Melhores de 2016: Por Leonardo Castro

Melhores de 2016: Por Leonardo Castro

2016 foi um ano de muitos bons lançamentos, pelo menos para o meu gosto pessoal. Também foi um ano que tive pouquíssimo tempo para ouvir tudo que saiu. Sendo assim, considero a minha lista incompleta, visto que ainda não ouvi tudo que queria que saiu no ano em questão. Mas, por enquanto a lista é essa:



Megadeth – Dystopia

Depois de uma pisada na bola com o disco anterior e da frustrada tentativa de reunir a formação que gravou o clássico Rust In Peace, Dave Mustaine e Dave Ellefson recrutaram o excelente baterista Chris Adler e o nosso conhecido Kiko Loureiro para gravar o novo disco do Megadeth. E o resultado foi brilhante, o melhor trabalho da banda em um bom tempo. Além das performances acima da média dos novos músicos, as composições de Mustaine eram fortes, marcantes e cativantes.


Primal Fear – Rulebreaker

Desde Unbreakable, os lançamentos do Primal Fear foram ficando gradativamente melhores. E a boa fase foi coroada com este excelente Rulebreaker. Transitando entre os heavy metal mais rápido do Judas Priest e o mais cadenciado do Accept, o grupo alemão registrou o que é provavelmente o melhor disco da sua carreira. Não, não é nada original nem vai reinventar a roda. Mas garante uma hora de diversão aos fãs do estilo. Destaque para a faixa de abertura, “Angels Of Mercy”, e para a ótima “The End Is Near”, ambas com riffs sólidos e refrões excelentes.


Avantasia – Ghostlights

Sempre que se fala no Avantasia, os muitos e estrelados convidados do projeto capitaneado por Tobias Sammet são citados. Mas de nada adiantaria ter uma constelação participando das músicas se as mesmas não fossem boas. E esse é o principal mérito de Ghostlights: as composições. Da abertura com “Mystery Of A Blood Red Rose” ao fechamento com “A Restless Heart And Obsidian Skies”, o álbum é repleto de boas composições, que transitam entre o hard rock e o heavy metal com influência sinfônica, lembrando muito o que o Savatage fez em seus últimos discos. E sim, ter gente como Michael Kiske, Geoff Tate e Jorn Lande interpretando essas canções traz ainda mais brilhantismo ao disco.


Dark Tranquillity – Atoma

Excelente disco de um dos pais do Gothemburg Sound. Unindo o death metal melódico à sonoridades mais sombrias e melancólicas, Atoma é um disco pesado, denso, e com uma performance vocal impressionante de Mikael Stanne.


Running Wild – Rapid Foray

Tem tempo que o Running Wild estava devendo um trabalho digno aos seus fãs. Ainda que houvesse bons momentos em seus discos anteriores, desde The Rivalry, de 1997, que a banda não apresentava um álbum tão sólido. Resgatando um pouco da pegada speed metal de discos como Black Hand Inn e Masquerade, mas sem abandonar as músicas mais cadenciadas de seus últimos registros, Rock N Rolf acertou em cheio dessa vez. Músicas como ‘Black Bart”, “Warmongers” e “Blood Moon Rising” resgatam elementos clássicos da sonoridade da banda, com resultados para lá de convincentes!


Grand Magus – Sword Songs

Uma das melhores bandas de heavy metal da atualidade, os suecos do Grand Magus retornaram em 2017 com mais um grande trabalho. O estilo épico da banda continua intacto, com as melodias marcantes e riffs excelentes, mas sem soar forçado ou como uma cópia do Manowar, Omen ou outra banda oitentista. Escute as excelentes “Varangian”, “Frost And Fire” ou “Last One To Fall” e confira!


Michael Sweet – One Sided War

Apesar de sempre ter apostado no hard n’ heavy em seus trabalhos com a sua banda principal, o Stryper, os discos solo de Michael Sweet sempre foram mais acessíveis, repletos de baladas e músicas mais melodiosas. Contudo, em One Sided War o vocalista e guitarrista fez o contrário, apresentando um trabalho ainda mais pesado que o da sua banda principal. O álbum é repleto de boas composições, e conta com um trabalho de guitarras impressionante, cortesia de Joel Hoekstra (Whitesnake) e Ethan Brosh (Angels of Babylon). E, sim, o vocalista continua cantando uma barbaridade.


Vektor – Terminal Redux

Pesado, progressivo, técnico, épico, empolgante. Quantas bandas você pode utilizar todos estes adjetivos ao mesmo tempo? Depois de lançar dois álbuns excelentes, o Vektor retorna com um disco que mescla tudo que a banda havia feito anteriormente, ao mesmo tempo que expande seu som. Extremamente recomendado para fãs de Voivod, Coroner, Atheist e da fase mais técnica do Death. Sim, é desse nível.


Metallica – Hardwired … To Self-Destructed

Finalmente, um álbum digno de ter o logotipo do Metallica na capa. Ainda assim, é um disco longe de ser perfeito. A opção por um disco duplo é questionável, uma vez que há ao menos 4 músicas descartáveis no track list. Assim como o Iron Maiden no ano passado, se tivesse optado por um disco simples, o resultado seria muito mais eficiente. Mas não se engane. A faixa´título, “Atlas”, “Rise”, “Moth Into Flame” e “Spit Out The Bone” são certamente as melhores músicas que a banda lançou desde o Black Album.


Sunstorm – Edge of Tomorrow

Belo disco do projeto capitaneado por Joe Lynn Turner e Alessandro Del Vecchio. Entretanto, ao contrário de diversos lançamentos da Frontiers Records produzidos por Del Vecchio, este álbum do Sunstorm é mais orientado às guitarras do que aos teclados, e os resultados foram excelentes. Melodic hard rock com ótimos riffs e solos, complementados pelo vocal de Turner, que desde os tempos do Rainbow se adequa perfeitamente a este estilo.


Surpresa: Não chega a ser uma surpresa, mas a quantidade de bons lançamentos de thrash metal, tanto de bandas classicas quanto de grupos novos, foi impressionante! Anthrax, Exumer, Sodom, Destruction, Death Angel, Testament, Artillery, Suicidal Tendencies…


Decepção: Também não chega a ser uma decepção, mas ter 2 Ratts e 2 LA Guns excursionando simultaneamente é deprimente…


Outros bons discos:

Eternal Champion – The Armor Of Ire
Helstar – Vampiro
The Defiants – S/T
Hammerfall – Built To Last
Darkthrone – Artic Thunder
Destroyer 666 – Wildfire
Abbath – S/T

3 comentários sobre “Melhores de 2016: Por Leonardo Castro

  1. Eu perdi o interesse no Avantasia há anos. Ainda estou preso aos dois primeiros discos. O Vektor eu não curti e já dei várias chances e ainda estou esperando minha cópia do solo do Michael Sweet, mas pelo pouco que ouvi achei que iria gostar. Alias…dos lançamentos de bandas ou artistas mais conhecidos é o único que ouvi pouco e sei que teria potencial para entrar na minha própria lista…

  2. Lista bastante metálica, mas já era esperado. O que mais me chamou a atenção foi o último texto. Afinal, realmente é dose ter dois Ratts e dois L. A. Guns excursionando. Em qual deles vc iria Leonardo?

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