Brasil atual, e também samba. É importante mencionar que alguns americanos mais musicais e em sintonia com gêneros também conhecem baião, pagode e muitos outras modalidades brasileiras, assim como conhecem e apreciam os músicos Yamandu Costa, Edgberto Gismonti, Sivuca, Luiz Gonzaga e muitos outros que fazem muito sucesso.”
Contudo, a bossa é hoje parte de uma cultura world music nos Estados Unidos da América. “O público americano é muito vasto e diversificado em matéria de apreciação musical. E hoje em dia o público americano também é muito diversificado culturalmente… existem americanos de todas partes do mundo, o que cria uma apreciação musical e influências muito lindas e ricas.”, definiu Dado Sa.
Saiba mais sobre Dado Sá nesta entrevista
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Luiza Girardello transforma dor em música: “GTFO (Homebreaking)” é um hino de ruptura e reconquista
Há canções que são confessionais. Outras, catárticas. E há aquelas raras que conseguem ser as duas coisas — íntimas como um sussurro e libertadoras como um grito. É nesse território emocional que se inscreve “GTFO (Homebreaking)”, o mais recente lançamento da cantora e compositora Luiza Girardello, que chega sob a chancela da Za Music, produtora dirigida pela também cantora e empresária Zabelê Gomes, e com distribuição da Musikorama Music em parceria com a New Music Brasil. Com uma estética que passeia pelo rock progressivo contemporâneo, tingido de elementos de jazz e pop minimalista, Luiza entrega não apenas uma música, mas uma experiência emocional com começo, meio e fim. O arranjo — que nasce com suavidade, ancorado por baixo, leves toques de guitarra e pratos sussurrantes — acompanha a trajetória de alguém que desperta de um transe emocional. A voz de Luiza entra doce, quase tímida, como quem ainda está lidando com as rachaduras internas deixadas por uma presença invasiva. Mas essa doçura logo dá lugar à força. A canção cresce, se impõe, explode. O instrumental revela seu lado progressivo, denso e técnico, mas sem competir com a dor e a firmeza que a letra carrega.
Esse equilíbrio entre intensidade emocional e sofisticação musical não acontece por acaso. Todas as músicas desse trabalho foram co-produzidas por Luiza em parceria com João Vitor Costa Dias, que também assina os arranjos. A sintonia criativa entre os dois é perceptível: os arranjos parecem respirar junto com a letra, dando espaço para que cada emoção se acomode no tempo certo. João Vitor, além do talento técnico, imprime uma escuta sensível e colaborativa, fundamental para traduzir a densidade lírica da canção em camadas sonoras cheias de textura e intenção.
“GTFO (Homebreaking)” é, antes de tudo, um relato sobre invasão e resistência. A letra usa a metáfora da casa como extensão do eu — do espaço íntimo, do território emocional. Alguém que não foi convidado, “roubou a chave” e passou a habitar esse espaço “sem pagar aluguel”, tornando-se um parasita da identidade alheia. Mas não é apenas sobre essa invasão: é sobre o momento em que se decide pôr fim ao ciclo. “You made me feel like my place / Wasn’t my own”, repete Luiza, em uma espécie de refrão-mantra. Uma frase simples, mas devastadora em sua clareza. Quem já foi silenciado ou apagado dentro de uma relação vai entender exatamente o que ela quer dizer.
Mas talvez o verso mais emblemático seja aquele em que a artista afirma: “It’s not my job to fix you or to even try to understand.” É aí que a canção se transforma. De dor, nasce discernimento. De culpa, surge um limite. A persona lírica não só reconhece a desordem que foi imposta a ela, como finalmente se recusa a carregá-la. O título da canção — que brinca com a sigla “GTFO” (“Get The F*ck Out”) e o termo “homebreaking” — já dá pistas de que essa não é uma canção feita para ser ignorada. Mas o impacto não está na grosseria; está na libertação. Luiza sabe dosar a raiva e o refinamento, a energia do rock progressivo e as nuances do jazz, a dor e a elegância. Sua interpretação carrega nuances de alguém que já viveu aquilo — e agora, com microfone na mão, se recusa a repetir.
Não por acaso, a artista tem sido vista como uma voz emergente dentro da cena alternativa brasileira, onde nomes como Luedji Luna, Duda Brack e Bruna Mendez também transitam com liberdade entre gêneros e narrativas densas. Luiza, no entanto, trilha seu caminho com autenticidade, criando uma assinatura própria: letras afiadas, sensibilidade melódica e uma entrega vocal que transita entre o sussurro e o clamor, sempre com precisão. A presença de Zabelê Gomes na curadoria artística e produção executiva dá uma pista do cuidado que está sendo colocado nesse projeto. Com uma carreira consolidada como cantora e um olhar apurado como empresária, Zabelê oferece a Luiza não apenas uma estrutura profissional, mas também um espaço seguro para a criação. E isso se sente em cada detalhe da música: nada parece apressado, tudo parece necessário.
Arte de capa por Luiza Girardello
Luiza Girardello, com essa faixa, entrega não apenas um novo single, mas um rito de passagem emocional. Ela transforma um episódio de dor em obra de arte, não para romantizá-lo — mas para expurgá-lo. E ao fazer isso, permite que outros também reconheçam suas próprias dores e tenham coragem de fazer o mesmo. Porque às vezes, crescer é isso mesmo: aprender a dizer “essa casa é minha, e você não entra mais.”
Ouça agora! 🎶 Deixe-se levar pela suavidade de “GTFO (Homebreaking)” e mergulhe nessa experiência sonora única.
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