O que se pode aprender ao encontrar seus ídolos?

O que se pode aprender ao encontrar seus ídolos?

Por Marcio Costa

Em 1981, Neil Peart do Rush escreveu em “Limelight”: “eu não posso fingir que um estranho é um antigo e aguardado amigo”. Por mais que as palavras soem duras, na maioria das vezes você se enche de ansiedade por encontrar seu ídolo e acaba se decepcionando, achando-o por muitas vezes arrogante ou indiferente com sua dedicação. Mas, graças a Sandro Nunes (o famoso Sandrão da SNS Produções) e Luciano Alf (Escola de Música Luciano Alf), relatarei brevemente a maioria das experiências que vivi com muitos ídolos meus, momentos os quais devo estritamente a eles.

Tentei ser guitarrista durante anos, até perceber que realmente eu não dediquei tempo suficiente para me tornar relevante ou sequer tive talento nato para tal, mas acabei me arriscando durante um bom tempo no instrumento. No ano de 1987, comprei uma revista Guitar Player numa tabacaria (era algo extremamente raro de conseguir comprar no interior do Rio de Janeiro), li uma aula de guitarra com um tal de Paul Gilbert que até hoje está estampada no meu cérebro. O breve currículo dele apresentava que “havia ganho o prestigiado LA Guitar Wars em 1985 aos 19 anos e era guitarrista do Racer X”. Nunca havia escutado a banda, mas consegui o vinil emprestado com um amigo e fiquei embasbacado com a técnica dele. Eu estava acostumado a ouvir rádio, rock nacional, então o impacto foi abissal, principalmente na diferença de abordagem na guitarra em relação a tudo que já tinha ouvido até aquele momento. Deste dia em diante, Paul Gilbert virou minha referência, meu primeiro guitar hero e até hoje permanece assim.

Em 2014, finalmente apareceu ao acaso uma oportunidade única, de acompanhar o meu ídolo durante poucos dias de sua turnê como tradutor e motorista, ambos de forma breve e ocasional. Segui o Paul em Guarulhos, São Paulo, Rio de Janeiro, Volta Redonda e Cachoeira Paulista onde pude desfrutar de uma breve vivência MUITO interessante. Quem vê os vídeos dele ou é familiar à sua carreira, sabe do grande senso de humor que ele demonstra, mas… será que pessoalmente seria assim? Pois é, encontrei um profissional extremamente sério, exigente, que incrivelmente ficava nos quartos de hotel treinando guitarra (como assim? Precisa?), trabalhando com afinco em seus materiais e com regras que, para músicos amadores (me incluo), podem soar como exageradas: ele não queria ouvir qualquer tipo de música para não influenciá-lo nas composições de seu novo CD (estava gravando o Stone Pushing Uphill Man), ficava visivelmente incomodado quando os profissionais escalados para o evento se mostravam incompetentes e era duro com quem falhava com ele. Os únicos momentos em que vi um Paul tranquilo foram nas refeições, as quais ele interagia de forma descontraída. Mas, nossa… esse é o meu ídolo? Pra manter essa reputação, pode ter certeza que sua determinação e empreendedorismo foram (e são) determinantes para o artista Paul Gilbert ser um ícone no mundo da guitarra. Ficou claro que não é fácil ser quem ele brilhantemente é.

Paul Gilbert em Volta Redonda/RJ com um papagaio de pirata, que é este que vos escreve

Talvez essa breve convivência com meu ídolo-mor da guitarra tenha sido determinante para eu entender de uma vez por todas a separar o artista da pessoa. Foi a melhor lição que tive, dentre tantas outras que aprendi com ele. Aliás, alguém aqui tem dúvidas de que o Kiko Loureiro hoje está no Megadeth só porque ele é bom? Existem milhares de guitarristas bons e o Kiko é sem dúvida um BELÍSSIMO exemplo de boa administração de carreira. Se hoje está no Megadeth, é porque merece, batalhou por isso e fez jus. Nem preciso recomendar o DVD White Balance do Kiko Loureiro para entender o quão dinâmico e merecedor de sua posição ele é. Em algumas ocasiões que estive com ele, por vezes seguidas ouvi o comentário de fãs de que ele era um cara “estrela”, mas estando ao lado dele, você percebe a timidez e a concentração com as quais ele guiou sua carreira. Nós no Brasil temos uma tendência a achar que os artistas nos devem seu sucesso e que devem se ajoelhar perante nós, o que é uma característica latina de proximidade. Com certeza o Kiko não deve passar por isso na Finlândia.

Em 2015, meses depois da turnê de workshops do Paul Gilbert pelo Brasil, recebo o comunicado do produtor Sandro Nunes de que o Marty Friedman estaria fazendo uma turnê de workshops pelo país e que ele me escalava naquele momento para acompanhá-lo e ser seu tradutor Brasil afora. Parecia surreal, mas tudo começaria novamente! Devido a compromissos profissionais, não pude aceitar por completo o convite do Sandrão, mas ajudei como pude, fazendo o primeiro contato telefônico com o Marty, recebendo-o no aeroporto e participando dos 3 eventos na cidade de Volta Redonda, Vila Velha e Barra Mansa. Será que eu encontraria um Marty Friedman, aquele mito que gravou o Rust in Peace, do Rock in Rio II, com um posicionamento artístico diferente do que eu já havia presenciado em outros ídolos? Não deu outra… conheci um artista extremamente rigoroso com tudo que estivesse relacionado a seu nome, acompanhando cada passo da turnê com olhos de águia, dando opiniões, extremamente assertivo quando precisava ser e com um profissionalismo que nós deveríamos bater palma de pé durante horas! Entendi, passaria por mais uma lição de vida profissional…

Levando Marty Friedman pra dar um rolê na praia de Vila Velha

No breve período que estive com o Marty, ele se mostrou um verdadeiro empresário ocupadíssimo de sua própria carreira: fazia seus próprios contatos, usava em tempo integral seu notebook para se comunicar com o Japão, gravou no excelente EME Estúdio do Rio de Janeiro alguns programas que estava a apresentar no Japão, ficava atento em tempo integral para bloquear qualquer tipo de ligação de seu nome com sua ex-banda entre outras ações que o tornam uma pessoa bem ocupada. A confiança que ele depositou na equipe da SNS, incluindo o lendário Juan Sotelo (guitarrista carioca que o acompanhou durante todo o restante da tour) foi impressionante. Descer em um país do outro lado do mundo, sem equipamento algum, sem conhecer as pessoas que trabalhará, daria medo no mais incauto músico do mundo, porém não foi barreira para seu profissionalismo. E, mais uma vez, ao perceber o quão se deve levar a sério uma carreira vitoriosa na guitarra, eu ia desanimando da minha carreira de guitarrista. Durante meu tempo como músico, apesar de ser meio maníaco e treinar com afinco para algumas apresentações, não é só isso que o tornará um bom músico. Tanto o Paul quanto o Marty sequer demonstraram preocupação com a maneira que o amp estava regulado (percebi até em algumas apresentações que os cabeçotes tinham regulagens diferentes, porém o som era SEMPRE o mesmo!), sendo que o Marty nem trouxe guitarra ou pedais! Mas como o cara tira aquele som de um equipamento que não é dele? Não é de um captador com bobina enrolada em Israel por monges beneditinos, ou da guitarra com madeira da cruz de Jesus ou do amplificador com válvulas da NASA que o seu som ficará fodão. Meu irmão, esses caras tiram som de pedra… é inacreditável.

Na minha modesta opinião, o guitarrista brasileiro que sempre tive muito prazer em ver ao vivo é o Eduardo Adanuy, e esse sentimento é quase que uma unanimidade entre os rockeiros em geral. Simpático, atencioso, “rock’n’roll pra caralho” (como ele mesmo afirma), visual hard rock eterno, além de tocar com muito tesão tudo que encara. Rapaz, de todos os guitarristas que tive o prazer de seguir, sem dúvida o Edu é o que mais te faz sentir parte integrante do cenário, que tem um papo abrangente, com proximidade, além de possuir uma execução divina. Com nenhum outro guitarrista (e olha que estamos falando de artistas internacionais) eu pude tomar cerveja, dar risada e me sentir super bem de ser músico como nos poucos momentos que estive com ele. Uma raridade conseguir conciliar a vida normal com a vida em Marte. Porque, na boa, o Edu só pode ter vindo de lá…

Aquele momento em que você se pergunta “como que me deixaram sentar aí?”: em sentido horário temos Eduardo Ardanuy, eu, Anderson Zappa (que além de brilhante professor da Escola de Música Luciano Alf, acompanhou o Paul Gilbert durante toda a turnê como braço direito) e o luthier mágico Ivan Freitas da Music Maker.

Essa foto acima intimida. O papo que estava rolando era de muito alto nível e, ou você encara e se nivela no papo, ou tranca e fica quieto! A noção de mercado e informação musical que esses cidadãos/músicos/artistas têm, é de cair o cú da bunda. Espero estar passando a informação neste site de que uma situação como essa é o momento certo de absorver informações e não de ficar tietando. Lembre-se, o artista não precisa considerá-lo como um amigo de longa data… ah, e vida longa a Eduardo Ardanuy, patrimônio nacional da guitarra. Toca o hino nacional aí que ele merece, vai… e comprem o ótimo CD Electric Nightmare, se é que hoje ainda se compra CD, mas isso é outra história.

Nosso baluarte da harmonização, Nelson Faria. Toda vez que ele pisa por perto eu apareço pra vê-lo tocar.

O Vaticano pode ter o Papa, mas em se tratando de harmonia, o Papa é Nosso! Nelson Faria é disparado um gênio na harmonização, além de ter livros que são referência no assunto. Se você é guitarrista e não está familiarizado com o Nelson, deveria… executa com maestria desde jazz, samba, rock (já tocou com a Cássia Eller) e atira pra todo lado com precisão de sniper americano com lentes Zeiss. Tive o prazer de ver workshops, shows e até a oportunidade de jantar com uma de suas bandas, o Nosso Trio. O conhecimento que esse artista pode te passar é tão abrangente para a música que transcende a guitarra. Apenas lembrando que é essencial enveredar por outras áreas além da sua preferência, senão você vai tocar igual a milhares de outros guitarristas. De uma salada de influências, você criará o seu tempero e poderá se diferenciar na multidão. Bom, eu não consegui, mas sei que é assim. Comprem os livros do Nelson e estudem ou vá a qualquer escola de música que com certeza você encontrará um lá. Esse Professor (com P maiúsculo) também tem um excelente canal no Youtube, o Café Lá em Casa, vale a pena se inscrever! No nosso papo, ele sabia transitar no assunto Eddie Van Halen até citação de músicos brasileiros que eu deveria me aprofundar. Gênio absoluto.

Sempre que puder conversar com alguém que você admira, faça! Não perca a oportunidade! Mas pense antes no que conversar e lembre que talvez pode ser o seu único momento na vida, então não desperdice! Absorva o máximo de informação que puder, sem sugar a alma! Escute o que está sendo dito e tente aplicar à sua maneira.

Reforço que não consegui essas abordagens de maneira fácil, até porque já tomei muita patada de músico que eu adorava e fiquei com uma dor de corno gigante, mas consegui me adaptar e adotar uma abordagem mais natural e de mesma linguagem. Quanto mais eu aprendia, mais via que eu nada sabia. Clichezaço, mas super verdadeiro.

Alan White, do Yes, gravou “Imagine” do John Lennon,”My Sweet Lord” do George Harrison e mais uma porrada de clássicos do Yes. A pena é que sempre irão compará-lo ao Bill Bruford, mas olha o currículo do cara!!

Tive a oportunidade de conversar por duas horas com Chris Squire e Jon Anderson do Yes no saguão do Hotel Maksoud Plaza em São Paulo em 1999, momentos nos quais me embasbaquei ao saber que o Jon Anderson concebeu um lado inteiro de um disco em apenas um dia (“The Gates of Delirium” do Relayer), porque o Eddie Jobson gravou o clipe de “Owner of a Lonely Heart” e logo depois saiu da banda, que o Vangelis chegou a ensaiar com eles antes do Relayer, de como a banda acabou perdendo o interesse em compor quando abordaram o lado mais comercial… isso você não lê em lugar algum, são oportunidades únicas que você tem que abraçar com unhas e dentes! Pena que o diálogo com o Alan White não fluiu muito e tomei uma patada inesquecível do Steve Howe, que é meu segundo maior ídolo da guitarra! Mas, com o tempo fui aprendendo a abordagem. E isso serve pra noitada também. Partir pra cima da mulherada também é questão de tentativa, erro, aprendizado e melhoria das técnicas, hehe!

Bem, tive a honra de abrir o workshop do Frank Solari e do Rafael Bittencourt na minha cidade e acabei trocando uma boa ideia com eles também. Infelizmente não estou conseguindo achar as fotos aqui, mas num momento como esse, você tem que fazer perguntas pensadas, fazendo o diálogo fluir com escuta ativa e dê sequencia ao que seu ídolo fala que o papo vai longe. Com o Rafael tive a oportunidade de tocar “Menino da Porteira” do Sérgio Reis no violão, impensável. Com o Frank Solari, batemos um sanduíche podrão num trailer da cidade e depois ainda levei o cara no aeroporto. O Frank é outro guitarrista que controla com punho de ferro as publicações que levam seu nome. Se ele vê um vídeo no Youtube que não gostou, pede para ser removido. Investiu em filmagens que não gostou e simplesmente não lançou, apesar de ter achado sublime o pouco que vi. Contou a respeito de como foi ao encontro do Steve Vai nos Estados Unidos para entregar seu primeiro disco em mãos, de como encontrou com Paco de Lucia em Porto Alegre e desenvolveu uma conversa inesquecível. Tive que lembrá-lo que a emoção que ele teve era a mesma que eu estava sentido, o que logicamente ele refutou, mas vale pela descontração.

Outro gênio que eu consegui abordar foi Guthrie Govan, na cidade de Barra Mansa. Após seu workshop, ele foi a um restaurante e lá fui eu atrás… quando ele saiu do recinto pra fumar, fui também! Ouvi histórias fantásticas sobre o Aristocrats, o destino da banda, como ela quase acabou e quem seria o responsável por isso (conto nem com uma 12 na cara!)… você tem que segurar os calafrios que dá quando você encontra um cara alienígena como o Guthrie Govan olhando pra você e conversando na boa, sem ninguém em volta pra atrapalhar. É de trancar tanto que nem passaria átomo de talco. São momentos que ficam pra sempre em sua cabeça e vale a pena caçá-los. Sem fotos, sem autógrafo, sem constrangimento. Perfeito.

Mas, agora vem o paradigma: como estou afirmando que esses encontros são benéficos se para mim tiveram o efeito inverso? Eu não pude me dedicar à música como deveria… é uma profissão, extremamente digna, que é mais lenda de glamour do que realidade, onde poucos atingem o ápice (soa familiar com outras profissões?) e o reconhecimento merecido. Como toda profissão honesta, você não ficará milionário sendo um excelente, mas viverá de forma segura. Ficar rico nunca deveria ser o foco de qualquer profissão. Tocar com paixão, com dedicação, pode não trazer o pão de cada dia para a sua mesa, mas aí depende do tipo de pão que você quer comer! Nem todo médico é rico, nem todo engenheiro é bem sucedido. Toda profissão é digna e trabalho existirá sempre, emprego não aparecerá toda hora.

E, pra finalizar, outra vez com uma frase de Neil Peart da música “Losing It”, a qual resume bem a situação: “alguns nascem para mover o mundo, para viver suas fantasias. Mas a maioria de nós apenas sonha com as coisas que gostaríamos de ser. Mais triste ainda é ver isso morrer do que nunca tê-lo conhecido”. Às vezes achamos que não nascemos pra isso, mas você vai esperar pra ver esse sentimento morrer? Parafraseando Joelmir Betting: “essa é pra pensar na cama!

63 comentários sobre “O que se pode aprender ao encontrar seus ídolos?

  1. Opa, primeirão da fila (eu acho)!!
    Texto soberbo e parido com maestria, só pra variar… No further comments, medo total de estragá-lo! Assim como alguém conta uma piada, algo engraçado ou experiência interessante, daí vem um e manda uma fraquinha ou fora de contexto, hehhe…
    Pra resumir: me sinto como alguém que ouve embasbacado aquele amigo relatando como pegou a Sharon Stone e a Demi Moore nos respectivos auges e nos deixa com vergonha de contar da broxada com a vizinha mais ou menos…

  2. Excelente texto Marcio. Em todas as situações que estive em contato com um músico conhecido acabei sentindo o mesmo. Uma vez o Aquiles Priester foi em casa para conhecer minha coleção do Iron Maiden, pq ele tb é colecionador e fanático pela banda. Aí ninguem tocou no assunto do Angra e quando minha mãe foi cumprimentá-lo adivinha qual foi a primeira pergunta que ela fez…. hahahahaha.

    1. Hahahaha! Mas é assim mesmo!! Q bom q gostou! Como disse o Carelli, pari de primeira! Se for ficar revisando, estraga

  3. Ótimo texto, nunca tive contato com um músico profissional desse quilate para saber a sensação. Outro dia estava em um congresso internacional de direito. Aonde tinham professores franceses e por saber pouco de francês, tive vergonha de abordá-los, também não saberia como fazê-lo mesmo se fosse fluente. Mas fica um ensinamento, qualquer profissão que for a sua, necessita de muita dedicação, muito esforço e renúncia para ser bom, isso é universal.

    1. A analoRgia q fiz com a noitada tem.fundamento. Ser feio.não é impedimento pra pegar gente, é apenas um treinamento para de obter sucesso

  4. Mais um material excelente. Vivi isso na mesma empresa e tive contato com diversos artistas que admiro. Foi uma experiência sensacional. Márcio, mais uma vez meus PARABÉNS por essa grande contribuição ao site.

      1. Quem me dera ser ídolo hahahaha…mas a parceria nessa época foi foda. Grandes eventos e histórias para contar!!!

  5. Bela produção parceiro. Apesar de não ser exímio conhecedor do rock, tiro como lição que qualquer que seja sua atuação profissional é imprescindível ser dedicado, acertivo e ter foco no resultado final. Abraço fraterno.

  6. Não vou rasgar seda porque acho isso chato pra cacete, mas MUITO melhor que muito texto de cara que vive disso. Texto fluído, bem construído e coeso. Eu estava perto em algumas situação que foram descritas e sei bem como é estar frente a frente com músicos que a gente admirou a vida inteira. Só não concordo com sua falta de talento pra guitarra. O seu maior problema é que elas sempre ficaram muito mais nos cases do que nas suas mãos hahahahaha. Ótimo texto, que venham os próximos!

    1. Então q passemos a viver disso! Não podemos nos intimidar perante os grandes, mas esse é o motivo de nunca termos composto uma música inteira: fazer um Baião em 21/16 é pro Dave Weckl sair correndo! Gênio! Absoluto! Só os grandes vivem cercado de almofadas de capas de disco e participam de talk shows!!

  7. Mais um excelente texto, muito bem escrito, com conteúdo de alto nível. Coisa rara de se encontrar na internet hoje em dia. Parabéns!

    1. Vindo de alguém de vosso nível, acho q descabacei a estratosfera dos.níveis então! Cadê meu Nobel? Obrigado, Lendário Mestre!

  8. Grande Márcio “da mulherada” Costa!!! Meu ídolo!!

    Realmente, ler seus depoimentos, é reviver, em sua pele, tais momentos (que jamais viveremos), pois são ímpares…
    Tais relatos são de suma importância para todos os interessados no assunto, e para todos os candidatos a músico que permeiam à nossa esfera.
    Parabéns pelo admirável e invejável trabalho, meu amigo!!!
    Já estou ansioso por uma nova matéria!!
    Grande abraço e bends matadores a você!!
    Leo Tebaldi

    1. Obrigado ao maior e impensável cover que o John Petrucci já teve em sua vida! Meu mestre, o único que até hj deu canja no extinto e já afundado VCN! Distribua meu currículo as mulheres do Sul! Avise sobre minha tour aí!

  9. Nada melhor do que um músico talentoso escrevendo sobre música com muito talento. Excelente texto, divertido e ensina muita coisa! Fico aqui aguardando o próximo…

    1. Nada mais talentoso que seu comentário. Se viesse junto com o grito a la Child In Time, ganharia mais pontos! Idolo!

  10. Belo texto!
    eu já tive a experiência de conhecer alguns músicos de renome e, de forma mais interessante, tocar com eles. Uma experiência incrível e um grande aprendizado. Nunca fui muito dessas de abordar, o máximo que fiz foi algo relacionado a entrevistas e autógrafos. Acho que tenho um certo receio de não conseguir separar a admiração pela obra do humor do autor (que pode não ser/estar bom).
    Abraço,

    1. Exato!!! Vc foi pela área exatamente oposta da que eu decidi e com a mesma relevância! Devem ter sido bacanas suas experiências! Conte mais depois porque deve ser muito legal ler!

  11. Cara, que texto incrível de se ler, estou até imaginando você contando essas histórias em um bar rodeado de amigos rindo de tudo isso.

    Márcio, o que tiver de achar interessante que queira nos escrever, estaremos aguardando ansiosamente por isso. Ter esses relatos em nosso site é algo que me faz muito feliz.

    1. Hahahaha! ! E começou exatamente assim! Boteco, birita e você percebendo que o que você falava atraía interesse! Parece q esta dando certo! Agradecerei sempre a oportunidade! Obrigado a vocês!

  12. Essas histórias me fizeram lembrar do meu primeiro show internacional (Dream Theater 2010, última Tour com Portnoy)…já nesse primeiro show em SP consegui acesso a todos da banda. E vc estava la, Marcio. Grandes lembranças!

    1. E consegui minha biografia autografada pela formação da época! Eternamente obrigado, Mestre!

          1. Só estava esperando me conhecer e assinar a sua biografia para depois sair da banda…

  13. Márcio, sempre digo que “você é o cara”!
    Mais um belíssimo texto baseado em fantásticas experiências!
    De fato, você não esperou o sonho. Foi atrás e vivenciou cada detalhe. Bom ou ruim, aprendeu, viveu, cara!
    Parabéns, meu ídolo!

    1. Vc sabe q vc tem.uns (p)feitos aí que eu nunca conseguirei superar! Seu conhecimento tb é digno de concorrer ao Nobel, pode parar! Mestre F. K.

  14. Excelente texto, e, realmente, a experiência com alguns de nossos ídolos pode ns surpreender! Das oportunidades que tive, alguns me surpreenderam pela simplicidade e humildade, e somente o Ian Anderson do Jethro Tull foi arrogante e evasivo. Mas artistas como Glenn Hughes, Thijs Van Leer, Pat Mastelotto, Dave Lombardo e alguns outros me mostraram como é possível ser uma lenda e, mesmo assim, manter a humanidade e a simplicidade! Parabéns mais uma vez, Márcio! Que venham mais textos do mesmo quilate!

    1. Obrigado, Michael! Acho muito bacanas essas experiências porque nos tornam mais realistas em termos de como vive um artista, que na maioria das vezes não tem glamour algum, pelo menos dos que a gente aprecia, heheh…

    1. Porra, ta´me devendo o chopp! Assim eu vou reclamar lá na Guilherme de Almeida! Valeu pela leitura, Grande Mestre!

  15. Já tive a oportunidade de conhecer diversos artistas, como: Richie Kotzen, Dream Theater, Kiko Loureiro, Edu Falaschi, Andre Matos, Felipe Andreoli, Edu Ardanuy, Marcelo Barbosa, Russell Allen, Marty Friedman, Aquiles Priester, etc….Cada um tem uma lição diferente para dar. Muito interessante e a vida de músico é bem menos bem menos glamourosa que as pessoas acham.

    1. Momentos que só a SNS Produções poderia nos proporcionar, eheheeh… bons tempos!! Disse tudo, Mestre!

  16. Conte-nos mais sobre a patada do Steve Howe, por favor. Pelo jeito o cara é o fera da guitarra, mas não tem lá muita paciência com os fãs.

    1. heehehe, vamos lá. Nesses mesmos dois dias seguidos que consegui conversar com o Jon Anderson e com o Chris Squire, eu tentei falar com o Howe, que é o meu vice-ídolo da guitarra, heheeh… tentei abordá-lo e ele ficou de cara feia. Fui na boa com cd daqueles japoneses elegantes, que copiam vinil, e pedi autógrafo. Até aí ele deu na boa… estendi o segundo cd japa… e a cara já foi fechando… tentei puxar um assunto e ele só levantou a mão pra eu parar… quando pedi então, só pra encerrar, uma foto com ele, ouvi: “por quê? Por acaso eu sou o Mickey Mouse?” hehehe, e entrou no elevador. Ô cara difícil. Mas, pior que eu conheço pessoas que já conseguiram conversar na boa com ele. No último show do Asia no Rio eu também tentei, mas ele fez o mesmo gesto de levantar a mão impedindo que eu chegasse perto. É, fazer o quê…

      1. Cara, que coisa não? Custava tirar uma foto? Pior é responder desse jeito… Fazer o que, negócio é continuar apreciando só o músico, e não a pessoa. 1 abraço!

  17. Dizem que o Blackie Lawless do Wasp é uma pessoa insuportável e muito sem educação. Assim como Bob Dylan também dizem que é antipático e rabugento. Ringo Starr esteve no Brasil a um tempo atrás e simplesmente ignorou um fã de carteirinha dele que já fazia um dia que o esperava na porta do hotel. Existem ídolos e ídolos.

    1. Pois é, eu acho que não custa nada. Também, não é todo dia que se pode estar disposto, né? Imagina aquele dia que faleceu um parente e você tá em tour lá do outro lado do mundo… aí vem alguém e pendura no seu pescoço? Não dá… abordar gente em velório então é o máximo do impensável. Tem que respeitar o lado humano do cara. A propósito, o Seu Barriga, famoso Edgar Vivar, uma vez disse que recebe bem todo e qualquer fã porque, para o fã, é o primeiro encontro e a expectativa é grande, então isso não deve ser quebrado. Excelente posicionamento, só que ninguém é obrigado a seguir.

  18. Bem…eu não gostaria de ver um ídolo sendo quem eu não gostaria q fosse, então deixo do jeito q tá, belas experiências, nem citou meu nome junto ao Frank…hehe
    O nível desses caras é assustador, coisa q agora estamos aprendendo, vide o Kiko…
    Muito boa matéria.

    1. Rapaz, V.Sa. foi essencial na viagem com o Frank ao aeroporto! Assim como foi essencial em minha carreira musical! Pare de viadagem! O melhor baixista que já toquei na história! Sorte sua o Billy Sheehan nunca ter tocado comigo! Beijo nas nádegas!

  19. Caro Socador, primeiramente agradeço pela iniciativa de dividir suas passagens e seus ensinamentos, parabéns pelo talento descritivo, e pela sensualidade literária, tive algumas ereções no decorrer da leitura, me sinto conversando com voćê, sem viadagem, rs!!!

    Aguardo os próximos,

    Grande abraço!!!!

    1. Mestre casamenteiro! Meu guru sexual por décadas! Q honra merecer este comentário! E sem por a bunda na roda! Valeu pela eterno incentivo!

  20. Bom, destes guitarristas mesmo só gosto do Howe e do Gilbert. E o Kiko todo mundo fala que ele é fresco, mesmo. E o Ardanuy é gente boa, mas meio masturbador como guitarrista, assim como o Steve Vai.

  21. Um sujeito que se mostrou prepotente e antipático também é o Cronos do Venom. Sim, o Alceu Valença inglês além de ser um músico tosquérrimo ainda esnobou as integrantes da banda Nervosa. Como se o Venom fosse um primor de banda e seus músicos soubessem tocar alguma coisa. Ah com todo o respeito rapaziada, mas o Venom não dá! Eles podiam soar como um Motorhead satânico mas passavam longe do carisma da banda do grande Lemmy. Cronos não chega nem aos pés do Lemmy, ele é a mosca no cocô do cavalo do ladrão. Em suma, um canastrão de marca maior.

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