A estreita relação entre o músico e seu público

A estreita relação entre o músico e seu público

Por Marcio Costa

Em tempos do início do fim do politicamente correto, finalmente, cai justamente na semana do Rock in Rio para eu escrever sobre o tema. Mesmo assim, não estou apontando que um músico ou público seja melhor que o outro nem sou dono da verdade, portanto, são apenas meus dois centavos.

Toco instrumentos variados há mais de 25 anos e preciso externar o que percebo desde o início da minha jornada, seja conversando com amigos, colegas de classe, e sendo que a maioria concorda com meu pensamento, então… Por que não externa-lo? Vai que mais pessoas concordem né?

A música atrai seu próprio público. O público entrega seu gosto musical. Há uma relação intrínseca entre eles, porém existem exceções, como tudo na vida. Quanto mais avançamos no conhecimento teórico musical, na aquisição de técnica, habilidade com os instrumentos e exploração da sua veia artística, mais você deixa de ligar para pirotecnia visual. Com o tempo deixa de ser importante, você busca mais o que te satisfaz na sua concepção, aquela conversa entre os instrumentos, a resposta, a catarse praticamente individual do público que se identifica, ouve e percebe as nuances e dinâmicas da apresentação.  Não precisa de luz, ela emana do som. Do outro lado do gráfico (ou do ovo, da bola, do círculo, como queiram), quanto mais você gosta da música como passatempo, quanto mais ela é entregue a você de forma massiva, quanto mais se alia ao contemporâneo, moderno, ao coletivo, mais você gosta “independentemente de todos os estilos”, se encontra no meio de holofotes loucos e piscantes, caixas de som imensas e público disperso ao seu redor. Trazendo para a nossa realidade, tivemos em nosso passado o belíssimo festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras/RJ (que está se dissolvendo aos poucos) e, no outro extremo, o atual Rock in Rio (guarda chuva aberto para as pedras).

Sandro Haick e Michael Pipoquinha, dois gênios absolutos da música. Execuções impecáveis, público garantido e certeza de que conseguiremos ver o show do início ao fim, sem uma estroboscópica pra atrapalhar.

OK, agora que as pedras pararam um pouco, exemplifico: mas você não tem um músico amigo sequer que foi ao Rock in Rio? Sim… mas todos foram porque a companheira quis ir, ganharam ingresso ou precisavam levar o filho para “acostumá-los a alguma coisa de rock”. Se fosse por eles, não iriam. Esta é a realidade, let’s face the truth. E, vou explicar de forma gráfica e em blocos, citando alguns exemplos.

Show do David Guetta. Acho que ficou claro o que quero dizer. Ah, e DJ não é músico, só pra lembrar.

A música nos enriquece com sua beleza e nos inspira em sua excelência, coerência, mas atualmente tudo foi substituído pelo novo, feio, moderno. Músicas eram feitas de movimentos, arranjos, melodias, harmonias; hoje, um só dos quesitos já basta. As obras de décadas passadas ainda nos mostram disciplina, evolução e expressão pessoal. Como a música deixou de ter seu padrão de qualidade de séculos e atualmente passou a ser ridícula? Músicas sem sentido, letras idem, patéticas até. Se você jogar uma simulação de Pro Tools (programa usado em gravação de estúdio) com o primeiro ritmo de bateria programado e tocar 3 notas randômicas no teclado em loop, provavelmente criou um hit instantâneo, só falta pegar um produtor para insistir que aquilo é bom e massificar nas mídias. A qualidade musical tem sido reduzida a algo descendente, com incentivo de produtores que acabaram virando os mandachuvas no cenário musical por arrebatarem quantias assustadoras de dinheiro que vem fácil. Mas quem vai fácil depois é o artista descartável.

A “música breve de massa” flerta com a ausência de realidade, de técnica e, por mais que tenha característica contemporânea, acaba não passando conteúdo construtivo para o público e ainda por cima é nociva a imberbes. No momento que vivemos, onde todos opinam de forma pesada (escondidos atrás da tela do computador), facilita a polarização de opiniões. Não posso tornar lei que uma dance music descartável seja melhor que um clássico do rock, mas se uma delas ficará para a história, nem preciso dizer qual será. A música deve conter arte, beleza, deve ser admirada, situação que fica difícil em meio a mensagens de indignação, ideologia ou política. Para fazer música atemporal, é necessária uma técnica ou conhecimento apurado para isso, senão sempre soará datada. Tocar um pen drive no computador eu também consigo, agora… execute Supper’s Ready do Genesis e veja a incomensurável diferença do trabalho artístico. Quem consome os atuais shows pirotécnicos, é sim um público com uma capacidade de gostar de tudo, de achar tudo legal, maneiro, mas… no fundo não consegue explicar porque é maneiro ou legal. Falta embasamento e a resposta sempre fica evasiva. Se não concorda, não precisa demonstrar seu desprezo raivoso no comentário abaixo, apenas se manifeste.

Sim, existem muitas músicas modernas excelentes, mas porque (meu Deus?) existe tanta coisa vazia sendo patrocinada, empurrada, forçada por produtores que visivelmente usam um método descartável de música para as massas? Não há como achar bonito uma bateção de estaca ou um funk berrado com luzes piscando na praia, ver uma multidão pulando e… ok, talvez se você tiver 20 anos, com os hormônios em polvorosa e solteiro, mas… isso passa! Já tentei perguntar para conhecidos intelectuais da música o que há de legal, cultural, positivo ou relevante em um evento de luzes piscantes, público desconexo, som embolado e absurdamente alto, sem segurança e que sinceramente zombam do meu cérebro. Geralmente ouço respostas que soam arrogantes, superiores, com grande eloquência de nada e não vejo muito fundamento para que eu possa entender.

A interpretação é longa. Conhecimento pode ser traduzido como eloquência, habilidade, execução, afinidade…

Quanto mais conheço músicos habilidosos, virtuosos, que fazem lindas e majestosas composições, mais vejo que seus shows são intimistas, precisam apenas de contato, de entendimento, de inspiração deles e do público, que todos estejam sintonizados, em uma só língua. Até quem não entende e cai de paraquedas, percebe a catarse do ambiente. Já em um mega evento de luz e som, é só você pisar no ambiente que vê pessoas que pouco olham para o palco, não entendem o que a música significa, estão ali por estar, porque (disseram que) é legal, porque “todo mundo vai”. Usando um termo do filme Tropa de Elite “cada cachorro que lamba a sua caceta…”, só para exemplificar que cada público tem a música que merece. Parece que as luzes se agitam mais quando precisam esconder os acordes em desarmonia que geralmente soam com vozes e gritos randômicos, por muitas vezes desafinados. Parece que as luzes vem para diminuir a dor da falta de capacidade em transmitir a música. Já me disseram que a música contemporânea reflete a sociedade, cultura e pensamento, mas… por que isso logo agora? Por que durante séculos, décadas, a música era tão boa e agora carece do mínimo de arte? É difícil acreditar que algo mereça crédito se é tão subjetivo e frio. OK, eu não vou elogiar o que não considero musical, apenas argumentarei objetivamente que bateção de estaca e acordes eletrônicos quantizados não são música concebida para seres humanos porque é tosco, sem construção, forçadamente pretensiosa. Ao mesmo tempo que a procura pela música clássica, tradicional (como manda a cartilha) tem aumentado graças à internet, a explosão de músicas vazias também tem sido cada vez maior, porém caem em desgraça na mesma velocidade que subiram. Um abraço caloroso ao “Gangnam Style”. A música ruim degrada a sociedade, sendo espalhada por pessoas que não respeitam a arte, justamente por massificarem algo que é ruim para a evolução coletiva.

Quanto mais pirotecnia nos shows, maior a distração sobre o que realmente deveria ser importante no evento: a música, a letra, o leque de ideias e harmonias. O que se vê são repetições, temas cada vez mais parecidos e letras que qualquer criança entende. As músicas estão ficando iguais, cada vez mais altas, sem dinâmica, super comprimidas e com tempo limitado. Dr. Ricardo Figueiredo, um brilhante músico e otorrinolaringologista, publicou com sua equipe um excelente artigo sobre os efeitos nocivos do som alto diretamente no ouvido, característico na atual juventude. Não é crítica preconceituosa, é realidade! Ande de ônibus, vá ao shopping e verás uma horda de adolescentes e jovens com fones de ouvido totalmente alheios à realidade! Produtores já fazem música especificamente para a geração mp3, que tem uma atenção de peixinho de aquário (a capacidade de atenção caiu de 12 segundos em 2003 para 8 segundos em 2013, um segundo a menos que o “attention spam” de um peixe de aquário). Ou seja, esses produtores, já sabendo disso, fazem músicas com ganchos a cada 7 ou 8 segundos, com uma qualidade sonora ribombante, para soar grandiosa em fones de ouvido (daí o uso excessivo de compressão), e não pode perder tempo até chegar o refrão. Dr. Luke, produtor que se diz fã de Duran Duran e Tears for Fears, acha que essas bandas tinham um defeito grave: demoravam muito a chegar ao refrão. Antigamente, as músicas pop tinham introduções mais longas para que os DJs das rádios pudessem falar por cima e fazer os anúncios. Hoje já acabou. Uma matéria do The Wall Street Journal mostra que, de 25 canções do topo da parada, apenas 4 tinham introdução maior que 10 segundos, e 8 nem introdução tinham, já começavam com vocal (informação imputada pelo grande professor de música Erick Leal).

Chick Corea Elektric Band. O máximo de luz que precisa é o que você está vendo. O que importa vem da música que eles emanam.

O artista de massa perdeu a identidade com o estilo. Hoje se “ouve” uma música na rádio e você só saberá quem é o “artista” se o locutor falar, porque a identidade está cada vez mais apagada, com adaptações toscas e originalidade minguada. Os mesmos produtores comandam variados artistas, estrangulam sua originalidade, monopolizam o mercado da música para empurrar seus temas pegajosos e descartáveis. No início das multidões em shows, anos 60, era preciso ter algumas habilidades práticas para entreter o público (leia-se capacidade musical), enquanto hoje o público parece estar num liquidificador. Enquanto alguém estiver pulando em frente a luzes brilhosas, cantando frases de adestrar macaco, mais a humanidade perderá a sua essência. E que venham os meteoros!

55 comentários sobre “A estreita relação entre o músico e seu público

  1. Meteoros por que? Só li verdades. Ótimo texto como sempre. E o meteoro que estou aguardando é pra acabar com essa bagaça e dar reboot, porque isso aqui não tem mais jeito não.

    1. Gênio colaborador dessa edição! Esse pensamento nosso reflete o que a música nos traz, pelo menos é dessa maneira que eu vejo. Continue com a inspiração e expiração musical de sempre! Capitão!

  2. Texto ao qual concordo com o ponto de vista do autor. O show que mais me “hipnotizou” não tinha produção de luzes nenhuma…eram apenas 3 caras tocando o mais puro rock and roll. Richie Kotzen em 2010 no Rio…

    1. Sim, e eu estava lá contigo! Se eu quero ver um show de música, eu procuro a música no mais próximo da sua essência. Se eu quero ver luzes, tanto faz se irei ao reveillón em Copacabana…

  3. Excelente… O que observamos hoje em dia, é o adestramento de animais BURROS por parte dos Smartphones, Computadores etc… Desde que a internet, logo as redes sociais viraram o mundo real (e não o que de fato vivemos rsrs…) A cultura está em uma queda livre rumo ao infinito fundo do poço… Quando achamos que não tem como baixar mais o nível, somos surpreendidos… É tão fácil divulgar, gravar em casa, que as pessoas não têm acesso mais a música de qualidade. Talvez pelo simples fato dos idiotas terem ganhado voz com essa globalização aí rsrs… Está tão acessível, que o “grande filtro” (tirado do paradoxo de Fermi rsrs) já não atua como antes… Mas as “civilizações inteligentes” estão perecendo….
    Mas somos a resistência, Márcio Costa!!!
    Como você diz: “Vamos beber, porra” *Com vírgula, é claro…

    1. Mestre Magão, o homem que salvará a música do Sul Fluminense! Não me canso de dizer isso… então, sua resposta foi sensacional, inclusive citando o paradoxo de Fermi, que é outro assunto que eu adoro! E, sim, somos a resistência! E se ela queimar, a gente compra outra na loja de aparelhos elétricos.

  4. Só você mesmo Márcio!!!
    Tem que ter “muita paciência” para escrever e teorizar sobre isso. Desabafo ne?
    Minha reação a tudo isso? Simples: vou ver o Loccanda.
    Gasta seu tempo com isso naum “meu bom amigo músico de verdade”
    ABS
    Cotia Zepp

    1. heheeheheh, é que explode, não tem jeito. Você vê uma horda pensando igual a você e seguramos a onda por causa do politicamente correto; quando você expõe, vê que realmente muitos concordam! E é um assunto polêmico sim e que eu deveria ter seguido o seu conselho de deixar pra lá… mas eu consigo? hehehe, abraço, grande Rickenbaker man!

  5. Hehhe, não sendo o meteoro da paixão do LUAU Santana, o resto tá de bom tamanho…
    Irrepreensível, professor! As always. Magnífico brainstorming catártico e Antártico. Bora beber, filosofar e oprimir, ora porra!

    1. heeheh, agora o Luã é révi métal! Valeu Brain! Ou seria Storm? Vamos beber mesmo! o foda é que ambos tem que pegar estrada pra isso! E a opressão? Essa aqui já foi sensacional! Imagine 2018, heeheheh

  6. Sábias palavras, estamos vivendo tempos difíceis em todos os aspectos, mas vejo uma luz no fim do túnel.

    1. Meu belo baixista, lembre-se que quando nós morremos, também vemos a luz no fim do túnel! hheeheh, pergunte a quem já viveu essa experiência de quase morte. Salve-nos com seus licks geniais de baixo no Púbis77!

  7. Caro Marcio,

    Seu texto pôs em palavras muito do que passa pela minha cabeça quanto vejo e ouço esse conjunto de sons que tocam sem parar nas rádios ou festas por aí a fora. Às vezes penso que deve ser sinal que estou ficando velho!!! lembro do meu pai falando que a barulhada que eu ouvia não era música, ele ouvia Glenn Miller, Sinatra e outros bacanas do tipo (que também gosto) eu ouvindo um Led ou Deep Purple, hoje ouço estes ruídos digo a mesma coisa! mas cara, tá doído o negócio!!!!!

    Vejo minhas filhas(5 e 3anos) se deleitando com Bohemian Rhapsody do Queen pedindo pra aumentar na hora do “Scaramouche! Scaramouche!
    Will you do the fandango?” ou “Galileo!!!” e se acabando com o decorrer da música me deixa cheio de orgulho assim como fico boladaço quando elas pedem pra não tirar (porque tiro!) quando toca uma música que não sei de quem é, veja só, mas fala mais ou menos assim – ” cheguei, cheguei chegando…” e chega, vc entendeu!!

    Me parece que tudo ofertado na mídia agora é vazio e instantâneo, trangênico, transgênero, sem gosto, sem forma e no final sem graça.

    Obrigado por registrar este momento da história!!!!

    1. Boa noite, Fred. Vc deve se sentir muito orgulhoso e feliz ao ver uma cena dessas:
      “Vejo minhas filhas(5 e 3anos) se deleitando com Bohemian Rhapsody do Queen pedindo pra aumentar na hora do “Scaramouche! Scaramouche!
      Will you do the fandango?” ou “Galileo!!!”
      Sensacional!!!!

    2. Frederico Silva, V.Sa. sabe que muita da inspiração para estes textos já vinham desde aquelas festas do Méier, eheheeh… então, valeu mesmo pelas palavras, muitas delas mais sábias que as que tentei prover! Imprimirei e farei um quadro para refletir sobre o assunto. Gênio! Tô no devo da cerveja.

      1. Então, Prof. Thiago… vamos fazer filhos, ora porra! ehehehe… manda ver aí que eu tento por aqui!

    1. Nunca tentei… depois te falo como foi, Jão. Abraço e obrigado pela consideração e respeito!

      1. Hehhe, liga não…na ausência de argumento e sobra de opressão, eis a reação! E, de tomar na bunda, esquerdopata entende, por isso recomendam tão categoricamente…

    2. “Caminhando e oprimindo e seguindo a canção…somos todos iguais, menos o tal do Jão… vem, vamos embora, que xingar não é saber…quem sabe, vai pra obra, não espera aprender a ler (bis)”

      1. Geraldo Vandré é de uma autocomiseração antiestética e maníaco-depressiva digna de pena e vergonha alheia: MERECE ser zoado e parodiado, assim como os Xicos Bluarghs (este, um cadáver ainda insepulto, nos estertores da síndrome de resgate ideológico da qual padece) e afins.

  8. Primeiramente saudações ao povo do Sul Fluminense que tem pintado por aqui. Belo texto Márcio. Concordo e entendo perfeitamente seu desabafo. Infelizmente vivemos a decadência do mundo em diversos aspectos, sejam políticos, sociais, culturais, ambientais, etc. O auge já passou faz tempo.E na música o que se passa é isso mesmo, acredito que hoje em dia ninguém com menos de 30 anos pare pra escutar música, de sentar pra ouvir música e só fazer isso, prestando atenção. Música se tornou algo que apenas preenche o ambiente enquanto as pessoas fazem qualquer outra coisa. E quando for pra realmente ouvir, como em um festival, tem que ter uma série de outros entretenimentos como luzes, balões, confetes e drones malabaristas para compensar a falta de conteúdo e profundidade que sai das caixas acústicas.

    1. Obrigado pela saudação, Tiago! Tentei fazer uma análise, mas realmente parece um desabafo, você tem razão. Sim, a decadência é geral. Numa postagem anterior, abordei essa postura perdida de parar para ouvir música, isso já não existe mais. Comentário bacana! Valeu!

  9. É muito triste assinar embaixo de tudo isso que tu disse e atestar que, infelizmente, é a nossa realidade. Explicar por a + b por que tais músicas/bandas/discos de rock e/ou outros gêneros são tão sensacionais, pesquisar a respeito do momento em que o disco ou a música for concebida e tentar fazer as criaturas entenderem por que que eu gosto tanto daquilo e ouvir um “tá, mas eu ouço música pra me distrair, funk é bom pra rebolar a bunda”. E eu bato MUITO nessa tecla de OUVIR música x ESCUTAR música (é uma coisa meio Simon and Garfunkel mesmo, os velhos tinham toda a razão xD)

    Eu sou realmente preconceituoso a respeito disso. Do alto dos meus 21 anos, eu percebo que minha geração é EXTREMAMENTE preguiçosa. Um texto com mais de 2 parágrafos é textão, bíblia e não sei o que, parar pra escutar, procurar pela letra, entender a música é muita mão, é coisa de velho, assistir um filme ou série com áudio original é um saco porque tem que ler… é tudo assim.

    Eu vejo colegas meus de faculdade com dificuldades sérias de absorver um conteúdo e de cara penso “sim né, não é capaz de se aprofundar nem no que gosta, que dirá no que não gosta”, ou penso um “sim né, ouve essas merdas que só martelam a cabeça, só pode ter essa cognição de macaquinho de corda mesmo”. Que nem eu disse, é uma visão bem preconceituosa… mas enfim, baita texto, resume totalmente o que penso a respeito.

    1. Rapaz… esse seu comentário merece ser emoldurado, salvo para gerações futuras lerem que sempre há esperança! Já vieram comentar comigo de quão bom foi seu comentário, parabéns mesmo! O fato de você ter comparado o que nossos “velhos” falavam faz todo sentido! Antigamente, até os carros tinham maior representatividade como peça artística, os quadros, os filmes, a arte em geral. Outro ambiente que você brilhantemente citou, as faculdades, essas então já coloco como praticamente perdidas… mas pessoas como você são nossa esperança de um mundo mais cordial e civilizado. Novamente, meus parabéns!

  10. O quadro apresentado acima é desanimador. Os músicos, sufocados por produtores, se tornam mais do mesmo, sendo impossível identificar quem canta o quê. Não consigo discernir uma dupla sertaneja de outra. Não sei quem é o MC ou DJ que canta a patifaria do momento. Não sei, não sei. Rendo-me: estou ficando velho. Mas há esperança. Outro dia, lendo o artigo do Ronaldo Rodrigues sobre o blues rock britânico, notei que o que aconteceu ali, naquele quando, foi um resgate: jovens com a cara cheia de espinhas ouviram aquelas vozes negras do blues e tiveram um estalo de fascínio. E esse fascínio gerou o tal resgate e a reinvenção. Surge o blues rock e, com isso, a melhor fase do rock. Já contei essa história aqui e a repito: outro dia, lá em casa, me fizeram uma festa surpresa de aniversário. Churrasco vai, churrasco vem, pus algumas de minhas músicas. A minha esposa convidou uma amiga, que trouxe o namorado. A certa altura, começou a rolar “Dragon’s maid”, da banda alemã Wind, gravada em 1972. O namorado dessa amiga, bem jovem, simplesmente parou e encostou próximo à caixa de som. Vi que ele ficou fascinado com aquela música. Para ele soava novidade. Só se ama aquilo que se conhece, pensei. Meus filhos cresceram ouvindo Stevie Wonder, Deep Purple, Led, Janis, Jimi, Santana, etc. E odeiam “funk” carioca (as aspas são para diferenciar do verdadeiro funk de Brown, Clinton, Stone etc). Há salvação.

    1. Belo comentário, Francisco! Acontece a mesma coisa comigo: muitas vezes sou pré-criticado quando me apresentam algo. Geralmente já ouço o bordão “ah, mas você não vai gostar…” não é assim! Sempre estamos abertos a coisas novas, mas geralmente nos 30 primeiros segundos você já tem um feeling sobre o que vem pela frente! Raramente nos enganamos mas, nada substitui a presença do ser humano atrás dos instrumentos! Ótimo comentário sobre o Wind, realmente é assim! Qualquer guitarrista que não conheça o Hendrix (sim, existem milhares), quando você põe um vídeo de uma performance ao vivo e trava o cara ali naquela posição pra ele não desviar a atenção e absorver o vídeo, geralmente tem efeito positivo! O som analógico de poucos recursos e suor, garra em excesso, transparecem pelos alto falantes, é impressionante isso! Dê um instrumento vagabundo para um músico bom para você ver como ele faz milagre! Essa essência do ser humano (e não da máquina que processou) ainda faz toda a diferença! Belíssimo comentário, Francisco! Parabéns!

  11. A discussão é interessante, mas achei seu texto preconceituoso. Ficou parecendo que todo mundo que faz megashow é ruim, que música popular é ruim e que o Rock In Rio não tem valor. Somente um exemplo de diversos preconceitos que encontrei nesse texto. ” mas você não tem um músico amigo sequer que foi ao Rock in Rio? Sim… mas todos foram porque a companheira quis ir, ganharam ingresso ou precisavam levar o filho para “acostumá-los a alguma coisa de rock”. Se fosse por eles, não iriam. Esta é a realidade, let’s face the truth” Na boa, isso é pura dor de cotovelo. Duvido que eles não tenham interesse em assistir artistas do porte de The Who, Aerosmith e Nile Rodgers. E duvido que eles recusariam um convite para tocar no evento. Pelo contrário, iriam e iriam babar ovo na entrevista pós show com olho lacrimejando. Esse papo que foi pra mostrar um pouco de Rock pro filho é balela. Brasil tem show o ano inteiro. Isso é papo de músico que sabe que nunca vai ser convidado para um evento dessa magnitude. Na boa…

    1. AMÉM Davi Pascale!!! Perfeito e corajoso comentário!

      Finalmente um pingo de lucidez no mar de intolerância que desse post, onde até a opressão foi festejada e ainda esquartejando uma belíssima canção que denunciava justamente a opressão!

      Nessa verdadeira caça às bruxas até o posicionamento político de um sujeito MUITO mal educado, e infelizmente sem argumentos, foi farejado sabe-se lá como…

      Até um gráfico de, literalmente, nada por coisa nenhuma foi utilizado para dar ares pseudo-intelectuais a um texto de aparente boa vontade (e de boa vontade o inferno está cheio), mas que acaba condenando o Pink Floyd ao posto das piores bandas que já existiram, afinal, foi absolutamente soberbo em termos de produção visual de seus espetáculos, que superavam em milhas a mera noção de show musical, logo lixo segundo o texto. E o Pink Floyd é apenas um mero exemplo entre tantos outros artistas.

      É bom lembrar que o Geraldo Vandré foi perseguido, OPRIMIDO e obrigado a abandonar a música, sendo esta paródia, nestes termos apresentados, de um mau gosto brutal.

      E se existem esquerdopatas, e existem, e de fato são bem estúpidos, existem também os fascistoides, tão nocivos e estúpidos quanto, e algumas ideias apresentadas aqui relacionadas a polícia de pensamento se enquadram aos dois…

      E muito me espantou ver que o belo texto do Mairon sobre o Rock in Rio precisou de um disclaimer, para dizer o óbvio diga-se de passagem, e deixar claro que aquilo era uma opinião pessoal dele, enquanto esse não possui, dando a entender ser uma opinião do site, o que eu acredito não seja verdade, mas a falta de manifestações contrárias, principalmente dos outros membros da equipe, e o tal do disclaimer, bem, como disse, me espantou muito.

      Tem um pessoal ai precisando refletir melhor sobre o que pensa e consequentemente pensar melhor, além de urgentemente descer do pedestal em que se colocou como guardião do conhecimento e do bom gosto.

      O texto é tão generalista e ainda assim tão cheio de regras que coloca qualquer um em qualquer dos lados da balança, a depender exclusivamente de sua própria vontade.

      Existe muita coisa errada por ai, mas também muita coisa certa, e ainda há o que depende exclusivamente dos olhos de quem vê. É preciso saber distinguir muito bem uns dos outros ou acabaremos destruindo tudo.

      Por exemplo, a meses atrás tinha gente defendendo a aposentadoria compulsória de quem desafina, e agora defendendo que o Axl merece mais respeito e consideração, apesar de algumas escorregadas (pra mim, pela TV, foram além do MEU tolerável).

      Se seguissem essa linha alguém com certeza aposentava o Axl e privava todo mundo que gostou do Guns de uma ótima noite, até chegarmos ao ponto de não ter mais nada pra ninguém.

      Enfim, vamos nos concentrar em sermos melhores pessoas, e torcer para que o exemplo contamina, não ficar por ai cagando regra, principalmente no que diz respeito exclusivamente ao gosto alheio.

      Aproveito o textão, que me prometi que não teria, e registro que fiquei muito feliz em ler aqui e em tão pouco tempo tantas boas referências ao metal extremo, como a ótima resenha do mais recente do Kreator, a perfeita e profunda análise da discografia do Ex Deo, e o injusto apedrejamento do Possessed e do Venom, mas o confete atirado ao Meddle redimiu àquele post.

      1. Serena, continuo muito a fim de ler uma publicação sua pq escreves muito bem. Sabia que teríamos mais uma sessão “serenata de amor”, porque dessa vez foi mais tranquila. Concordo com muito do que escreveu e, claro, discordo de outras, senão não teria graça. Bacana, abraço e até um dia!

      2. enquanto esse não possui, dando a entender ser uma opinião do site, o que eu acredito não seja verdade

        Tudo bem, Serena? Não, este texto definitivamente não representa a opinião da totalidade do site. Obrigado pelo lúcido comentário.

        1. Diogo Bizotto, tudo bem sim, e com você?

          Na realidade sou eu que lhe agradeço pelas suas poucas palavras de esperança, seria muito triste perder um espaço tão bacana de cultura e entretenimento para um discurso tão rasteiro que transforma tudo em inútil bate-boca (é óbvio que não falo do texto em si, mas de como ele conseguiu reverberar em certos seres humanos, que se apresentaram com ferocidade hidrofóbica, mas sem nada a dizer, além de premonições mediúnicas sobre A ou B).

          Um abraço.

    2. Estou por fora. Mas existe algum Megashow decente feito atualmente com um repertório com músicas lançadas de no máximo 10 anos atrás?

      1. O ponto não é esse. Até porque, se não me falha a memória, todos os artistas que se apresentaram com estrutura de megashow no último Rock in Rio tem mais de dez anos de estrada. E o autor deixa claro no texto que ele tem essa opinião desde o início da jornada dele há 25 anos. Ou seja, ele está criticando os últimos 25 anos, no mínimo. Por que digo que o texto é preconceituoso? Vamos lá…

        A comparação de eventos dele não faz sentido. Não tem nada a ver um evento com o outro. Um é um evento gratuito, patrocinado pela prefeitura, voltado aos segmentos de blues e jazz. O outro é um evento com fins lucrativos, voltado ao publico mainstream, focado em rock, pop e MPB. A comparação de artistas também é esdruxula. Não tem nada a ver comparar Sandro Haick (que é sim, um excelente músico, mas não é um gênio como o texto pinta) e Chick Corea com os artistas do Rock in Rio. É como se alguém fosse comentar os eventos do passado e comparasse o cast do Free Jazz Festival com o cast do Hollywood Rock. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Uma provocação sem sentido que sai do nada para chegar ao lugar nenhum.

        O maior problema, contudo, são os argumentos que além de terem sido feitos de maneira generalizada, não possuem relação direta com a qualidade da música. Sim, a qualidade da musica mainstream, de um modo geral, tem caído, mas os argumentos não sustentam. Até porque todas as criticas dele caberiam ao rock também. E, diversas vezes, aos artistas clássicos do gênero. Não dá para associar diretamente tecnologia de show com qualidade da música (como ele faz no gráfico), ao menos que o cara esteja utilizando a tecnologia para enganar o público, mas daí transformar isso numa regra (que é o que ocorre quando se cria um gráfico)… Falar que megashow é para desviar atenção do ouvinte é desqualificar o trabalho de artistas como Roger Waters, Kiss e U2.

        As demais afirmações também não servem como constatação da qualidade de um artista. DJ, quando bem utilizado, pode ser interessante. As bandas brasileiras dos anos 80 contratavam DJs para criarem remixes de suas canções e atacarem nas pistas de dança para chamar atenção do publico. Alguns DJS ajudaram a modernizar o som de alguns artistas (caso de Meme e Lulu Santos). Alguns artistas mesclam DJ com banda para criarem um som diferenciado. Isso ocorre até na MPB. E não é de hoje. A Céu faz isso desde 2005. O trabalho dela é extremamente reconhecido, gerando até turnês internacionais.

        Não, discurso político, não desqualifica trabalho de ninguém. Não faltam artistas com postura política explícita dentro do rock. Seja nas letras de suas músicas, seja ao defender uma ideologia, seja ao criar um evento. Não, você não precisa ter técnicas ou conhecimento apurado para marcar algo. Chuck Berry mudou o rock n roll e não era um exímio músico. Kurt Cobain é um ícone dos anos 90 e nunca chegou perto de ser um virtuose. Respeito quem leva o estudo à sério. Tanto que estudei em conservatório de música, mas isso nunca foi regra dentro do rock n roll e da música pop.

        Ainda existem ótimos artistas, mesmo na cena pop (Adele, Joss Stone e Alicia Keys são alguns exemplos), mas sim, há muitos picaretas. Mas isso sempre foi assim. Principalmente, quando o estilo está em evidência. Quem não se lembra do Milli Vanilli que até Grammy levou?

        O ataque à dance music é nonsense. E, sim, já teve influencia no rock. Que pode ser avaliado desde os tempos da disco music (a dance music dos anos 70) em sua influência em grupos como o Blondie, passando pela psicodelia do Primal Scream no seu Screamadelica ou até mesmo nos discos que os artistas de rock criaram no início dos anos 90, mesclando os dois universos (U2, Cult, Simple Minds, Def Leppard, etc). Os músicos do U2 já reconheceram isso em documentário.

        Por fim, o meu primeiro comentário não foi para desrespeitar ninguém, mas é um fato. Até porque o lineup do Rock in Rio não é formado somente por artistas pop´s e DJ´s (que nem me recordo se teve nessa edição). Sempre tem artista de responsa no meio. E o evento tem uma estrutura que nenhum outro evento tem no Brasil. Posso afirmar isso porque já estive presente em edições do Hollywood Rock, Lollapalooza, Monsters of Rock nos anos 90, Monsters of Rock agora, Live n Louder, Nescafe & Blues e o próprio Rock in Rio. Nenhum desses eventos chega perto do Rock in Rio. Sem contar que se apresentar no festival dá uma puta projeção. Por isso que estou falando que músico que afirma não ter o menor interesse no evento é pura dor de cotovelo. Até porque sempre tem artistas icônicos no meio do cast.

        Por último, o texto comete o maior dos pecados ao colocar a música virtuose acima de tudo e de todos. Papo antiiiiigo, mas extremamente simplista. São apenas formas diferentes de arte. Compor uma música pop bem feita não é algo fácil também. Ambos os formatos devem ser respeitados. Por isso, que eu digo, a discussão é interessante, o texto dele está bem escrito, mas ele se perde nos exemplos esbarrando no preconceito diversas vezes.

        1. Preconceituoso? Eu? Ok, Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é. Beijo no ombro.

        2. Davi Pascale, novamente perfeito seu comentário!

          É possível identificar com absoluta clareza a refutação dos principais pontos falhos argumentados no texto, com precisão cirúrgica no ataque às ideias, e toda cordialidade necessária para deixar claro que não é um ataque ao autor.

          Agora, qual o preconceito que o Davi Pascale cometeu? Porque eu realmente não vi, e se realmente o há eu quero saber qual foi, para não o reproduzir por ai.

          São risíveis algumas situações ocorridas de “eu sei, mas não vou dizer”. E esse papo de “se não gostou faça melhor” implícito ou explícito, é ridículo e infantil.

          Primeiro porque não tenho a obrigação de fazer melhor para saber que algo está errado. Isso impossibilitaria o próprio viver em sociedade. A comida do restaurante está ruim? Não reclame com o cozinheiro, vá para casa e faça melhor! O prédio está rachando porque a fundação foi mal feita? Fique quieto e faça melhor! Não concorda com o que foi escrito… bem, acho que está claro aqui.

          Segundo que eu não faço parte da equipe, e até onde eu saiba você não é o dono para me incluir e ficar me cobrando isso ou aquilo, se fosse, pelos últimos episódios, eu jamais aceitaria. Também não tenho interesse em criar um site, e provavelmente se eu tentasse descobriria que não tenho o talento para criar algo tão bacana como esse, e tantos outros que acesso. Agora isso NÃO me coloca numa posição de inferioridade, nem me obriga a ter que aceitar tudo o que me dizem, assim como não obriga a ninguém.

          Terceiro, não tenho matérias no site, mas acredito que, como público, colaboro com o mesmo. Colaboro com meus acessos, dando minha audiência, meu apoio, gastando meu verdadeiramente precioso tempo. Leio todas as matérias, inclusive as que aparentemente não me interessam, como as de bandas que eu não gosto. Ainda assim vou lá prestigiar ao autor e ver se descubro algo novo, que me faça reavaliar, ou ao menos dar uma nova chance àquele material, que previamente não gostei. Acredito que essa é a minha maior e mais valorosa colaboração e a grande finalidade do site, a minha audiência, assim como a de todos os leitores.

          E finalmente eu acredito que colaboro com o site publicando e compartilhando meus poucos comentários, que para o bem ou para o mal são geralmente extensos, mas que tento deixar bem claro qual o meu feedback, a minha opinião. Tento contribuir com o debate naquilo que acho pertinente.

          Não que eu espero convite para beber e oprimir, mas todos que concordaram são gênios da raça e foram exaustivamente incensados, já os que discordam são esquerdopatas, preconceituosos, invejosos, ignorantes e enjoam logo. Não parece muito equilibrado.

          Acredito que não pode se pode sair enxotando os discordantes, como foi tentado, só faltou puxar cabelo e xingar a mãe. Assim como eu discordei e expus minha opinião, muitos discordaram em silêncio, e ao lerem a reação é claro que ficam inibidos de se exporem agora ou em outra situação.

          Até quantas horas de show eu tenho parecem saber! Mesmo não dizendo que o fascismo é isso ou aquilo eu apontei errado! Assim fica difícil dialogar. Assim como fica impossível concordar ou discordar de argumentos ocultos.

          Nem o Anônimo, que por vezes é bastante duro, ataca diretamente uma pessoa, seja redator ou leitor.

          E se você realmente está tão interessado em minha opinião, e em um texto meu, bem, ele está por ai, justamente na forma de comentário, que é espaço que cabe ao público. Geralmente extensos o suficiente para você e qualquer um saber o que eu penso sobre os temas. Agora se você não quer, e foi só irônico, não peça mais, porque eu posso cometer o pecado de continuar comentando, concordando ou discordando.

          Enfim, o texto foi muito bom pela proposição do tema, mas tem todos os problemas apontados nos dois comentários do Davi Pascale. O único problema foi a recepção, que não foi a altura das possibilidades e impediu o prosseguimento na conversa. Na torcida de que da próxima vez façamos todos melhor.

  12. Heehhehehe, ai-ai… Tem que ter a tradicional lacradinha como contraponto patético, senão não tem graça! Como é GOSTOSO assistir ao desespero da minoria oprimida e mimizenta… Aproveitem enquanto podem até ano que vem, porque já tá ficando feio!

    “Eu tava à toa na net / e um textão me brotou / pra nesse blog lacrar/ pena que não adiantou”
    (modo Chaves-repeat ligado: MIMIMIMIMIMIMIMIMIMIMIMI)

    1. Tá legal mais você tem algum argumento? Se tiver pode ser uma boa hora para usar, porque me ofender não vai funcionar, porque eu não lhe conheço, se eu lesse sobre sua morte no jornal eu não seria capaz nem de relacionar seu obituário com seu apelido, eu simplesmente não dou a mínima pros seus chiliques, mas se você for capaz de algum argumento eu gostaria de saber.

      E eu não sei se você entendeu o texto com o qual diz cegamente concordar, mas quem começou o choro do mimimi oprimido foi o Marcio Costa, que veio reclamar da opressão que ELE sente, implorando ainda por não levar pedradas, o problema foi que ele propôs mais opressão para acabar com a dele.

      E MARCIO COSTA, que pena que desta vez você apelou para o lado zorra total da força. Em seu último post não concordamos muito de início, mas acho que chegamos num lugar bacana com a conversa, e eu gostei bastante do diálogo, dessa vez, serenata de coco queimado? Eu não sei se vocês sabem, mas “Costa” e “Skarilha4” também abrem bastante espaço para piadinha sem graça. Vamos nos poupar (e aos que lerem) disso.

      Como vocês e outros reclamam que querem elevar o nível do mundo e quando tem uma oportunidade me descem até o ponto da mera ofensa pessoal a uma pessoa sem rosto.

      Vamos elevar o nível pessoal, na minha opinião isso é até um desrespeito não a mim, mas a esse espaço tão legal que permite uma rara e genuína troca de ideias, e um desrespeito também a quem lê e espera uma boa discussão, um bom diálogo e encontra só esses relinchos.

      1. Argumentos eu tenho de sobra, MAS (e não MAIS, como escreveu: vá aprender o beabá da ortografia e gramática, entre uma lacrada e outra) não vou desperdiçá-los aqui com você. Convenhamos…

        E assim que adquirir metade do estofo e da bagagem intelectual/musical do Márcio Costa, com igual ou comparável número de horas-show (seja como músico ou como espectador), aí então tenha a pretensão de dar pitaco à altura, ao invés de destoar dos demais que arremataram e complementaram com tanta propriedade e conhecimento de causa tudo o que ele escreveu neste blog até hoje, porque ENTENDERAM e alcançaram o que ele quis expressar.

        Aproveite e se informe melhor sobre o que de fato foi o fascismo, só pra não dar vexame e continuar engrossando o coro dos descontentes acéfalos que soa cada vez mais desafinado, ok? Fica a dica.

      2. Engraçado que.os que mais criticam, não publicam. Repito o que já escrevi várias vezes: publiquem também suas opiniões, porque só criticar é fácil. Gostaria bastante de ler um texto gerado do zero, do nada,.inspirado e sem “preconceitos”. Bora lá publicar! Beijo do Gordo, wow!

        1. É… Pelo visto você só quer nego concordando com você em tudo. Ok, me retiro do post. Abraço.

          1. Não precisa de uma atitude infantil dessa. Mas fica tranquilo que também não posto mais nada. O blog só perde com isso.

          2. Marcio Costa, “Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é.”, nem sempre isso é verdade, mas agora…

            Calma lá, você e seu jagunço ouviram uma crítica construtiva e muito civilizada, não concordou com ela e não refutou o argumento, começou a botar apelidos, fazer musiquinha, chamar disso e daquilo, agora acusa aos outros de infantis e diz que vai embora?

            Faz favor né?! Respira, fica calmo e repensa.

  13. “Depende de nós / se a música ainda tem jeito / apesar do textão que foi feito / se a mina sobreviveráááá / ou se vai mesmo se suicidar…”

    1. E a canção continua, dessa vez a letra original vem bem a calhar:

      “…depende de nós / que o circo esteja armado / que o palhaço esteja engraçado…”

      kkkkkkkkk

      1. O jagunço (com muita honra!) que vos fala é uma pessoa real, com opinião própria, não um perfil masculino fake criado apenas pra concordar consigo mesma nos comentários do blog, por pura falta de ibope favorável e também exclusivamente no intuito de espezinhar o autor do artigo em dupla, sabe-se lá com que obscuras e doentias motivações pessoais.

        O circo já pegou fogo, o(a) palhaço(a) já se descabelou, trancou camisa-de-força, levou dose cavalar de Rivotril pra serenar a neurastenia galopante e, nem assim, teve o semancol (muito menos o desconfiômetro) de sair de fininho pra não passar vergonha ao ser desmascarado(a) de vez. Um negócio meio bipolar mesmo, obsessivo, pra não dizer totalmente esquizofrênico…

        Então agora chega de bater palma pra maluco(a) dançar, né? Vá baixar noutro terreiro, Egum! Faça-nos este obséquio, poupe os leitores deste triste e dantesco espetáculo. Esse lance de ler Clarice “Clispéctoris” (ou seria clispectóris?) e achar poético mesmo sem entender LHUFAS do que leu, pode comprometer a sanidade mental. Ela própria, Clarice, dizia que nunca relia nada do que já havia escrito: sendo assim, cuidado com a maldição do textão, hein?! Quem avisa, amigo é…

        1. Olha só Skarilha, você se perdeu completamente, se quiser ler com atenção aos comentários verá que a única pessoa com quem concordei foi o Davi Pascale, que deu sua opinião antes de mim, e com a qual concordei plenamente. Ele não é fake, inclusive faz parte da equipe do site.

          A única pessoa que concordou parcialmente comigo em alguma coisa foi o Diogo Bizotto. Ele também não é fake, e também faz parte da equipe do site.

          As outras únicas pessoas que interagiram comigo foram o Márcio, que ao invés de dialogar preferiu apelidar e ridicularizar, o que achei verdadeiramente uma pena, porque da última vez apreciei bastante o debate. E por fim você, que preferiu ocultar seus argumentos, mas musicar várias ofensas e premonições infundadas.

          Ademais, jamais espezinhei ninguém, apenas expus com clareza e firmeza minha opinião, mas com respeito e educação. Se quiser me mostrar onde eu, sem provocação e gratuitamente, faltei com respeito, terei verdadeiro prazer em me desculpar.

          Agora, você age como se opinião só deve ser respeitada se for igual a sua, do contrário é burrice, fake e doença…

          Se você quiser dialogar tudo bem, sem ressentimentos, não vou me estressar com bobagem, águas passadas. Se quiser manter sua postura atual, tudo bem, não vou me estressar com bobagem…

          1. Ok, ok. Melhor não contrariar.
            Na próxima a gente bota aqui nome completo, CPF e IP, se é que ainda não ficou claro o bastante pra todo mundo de quem se trata…

  14. “você não tem um músico amigo sequer que foi ao Rock in Rio? Sim… mas todos foram porque a companheira quis ir, ganharam ingresso ou precisavam levar o filho para “acostumá-los a alguma coisa de rock”. ”

    Não sou um músico profissional, mas tenho banda, componho música autoral e fui no Rock in Rio por conta da oportunidade de ver o The Who ao vivo e a cores, independente do tamanho do palco, das luminárias, da tirolesa, ou qualquer outra coisa. Não iria no Rock in Rio só para ver o palco, com certeza!

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