‘Sob as capas’ com o artista gráfico Mark Wilkinson

‘Sob as capas’ com o artista gráfico Mark Wilkinson

Texto originalmente publicado no blog da Discogs por Bryan Reesman
Traduzido e adaptado por Diego Camargo

A arte para capas de discos de Mark Wilkinson está entre algumas das mais atraentes e coloridas já criadas. Seu caleidoscópio de cores, atenção aos detalhes e mistura do real com o surreal fizeram seu trabalho se destacar de seus colegas de profissão. Das capas do ícone dos quadrinhos Judge Dredd às paisagens de metal de Judas Priest, Wilkinson sempre coloca sua imaginação nas páginas que cria. E tudo começou com um pouco de inspiração dos Fab Four e do Pink Floyd.

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi a primeira capa de álbum que despertou seu interesse, especificamente a arte numa enorme vitrine que ele viu em um ponto de ônibus quando adolescente. O primeiro artista que intrigou Wilkinson foi Mati Klarwein, que fez as capas de Abraxas de Santana e Bitches Brew de Miles Davis. “A pintura dele ainda me impressiona da mesma maneira que sempre me impressiono quando vejo o trabalho que Alex Grey faz para a Tool na era moderna”, observa Wilkinson.

Quando jovem, o jovem artista ficou fascinado com o aerógrafo (airbrush). Aquilo parecia mágica para ele, como se alguém estivesse pintando com luz. Ele ficou ciente da aerografia quando foi exposto ao trabalho de Alan Aldridge e seu parceiro de aerógrafo, Harry Willock, para o The Beatles Illustrated Lyrics e o livro infantil que a dupla concebeu Butterfly Ball And The Grasshopper’s Feast.

“Comprei um aerógrafo Devilbiss, algumas garrafas de tinta e um pouco de ar enlatado e comecei a aprender a usá-lo”, lembra Wilkinson. “Um amigo meu montou uma mesa de serigrafia em um trailer velho em seu jardim, e eu fui lá para vê-lo trabalhando um dia. Ele costumava criar cartazes para promover bandas tocando no circuito de faculdades/universidades na área de Windsor/Slough (Inglaterra) no final dos anos 60 e 70 – ele fez cartazes para todo mundo, desde o The Who ao Floyd e Bowie. Ele me ensinou a usar uma faca de corte para criar estênceis feitos à mão para serigrafia e como sobrepor e misturar cores na tela. Eu usei esse conhecimento na arte do meu aerógrafo, já que o princípio era o mesmo, usando estênceis para criar formas com máscaras. Foram minhas primeiras tentativas de pintar com aerógrafo que me levaram ao Watford College of Art, e tudo mudou para mim a partir de então.”

Arte para Vigil in a Wilderness of Mirrors, do Fish

Wilkinson frequentou a Watford School of Art de 1974 a 1977, que “na verdade era um curso de design gráfico com um módulo de ilustração a cada 3 ou 4 meses”, explica ele. O artista queria mudar de curso por sugestão do professor e ilustrador Graham Palfrey-Rogers que foi dar uma palestra na escola, e que foi o diretor de arte do Magical Mystery Tour dos Beatles. “Seu trabalho era distinto e colorido, encomendado principalmente para publicações do Reino Unido nos anos 60 e 70, com estilo bastante semelhante ao ilustrador americano Peter Max, que também usava cores primárias vivas. Ele me treinou na segunda metade do meu curso, já que a faculdade não estava realmente preparada para ensinar ilustração em tempo integral.”

Por conta própria, Wilkinson aprendeu a usar mídias de impressão como serigrafia e gravura para aumentar seu conhecimento. Em seu último ano na escola, ele produziu um livro onde cada página foi impressa usando um processo diferente. Ele até teve aulas de encadernação para montar ele mesmo o livro. Intitulado Cancel My Rhumba Lesson (‘Cancele a minha aula de Rumba – o título foi inspirado em “um telegrama enviado a um amigo”), o livro incluía “cerca de 20 ilustrações e fragmentos de texto para o meu programa de final de ano”, diz Wilkinson. “Não era um curso de graduação. Tudo o que eu tinha para mostrar pelo tempo que eu passei lá era um diploma, mas as escolas de arte nunca foram sobre as qualificações e os diplomas. O conteúdo do seu portfólio era o que realmente contava.”

Durante quatro anos depois de se formar, Wilkinson se estabilizou profissionalmente com várias comissões. Ele passou dois anos trabalhando no estúdio de Palfrey-Rogers, em Covent Garden, e outros dois no estúdio de Farringdon, que foi quando Wilkinson teve seu primeiro agente. Seu trabalho era bom e reconhecido por diretores de arte de Londres, mas ele se sentiu sufocado em termos de criatividade.

Arte para Script for a Jester’s Tear

Ele projetou capas de livros, capas de vídeo VHS e trabalho editorial para uma lista diversificada de revistas como Management Today, Accountancy Age, revistas de informática e de automóveis, até algumas revistas femininas que frequentemente encomendavam arte com aerógrafo. “Eu também lidei com mais trabalhos comerciais”, diz Wilkinson. “Um que me lembro bem foi projetar uma ‘explosão nuclear benigna’ – imaginar algo como se a Disney tivesse projetado algo ‘não muito aterrorizante’. Uma arma nuclear fofinha! Isto foi para um anúncio de remédio para tosse Lemsip. Depois dessa você pode imaginar o porque de eu estar pronto para mudar o caminho da minha carreira.

 

Arte para Fugazi

Para Wilkinson, a arte não era um trabalho, mas um chamado, e ele começara a perder a esperança de forjar uma carreira satisfatória como artista freelancer. Isto é, isso até o final de 1981, quando apareceu uma banda que mudou sua vida. Ele soube da oportunidade depois de ouvir uma conversa em um bar e descobriu para onde precisava enviar seu trabalho.

“Quando o Marillion apareceu, a liberdade artística que eu tanto ansiava ganhou uma chance, apesar de eu ter um roteiro bem definido em termos do que a banda queria. Ficou por minha conta como interpretar o que eles tinham em mente. As capas duplas dos discos (Gatefold) foram o que me fascinaram alguns anos antes, mas não achei que algum dia tivesse a oportunidade de fazer uma capa daquelas. Portanto, ter essa banda jovem que fazia referência a todas as bandas e obras de arte que eu tanto amava nos anos 70 foi o casamento perfeito e um desejo que se tornara realidade.”

Arte para Misplaced Childhood

O símbolo mais famoso do Marillion, a famosa banda neo-prog britânica, foi o Jester (bobo da corte), que apareceu em todas as quatro primeiras capas de discos da banda entre 1983 e 1987 (junto de uma enorme quantidade de compactos lançados a partir de 1982 que começou com “Market Square Heroes”). O Bobo da Corte apareceu pela primeira vez em traje completo para a capa de Script for a Jester’s Tear, em seguida seu traje foi descartado pelo jovem personagem em Fugazi, então ele apareceu escapando pela janela da contracapa de Misplaced Childhood, suas roupas enfiadas no que parece uma mochila na música “Torch Song”, e como o boêmio deprimido em Clutching at Straws. Foi uma clara evolução do simbolismo relacionado ao processo de amadurecimento e o adentrar à vida adulta.

Quando ele o apresentou para o disco de estréia do Marillion, Wilkinson viu o Bobo da Corte como “sugerindo dor, e a máscara representava como esconder essa dor e obscurecer o cotidiano. Todo mundo procura respostas. Alguns brincam com a loucura para poder continuar suas vidas. Além disso, era uma ferramenta de marketing bacana que mantinha a gravadora feliz, servindo tanto ao espírito criativo quanto à necessidade comercial. Se você consegue matar dois pássaros com uma única pedra, você já possui uma vantagem a mais.”

Depois que o vocalista original do Marillion, Fish, se separou da banda em 1988, Wilkinson continuou uma jornada artística com ele que continua até hoje. Ele e Fish têm um apreço mútuo pelas habilidades artísticas um do outro, o que Wilkinson diz que é raro entre artista e cliente.

“Ele geralmente tem uma visão que podemos tanto referenciar quanto desdobrar”, elabora Wilkinson. “Ele amava os filmes de Fellini e Coppola, eu amava Tarkovsky e Herzog. Nós tínhamos interesse no simbolismo que eles usavam, então, no começo, poderíamos falar sobre algo visual para capas dos álbuns que nós dois poderíamos imaginar como se fosse uma imagem congelada no tempo. Os simbolistas acreditavam que a arte deveria representar verdades absolutas que só poderiam ser descritas indiretamente. Ou como o fotógrafo francês Robert Doisneau disse uma vez: “Sugerir é criar, descrever é destruir”. Fish escrevia usando metáforas, e eu dotava imagens ou objetos específicos com significado simbólico.”

Cartaz para o festival Monsters of Rock de 1994

Misplaced Childhood e seu single de maior sucesso, “Kayleigh”, tornaram o Marillion extremamente popular na Europa em 1985 e 1986 e os ajudaram a entrar no mercado americano. Na Europa, suas camisetas e mercadorias só perderam, em vendas, para o Iron Maiden em 1985, lembra Wilkinson. Como resultado, a empresa de mercadorias Bravado, que tinha o contrato com Marillion para fabricar esses produtos, contratou Wilkinson para trabalhar em pôsteres do festival Monsters of Rock para artistas como Bon Jovi, AC/DC, Whitesnake, Aerosmith e Alice Cooper. Estes chamaram a atenção da gerência de Judas Priest. A banda britânica de metal tinha trabalhado com Doug Johnson em três capas icônicas, mas queria alguém novo para o álbum de 1988, Ram It Down, que foi o primeiro que Wilkinson fez para eles.

Desde então, Wilkinson criou uma série de capas para o Priest: Painkiller [1990]; Metal Works Retrospective [1993]; Jugulator [1997], cuja capa ensangüentada foi censurada para o varejo; Angel of Retribution [2004]; Nostradamus [2008]; e Redeemer of Souls [2014], juntamente com lançamentos ao vivo e compilações. Enquanto o Iron Maiden tem um mascote, o Judas Priest sempre teve seres e personagens diferentes adornando suas capas. Enquanto Claudio Bergamin fez a capa do recente Firepower [2018], Wilkinson fez a contracapa e fez o design dos gráficos.

Arte da capa do Ram It Down

“O Priest me ajudou a evoluir como artista, porque cada capa foi bem diferente da anterior”, diz Wilkinson. “Minha capa favorita foi a do Angel of Retribution, que foi a mais simples de todas.”

Quando perguntados sobre Wilkinson, os membros do Priest responderam coletivamente: “A imaginação de metal de Mark levou o Judas Priest a lugares incríveis. Sua mente intuitiva e sua habilidade artística única criaram um vínculo especial conosco. Trabalhamos juntos com ele, dando-lhe uma ideia aproximada do que queríamos, e ele cria sua mágica.”

Arte da capa de Jugulator

No início dos anos 90, a mania do aerógrafo dos anos 80, da qual Wilkinson era uma grande parte, começou a dar lugar à arte digital. Seu agente na época, Harry Lyon-Smith, “sugeriu que eu adotasse esse novo meio, porque meu estilo de trabalho – o aerógrafo com todo o hiper-realismo que poderia ser alcançado – poderia ser feito em menos tempo digitalmente”, diz Wilkinson. “As forças de mercado fizeram com que os clientes optassem por opções menos caras no que diz respeito à ilustração realista”.
Wilkinson quer fazer com que suas criações digitais pareçam orgânicas. Ele não gosta das superfícies lisas de algumas obras digitais, embora ele diga que há cada vez menos isso agora.

Arte da capa de Angel of Retribution

“Gosto de ter alguma textura nas ilustrações, o que, é claro, é uma ilusão, pois tudo é feito na tela”, diz ele. “Mas você pode usar ferramentas de pintura que imitam o pincel com bastante facilidade e que respondem ao movimento e até ao ângulo e pressão da caneta exatamente da mesma maneira que um pincel real. Além disso, você pode alterar a cor, o matiz e a saturação até o nono grau e trabalhar em várias camadas, independentemente uma da outra, e reunir tudo isso para criar algo único. No final é apenas mais uma ferramenta.”

Para Wilkinson, a ideia se tornou mais importante que a técnica. Ele diz que um dia ele “se aposentará” e voltará ao básico com tinta e papelão em tempo integral para pintar por prazer. Mas, por enquanto, ele gosta de criar imagens da maneira que puder. No ano passado, ele começou a aprender a ilustrar em um programa em 3D, o que tem sido desafiador, mas ele gosta de aprender novas técnicas.

O box Eddie’s Archive

Por quase 40 anos, Wilkinson criou imagens impressionantes e inesquecíveis para artistas como Marillion, Fish, Judas Priest, Iron Maiden, Tony Palmer e The Darkness. Seu trabalho com o box de lata do Iron Maiden, Eddie’s Archive, que comemora o 25º aniversário do grupo, é espetacular. O conceito do design surgiu por sugestão dele mesmo e exigiu o envolvimento de um especialista na criação de caixas de metal para realmente “empurrar o material para além do que havia sido tentado antes, com um padrão muito elaborado para a gravação na lata”, explica Wilkinson. “Na verdade, o box ganhou um prêmio pela melhor criação em metal naquele ano.”

A arte do DVD The Pink Floyd e Syd Barrett Story

Ele conseguiu revisitar sua juventude trabalhando na arte das caixas psicodélicas do documentário The Pink Floyd e Syd Barrett Story.
Ele era um discípulo do grupo desde o início (membro do clube de fãs 425). “See Emily Play” foi o primeiro single que ele comprou, e The Piper At The Gates of Dawn o primeiro álbum. “Eu os admirei mais do que qualquer outra banda antes ou depois e sempre fui apaixonado a arte gráfica de Storm Thorgerson”, declara Wilkinson.
“Portanto, ser solicitado a criar um retrato de Syd e projetar a embalagem especial foi uma coisa muito importante para mim. Eu imprimi os detalhes da borda e as letras na tela primeiro, depois pintei o retrato em acrílico e o embelezei com aerógrafo.”

A capa dupla do LP do Fish, Vigil in a Wilderness of Mirrors [1990] é uma colagem incrível que encapsula todos os temas do álbum. Ele diz que o próximo álbum do Fish, Weltschmerz que ele já trabalhou. A edição especial do disco, com um livreto de 100 páginas tem consumido todo o seu tempo.

“Embora eu não tenha ilustrado todas as páginas, as que fiz foram intensas”, declara Wilkinson. “O assunto das letras é vasto e muito presciente, apesar de uma longa gestação de cinco anos desde que o disco começou a ser composto. O mundo parece um lugar muito perigoso agora por todos os tipos de razões, e a dor é evidente demais. Mas, além disso, há um vínculo com os meus primeiros trabalhos e técnicas, que trará tudo à um círculo completo, já que este é seu último álbum de estúdio do Fish, portanto, o meu último também para ele. O fim de uma era. Depois de quase 40 anos, foi uma viagem longa e estranha.”

O trabalho da dupla está bem representado no livro intensivo de arte Masque: The Graphic World of Mark Wilkinson, Fish & Marillion. Neil Gaiman é citado na parte de trás do livro: “O que sempre me impressionou mais na arte de Mark Wilkinson não são as superfícies lisas que ele faz tão bem – que Mark é um mago técnico de aerógrafo e Photoshop é óbvio à primeira vista – mas é que, sob todas as superfícies, existe uma mente em funcionamento, repleta de imagens e sempre capaz de te surpreender.”

O Ed Force One em pleno voo

A arte de álbum favorito de Wilkinson caiu em território de rock pesado. “The Book Of Souls do Iron Maiden foi interessante”, lembra o artista. “O resumo era tornar Eddie o mais assustador possível e a capa foi banida no metrô de Paris exatamente por esse motivo. Na Alemanha, foi encoberto em alguns locais, pois aparentemente assustou demais os viajantes noturnos que retornavam para casa e crianças durante o dia. Eu diria que a capa interna é uma das minhas favoritas. Foi certamente um dos mais detalhados que já fiz.” A arte adornou o avião Ed Force One da banda por algum tempo.

Ele também gostou das imagens dos Quatro Cavaleiros que conjurou para a parte interna do disco Nostradamus do Judas Priest. “Aquele realmente me esticou artisticamente”, observa Wilkinson. “Minha capa favorita de todos os tempos pode muito bem ainda ser a do primeiro disco do Marillion. Eu acho que o Script for a Jester’s Tear foi o mais bem-sucedido trabalho, visualmente, que eu fiz para eles. Não é perfeito. Nada nunca é, e eu sou meu próprio crítico mais feroz. Eu nunca, nunca termino uma foto. Me afasto do trabalho ou os meus clientes me afastam dela, pois precisam urgentemente do trabalho acabado. Assim é a vida!”

Wilkinson foi também além apenas da arte dos álbum. Nos últimos anos, ele criou projetos para garrafas e selos de cerveja, que exigem uma abordagem diferente.
Os rótulos das garrafas foram encomendados pela TYA Brewery na Noruega em 2014 e ele adora trabalhar neles.

“Os desenhos foram baseados no folclore local”, explica Wilkinson. “A da sereia terrestre, a Huldra, que seduziu os homens para a floresta com sua beleza a seguir seu caminho perverso e matá-los depois.”

A partir de 1997, Wilkinson criou selos para a ilha de Jersey, primeiro sobre a literatura de Victor Hugo e depois com temas como pássaros, aviões e, recentemente, os livros de Charles Dickens. “Os selos sempre foram algo especial”, diz Wilkinson. “Eles trabalham com um ano de antecipação, o que me dá tempo para considerar os projetos com bastante antecedência. O último conjunto acaba de ser lançado. Você só pode trabalhar com um tamanho máximo de A5, por isso os primeiros desenhos pintados foram um desafio, para dizer o mínimo. Mas agora trabalhar digitalmente significa que você pode simplesmente ampliar na tela em vez de usar uma lupa.”

Outro projeto emocionante com o qual Wilkinson se envolveu há muitos anos atrás foi o icônico personagem de quadrinhos britânico Juiz Dredd (Judge Dredd), que foi trazido à atenção dos fãs de metal pela banda Anthrax no final dos anos 80. (Se você ainda não viu as adaptações do filme, pule a versão de Stallone e assista à versão de Karl Urban.) Alan Grant, escritor de Juiz Dredd e Batman, se mudou para a vila de Wilkinson há muitos anos e os dois acabaram se tornando bons amigos. O artista lembra como Neil Gaiman havia se interessado em trabalhar com ele no começo de sua carreira, já que era um fã do Marillion da era Fish, mas Wilkinson sentiu que não trabalharia rápido o suficiente para o meio.

Capa da revista Judge Dredd de 1994

Grant sugeriu que Wilkinson considerasse fazer capas para quadrinhos, o que ele fez por três anos a partir de 1992. “Ele me recomendou ao editor da Fleetway Comics que publicou Dredd naquela época e eles me deram o trabalho de capa que eu queria”, diz Wilkinson. “Eu só lidei com o interior uma vez, para uma história autônoma especial chamada ‘Viagem do apanhador’, escrita para mim por Alan e apresentando meu personagem favorito no mundo de Dredd, o juiz Anderson, que tinha poderes psíquicos. Foi uma oportunidade de fazer algo mais psicodélico, pois era literalmente uma história cósmica. Eles o publicaram como um pôster especial de dois lados incluído na revista.”

Quando perguntado sobre a experiência de vida que ele pode transmitir aos artistas que seguem seus passos, Wilkinson aconselha: “Nunca desista dos seus sonhos. Crie as circunstâncias certas para que a sorte possa acontecer, estando no lugar certo na hora certa. Hoje em dia, isso significa ter um ótimo site e talvez ter seu trabalho visto na Deviant Art e nas mídias sociais.”

Tem sido uma louca jornada para Wilkinson desde que ele ficou apaixonado pelas capas de álbuns dos Beatles e Pink Floyd há tantas décadas atrás. Ele provou ser capaz de trabalhar em vários formatos que valem a pena ser colecionados.

Para mais informações sobre Mark Wilkinson e seu trabalho, bem como seus recursos impressos, visite o site dele no endereço: www.the-masque.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.