Datas Especiais: 35 anos sem Tommy Bolin

Datas Especiais: 35 anos sem Tommy Bolin
Por Mairon Machado
Quantas pessoas você conhece que, com 22 anos, assumem a responsabilidade de substituir o dono de um grande grupo de rock, e com 24 anos torna-se a referência musical para quatro monstros do rock, liderando a guitarra de uma das mais importantes bandas do hard rock mundial?
Bolin ao vivo
Bom, eu conheço apenas três pessoas que foram capazes dessa façanha: Eric Clapton (Yardbirds e Cream), Jimmy Page (Yardbirds e Led Zeppelin) e Tommy Bolin. Porém, os dois primeiros surgiram na década de 60, em um cenário efervescente, onde em cada esquina do mundo nascia uma pequena banda de rock, com fortes chances de conseguir o sucesso através de algum hit, e depois, navegar no mar da obscuridade, o que convenhamos, não foi o caso do Cream e tampouco do Led Zeppelin.
Mas Tommy Bolin viveu uma vida diferente dos outros dois gênios da guitarra. Mesmo Clapton tendo começado com apenas 18 anos no Yardbirds, e com 21 montado o Cream, sua carreira, em termos de ascensão, é incomparável ao que o jovem guitarrista americano conquistou.
Bolin nasceu no dia 1º de agosto de 1951, na cidade de Sioux, Iowa. Desde cedo, ele teve inclinação para a música, e com oito anos já estava tirando os primeiros acordes no violão. Na entrada da adolescência, Bolin passou a integrar diversas bandas de Sioux, até que sua família mudou-se para Boulder, Colorado. Lá, ingressou no grupo American Standard, onde começou a criar uma boa reputação.

Zephyr: Bobby Berge, John Faris, David Givens, Candy Givens e Tommy Bolin

Irreverante, com roupas chamativas e um corte de cabelo diferente dos demais membros do American Standard, além de uma voz poderosa e uma habilidade incrível na guitarra, não demorou para que o pessoal do grupo Ethereal Zephyr chamasse o garoto, com apenas 18 anos, para assumir o posto de guitarrista principal. Ao lado de John Faris (teclados), Robbie Chamberlin (bateria), David Givens (baixo) e sua esposa, Candy Givens (vocais), Bolin foi responsável pelo lançamento dos dois primeiros discos do agora batizado Zephyr. Batizados de Zephyr (1969) e Going Back to Colorado (1971), o último contando com Bobby Berge na bateria, esses dois álbuns, hoje preciosidades a serem conhecidas pelos admiradores da música, revelam um ainda tímido Tommy Bolin, fazendo solos curtos, mas mostrando a agilidade da mão direita em levadas espetaculares. A fusão de psicodelia com southern music era a principal atração do Zephyr, e, principalmente, a voz de Candy Givens (uma espécie de Janis Joplin misturada com Grace Slick) sem dúvidas era o referencial. Canções como “Raindrops” e “Cross the River“, pertencentes ao primeiro álbum do grupo, “Miss Libertine”  e “Take My Love”, são alguns dos bons exemplos da capacidade musical do Zephyr, que os levou a participar da edição do Texas Pop Festival de 1971.

Ao lado de Candy Givens

Mas o sucesso do Zephyr, que também os levou a abrir um show do Led Zeppelin durante a passagem dos britânicos pelo Colorado, fez alguns produtores virarem os olhos para o jovem guitarrista do grupo. A atração pelo sucesso, e a falta de sintonia com a música do Zephyr, fez Bolin abandonar o barco. Na realidade, Bolin já havia entrado em dois mundos de onde, depois que você entra, dificilmente sai.

O primeiro deles, o mundo de Miles Davis. Bolin pirou com as experiências sonoras de Davis no álbum Bitches Brew (1970), e, posteriormente, A Tribute to Jack Johnson (1971), e assim, decidiu voltar-se para o jazz e para o blues. O segundo mundo é o mundo das drogas. Com o Zephyr, Bolin descobriu a maconha e rapidamente evoluiu para a cocaína, da qual virou consumidor ativo. 

Ao vivo com o Energy, em 1972

Com muitas viagens na cabeça, Bolin criou o Energy, um grupo fortemente influenciado por Miles Davis, mas que nunca chegou a gravar um disco com o guitarrista. O período tocando com o Energy chamou a atenção do baterista panamenho Billy Cobham. O músico, que havia participado de A Tribute to Jack Johnson, agradou-se ainda mais do garoto quando ele disse que era seu fã, e que seria um prazer tocar ao lado do melhor baterista que já havia ouvido.

Essencial disco de Billy Cobham, com a participação de Bolin

Bolin então registrou sua guitarra no álbum Spectrum, uma obra-prima lançada por Billy Cobham em 1972, que, além de Bolin na guitarra, possui a participação de Leland Sklar (baixo) e Jan Hammer (teclados), além de outros músicos de menor expressão. Nesse disco, surgiu finalmente o Bolin pelo qual o mundo se apaixonaria três anos depois. As notas leves, acordes swingados e a levada da mão direita são algumas das características que Bolin registrou nos sulcos de Spectrum. Canções como a agitada “Taurian Matador“, onde trava um duelo feroz com os teclados de Hammer, a impressionante “Stratus” e a swingada “Red Baroon”, duelando com os teclados de Hammer, dessa vez em um swing leve, embriagante e sensacional, são uma boa amostra do talento de Bolin.

James Gang: Tommy Bolin, Dale Peters, Jim Fox e Roy Kenner
A participação do guitarrista em Spectrum foi crucial para que Jimmy Fox, baterista do James Gang, escolhesse Bolin para substituir Dominic Troiano em seu grupo. Dominic havia entrado para o lugar de Joe Walsh, um exímio guitarrista que levou o James Gang ao topo das paradas através de álbuns essenciais como ‘Yer Album (1969) e Rides Again (1970). Com 22 anos, muitos duvidaram que Bolin fosse capaz de aguentar a pressão de ser o guitarrista de uma banda famosa e com mais de oito anos de carreira.

 
Os dois álbuns de Bolin com a James Gang

Pois Bolin superou essa dúvida com sobras, registrando os maravilhosos Bang (1973) e Miami (1974). Com o James Gang, Bolin pôde aperfeiçoar sua técnica no violão e nos teclados, e nesses álbuns, fez algumas de suas principais gravações, destacando “Standing in the Rain“, “Ride the Wind” e a emocionante “Mystery” (de Bang), e “Cruisin’ Down the Highway”, “Wildfire” e “Head Above the Water” (de Miami). Os vocais suaves de Bolin também aparecem com destaque na linda “Alexis“, de Bang. Já a guitarra carregada de efeitos das demais canções, criava uma sonoridade inédita, que chamava a atenção de diversos novos seguidores do James Gang. Para a carreira de Bolin, o crescimento como compositor era algo cada vez mais notório.

Bolin com Alphonse Mouzon, segundo da direita para a esquerda (abaixo);
e a capa do álbum Mind Transplant (acima)

Depois da turnê de divulgação de Miami, Bolin tentou se afastar da cocaína, na qual já estava bastante viciado. A solução foi virar músico de estúdio, e assim, Bolin começou a pensar em investir em uma carreira solo. Nesse período, participou de diversos registros como músico convidado, destacando outro grande álbum do jazz rock setentista: Mind Transplant (1974), do baterista Alphonse Mouzon, onde deixou pelo menos mais dois petardos sonoros para a posteridade: a faixa-título, “Carbon Dioxide” e “Golden Rainbows“, onde os solos são carregados dos efeitos que já apareciam nos discos da James Gang.

Bolin: virtuoso e talentoso
Ainda em 1974, Bolin assinou contrato com a Nemperor Records para gravar seu primeiro álbum solo. Para isso, apoiou-se nos ombros dos gigantes David Foster (arranjos), David Sanborn (saxofone), Jan Hammer (teclados), Phil Collins (bateria) e Glenn Hughes (baixo). Durante a gravação do primeiro álbum, dois fatos mudaram a vida de Bolin.
O primeiro deles foi a aparição do grupo canadense Moxy na Califórnia. Bolin estava fazendo uma sessão de gravação no mesmo estúdio do Moxy, e ficou impressionado com a sonoridade dos canadenses, que estavam gravando seu primeiro e fundamental álbum. Fascinado com o som do grupo, Bolin ofereceu seus trabalhos para a banda, o que foi prontamente aceito, já que Bolin, além de ser um boa pinta, também tinha um estilo que se encaixava ao que estava sendo buscado pelo Moxy.

Um clima de harmonia surgiu nos estúdios e após as diversas sessões, quando o Moxy já estava pronto para convidar Bolin para oficialmente se tornar o principal guitarrista do grupo – lembrando que o Moxy contava na época com o sensacional guitarrista Earl Johnson, além de “Buzz” Shearman (vocais), Bill Wade (bateria) e Tery Juric (baixo) -, eis que um convite de David Coverdale chegou para Bolin: “você está convidado para ser o novo guitarrista do Deep Purple”.

Um dos principais nomes do hard mundial, o Deep Purple estava na ativa havia pouco mais de oito anos, mas já havia deixado sua marca em álbuns como In Rock (1970), Machine Head (1972) e Burn (1974). Porém, a Mark III naufragou em uma guerra de egos, levada principalmente pelo guitarrista Ritchie Blackmore. David Coverdale (vocais) foi o primeiro a incentivar a entrada de Bolin, convencendo Ian Paice (bateria), Jon Lord (teclados) e Glenn Hughes (vocais) de que mesmo Bolin tendo apenas 24 anos, era possível que ele cobrisse as partes de Blackmore ao vivo, e ainda mudar de vez o som do Purple (algo que estava ocorrendo desde a entrada de Hughes e Coverdale em 1973).

A estreia do Moxy, com Bolin nas guitarras

Como não tinha um vínculo oficial com o Moxy, Bolin preferiu seguir carreira ao lado do Purple, deixando para o pessoal do Moxy uma excelente contribuição, através de Moxy, o álbum de estreia do grupo, que foi lançado em 1975. Essencial na discografia de qualquer apreciador do hard setentista, Moxy exalta ainda mais as qualidades de Bolin, destacando “Fantasy“, “Moon Rider” e “Train“. 

A estreia solo de Bolin

Ainda em 1975, Bolin completou seu álbum de estreia, Teaser, o qual chegou às lojas no dia 17 de novembro do mesmo ano. Trazendo diversos convidados, dos quais além dos citados anteriormente também é necessário chamar a atenção para a participação do baterista Jeff Porcaro, Teaser é um álbum dançante, envolvente e muito gostoso de se ouvir. Bolin desfila suas notas na guitarra, mergulhando profundamente sua voz clara em canções marcantes, como “The Grind”, “Savannah Woman“, “People, People” e a super clássica “Wild Dogs”. Outro grande destaque é a participação de Glenn Hughes na faixa “Dreamer“.

Jam session que levou Bolin a assumir as seis cordas do Purple

Pouco antes, em junho de 1975, Bolin participou de uma jam session com o Deep Purple, a qual resultou na aprovação de Bolin para as seis cordas do Purple. Bolin chocou a todos quando chegou com suas roupas coloridas e um visual muito extravagante. Mesmo tendo passado pela James Gang, Bolin ainda era um tímido garoto loiro, mas que, ao empunhar a guitarra, transformava-se em uma fera indomável. A jam deixou todos no estúdio de boca aberta, com Bolin sendo efetivado no cargo na hora. O mais interessante de tudo é que Bolin nunca havia ouvido uma canção sequer do Purple, mas a harmonia criada com Paice, Lord e Hughes (principalmente) foi como a união do queijo com a goiabada.

Mark IV do Deep Purple: David Coverdale, Jon Lord e Tommy Bolin (acima);
Ian Paice e Glenn Hughes (abaixo)

A entrada de Bolin deu origem à chamada Mark IV, e mudou totalmente o Deep Purple. Se antes, Lord e Paice eram os líderes (ao lado de Blackmore), Bolin de tornou o mentor do quinteto britânico. Sua palavra era sempre a última, e sua influência marcou bastante os colegas do Purple, principalmente Hughes, que, além de dividir o palco e os estúdios com Bolin, passou a dividir heroína com o guitarrista.

Come Taste the Band, único registro de estúdio da Mark IV

A Mark IV lançou Come Taste the Band em 1975. Na época, a sonoridade funkeada do LP não agradou aos fãs da fase pesada da Mark II e da Mark III. Porém, hoje a maioria dos fãs aplaudem e reverenciam o álbum, que traz aquele que é o melhor momento de Tommy Bolin: a canção “Owed to G“, um belo tema instrumental onde Bolin simplesmente detona na guitarra. Outro grande destaque desse LP é “You Keep on Moving“, canção que encerra o álbum e que concretiza a obra talentosa de Bolin tanto como guitarrista quanto compositor. 

Bolin, provando algo “diferente”
Porém, durante a turnê de divulgação do LP, a coisa começou a naufragar. A turnê começou pelo Japão, e pouco antes, Bolin, que havia ficado todo o tempo da gravação de Come Taste the Band sem injetar heroína, abusou da dose antes da primeira apresentação em Nagoya. O resultado: teve o lado direito de seu corpo paralisado, tendo que subir no palco somente para fazer as bases, e mesmo assim com muita dificuldade.
Bolin deu sinais de melhora quando o grupo chegou em Tóquio, três shows depois, mas mesmo assim não conseguiu fazer no Japão uma apresentação à altura de seu talento. Como Bolin estava em dificuldades de recuperação, a data de Hong Kong acabou sendo cancelada, com a banda fazendo um recesso de fim de ano, onde Bolin tentou se livrar das drogas, assim como começou a compor novas canções.
Em 14 janeiro de 1976 o Deep Purple voltou à estrada, fazendo uma turnê pelos Estados Unidos, que acabou em 4 de março, sem maiores problemas com o vício de Bolin, partindo então para cinco datas pela Grã-Bretanha: Leicester, Wembley Arena (por duas noites consecutivas), Glasgow e Liverpool. Foi exatamente em Liverpool que o barco afundou de vez. Bolin novamente abusou, perdendo totalmente o controle de tudo o que fazia no palco durante praticamente todos os shows britânicos, mas em Liverpool ele ficou totalmente imóvel, sem nem consguir ficar em pé, quanto menos segurar a guitarra. Coverdale deixou o palco aos prantos, confidenciando a Lord que estava saindo do Deep Purple. Sem Coverdale, Hughes também pediu as contas, e assim, Bolin foi oficialmente demitido, com Lord e Paice decidindo dar um ponto final à carreira do Deep Purple em junho de 1976. 

Robert Plant, Glenn Hughes e Tommy Bolin

Bolin então investiu em sua carreira solo, e aproveitando-se de que já havia conquistado um nome entre os grandes músicos de sua geração, lançou-se em uma bem sucedida turnê, ao lado de músicos como Narada Michael Walden (bateria), Jimmy Haslip (baixo), Mark Stein (teclados), além de seu irmão Johnnie Bolin (bateria) entre outros de menor expressão.

Segundo (e último) registro solo de Bolin

Em 1976, assinou com a CBS e lançou seu segundo disco solo, Private Eyes. Nele, mais canções marcantes, destacando “Someday Will Bring Our Love Home“, “Bustin’ Out for Rosey” e “You Told Me That You Loved Me“, que fizeram de Private Eyes o mais bem sucedido álbum solo de um ex-Purple até aquele momento. O sucesso de Private Eyes levou Bolin a abrir para Jeff Beck, o qual estava no auge da sua fase fusion.

Mas, infelizmente, ele não pôde aproveitar o sucesso do álbum. No início da manhã de sábado do dia 04 de dezembro de 1976, sua namorada o encontrou inconsciente, e poucas horas depois, Bolin foi declarado oficiallmente morto, vítima de uma overdose de heroína. Com apenas 25 anos, um dos maiores talentos da guitarra perdia sua guerra contra o vício. Bolin foi enterrado na cidade de Sioux, tendo em seu dedo anelar o mesmo anel que Jimi Hendrix estava usando quando faleceu, mais uma curiosidade do rock.

Last Concert in Japan: primeiro ao vivo oficial a contar com a guitarra de Bolin

Com o passar dos anos, diversos relançamentos vêm resgatando a obra de Bolin, destacando os lançamentos da Purple Records. Em 1977, foi lançado Last Concert in Japan, trazendo, como o nome diz, a última apresentação da Mark IV na terra nipônica. Depois, Days May Come and Days May Go (2000), o qual traz a jam session na qual Bolin foi aprovado para ser o guitarrista do Purple, e também This Time Around: Live in Tokyo 75 (2001), trazendo a cobertura da turnê japonesa da Mark IV, aumentaram o material de Bolin. Outros destques vão para a caixa Tommy Bolin: The Ultimate Collection, lançada em 1989 e que traz um apanhado geral da carreira do guitarrista, a série Whips and Roses I e II, lançadas em 2006, com muitas sobras de estúdio dos álbuns Teaser e Private Eyes, bem como versões ao vivo, e o ao vivo Tommy Bolin & Energy – Live in Boulder 1972 (2003), trazendo uma rara apresentação do músico com o Energy.

Porém, esses lançamentos, apesar de extremamente valiosos, servem apenas para aumentar nossa lástima pela perda de um guitarrista genial, que influenciou pessoas muito mais experientes que ele, e que em sua curta estadia na Terra, conquistou uma enorme geração de seguidores, apreciadores e músicos que ainda tentam tirar de suas guitarras os endiabrantes timbres que Bolin tirava de seu instrumento.

19 comentários sobre “Datas Especiais: 35 anos sem Tommy Bolin

  1. É uma grande infelicidade que um cara tão talentoso tenha sido fraco e sucumbido tão cedo à cocaína e à heroína. Sua carreira foi meteórica, porém muito prolífica, e o Mairon demonstrou isso muito bem através dessa retrospectiva. Estou devendo explorar seus álbuns com o James Gang (não posso negar uma queda pela fase Joe Walsh), mas "Spectrum" é ótimo, e o tempo se encarregou de fazer justiça ao excelente "Come Taste the Band", em especial às mais que magníficas "This Time Around" e "You Keep On Moving". Queria lembrar em especial a estreia do Moxy: que álbum fantástico, certamente vitaminado pelos solos inspirados de Bolin! Pra mim, um dos melhores representantes do som pesado dos anos 70. "Moon Rider" é covardia com quase tudo que se fazia na época, e merecia um status muito mais elevado entre os apreciadores das pedradas setentistas.

  2. Não conheço o Bolin fora do Deep Purple e da sua carreira solo. Preciso ir atrás. Eu tinha vontade de fazer uma resenha do primeiro solo dele q é excelente, mas essa matéria do Mairon matou a pau. A faixa título desse disco, Teaser, foi regravada pelo Motley Crue

  3. Bolin era gênio. O que ele fez com o Zephyr, com o Alphonse Mouzon, com o Billy Cobham e com o Moxy. é inigualável. Mesmo o come taste the band sendo o mais reconhecido trabalho de sua carreira, penso que é o mais fraco entre tdos (com exceção da fase james gang, que eu tb prefiro com o Joe Walsh).

    Os dois discos solo são excelentes, e eu fico com o Teaser em primeiro lugar

    Enorme perda, enorme!

  4. Bueno, vá atrás desse primeiro álbum do Moxy com urgência! Sei que hoje em dia muitos discos lançados nos anos 70 por bandas de segundo e terceiro escalão são extremamente superestimados, tomados como clássicos injustiçados, quando na verdade a realidade não é tão maravilhosa assim, mas esse Moxy é fantástico! Boas composições, boa produção, bons músicos… além da decisiva contribuição de Bolin.

  5. assino embaixo Diogo, o primeiro Moxy foge a regra em termos de DISCo em si, pois é muito bom, e melhor que muita banda conhecida da época (não é a toa que eles influenciaram o Triumph)

  6. Muito legal, Mairon.
    Só uma conversinha de idoso: lá por 72, a Mahavishnu Orchestra era uma febre por aqui, então quando saiu o Spectrum, do Cobham, esse disco foi cultuado a ponto de encher o saco ficar ouvindo todo mundo babar ovo pra ele. Quanto ao Come Taste to the Band, não me lembro de ninguém gostar do disco quando saiu. E o povo malhava sem dó o James Gang. Tudo viúva do Joe Walsh. O Private Eyes, sim, resgatou a reputação do Bolin por aqui. Mas acho que tem muito a ver com aquela coisa mórbida do cara ter morrido. Todo mundo vira gênio depois que morre. Zephyr e Moxy eu só vim a conhecer mais tarde. E o Alphonse Mouzon nunca foi minha praia.

  7. É, sou fã desse cara…ele tem uma fluência maravilhosa no estilo de tocar, consegue ser leve e pesado muito bem, coisa de craques como Jimi Hendrix, Jeff Beck, Jimmy Page, etc…
    E o cara tocou com muita gente fera, como os gênios da bateria Cobham e Mouzon, sem se falar no Paice que tb é referência.
    Esse disco do Moxy eu gosto, mas não acho tudo tudo isso que vcs tão falando não! mas se alguém me pedisse pra recomendar, eu recomendaria. O que queima um pouco o Zephyr é o vocal da Candy Givens que me soa exagerado, uma berraiada que as vezes me cansa.
    Eu escuto muito por cima o Private Eyes e não tinha gostado, achei muito pop. O Teaser ainda não ouvi.
    Agora me respondam…será que eu sou o único que prefere o James Gang do Bollin ao James Gang do Walsh?

  8. Dos discos mencionados, só conheço o Come Taste the Band e o Teaser, sendo que o primeiro não figura entre meus favoritos do DP e o segundo eu não dediquei muito tempo pra ouvi-lo, afinal foi recomendação do Bueno, cuja opinião não tem lá muito valor. keke
    Mas curti muito o texto e fiquei interessadíssimo nesses títulos, especialmente James Gang, que ouço falar há eras, mas nunca fui atrás, e o Moxy, que o "patrão" tá babando ovo – capaz disso ser uma tranqueira bem AOR! E, claro, vou re-ouvir os dois discos que tenho aqui. Parabéns, Mairon!

  9. Groucho, o James Gang eu não te aconselho a começar pela fase Bolin, pois talvez va te decepcionar. A fase Joe Walsh é bem mais hardiana, dai depende se curtes os anos 70 ou noa.

    Agora, o Spectrum e o Mind Transplants são essenciais. Pode te atirar de cabeça q vais curtir

    ainda

    VSF, o Moxy não tem porralguma de AOR! [2]

    É um hard e dos bons!!

    Abração e um bom 2012 pra ti

  10. Nossa, matou a pau nessa biografia, distrinchou a breve passagem de Bolin pela terra
    eu acho os discos dele com Alphonse Mouzon e do extraordinário Billy Cobham suas obras primas, e atestado de sua genialidade
    e no Deep Purple criou a obra-prima "You Keep on Moving" uma das minhas favoritas do Deep Purple em todos os Marks
    diria que ele foi o segundo melhor guitarrista que o Deep Purple teve!!!
    parabéns pelo texto, isso deveria ser ensinado nas escolas
    abs, Carlos

  11. realmente uma grande perda eo bolin teve carreira mateórica msm, um verdadeiro prodígio, sou fan d private eyes, amo esse disco, akela batida d bateria estilo disco music me fascina muito, fora os p*** solos em Post Toastee eo som maravilhoso d Someday, We'll Bring Our Love Home, private eyes é simplesmente demais, vc escuta repetidas vezes e n tem como enjoar… e teaser tbm é excelente. o disco q ele gravou com purple é fora d série, tem um som único, o q me faz pensar: nossa o cara fez jus ao posto mesmo!!!! ok.. era isso amigos, vlw!!

  12. Ouço Bolin desde 74, quando conheci Bang, fiquei impressionado com os arranjos de guitarra, j´ouvi Alexis milhares de vezes, todos os anos em 4 de dezembro ouço Bolin, reverenciando seu talento ! Acredito ter quase todo material com a musica de Bolin, tive a oprotunidade este ano de gravar com Prairie Prince, tocou com ele em Wild Dogs e Savanah Woman ! Gostaria de citar a participação de Tommy no disco Metal Goth Queen da banda Coven, em agosto de 1976, na época de seu aniversario, o disco foi lançado recentemente.
    Lamentar pelo criterio ruim que Dr John teve ao retirar e substituir as guitarras de Bolin em Hollywood Thy name ! Se encontro duas gravações de Bolin nesta musicas pela net. Gostaria ainda de lembar, que Jim Fox, baterista da James Gang levou Bolin junto com ele, para gravar com a banda Rainbow's Canyon a rara Invisible Song !
    Bolin tocou do fusion ao blues e do reggae à bossa nova esbanjando categoria! Estilo pessoal, autodidata, um dos melhores guitarristas de todos os tempos. se vivo teria feito alguns dos melhores discos do rock !

  13. Volto aqui ára falar de Bolin em mais alguns detalhes, a data de lançamento do disco Metal Goth Queen / Coven é 2008, em 2012 tive a grata surpresa de ouvir o disco Great Gipsy Soul, título apropriado para avaliar a grandiosa alma cigana de Boin, trata-se de uma revisão fantastica do disco Teaser, com grandes gitarristas, como Derek Trucks, John Scofield, Steve Morse & peter Frampton entre outros. Remasterizado o disco é muito intenso e guitarrístico ! Além disto foi incluida a inédita Sugar Shack, que no original ficou outtake do Teaser, onde se pode ouvir a bela voz de Glen Hughes. Conta ainda com a participação de Prairie Prince (Tubes), nas baquetas ! Com quem gravei Groovy Cafe, uma honra muito grande. Duas névoas sonoras da época, a primeria conta que Bolin tem uma misteriosa participação na primeira faixa do disco Moxy 2, gravado no Canada em abril de 1976, mas sua guitarra teria sido aproveitada de uma demo da musica, na epoca em que foi contratado e tocou com a Moxy em 1975 ! Na verdade em abril de 1976, Bolin trocou figurinhas sonoras om Jeff Beck ! Nunca virou disco oficial esta jam ! Na época Tommy recrutava a Tommy Bolin Bandm que incluiu entre outros Narada Michael Walden, que tocava com Jeff Beck e Mark Stein (telcadista do Vanila Fudge e Norma Jena Bell, que chegou a excursionar com Frank Zappa em dezembro de 75.
    A outra névoa sonora conta, que Bolin em vespera de sua morte, estava muito entusiasmado com a possibilidade de tocar com a banda Fleetwood Mac, novamente substituindo outro guitarrista, como tinha sido aneriormente, com Joe Walsh e depois com R. Blackmore. O projeto com Fleetwood começaria em Janeiro de 1977, seu entusiasmo era visivel ! O disco se chamaou Rumors, é foi um dos mais vendidos no ano seguinte, Fico imaginando como seria fantástico ouvir as guitarras do Tommy Bolin com a voz dde Stevie Nicks !

    Nos resta resta ouvir os solos indigenas de Tommy e suas melodais e usa voz "smooth" !
    Parabéns eplo artigo Mairon !

  14. A carreira de Tommy Bolin ainda é especulada em midias especificas em rock. Naqueles tempos bombava muito mortes relativas a overdose de toxicos!! – marcio “osbourne” silva de almeida/joinville/sc

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