Van Halen – A Different Kind of Truth [2012]

Van Halen – A Different Kind of Truth [2012]

Por Diogo Bizotto

A maioria das pessoas que carregam o rock como parte importante de seu estilo de vida muito provavelmente já sabem, e quem ainda está boiando tem a obrigação de saber: o Van Halen está de volta, e é em alto estilo que o quarteto californiano retornou aos estúdios e colocou no mercado um dos álbuns mais aguardados desta década, A Different Kind of Truth. Muita desconfiança rondou o seio da família Van Halen nos últimos anos, proveniente de diversos detratores e mesmo de admiradores que não acreditavam que a atual reunião com o vocalista David Lee Roth vingaria e apresentaria novos resultados. Desde 2006, ano em que começou a se desenrolar a atual união, diversos fatores desencadearam reações negativas na base de fãs do grupo. O primeiro foi o fim da parceria com o baixista Michael Anthony, membro da banda desde 1974, algo que irritou grande parte do público, acostumado, mais que com suas linhas no instrumento, com suas harmonias vocais que sempre complementaram a sonoridade do Van Halen e lhe emprestaram uma característica em especial.A verdade é que, para quem acompanha a carreira do grupo com um mínimo de atenção, o anúncio pode até ter sido surpreendente, mas fez bastante sentido tendo em vista as então recentes declarações dos membros do grupo na imprensa, explicitando o pouco envolvimento de Michael no processo de criação e inclusive de gravação desde Van Halen III (1998). Mesmo desde os anos 80, Eddie Van Halen já dava sinais de que a contribuição do baixista era reduzida. Se isso se dava por imposição do próprio guitarrista ou por desinteresse, o fato é que essa atitude se tornou ainda mais presente na primeira metade da década passada, quando Michael passou a participar cada vez mais dos projetos de Sammy Hagar, seu companheiro de Van Halen durante muitos anos. A escolha de Wolfgang, filho de Eddie, como seu substituto sugeriu que o círculo familiar, completo pelo baterista Alex, tomaria ainda mais as rédeas do grupo, mas felizmente a volta de David Lee Roth foi confirmada em meados de 2007, resultando em uma bem sucedida turnê que durou até julho de 2008.

Desde então, a situação do grupo ficou um tanto nebulosa, mantida em um certo grau de sigilo, quebrado em janeiro de 2011, quando o produtor John Shanks (Bon Jovi, Take That, Melissa Etheridge) confirmou a entrada do quarteto em estúdio. O que parecia finalmente se encaminhar para um curso positivo, passou a ser questionado quando surgiu a informação de que diversas músicas que constariam de A Different Kind of Truth seriam baseadas em antigas demos que datavam dos primórdios da banda, mesmo antes da gravação de Van Halen I (1978), algo confirmado com o lançamento do primeiro single, “Tattoo”, que teve uma morna recepção.

Apesar do tortuoso caminho que levou ao primeiro álbum do grupo em 14 anos (e 28 desde o último registro com Roth, 1984), da desconfiança dos fãs e mesmo do discurso pessimista dos “secadores”, ninguém esperava o soco na cara que Eddie e companhia prepararam para ser desferido oficial e mundialmente no dia 7 deste mês. Mais que lançar um álbum de muita qualidade, o Van Halen apresentou um equilíbrio excelente entre boas composições, produção de primeira linha e performance irrepreensível. Contestado por muitos sem nunca sequer ter sido ouvido em estúdio, Wolfgang supre muito bem os graves, enquanto seu tio continua com a mesma sonoridade peculiar que desenvolveu ao longo dos anos, coisa rara em se tratando de bateristas, e seu pai está endiabrado como nos primeiros discos do grupo, fazendo jus a seu elevadíssimo status como um dos mais criativos e influentes guitarristas que o rock já gerou. Mesmo o vocalista David Lee Roth, que já beira a sexta década e trabalha com um instrumento cujo desgaste é natural e praticamente impossível de evitar, oferece uma performance de alto nível, trazendo velhas características sem soar datado, mantendo a classe a a malandragem intactas.

Alex Van Halen, David Lee Roth e Eddie Van Halen

Por falar nisso, revisitar o passado e mesmo assim soar atual é certamente uma das características mais fortes de A Different Kind of Truth, demonstrando que o Van Halen não tem medo algum de relembrar dos seus momentos mais gloriosos, o fazendo com empolgação e não de maneira a parecer nostalgia barata. Lampejos de 1984, Fair Warning (1981) e até dos dois primeiros álbuns, lançados ainda nos anos 70, aparecem com destaque e certamente fazem a alegria dos apreciadores.

Citei anteriormente que o primeiro single, “Tattoo”, lançado cerca de um mês antes do disco, teve uma recepção morna, e isso se justifica pelo simples fato de ser uma canção que, apesar de boa, ficou abaixo das expectativas mais ardorosas. Felizmente, “Tattoo” talvez seja a faixa mais fraca do disco, apesar de ganchuda e dotada de um apelo comercial mais evidente, além de um desempenho especialmente bom de Eddie, que sola com sapiência, e Roth, que demonstra não ter perdido o tino para criar linhas vocais que fogem de melodias retas e expressam toda sua malemolência. Se havia uma má impressão após a audição de “Tattoo”, ela é dissipada com facilidade logo na ótima introdução de “She’s the Woman”, demonstrando o bom entrosamento entre Wolfgang e Eddie, que despeja repetidamente o riff inicial da faixa, incrementando-o com o passear de seus dedos pelo braço da guitarra de diferentes maneiras, ora estendendo-o com licks diversos, ora utilizando-se de bends bem encaixados, sem falar em seu pujante solo.

Certos timbres de guitarra em especial remetem ao arsenal de sonoridades desenvolvidas por Eddie, e “You and Your Blues” conta com uma dessas texturas. Seu alegre andamento e o forte uso de backing vocals remetem a 1984, último álbum registrado com Roth, além de algumas nuances da época em que o grupo contava com Sammy Hagar. Falando em backing vocals, é necessário citar que, nesse aspecto, a ausência de Michael Anthony não trouxe prejuízos ao disco, que soa muito bem mesmo sem seus agudos vocais de apoio. Talvez ao vivo sua falta seja mais sentida, mas esse não é o assunto que está em questão aqui, pois logo após “You and Your Blues” a rápida e pesada “China Town” toma os alto-falantes de assalto, fazendo-nos relembrar da insanidade de músicas como “I’m the One” (Van Halen I, 1978), “Hang ‘Em High” (Diver Down, 1982) e “Hot For Teacher” (1984). Aliás, é possível que, apesar de Fair Warning soar como uma patada de urso, A Different Kind of Truth seja o mais pesado álbum do grupo. “China Town” traz aquele Van Halen que sabe aplicar sua técnica em favor da boa música, incluindo o constante uso de dois bumbos por Alex, velocidade nas mãos de Wolfgang, além de um daqueles solos que só Eddie consegue criar com tanta qualidade e marca registrada.

“Blood and Fire” é outra que traz algumas semelhanças com o feeling mais pop de 1984 e parece ser uma boa candidata a protagonizar o lançamento de um segundo single extraído do disco, apesar de estar um pouco distante dos padrões ditos comerciais hoje em dia. Mesmo assim, seu refrão tem tudo para elevá-la a posições nas paradas condizentes com a qualidade do registro. Mais um avassalador solo de Eddie, acompanhado por boas viradas de Alex. O Van Halen solta o freio novamente em “Bullethead”, que além de contar com a mão pesada de Eddie, cuspindo riffs como um jovem louco para registrar pela primeira vez suas composições em estúdio, mostra que a idade não fez com que David Lee Roth perdesse o gosto por cantar material desse gênero.

Van Halen ao vivo em um show de aquecimento: Wolfgang, Eddie e David

Uma bizarra contagem e os tambores e pratos de Alex abrem “As Is”, mais uma a demonstrar que a locomotiva que conduz o Van Halen está desgovernada, soltando faíscas e pronta para arrasar com quem ousar se colocar em seu caminho. Um segmento falado no meio da canção relembra-nos desse recurso tão bem explorado por Roth em eras passadas, em músicas como “Mean Street”, “Dirty Movies”, “Unchained” (as três de Fair Warning) e “Panama” (1984). Quando se pensa que a sequência de canções pesadas dará um tempo, somos presenteados com “Honeybabysweetiedoll”, que conta com um riff que lembra “Gates of Babylon” (Rainbow), mas que não empresta base para que se declame um conto épico ou medieval, e sim para mais uma das várias letras sacanas de Roth, que demonstra mais uma vez sua afiada criatividade para criar melodias vocais que fogem do habitual.

Chegamos na nona faixa, e uma pergunta vem à mente: onde raios estão os teclados, tão presentes na sonoridade do grupo desde meados dos anos 80, em especial na era com o vocalista Sammy Hagar? Se eles existem, estão tão escondidos na mixagem que sequer se fazem perceber, deixando que o básico trio guitarra, baixo e bateria ressoem sem restrições. É isso que acontece na setentista “The Trouble With Never”, que chega a remeter à excelente “Crosstown Traffic”, de Jimi Hendrix, o que definitivamente não é um demérito, apesar da semelhança não ter sido muito bem vista por alguns críticos. Quaisquer desconfianças em relação a Wolfgang são deixadas de lado ao se ouvir a canção, na qual o jovem (de apenas 20 anos) arrasa em grooves que incrementam a música de maneira a soar muito mais “cheia”, mostrando que o sangue Van Halen é mesmo sinônimo de talento musical.

A rifferama desenfreada de Eddie continua com força em “Outta Space”, despejando notas com mais um daqueles timbres que só ele consegue extrair com tanta personalidade. “Outta Space” é intensa, direta, sem frescuras… Do jeito que talvez só os fãs mais otimistas esperassem. Outro momento no qual o passado do Van Halen é explicitamente revistado encontra-se em “Stay Frosty”, dotada daquele jeito cafajeste tão bem dominado por David Lee Roth, que encontrava, até então, seu maior expoente em “Ice Cream Man” (Van Halen I).

A faceta mais simples do Van Halen aparece na descompromissada “Big River”, que deixa claro como nenhuma outra a produção equilibrada e a boa timbragem dos instrumentos, todos bem ressaltados na mixagem. Uma introdução com cara de “ao vivo” abre “Beats Workin'”, faixa que finaliza em alta um disco que não conta com sequer um momento desperdiçado, ou como muitos dizem, sem “encheção de linguiça”. Ainda na música, há uma citação ao riff de “Day Tripper” (The Beatles), executado no baixo de Wolfgang, além de linhas vocais que remetem a “Feel Your Love Tonight” (Van Halen I).

Wolfgang, David e Eddie

Nunca fui pessimista em se tratando do que a família Van Halen poderia voltar a produzir com Roth, mas confesso que fui surpreendido com a qualidade abundante de A Different Kind of Truth, que desde já é candidato a figurar na minha lista congregando os melhores álbuns lançados em 2012, com forte tendência a ocupar um dos primeiros postos. Alex continua uma certeza constante, desempenhando seu papel como uma das poucas lendas da bateria rock ainda na ativa com tamanha relevância. Wolfgang desarmou os detratores e provou que, apesar da pouca idade, não deve em nada a Michael Anthony, tocando com galhardia. Eddie soa jovem como não o fazia há décadas, pronto a continuar influenciando gerações distintas de guitarristas ao redor do mundo através de sua técnica, criatividade e personalidade, além das magníficas texturas extraídas do instrumento. David Lee Roth, que talvez pudesse soar mais cansado, oferece um desempenho que não apenas é digno de seu passado, como supera a grande maioria de suas performances tanto com o Van Halen quanto em carreira solo, usando sua grande experiência a seu favor.

Fica difícil apontar destaques individuais em um álbum tão portentoso, mas uma certeza que fica é a de que esse é o melhor disco do grupo em muito, muito tempo. Van Halen I e Fair Warning continuam sendo indiscutivelmente meus favoritos, mas a banda pode se orgulhar de ter produzido mais um clássico para a posteridade. Os admiradores de Sammy Hagar que me perdoem, mas A Different Kind of Truth traz o Van Halen que me interessa, empolgante, urgente e perigoso. Gosto do “Red Rocker” no grupo e acredito que a fase “Van Hagar” seja dotada de ótimos motivos para que se escutem aqueles quatro discos, incluindo clássicos como “Love Walks In”, “Poundcake” e “Don’t Tell Me (What Love Can Do)”, entretanto, para mim, não é possível tecer comparações.

A maior esperança que surge após escutar o álbum é a de que ele possa ajudar a elevar novamente o status e o sucesso das bandas que praticam esse tipo de rock, grupos que não têm vergonha de arrebanhar plateias em arenas lotadas e fazê-las entoar seus refrões viciantes e acompanhar sua performance fazendo air guitar em frente aos palcos, protagonizando uma bela troca de energia. Aguardemos o resultado comercial de A Different Kind of Truth… Minha parte já fiz, e se eu fosse você, não esperaria mais nem um instante para adquirir uma cópia.

Tracklist:

1. Tattoo
2. She’s the Woman
3. You and Your Blues
4. China Town
5. Blood and Fire
6. Bullethead
7. As Is
8. Honeybabysweetiedoll
9. The Trouble With Never
10. Outta Space
11. Stay Frosty
12. Big River
13. Beats Workin’

12 comentários sobre “Van Halen – A Different Kind of Truth [2012]

  1. A qualidade dos textos deste blog é incrível! Estou gostando muito da série dos pecados nacionais.

    E eu também tenho alguns discos que, aparentemente, só eu gosto, ou que só eu conheço 🙂

    abraços

  2. O canudo vermelho lhe fez bem, Diogo. E é mais do que justo. Ótimo texto, equilibrado, informativo e com aquela confiança de quem sabe o que está escrevendo. Parabéns!!! Eu já era seu fã amador, agora que você virou profissional então…

  3. Bom dia

    Eu tenhoum blog sobre música e que está passando por uma reformulação depois de 4 anos. Eu também prezo muito pelos textos e isso me chamou a atenção no Consultoria do Rock, o qual já acompanho há um tempo.

    Gostaria de saber se existe interesse em uma parceria ??

    Blog Jazz & Rock – http://www.jazzerock.com

    Att
    Daniel

  4. Já tinha lido resenhas para essse disco mas nenhuma tão completa. Muito bom Diogo…
    Eu ainda não ouvi o álbum. Estou esperando ele chegar para fazer o ritual de abrir o disco e ouví-lo, do mesmo modo que fazia quando comecei a ouvir música…

  5. Além da citação a "Day Tripper", a guitarra em "Tattoo" me fez lembrar de "Get Back". Para mim é um dos melhores trabalhos da carreira do Van Halen, muito além do que eu esperava. Gosto do Van Hagar, mas nunca senti nessa fase a mesma magia dos tempos de DLR, aquelas características que transformaram a banda em algo único.

    Em relação ao Wolfgang: acho que o guri foi vítima de um grande pré-conceito de parte dos fãs. Como se fosse impossível ele ser um grande músico e só estivesse ali por influência familiar. Lógico que isso aconteceu, mas ele tem uma influência genética musical muito forte, desde antes do pai e do tio. Por que seria, de certa forma, proibido ele herdar isso?

    E, honestamente, quando o Michael Anthony estava na banda não lembro de ter tantos admiradores explícitos. Aí saiu (foi saído) e virou insubstituível. Não estou desmerecendo o cara, até porque sou muito fã de tudo que ele fez na banda e agora no Chickenfoot. Só acho que a contribuição era muito menor do que se tentou parecer ser.

    Além disso, raciocinemos:

    1) Eddie Van Halen é louco, mas não burro. Não ia atirar o próprio filho em uma fogueira sabendo que poderia contratar qualquer baixista do mundo para fazer a função. Poderia ter chamado um Billy Sheehan da vida, qualquer um agarraria a oportunidade pois a turnê era quase certeza de êxito, como foi.

    2) Gosto muito do Michael, mas não dá para dizer que ele é uma referência no isntrumento, alguém que vá ser colocado em uma lista dos melhores de todos os tempos. Para mim sempre foi um cara cumpridor de tarefas – e se saindo muito bem, mas nenhum "craque". Era um Mauro Silva. E quando um baixista é muito citado pelos seus backing vocals, há algo no mínimo curioso no ar, ao menos para mim.

    3) Essa questão dos baixos gravados pelo Eddie começou a aparecer com muita força nos discos menos recentes (porque mais novos é sacanagem). Segundo alguns relatos de bastidores, tanto no Balance quanto no VHIII muita coisa foi feita pelo EVH. Talvez tenha sido assim nesse também, mas ao vivo o Wolf vai ter que segurar o rojão.

    Também tem a questão das músicas reaproveitadas, algo que sempre aconteceu, mesmo no Van Hagar. E fiquei confortável com isso. Afinal de contas, o que de melhor o VH fez está no passado mesmo.

  6. Pessoal, muito obrigado pela boa recepção. Não tenho o costume de fazer resenhas de lançamentos, pois sinto que um álbum precisa de um tempo para amadurecer e consolidar-se em nossos ouvidos, para que então possamos expressar uma opinião mais embasada, mas nesse caso, tendo escutado tantas vezes o disco e tendo em vista sua qualidade, tive que abrir uma exceção.

    O Jay disse muito bem: até a época em que Michael Anthony "foi saído" do grupo, seu reconhecimento era bastante limitado. De repente, uma legião de pessoas passaram a tratá-lo como insubstituível e viram a entrada de Wolfgang como uma afronta, sem mesmo observar o desempenho do guri, que está mandando muito bem no novo disco. Quando ao fato de Eddie muitas vezes gravar o baixo em estúdio, se bem me lembro, "Van Halen III" só conta com a presença de Michael em três faixas.

    A respeito do reaproveitamento de demos antigas: taí uma coisa que não me traz problema algum. Inclusive, gostaria de ver muitos outros grupos revisitando seus arquivos e trazendo à tona riffs, melodias e as mais diversas ideias formuladas no passado a fim de proporcionar mais qualidade para seus álbuns futuros.

    Daniel, gostei da variedade de assuntos abordados pelo seu site. Será um prazer colocá-lo entre nossas recomendações, e podes fazer o mesmo com o nosso. Siga-nos também no twitter! Abraço…

  7. Esse sem sombra de dúvidas é o melhor disco que escutei em 2012, só de não ouvir aqueles teclados pentelhos do Sr Eddie já me fez sorrir de orelha a orelha
    é um petardo atrás do outro, nem senti falta do Michael Anthony, o Wolfgang o substituiu com extrema competência e calou a boca de vários detratores, inclusive eu mesmo
    parabéns pela resenha e por todo site
    abs, Carlos

  8. Esse sem sombra de dúvidas é o melhor disco que escutei em 2012, só de não ouvir aqueles teclados pentelhos do Sr Eddie já me fez sorrir de orelha a orelha
    é um petardo atrás do outro, nem senti falta do Michael Anthony, o Wolfgang o substituiu com extrema competência e calou a boca de vários detratores, inclusive eu mesmo
    parabéns pela resenha e por todo site
    abs, Carlos

  9. Bom, passei aqui para dar os parabéns pela ótima resenha desse fantástico álbum. Não conhecia o blog, e acabei chegando sem querer e me surpreendi positivamente. Destaco a seguinte frase como algo que penso fortemente:
    "Os admiradores de Sammy Hagar que me perdoem, mas A Different Kind of Truth traz o Van Halen que me interessa, empolgante, urgente e perigoso." E sim, tb gosto do Red Rocker, mas o real VH é o que deu espírito a este álbum.
    Só discordo da citação à frase do baixo em "Beats Working" ser de Day Tripper. Lembra a ideia, e mesmo assim, apenas as 4 primeiras notas, mas não é de fato o riff, e nem acredito que tenha sido a intenção.
    Enfim, parabéns, pelo blog!
    Abraços!
    Marcos

  10. Caraca, quatro anos desse discaço. Como o tempo passa rápido na música. E nunca mais excursionaram, nunca mais pensaram em fazer um novo disco. Será que tem volta?

    1. Pois é, Mairon. Uma das questões que eu levantei é a possibilidade de que o sucesso do disco e uma possível turnê grande e abrangente pudesse ajudar a elevar novamente não apenas o nome do Van Halen no mercado musical, mas esse jeito de fazer rock que está evidente nesse disco e que anda recebendo pouca atenção no mainstream. Como pôde-se observar de quatro anos pra cá, não foi bem isso que aconteceu. Não condeno Eddie e David, afinal de contas, são seres humanos acima de tudo e não precisam dar prova de união para ninguém, nem precisam matar no peito essa bola em nome de tantos outros artistas. Mas que é uma pena, é.

Deixe um comentário para fernandobueno Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.