Discografias Comentadas: ABBA – Parte I

Discografias Comentadas: ABBA – Parte I
ABBA_2844174b
Benny Anderson e Björn Ulvaeus (acima), Anni-Frid Lyngstad e Agnetha Fältskog (abaixo)

Por Mairon Machado

Formado por Benny Andersson (piano, teclas, vocais, mellotron), Agnetha Fältskog (vocais), Anni-Frid Lyngstad (vocais) e Björn Ulvaeus (guitarra acústica, guitarra, vocais), o grupo sueco ABBA conquistou uma geração de fãs na década de 70, principalmente no auge da onda disco. Porém, seus álbuns vão muito além de sucessos para balançar o esqueleto.

A história da dupla de casais começa no final da década de 60, quando os quatro possuíam carreiras distintas (Agnetha e Anni-Frid tinha uma carreira solo de sucesso na Suécia,  enquanto Benny foi membro de um importante grupo beat local, o Hep Stars, e Björn era líder do grupo de skiffle Hootenanny Singers.

Essa discografia, dividida em duas partes, apresenta os sete álbuns oficiais lançados sob o pseudônimo ABBA (uma abreviatura dos nomes de cada integrante da banda), além do primeiro álbum a ter um registro com os quatro em uma única faixa, lançado apenas pela dupla Benny & Björn, e Ring-Ring, álbum lançado pelo quarteto não como ABBA, mas como Björn Benny & Agnetha Frida. As discografias serão apresentadas considerando o track list original lançado no Reino Unido, sempre trazendo informações adicionais dos lançamentos feitos apenas na Suécia.


Lycka_album_coverLycka [1970] (Benny & Björn)

Não teria como deixar essa preciosidade fora desta postagem, já que aqui aparece o primeiro registro do quarteto Benny, Björn, Anne-Frida e Agnetha. Quem ouve o disco pela primeira vez, certamente irá fazer uma viagem de referências musicas em sua mente, como lembrar-se do Bee Gees da fase Odessa em “Det Där Med Kärlek”, “Ge Oss En Chans” – trazendo um marcante órgão – e “Liselott”, essa com boas passagens de violão, a levada folk de “Kära Gamla Sol” e “Lilla Du Lilla Vän” trazendo fortes inspirações de Simon & Garfunkel, enquanto “Nånting Är På Väg” e “Kalles Visa” saíram de alguma obscura caverna sueca com bandas covers de The Beatles, a última com um pomposo arranjo de metais. Com Björn cantando em sueco, os destaques ficam para o estilo clássico de Benny ao piano na faixa-título e em “Välkommen In I Gänget”, canção que já apresenta as harmonias vocais que tanto caracterizaram o quarteto, e na lindíssima “Ge Oss En Chans”, mas claro, as atenções vão para o primeiro registro do quarteto ABBA, “Hej Gamle Man!”, apesar das moças não serem creditadas. Uma canção bastante folk, levada pelo violão e piano, onde o vocal feminino surge timidamente no refrão grudento. Nada de sobrenatural ou dançante, mas um marco histórico para a música. Lycka fez relativo sucesso, e para promovê-lo, a dupla Benny / Björn lançaram diversos singles como “Det kan ingen doktor hjälpa” e “Tänk om jorden vore ung”, já com Agnetha e Frida como vocalistas, mas confesso que é um álbum para completistas. Seu relançamento, com 14 faixas bônus, é um excelente pedido para estes, já que apresenta várias faixas com os backing vocals de Agnetha Anni-Frid.

Após Lycka, cada integrante seu carreira solo, até que em 1972, o produtor e empresário Stig Anderson encorajou Björn e Benny a comporem a canção “Say It With A Song”, com a voz de Lena Anderson, que conquistou o terceiro lugar no Eurovision Song Contest . O sucesso dessa canção em vários países convenceu o produtor de que a dupla poderia alcançar mais sucesso, e na sequência, veio “People Need Love”, com os vocais femininos tendo muito mais destaque do que anteriormente, e lançado sob o pseudônimo Björn Benny & Agnetha Anni-Frid. O disquinho alcançou a décima-sétima posição nas paradas suecas, o suficiente para fazer com que o voo começasse, e assim, nascesse o primeiro registro oficial com os quatro músicos, após mais uma participação no Eurovision Song Contest, agora com a canção que batizou o álbum da banda, “Ring Ring”, e que novamente, conquistou o terceiro lugar e deu origem ao primeiro álbum do quarteto.


Abba_-__Ring_RingRing Ring [1973] (Björn & Benny, Agnetha & Frida)

O álbum de estreia do grupo é uma divertida experiência musical. Nele, o grupo conta com a banda de apoio formada por Ola Brunkert (bateria), Rutger Gunnarsson (baixo), Roger Palm (percussão), Janne Schaffer (violão, guitarras) e Mike Watson (baixo), e apresenta-se para o mundo com a festiva faixa-título, destacando a doce voz de Agnetha, e que tornou-se um grande sucesso, levando o quarteto então a firmar-se com o nome de ABBA. Outras canções que também marcaram época foram as alegres “Nina, Pretty Ballerina” e “Me and Bobby and Bobby’s Brother”. Agnetha é o nome do álbum, principalmente na potência vocal da balada “Disilusion”. As harmonias vocais, com uma poderosa instrumentação, também destacam-se, como no refrão da Southern “People Need Love”, que me lembra bastante Lynyrd Skynyrd, no country-rock “Love Isn’t Easy (But It Sure Is Hard Enough)”, e no suave jazz de “I am Just a Girl”, Björn assume os vocais da flower-power “Another Town, Another Train”, lembrando canções de Simon & Garfunkel, do blues “I Saw It In The Mirror” e do rockzão “He Is Your Brother”, e divide os vocais de “She’s My Kind of Girl” com Benny, canção com inspirações beatlemaníacas que os dois já haviam gravado em 1969. Para os fissurados em distorção, ouçam “Rock ‘n’ Roll Band” e segurem-se nas cadeiras com o riffzão grudento da guitarra, e com um refrão ainda mais chiclete, nessa que é a melhor faixa do LP. Ring Ring atingiu a primeira posição na Bélgica, e a segunda posição na Suécia, Holanda e Noruega, além de ter feito muito sucesso na África do Sul e México, países em que foram lançados antes mesmo de chegar no mercado americano e britânico, onde foram lançados somente em 1995 e 1992 respectivamente. Até hoje, já recebeu diversos relançamentos com adições de bônus, assim como toda a obra dos suecos. Vale lembrar que a versão original lançada na Escandinávia conta com “Ring Ring” cantada na língua original do quarteto, e não em inglês, e não traz “She’s My Kind of a Girl”. Era apenas o início do sucesso.

Em 1974, novamente eles participaram do Eurovision Song Contest, defendendo “Waterloo”. A canção fez com que pela primeira vez os britânicos parassem para prestar atenção no grupo, sendo a primeira canção dos ABBA a alcançar o primeiro lugar na Inglaterra (também foi lançada nos Estados Unidos, chegando à sexta posição). Assim, começa oficialmente a discografia do ABBA, com o álbum homônimo da faixa de maior sucesso – até então – dos suecos.


51JFrNLf1kLWaterloo [1974]

O primeiro álbum lançado oficialmente no mercado internacional é um marco na carreira do grupo. Mais maduros, o quarteto conta com a companhia de Ola Brunkert (bateria), Malando Gassama (percussão, congas), Rutger Gunnarsson (baixo) e Janne Schaffer (guitarras), e já abrem com o ritmo avassalador do hiper-ultra-mega-sucesso que é a faixa-título, levado pelo saxofone de Christer Eklund. O ABBA cria um estilo próprio, com músicas curtas que trazem refrãos grudentos, e ainda, na figura de Agnetha e Anni-Frid, resgata as danças femininas eternizadas pelas Ikketes, por exemplo, mas que com as suecas, ganha em charme, sensualidade e por que não, o ar de ingenuidade das faces das cantoras. O clipe dessa música rodou o mundo, mas Waterloo não sobrevive apenas dela, já que é um dos melhores discos do quarteto. Temos a rock-ballad “Dance (While The Music Still Goes On)”, com homens e mulheres alternando os vocais e a participação de Per Sahlberg no baixo, assim como no rockzão de “King Kong Song“, levado pelo ótimo riff da guitarra, a baladaça “Gonna Sing You My Love Song”, na qual a voz de Agnetha é uma irresistível tentação, e a novidade disco de “My Mama Said”, cantada pelo duo feminino, que também comanda a doce “Honey Honey”, com seu jeito todo juvenil, tendo como responsável o arranjo de cordas de Sven-Olof Walldoff, Até reggae o grupo resolve mostrar, no caso em “Sitting in the Palmtree”, e para os preconceituosos de plantão, ouçam “Watch Out” e segurem o queixo com a paulada que irá estourar nas caixas de som. Outra novidade é a inserção no mercado espanhol com “Hasta Mañana”, uma canção folk que marcou um início de amor e devoção dos países de língua espanhola com os suecos, e que perdura até os dias de hoje. “What About Livingstone?” também possui um andamento similar, e ao lado de “Suzy-Hang-Around”, é uma canção menor nesse belo álbum, que foi primeiro lugar na Noruega e Suécia, quarto na Alemanha, vigésimo oitavo no Reino Unido – onde o single de “Waterloo” chegou ao primeiro lugar – e um surpreendente sexto lugar no Zimbábue, transformando o ABBA na primeira banda a conquistar vendas expressivas em países não tão tradicionais no mercado fonográfico. Além disso, ela foi a primeira colocada no 1974 Eurovision Song Contest , festival realizado na Inglaterra e que apresentou o ABBA ao mundo. Vale lembrar que a versão original, lançada no mercado sueco, contém “Waterloo” cantada na língua natal dos músicos, enquanto a versão americana de Waterloo substituiu a faixa-título cantada em sueco por um remix de “Ring Ring”, o que também ocorreu em alguns países da Europa.

1035x689-abba-1800-1392238706
Bjron, Agnetha, Anni-Frid e Benny

ABBA_-_ABBAABBA [1975]

Se o álbum anterior consagrou a faixa-título, o primeiro álbum homônimo (e terceiro do quarteto) trouxe no mínimo mais três super-ultra-mega-clássicos, I Do, I Do, I Do, I Do, I Do“, “Mamma Mia” e “S. O. S.”. “I Do, I Do, I Do, I Do, I Do” é uma sacaníssima canção em ritmo de festa natalina, com uma letra impagável e divertida. Já “Mamma Mia” é uma aula de como fazer um clássico. Teclados muito bem dosados, harmonias vocais belíssimas, um refrão forte e uma guitarra sútil, sobre um andamento dançante e um crescendo inevitavelmente empolgante, que até hoje sacode os esqueletos mundo afora. Por fim, sempre me arrepio com os efeitos nos teclados de Benny em “S. O. S.“. Que música linda! A perfeição das melodias vocais, o trabalho soberbo da parte instrumental, um jogo de “Luz e sombra” que poucas bandas conseguiam fazer com tamanha perfeição, e ainda um delirante moog que perambula nesta surpreendente canção. Mas você é xiita e quer surpreender-se de verdade, então ouça o riffzão de “Hey, Hey Helen”, um som pesado para os padrões ABBA, mas com uma harmonia musical que deixará muito “roqueiro” de cabelo em pé por estar “curtindo o som dos suecos”, ou então a pegada de “So Long”,outra aula de como compôr uma canção grudenta e muito dançante usando apenas de voz, guitarra, baixo, teclados e bateria, nessas que considero os grandes destaques de ABBA, além claro de “Mamma Mia”. A peça instrumental “Intermezzo N° 1” também chama a atenção, com Benny exibindo seus dotes clássicos no piano e teclados no melhor estilo Keith Emerson, na única canção totalmente instrumental que o grupo gravou, fazendo um belo duelo com a guitarra. ABBA ainda tem o swingue funk de “Man in the Middle”, o rock sútil de “Rock Me”, primeiro single do disco, com os vocais de  Björn lembrando bastante os de Alice Cooper. e a baladaça “I’ve Been Waiting for You”, destacando os doces vocais de Agnetha. Novamente, a um flerte com o reggae, agora na faixa “Tropical Loveland”, que ao lado da agitada, mas não muito significativa “Bang-A-Boomerang”, são os únicos deslizes de um LP muito bom. Primeiro lugar na Noruega, Suécia, Zimbábue (novamente), Polônia e Austrália, onde o grupo não parava de crescer, além de segundo na Bélgica, terceiro na Holana e Nova Zelândia e décimo terceiro no Reino Unido. Apesar disso, nos Estados Unidos o grupo não emplacava, com ABBA ficando apenas na posição 174. Mas isso mudou no ano seguinte, com o quarto e melhor disco do grupo, Arrival.


v2miUArrival [1976]

Esse é o LP que colocou o ABBA definitivamente no hall dos mais vendidos em todo o mundo. Seus álbuns até então já haviam vendido muito, mas Arrival vendeu horrores, carregado pelo super-ultra-mega-colossal-clássico “Dancing Queen“. Desconheço qualquer pessoa que goste de qualquer estilo de música e que nunca tenha ouvido essa faixa dançante, embalada, com uma moral altíssima e que enaltece com soberanidade o duo vocal feminino. Uma aula de bom gosto, e que ao lado de  “Stayin’ Alive”, “Disco Inferno”, “Y. M. C. A” e “Le Freak”, virou um hino da geração disco. Mas além dessa Maravilha Disco (que tal começar essa coluna?), Arrival possui outros dois grandes sucessos, as quais são “Knowing Me, Knowing You”, caprichando no refrão e sendo uma das raras faixas a contar com Anni-Frid como vocal principal, e “Money, Money, Money”, outra faixa dançante, que fez com que o ABBA confirmasse sua presença entre os maiores nomes do estilo. Mas há pelo menos mais duas canções que conquistaram espaço nos corações dos fãs, que são a balada “My Love, My Life”, com um arranjo orquestral encantador, e particularmente, considero “Tiger” uma pérola a ser descoberta entre as preciosidades destacadas anteriormente, principalmente pela sua levada e variações de andamento. Benny assume os vocais do rock “Why Did It Have to Be Me”, lembrando faixas como “Darlene” ou “Boogie With Stu” (Led Zeppelin), enquanto a faixa-título é uma linda canção parcialmente instrumental, com uma melodia vocal e dos teclados lembrando canções folclóricas dos celtas, e que não possui equivalente em nenhuma outra faixa do grupo. Complementam Arrival a ingênua “When I Kissed the Teacher” (que baita arranjo vocal), o pop tipicamente ABBA de “Dum Dum Diddle”, e a tecladeira suingante de “That’s Me“. Vale ressaltar que há mais um hit ligado a Arrival, mas que não foi lançado originalmente no álbum, no caso “Fernando“, a qual saiu originalmente no álbum solo de Anne-Frid, Frida Ensam (1975), nas versões australiana, neo-zelandesa e sul-africana e como um compacto do ABBA. Arrival conquistou o primeiro lugar no Reino Unido, Austrália, Alemanha, Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Alemanha Oriental, e no mundo inteiro, já vendeu mais de cinco milhões de cópias.

O começo do uso das roupas extravagantes: Björn, Agnetha, Anni-Frid e Benny
Roupas extravagantes também marcaram a carreira dos suecos: Björn, Agnetha, Anni-Frid e Benny

Em 1975 saiu a primeira coletânea do grupo, Greatest Hits, que vendeu muito em vários países do mundo, conquistando o primeiro lugar no Reino Unido, Noruega, Suécia e Zimbábue, além de ter vendido mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos, conquistando disco de platina.

Em quinze dias, veremos os quatro últimos álbuns de estúdio do grupo, passando rapidamente pelos seus dois discos ao vivo e destacando também um dos álbuns mais vendidos da história da música mundial.

 

24 comentários sobre “Discografias Comentadas: ABBA – Parte I

  1. Eu só tô aqui por causa do disco “Richard Clayderman plays ABBA – the Hits” álbum de 1993 que homenageia o grupo sueco.

    1. Igor, ABBA e Richard Clayderman são dois artistas que ouvi e muito na minha infância, por conta da influência de meu pai. Mas só o ABBA ficou para a posteridade em meus ouvidos

  2. Adoro quando o Mairon assume sua identidade secreta e para com essa hipocrisia de fã de progressivo. O que temos aqui é o verdadeiro Mairon Machado, graças a Deus. Presidente do fã-clube de Kleiton e Kledir e batizado por ninguém menos que o imortal Teixeirinha. Também gosto muito de ABBA e já tive algumas pérolas na minha coleção que acabei vendendo via Siri da Gaita. Tive, por exemplo, o Lycka, o segundo disco da Frida, de 1975 (aquele que debutou Fernando), e um disco legalzinho de Ted Gardenstad, de 1973 (https://www.youtube.com/watch?v=0DURG2PNnVA), produzido e colaborado pela dupla Bjorn e Benny e que tinha Agnetta nos backing vocals. O primeiro solo da Frida é fantástico (https://www.youtube.com/watch?v=Auepc3nT_1U&list=PL73C69AB7B06ED6F8). Agora, pra sacudir os amiguinhos: ninguém me tira da cabeça que na fórmula infalível do ABBA tinha uma pitada dos escoceses Middle of The Road (https://www.youtube.com/watch?v=rm_bhJ7-ddA)

    1. Muito obrigado pelas palavras Marco. Como presidente de honra do fã-clube do Kleiton & Kledir, você sabe o quão difícil para nós é podermos ouvir essas sonzeiras com o preconceito em nossa volta. Lamentável eu não ter conhecido sua senhoria antes, pois certamente, o Lycka e o disco do Ted Gardenstad estariam na minha prateleira hoje. Quando ao Middle of the Road, vejos algumas similaridades, mas o fato do ABBA ter uma dupla vocal feminina, e ainda uma delas ser a Agnetha, faz todo o diferencial.

          1. A Agnetha era linda demais. Ao lado de Sonja Kristina e Michelle Phillips, forma a trinca de beldades da música!

  3. Gostei do teu texto, Mairon! Confesso que nunca ouvi um disco da banda e conheço apenas as músicas que fizeram sucesso e tocaram incessantemente nas rádios durante os anos 70 e início dos 80. Gosto de alguns hits e acho outros abomináveis, como por exemplo “Chiquitita” e “Fernando”. Tb me lembro das versões em português desses dois hits, cantadas pela cantora paraguaia Perla. Acho que isso tb ajudava na má impressão… E como estou falando em versão, notei que ao ouvir “Ring Ring”, descobri que conhecia a mesma em português, com o nome de “Férias na Praia”, interpretada pela cantora da Jovem Guarda, Sueli.

    1. Obrigado José Leonardo. Eu acho essa fase inicial do ABBA bastante ingênua e gostosa de ouvir. A segunda fase, mais maduros, tem músicas ótimas, talvez as melhores da banda, mas os álbuns não são tão bons quanto os primeiros.

  4. Me foi apresentado o ABBA ainda na infância, pela minha tia, que deve ter vivido esses tempos de discoteca embalados pelos Bee Gees e calças boca de sino. Mas desde a primeira vez que tive contato com “Dancing Queen” (a mais manjada, acredito eu), já tive consciência de que nunca iria gostar desse negócio. Passaram-se os anos e ainda não entendo muito bem o fascínio de muitos pelo grupo. Respeito e tudo mais, mas ainda acho um dos sons mais estéreis que surgiram nos anos 70. No que concerne ao texto, ficou muito bom, Mairon, parabéns, mas minha opinião sobre a banda ainda não mudou (e acredito que nunca vá mudar).

    1. Obrigado Alisson. Na segunda parte vou colocar uma canção que talvez faça você mudar a visão sobre a banda. Abraços

  5. Também sou dqueles que nunca pegou um disco completo do ABBA para ouvir. No máximo uma coletânea ou a trilha sonora de Mama Mia. Não tenho problemas nenhum com o ABBA (só quando toca “Fernando” em algum lugar e o povo faz aquela piadinha manjada), gosto da maioria dos hits, mas não sei se me interesso em ter alguns de seus discos.

    1. É Fernando, na próxima edição vai ter uma música que não sei se você conhece com o ABBA, mas talvez conheça com uma banda que você gosta muito.

  6. Parabéns, Mairon Machado pela ousadia de colocar a excelente discografia do maior grupo pop da hist´ria, aqui na Consultoria do Rock.
    O ABBA é mais que um fenômeno de uma época determinada.É um acerto de Benny e Bjorn em canções universais, populares e de qualidade.
    O grupo se desfez em meados de 1983 e até o final de 2010 havia vendido mais de trezentos e setenta milhões de discos, números oficiais.
    Eu sou fã do grupo desde que ouvi o primeiro disco deles lançado no Brasil, em 1975, que veio com a capa original correspondente, mas as músicas com um espécie de coletânea dos dois primeiros e com algumas canções do álbum novo.
    Tenho aproximadamente quatro mil e setecentos discos e gosto muito de Rock e MPB e algum coisa de POP, sendo o ABBA, disparado, o meu grupo preferido.
    Aqui no Brasil, os “intelectuais” da música, em especial os da crítica, torcem o nariz para o grupo, enquanto o ABBA renova aqui é lá fora as suas gerações de fãs, provando que o que é bom, fica.
    Gostei muito do artigo. Parabéns, mais uma vez, Mairon.

    1. Obrigado Cláudio. Fiquei com vontade de conhecer sua coleção, e concordo com a sua frase sobre os “intelectuais” da música. Eu gosto de ABBA desde pequeno, mas depois que ouvi os discos que virão na próxima parte, os quais considero que apesar de no geral serem mais fracos, possuírem as melhores músicas, virei um fã. Tenho apenas dois discos da banda – e um é uma coletânea – mas um dia eu completo ela. Abraços!

  7. Eu também nunca escutei um álbum completo da banda, mas gosto muito do que conheço. Muito boa essa música “Rock Me”, me lembrou demais o Slade. O que acho mais legal no ABBA é que apesar da pegada disco, eles sempre aparecem com melodias bem melancólicas, coisa totalmente diferente dos artistas da época. Legal também que sempre vejo em entrevistas de bandas suecas, até mesmo de Death e Black Metal, os caras dizendo que respeitam muito o ABBA, por terem sido os primeiros artistas do país a abrirem as portas para outros projetarem suas carreiras internacionalmente. O mesmo acontece com o A-ha, na Noruega.

  8. Boa noite! Cumprimentos pelo artigo, apenas sinalizando que o texto deixa a participação da Frida muito minimalizada, enquanto que ela teve tão importância quanto a Agnetha, a exemplo das canções Fernando, Super Trouper, I have a dream, Knowing me, Knowing you, Andante Andante, Money Money Money e a própria Gonna Sing You My Lovesong que ele diz ser cantada pela Agnetha, mas foi a Frida quem gravou e canta. O grupo tinha um acordo de sempre destacar de forma igual as canções já que ambas já eram cantoras de renome dá Suécia, assim sendo, era sempre metade para cada uma delas. Abraços!

    1. Blz Edson. Talvez eu tenha deixado me influenciar por que sou um grande fã e admirador da Agnetha. Me perdoe …

  9. Excelente matéria. ABBA segue sendo uma das maiores bandas que já tocaram nesse mundinho pequeno. Além de terem um enorme talento, muitos foram fãs da banda, como membros do Sex-Pistols, The Clash, Ramones, The Who, Kurt Cobain e até mesmo John Lennon, entre uma penca de gente.

Deixe um comentário para Alisson Caetano Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.