Top 30 de 2016: Por Alisson Caetano

Top 30 de 2016: Por Alisson Caetano

Dizer que 2016 foi novamente um ano intenso em lançamentos e descobertas já é falar redundâncias, pelo menos para mim. Não me dei o direito ao descanso em momento algum e fui em busca de todo tipo de material possível, desde as bandas que me interessavam às que nunca havia ouvido na vida, passando pelos famosos hypes e chegando nas garimpagens por estilos específicos.

Se for para comparar este com o anterior, posso dizer que esse sai na frente em termos de quantidade de discos interessantes, mas perde por fatores de To Pimp a Buttlerfly. Como vocês devem ter notado pelo título, resolvi montar uma lista de 30 lançamentos + 1 disco ao vivo, mais porque eu queria realmente fazer justiça à quantidade de boa coisa que escutei. Mas também se deve à minha incapacidade de resumir muita coisa em apenas 10 discos.

Também tomei a liberdade de citar EP’s nesta lista, melhores que muito disco duplo de 2 horas por aí. Só não quis citar discos de covers para tentar privilegiar algo mais autoral.

Os discos que estiverem disponíveis no Bandcamp, Soundcloud ou no YouTube estão com os links para os mesmos no nome do disco. Caso queira mais detalhes e outros discos legais que ouvi esse ano, dê um confere na minha página no Rate Your Music clicando aqui. Sem mais delongas, à lista.

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A Tribe Called Quest – We Got It From Here… Thank You 4 Your Service

East Coast Hip Hop / Jazz Rap / Conscious Hip Hop

Mesmo que We Got It From Here… seja um disco riquíssimo em todos os sentidos, vívido em suas texturas e ritmos, fica durante toda a audição uma aura de despedida, até mesmo de certa celebração por todo o legado de um dos grupos mais importantes da música moderna. A despedida de Phife Dawg, um dos principais compositores do ATCQ, não é apenas um produto que reúne suas últimas composições. Ela é uma unidade forte em todos os sentidos possíveis, desde letras, samples, produção… em tudo. Foi o disco mais delicioso que ouvi esse ano, e certamente irá me acompanhar por um longo tempo. Pódio com justiça, e uma aula de como se faz construção musical e discos duplos (vê se aprende, Metallica).

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Nick Cave & The Bad Seeds – Skeleton Tree

Art Rock / Spoken Word / Ambient / Drone

Alguns discos nos tocam tão forte que a experiência auditiva torna-se muito mais do que mero ato de prazer. Skeleton Tree, além de peça de ímpar dentro da vida de Nick Cave, também é um artifício importante, uma ferramente de exorcismo dos demônios pessoais que vinham atormentando a já atormentada mente do músico nestes últimos tempos. Obra única e singular, é um disco que alcança proporções absurdas quando entendido seu real significado.

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Danny Brown – Atrocity Exibition

Experimental Hip Hop / Hardcore Hip Hop

O absurdo e grotesco mundo pessoal de Danny Brown ganhou forma em um disco completamente absurdista, chocante e estupidamente incrível. Atrocity Exibition é um material para iniciados no que diz respeito a experimentações dentro do hip hop, portanto, tente outros discos caso você não goste do estilo. Ao mesmo tempo que as montagens e andamentos tenham um ar experimental inovador, o disco, desde a produção aos temas, parecem jogar o ouvinte lá nos primórdios do estilo, nos anos 80. É um trabalho difícil de descrever em palavras. É o tipo de experiência que merece ser experimentada do que detalhada em palavras.

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David Bowie – ★ [Blackstar]

Jazz Rock / Art Rock

A consciência da própria morte parece uma ideia muito pesada e que muitos não saberiam lidar se tivessem isso em suas mentes. Para David Bowie, foi a deixa para transformar seus últimos instantes na Terra em um ato único de despedida, um espetáculo sombrio, melancólico e único em forma de arte. Ao deixar o rock de escanteio para abraçar fortemente o jazz e as tonalidades eletrônicas, Bowie construiu um disco absurdamente bem ambientado, sombrio e extremamente eficiente ao conduzir seu “epitáfio”.

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Frank Ocean – Blonde

Neo-Soul / Art Pop

Essa é uma observação mais pessoal mesmo, mas vejo muito de Lou Reed no segundo trabalho de Frank Ocean. Essa similaridade é difícil de sacar, mas foi ficando muito claro em minha mente depois que ouvi o disco sucessivas vezes. O lirismo das letras e a pungência ao abordar temas pessoas da vida de Ocean, como homossexualidade e paixão me remeteram fortemente a uma mistura de Transformer com a desesperança de Berlin. Até mesmo a forma com que o soul é trabalhado aqui possui um toque de art rock, cheio de ambientação, melodias dissonantes e experimentação com técnicas de gravação muito criativas, bem diferente dos beats mais ricos de Channel Orange.

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Neurosis – Fires Within Fires

Atmosferic Sludge Metal

Eu sou suspeito quando o assunto é o Neurosis. Through Silver in Blood é meu disco de metal favorito de todo sempre, então todo lançamento dos caras acaba me agradando de alguma forma, mesmo que os dois últimos discos tenham deixado um pouco a desejar. Sucintamente, aqui é o resumo prático de tudo feito pelo Neurosis nestes últimos anos. Produção voltando a tomar caráter mais sujo, ambientação com guitarras feitas com primor e aquela habilidade pra fazer música para rasgar a alma.

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Swain – The Long Dark Blue

Grunge / Post-Hardcore

Como um disco de ROCK mesmo, The Long Dark Blue é disparado a melhor coisa lançada no ano. Aquela mescla potente e energética das guitarras distorcidas do grunge com a agonia do post-hardcore e certos trejeitos blues aqui e ali. Acho que nenhum disco deste ano sintetizou tão bem os anos 90 em toda a sua plenitude quanto isso aqui.

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Radiohead – A Moon Shaped Pool

Chamber Pop / Electronic / Art Rock

Depois de The King of Limbs, todo mundo ficou perdido quanto ao que esperar do Radiohead. “Burn the Witch” dava indícios de que viria algo explosivo e extremamente sentimental, mas foi um alarme falso, no bom sentido. Pool é um disco sutil, sem pressa de criar climas e desenvolver sonoridades. Outro ponto alto do Radiohead, e facilmente um de seus melhores trabalhos.

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Deathspell Omega – The Synarchy of Molten Bones [EP]

Black Metal / Avant-Garde Metal

O underground foi quebrado quando, do nada, esses franceses chegam batendo o pau na mesa com um EP novo. Ninguém sabia o que fazer com essa informação, não haviam reações, apenas sentimentos. E, caramba, esses caras não decepcionam. É aquele black metal tortíssimo e rascante feito com uma maestria diabólica impossível de achar pares.

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Wormrot – Voices

Grindcore

Acho que nenhuma banda evoluiu tanto em questão de sons quando esses caras. Daquele grind simples e chucro que parecia um Horrified II, ficou apenas as ideias básicas. Melodias e até experimentos com timbres e dobras de guitarra, só deixam a coisa toda mais caótica e saborosa.

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Sonic Youth – The Spinhead Sessions

Noise Rock / Drone / No Wave

Este é um disco “perdido”, com sobras de gravação de uma trilha sonora registrada pelos nova-iorquinos para o filme Made in U.S.A., de 1987. A trilha sonora para esse filme sairia apenas em 1995 e somente agora, as sobras destas gravações, todas registradas no Estúdio Spinhead, ganham a luz do dia. Destaque pleno para a epopeica experimentação com drones e ambient que abre o disco. A destreza de Thurston Moore, e de toda a banda, em criar sons hipnóticos é estonteante. Por serem sobras de uma trilha sonora, o disco é instrumental e desprovido de padrões convencionais de estruturação. Se você for fã de música experimental e ambientações, não deixe de conferir este registro.

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Swans – The Glowing Man

Post Punk / Experimental Rock / Neofolk

A música que Michael Gira continua fazendo ainda me impacta com uma força absurda. O nível de niilismo, desesperança e descrença no mundo que saem de cada nota de seus discos possui um peso sobre mim superior a qualquer guitarra distorcida, e não é diferente aqui. E viva a Geração Swans.

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Solange – A Seat At the Table

Neo-Soul / R&B

A família Knowless apareceu na mídia não apenas por causa de suas músicas, mas também por suas mensagens. Beyoncé fez muito bonito com seu Lemonade, mas foi sua irmã mais nova, Solange Knowless, quem desbancou com um trabalho redondo e suculento. Seu Neo-Soul não tem medo de soar vintage, e sua voz é um meio certeiro para os temas sociais que ela aborda em todo seu trabalho.

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Aesop Rock – The Impossible Kid

Abstract Hip Hop / East Coast Hip Hop

Hip Hop estranho, críptico e irônico, com Aesop versando sobre sua carreira, vida pessoal e sobre o meio musical como um todo. O que pega aqui não é inovação ou coisa parecida, e sim o carisma de grande parte das faixas. Mais um dos discos a reafirmar o ótimo ano para o hip hop.

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Noname – Telefone [Mixtape]

Conscious Hip Hop / Neo-Soul

Fatimah Warner era mais associada às participações que fez nas mixtapes de Chance The Rapper. Nelas, não ficava muito claro do que a moça era capaz. Em seu primeiro trabalho solo, fica evidente que suas referências são das melhores possíveis. Uma mistura muito homogênea do soul vintage com o hip hop quase cantado por sua voz aveludada extremamente inebriante. Pra ouvir hoje e só parar mês que vem.

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William Tyler – Modern Country

American Primitivism / Americana

William Tyler faz um tipo de som que parece apreciado por pouca gente, já que até hoje eu não conheço ninguém que se dispôs a ouvir o trabalho deste sujeito. O estilo de música folk americana que Tyler faz está longe de ser original. Todos os seus andamentos e criações tem nos trabalhos de John Fahey um norte até óbvio. Porém, o disco não se limita a apenas copiar, e sim dar dinâmica própria às faixas. O disco possui uma produção reverberante que impressiona logo de cara, e as sensações que os instrumentos passam — bucolismo, paixão, isolamento e reflexão — fazem de Modern Country  quase uma experiência.

Furia – Księżyc milczy luty

Black Metal / Experimental Rock

Esse disco uniu dois universos que jamais imaginaria que fossem combinar. Boa parte das bases e melodias devem e muito ao que o Earth fez do Hex em diante, e se você sabe do que estou falando, já deve estar curioso para saber como o black metal entra na coisa toda. Caso não saiba, aí vai um pequeno resumo: tente imaginar um country bem desacelerado tocado com o estilo do David Gilmour, mas bem mais sujo, áspero, ameaçador e com o black metal entrelaçando tudo. Ainda que fique difícil de conceber essa loucura, o som é extremamente dinâmico e altamente apreciável, ainda mais pelas inserções de vocais graves (não guturais) e de apelo meio folk. É um dos discos mais interessantes de black metal do ano, e merece sua atenção.

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The Dillinger Escape Plan – Dissociation

Mathcore / Post-Hardcore

Nunca Mike Patton esteve tão presente no som do Dillinger Escape Plan. Doentio, caótico, torto e carismático, com Greg Puciato sendo o louco desvairado nos vocais, como sempre foi. Se realmente levarem essa ideia besta de “último disco”, deixaram um estrago como última impressão.

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Grave Miasma – Endless Pilgrimage [EP]

Death Doom Metal

Na escola John McEntee de riffs de guitarra, esses caras gabaritaram. Cada riff e cada levada de bateria fazem escorrer chorume pelos auto falantes. Ouçam “Yama Transforms to Afterlife” e comprovem. O uso de instrumentos indianos na faixa só acrescenta uma pegada ainda mais macabra a isso aqui.

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Inquisition – Bloodshed Across the Empyrean Altar Beyond the Celestial Zenith

Black Metal

Não repetiram em nada as ideias do anterior, e conseguiram um disco tão desgraçado quanto. As vozes ficaram menos caricatas e o instrumental parece querer pegar emprestado algumas ideias do Blasphemy, mas sem deixar o DNA do Inquisition se deturpar, que são as melodias obscuras e os andamentos intensos.

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Death Grips – Bottomless Pit

Abstract Hip Hop / Experimental Hip Hop

Uma boa banda com ótimos lançamentos ou uma fábrica de memes para a internet. Você decide qual dos dois acha mais adequado ao Death Grips. De minha parte, este é dos seus discos mais amarrados em um único conceito de caos e experimentação. Quase não sobra espaço para o hip hop em certos momentos, mas é tudo parte de algo natural do próprio trio.

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Jute Gyte – Perdurance

Avant-Garde Metal / Black Metal / Microtonal

Esse é o famoso “8 ou 80”, pois é muito mais fácil odiar esse disco do que gostar. Impossível é ficar em cima do muro, pois é uma proposta que provoca o ouvinte, que induz incômodo e questionamentos: “o que raios é isso que estou ouvindo?”. Por indicação de um amigo (valeu Giovanni Cabral), coloquei pra ouvir no meio da madrugada, e posso dizer que os andamentos microtonais mesclados a rispidez e demência do black metal resultaram em um dos discos mais singulares do ano. Não sei se vou gostar disso daqui alguns anos, mas neste exato momento, é uma audição que tenho repetido algumas boas vezes, e sempre saio dela com novas impressões.

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Cult of Luna & Julie Christmas – Mariner

Post-Rock / Atmospheric Sludge Metal

O Cult of Luna passa até longe de ser minha banda favorita, ainda que eu seja muito ligado em sludge atmosférico. Essa parceria com a cantora Julie Christmas, do Battle of Mice e Mad Out of Babies, não tinha muitas chances de me agradar, mas surpreendentemente o resultado da parceria se saiu tão bom quanto valioso. Sem muitas passagem mega intrincadas e estranhas e apostando mais nas progressões do post-rock, as bases do Cult of Luna servem de contraponto a bela voz de Julie, que usa de sua “doçura” para cantar em um tom levemente ameaçador.

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Blood Incantation – Starspawn

Technical Death Metal

Acertaram belamente em todos os sentidos neste disco. Desde a pegada meio desoladora aos riffs belamente sacados e o complemento perfeito da produção grotesca. Resumo da ópera: não é aquele tech death digital feito em estúdio por uns moleques influenciados por Death. É tech death pé de barro, produção podríssima e paulada na moleira. Se sabe do que estou falando, ouça.

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Oranssi Pazuzu – Värähtelijä

Psychedelic Rock / Black Metal

Vocês já devem ter percebido que o black metal foi muito bem esse ano. Das propostas mais originais, o Oranssi Pazuzu foi das que me conquistaram. Não se trata de dois estilos que são jogados numa panela e misturados de qualquer forma. Isso é uma banda que sabe respeitar as ideias de ambos os gêneros e fazer com que ambos se entrelacem e se respeitem de maneira harmoniosa nas longas composições do disco. Se ainda acha o black metal um gênero limitado, ouça isso e reveja seus conceitos.

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Rebaelliun – The Hells Decrees

Death Metal

Mesmo gravado sob pressão e longe das melhores condições, o Rebaelliun voltou com os dois pés no peito em um registro de death metal de respeito, talvez o que mais ouvi o ano todo. A grosseria já começa logo nos primeiros segundos, quando aquele timbre de motoserra dá lugar a uma rifferama absurda e referências explícitas à fase F e G do Morbid Angel. Andamentos macabramente pesados e um coice em forma de death metal. Apenas ouça.

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SubRosa – For This We Fought The Battle of Ages

Sludge Metal / Doom Metal

Esse disco carrega um contraponto muito interessante, que é o peso e som carregado do doom com a bela interpretação vocal de Sarah Pendleton, que também insere elementos orquestrais tocando lira e violino. O disco é quase uma versão subvertida de uma ópera, com belíssimas vozes (alternando entre o inglês e o italiano) e uma banda de fundo criando uma atmosfera quase epopeica.

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Vektor – Terminal Redux

Thrash Metal / Progressive Metal

A galera pode falar a vontade que esse foi o ano do thrash metal. Mas perto disso, Metallica, Testament, Anthrax e Megadeth parecem só um velhos raquíticos brincando de fazer som pesado. Isso já está em outro nível de percepção, ainda mais levando em conta um estilo tão combalido pelo tempo quanto é o próprio thrash metal. Me perdoem os mais saudosos, mas o único thrash metal que importa é esse aqui.

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Ulcerate – Shrines of Paralysis

Technical Death Metal / Atmospheric Sludge Metal

Não decepcionaram! É absurdo o trabalho de bateria desse disco, algo que você só acredita ter sido tocado por um humano quando assiste aos vídeos da banda em estúdio. Aquela patada nociva de um death metal pesadíssimo e absurdamente atmosférico está aqui, como se espera. Apenas vem comigo…

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Bölzer – Hero

Death Metal / Black Metal

Respeito ainda mais este duo depois de ouvir este disco. Depois de dois EP’s grosseiros e magníficos, a banda poderia apenas entregar a mesma coisa em seu primeiro disco. Porém, resolveram seguir pelo lado oposto e fizeram um disco que é diferente de tudo que já fizeram, mas que preserva o DNA da banda em toda a sua plenitude. O som tornou-se mais “limpo”, a influência de folk nórdico cresceu e você até pode notar alguma coisa de Mastodon aqui e ali. O resultado final continua espetacular, como costumeiro.


Disco ao Vivo:

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Mayhem – De Mysteriis Dom Sathanas Alive

A celebração definitiva de uma das obras mais diabólicas e essenciais da história da arte extrema. Attila de volta ao posto de vocalista e performer, e a banda ao fundo botando a casa abaixo com um arregaço. Se você é fã de black metal, devo dizer que você tem a obrigação moral de ouvir isso aqui.

12 comentários sobre “Top 30 de 2016: Por Alisson Caetano

  1. Esse ano eu ouvi 100 discos, com 70 deles eu achando pelo menos interessante (falarei na minha lista). O detalhe é que desses 100, só 2 estão na lista do Alisson, que é o Bowie e o Swans. Me interessei pelo Sonic Youth e Vektor, pois a descrição do Alisson é tentadora, mas nos demais, acho que não conseguirei chegar perto.

    Feliz 2017 meu caro

    1. Devo ter ouvido uns 165, por aí, isso os que contabilizei lá no RYM. Muita coisa ruim e que ouvi só por desencargo de consciência (muito hard rock pasteurizado, AOR modorrento e thrash medíocre), mas muita coisa que fica realmente na mente por muito tempo.

      Gostaria de ter conferido mais discos bacanas de jazz, mas no todo foi um ano legal. Sobre a lista, ouve o do Cult of Luna com a Julia Christmas, acho q vc pode gostar desse. No mais, valeu pelo comentário, rapaz.

    1. Parabéns pela lista, por ser abrangente e de bom gosto. E o fato de não ter citado Metallica é digna de elogio.

  2. Ouvi o Vektor várias vezes no decorrer do ano com a maior boa vontade, mas achei a audição, no geral, cansativa, e não sou fã do vocal de goblin. É um álbum impressionante (“Collapse” é muito foda), mas não é o que procuro para ouvir.

    Imagine a minha raiva vendo a banda topar várias listas de metal. ¯\_(ツ)_/¯

    1. Metal que tenha me impressionado de verdade foi o Deathspell Omega. Neurosis tá na frente, mas já uma entidade e eu nem conto. Mas desconforto mesmo foi eu ver geral forçando a barra e metendo Metallica, Megadeth e Meshuggah em top de lista de metal por aí…. mas fazer o que

  3. Lista muitoo interessante, meu caro. Pra falar a verdade única desse site que me chamou a atenção.

    Como temos gostos parecidos vou deixar meu top 10 aqui, caso alguém se importe em ler:

    Vektor – Terminal Redux (Disco do ano, obra prima, espetacular)
    Haken – Affinity
    Khemmis – Hunted
    Spellcaster – Night Hides the World
    Amon Amarth – Jomsviking
    Katatonia – The Fall of Hearts
    Meshuggah – The Violent Sleep of Reason
    Metallica – Hardwired
    Aciients – Voice of the Void

    1. Ouvi esse do Haken aí, bom disco, prog rock honesto e bem tocado. O do Meshuggah também achei bem legal, apesar de ser o mesmo som praticado pelos caras antes. Já Metallica, Katatonia e Amon Amarth não achei tão interessantes

      1. O album do Metallica tem 4 músicas fantásticas: Hardwired, Atlas Rise, Moth Into Flame e Spit Out the Bone. Uma música muito boa: Halo on Fire. E o resto é esquecível.

        Se o álbum fosse mais curto seria muito melhor, mas não consigo deixá-lo de fora por conta dessas músicas.

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