Discografias Comentadas: Angra

Discografias Comentadas: Angra
Formação atual do Angra: Ricardo Confessori, Edu Falaschi,
Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli

Por Thiago Reis
No final dos anos 80 e início dos 90, tivemos um boom de bandas do chamado heavy metal melódico. No Brasil não foi diferente, com grupos como Viper e Angra surgindo fortes na cena. Discorrerei aqui a respeito da discografia do Angra, banda que completa 20 anos de existência neste ano e merece uma homenagem da Consultoria do Rock. Formado em 1991, o Angra trazia como  uma de suas principais características a influência da música clássica e da música brasileira, além, é claro, de uma boa pitada de heavy metal. Essas características estão bem evidentes na primeira demo da banda, Reaching Horizons. Após algumas mudanças em sua formação, a banda se solidificou com Andre Matos (vocal), Kiko Loureiro (guitarra), Rafael Bittencourt (guitarra), Luis Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria). No final de 1999 veio a bomba: Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori estavam de saída do grupo. Os membros remanescentes buscaram substitutos à altura e encontraram o que precisavam em Edu Falaschi (vocal), Felipe Andreoli (baixo) e Aquiles Priester (bateria). Após mais algumas brigas, Aquiles deu lugar a Ricardo Confessori, que voltou com todo o gás ao Angra.

Angels Cry [1993]
Com certeza trata-se de um dos debuts mais bem sucedidos do heavy metal nacional. Carregado de influências de música clássica e música brasileira, Angels Cry caiu como uma luva no gosto do povo japonês, fazendo com que, já em seu primeiro álbum, o Angra recebesse disco de ouro em terras nipônicas. O sucesso foi aumentando graças a faixas como “Carry On”, “Time”, “Angels Cry”, “Never Understand” e “Evil Warning”. Muitos países da Europa também se rendiam ao poder da música do Angra, principalmente Itália, França, Espanha e Portugal. Gravado na Alemanha, Angels Cry foi produzido por Sascha Paeth e teve a bateria tocada por Alex Holzwarth (na época, baterista do Sieges Even) e Thomas Nack (apenas em “Wuthering Heights”)  para quebrar um galho, já que Marco Antunes havia dado lugar, em cima da hora, para Ricardo Confessori. Uma grande curiosidade presente é a de que, no encarte da versão nacional de Angels Cry, encontramos Ricardo Confessori, e na versão japonesa do álbum temos a foto de Marco Antunes ao lado da banda. O Angra fez uma grande turnê pelo Brasil promovendo o disco, mas não conseguiu tocar para o público que mais pedia por um de seus shows. Uma turnê no Japão estava sendo negociada, mas na última hora foi adiada. O saldo de Angels Cry foi bem positivo, já que se tornou um clássico da banda, que conseguiu conquistar milhares de fãs ao redor do mundo, ganhando a maturidade necessária para dar o próximo passo.
Holy Land [1996]
O álbum que foi um divisor de águas para muitos. Ousado, melódico, clássico e conceitual. Com certeza está entre os melhores álbuns do heavy metal nacional de todos os tempos. Os destaques vão para a pesada “Nothing to Say”, a brasileiríssima “Carolina IV”, a gingada “Holy Land”, a balada “Make Believe” e a speed “ZITO”. Na versão japonesa do álbum encontramos a faixa bônus “Queen of the Night”, que havia aparecido pela primeira vez na demo Reaching Horizons. Sempre foi desejo dos fãs que o Angra regravasse essa música e a colocasse em um álbum full lenght. Mais tarde “Queen of the Night” saiu para o mundo inteiro no EP Freedom Call, lançado em 1997. Nas 8 mil primeiras cópias francesas de Holy Land, encontrávamos um CD bônus, que continha uma apresentação acústica, chamada de “Live Acoustic at Fnac”. Em seis semanas, Holy Land vendeu 90 mil cópias no Japão, 16 mil cópias na França, 3,5 mil cópias na Itália e mais 15 mil no resto da Europa. Com certeza, o balanço entre as influências do Angra (erudito, metal e música brasileira) foi uma das chaves para o sucesso desse grande álbum. Definitivamente a banda estava se estabelecendo como um dos principais nomes dentro do heavy metal mundial. A turnê passou por vários locais, como Japão e Argentina, além de muitos países da Europa, com destaque para França (onde foi gravado o EP Holy Live), Itália, Grécia e Alemanha.
Fireworks [1998]
Pesado, diferente, ousado. Fireworks unia vários elementos com os quais os fãs do Angra não estavam tão acostumados. Os integrantes estavam em rota de colisão desde o final da “Holy Tour” e isso se refletiu na música. Gravado no renomado estúdio Abbey Road, na Inglaterra, com a produção de Chris Tsangarides, encontramos os destaques de Fireworks em faixas como “Wings of Reality”, “Lisbon”, “Metal Icarus”, “Gentle Change” e “Speed”. Mesmo com vários problemas internos interferindo na música, o Angra conseguiu driblar as adversidades e lançar um álbum de respeito que fez com que continuassem com sua saga pelo Velho Continente e pela Ásia. Uma extensa turnê foi agendada e o ponto alto com certeza foi a participação no renomado festival Wacken Open Air, no ano de 1999. Na versão japonesa do álbum encontramos uma faixa bônus, que é desejo de todo fã die hard do Angra: “Rainy Nights”. Maravilhosa, com ótimas melodias e harmonias, deveria estar na versão final do álbum para o mundo todo e não apenas para os japoneses. Após a “Firetour 98/99”, Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori decidiram se afastar de vez, deixando a banda em um hiato, à procura de substitutos à altura. A dúvida sobre a continuação do Angra estava no ar, até que Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt viram uma luz no fim do túnel.
Rebirth [2001]
Com a adição de Edu Falaschi (vocal), Felipe Andreoli (baixo) e Aquiles Priester (bateria) ao line-up, o Angra começou a trabalhar em um novo álbum de inéditas. A espera de vários meses valeu a pena. Rebirth veio para mostrar que o Angra estava de volta e para ficar de vez nos registros como uma das maiores bandas da história do metal nacional. Músicas como “Nova Era”, “Millenium Sun”, “Acid Rain”, “Heroes of Sand”, “Rebirth” e “Running Alone” fizeram a cabeça dos fãs antigos de tal maneira que a banda foi disco de ouro no Brasil e obteve um sucesso significativo em países como Japão, França, Itália, Alemanha, Espanha, Bélgica, Suíça e Argentina. Rebirth é considerado por muitos como o melhor da banda, principalmente por aqueles que começaram a seguir os trabalhos do renovado quinteto a partir dessa época. Como presente aos fãs japoneses, a faixa bônus escolhida foi “Bleeding Heart”, que apareceu no mundo todo, um pouco depois, no EP Hunters and Prey. O resultado dessa volta triunfal aos palcos foi um disco ao vivo chamado Rebirth World Tour: Live in SP, que continha em seu track list várias músicas do álbum Rebirth. Após a turnê, a nova formação estava mais do que consolidada e preparada para outros desafios. Depois de um álbum de estúdio, um EP e um disco ao vivo, era hora de voltar ao estúdio para a gravação de mais um full lenght.
Temple of Shadows [2004]
O ápice técnico da nova formação do Angra, com todo o entrosamento e experiência de turnês passadas, resultaram no bombástico Temple of Shadows. Contando com faixas extremamente técnicas como “Spread Your Fire”, “Angels and Demons”, “Waiting Silence”, “Temple of Hate” e “Winds of Destination”, o álbum fez a cabeça dos fãs antigos e ainda conseguiu trazer muitos novos seguidores. Além das músicas com nível técnico avançado, temos também aquelas que são a marca registrada do Angra, ou seja, as faixas com influências de música brasileira, como “Sprouts of Time” e “Late Redemption”, essa última com participação especial de Milton Nascimento. Além do cantor brasileiro, encontramos participações extras em vários momentos, como a de Kai Hansen (Gamma Ray) em “The Temple of Hate”, Hansi Kürsch (Blind Guardian) em “Winds of Destination” e Sabine Edelsbacher (Edenbridge) nas faixas “Spread Your Fire” e “No Pain For the Dead”. Temple of Shadows foi concebido a partir de uma história e conceito de Rafael Bittencourt sobre um guerreiro das Cruzadas do século XI, que passa por momentos de dúvidas e começa a questionar a igreja em certos aspectos. A sonoridade e a orquestração sempre acompanham perfeitamente o clima das letras. O disco foi sucesso absoluto no mundo todo, principalmente no Japão, onde todos os membros da banda ganharam prêmios de melhores do ano de 2005, pela conceituada revista BURRN! Uma extensa turnê foi agendada e um dos pontos altos desses shows foi o evento marcando os 14 anos da banda, onde fizeram um set list especial para a ocasião, passeando por todas as fases e discos da banda, além de tocar Temple of Shadows na íntegra. Comentários de vários fãs dão conta de que esse grande show seria lançado em DVD, mas isso acabou nunca acontecendo.
Aurora Consurgens [2006]
Pesado, depressivo, soturno e muito bem gravado. Esses podem ser os adjetivos direcionados ao álbum Aurora Consurgens, que foi concebido com um clima pesado dentro da banda, e, como sempre, tudo foi transportado para a música. Mesmo com toda essa negatividade, ele traz ótimas músicas, como “The Course of Nature”, “The Voice Commanding You”, “Ego Painted Grey”, “Salvation: Suicide” e “Scream Your Heart Out”. As letras presentes em Aurora Consurgens tratam de distúrbios da mente, e para isso a trilha sonora foi perfeita, mas os fãs da banda não receberam tão bem o disco, que não contava com certos aspectos encontrados nos trabalhos anteriores. Mas a proposta do Angra sempre foi inovar, e, com certeza, a trilha sonora para letras falando de suicídio e distúrbios mentais deve ser o completo oposto do que tivemos em álbuns como Holy Land e Rebirth. Mesmo assim, as músicas funcionaram bem ao vivo, e em um contexto geral a turnê estava andando bem. Estava, pois em um show da “Aurora Consurgens World Tour 06-07” houveram alguns desentendimentos entre os membros, que culminaram na saída de Aquiles Priester da banda. Juntando problemas empresariais, o Angra seria forçado a entrar em um hiato. Dúvidas sobre a continuidade do grupo sempre ficavam no ar, e muitos fãs já estavam desacreditados, até que tivemos o anúncio da volta de Ricardo Confessori à banda e junto a isso uma turnê de volta aos palcos.
Aqua [2010]
Após o ótimo feedback da turnê “Back to Life World Tour”, os integrantes da banda resolveram voltar ao estúdio após quatro anos e gravar mais um álbum de inéditas. Tendo como tema central a peça “A Tempestade”, de William Shakespeare, nasceu Aqua, fruto de muita maturidade, vivência entre os membros e o alívio de estarem de volta à ativa. Um fato marcante é o fato de Aqua ter sido o primeiro disco produzido pelos próprios membros da própria. Atrelado a isso, a responsabilidade de criar letras para o disco foi dividida entre todos os membros e não ficou concentrada em apenas um, como em “Temple of Shadows” cujas letras foram todas assinadas por Rafael Bittencourt. Os grandes destaques do álbum são a clássica power metal “Arising Thunder”, a balada “Lease of Life”, a brasileira “Awake From Darkness”, a pesada “The Rage of The Waters” e a lindíssima “A Monster in Her Eyes”. Mais uma vez os membros da banda souberam driblar as adversidades e conseguiram êxito no que o álbum propunha. Quando escutamos o CD temos a impressão de estarmos sob uma tempestade, ora de ódio, ora de sentimentos como amor e perdão. A turnê mais uma vez passou pelo Japão, no grande festival Loud Park e teve várias datas também na Europa, com mais destaque na França. Sem contar que a presença também foi marcada na Bélgica, Suíça, Inglaterra, Itália, Espanha, Estados Unidos, Argentina, Chile e, claro, Brasil. A referida turnê já tem data para encerramento, e será com chave de ouro, no festival Rock in Rio, no dia 25 de setembro próximo, com participação especial da cantora finlandesa Tarja Turunen. O Angra provou que ainda continua forte em alguns centros da Europa e Ásia, tendo uma base de fãs bastante fiel. Aqui no Brasil não é diferente. E que a banda prepare ótimas surpresas para o ano de 2012, já que os fãs estão ávidos por novidades.
Que venham mais 20 anos de vida, com muita música de qualidade e grandes turnês. Parabéns a todos os integrantes que fizeram e fazem parte dessa história.

30 comentários sobre “Discografias Comentadas: Angra

  1. O que dizer de algo tão bem feito a não ser parabéns?
    Realmente, foi uma das melhores "Discografias comentadas" que já li. Análise dos álbuns aliado com o contexto em que foram feitos, além de informações extras muito valiosas.
    Não sou muito fã da banda, mas após esse texto fiquei tentado em ouvir a discografia da banda mais calmamente.
    Mais uma vez, parabéns pelo ótimo texto.

  2. Muito obrigado pelo elogio Artur!
    Fico muito feliz, já que esse "discografias comentadas" tive muito trabalho para fazer. O Diogo mandou muito bem na edição tb.
    Vale muito a pena escutar esses álbuns novamente! 🙂
    abraços!

  3. Vc realmente esta de parabéns. Texto simples, objetivo e muito bem explicado. Não leio um texto desse sobre o Angra desde da época do site antigo da banda, que hoje preza mais pela estética que pela informação. Além disso seus comentarios são imparciais, pois eu teria dito que o Temple of Shadows é "Dark Side of the Moon" do Angra!! Sugestão, (se já não fez) faça uma discografia comentada da Donzela de Ferro, me prontifico a colaborar com o material que possuo!
    Abraços!

  4. Oi Thiago!! Obrigado pelos elogios e sugestões! Valeu mesmo!
    Sobre a donzela, aqui no consultoria tem um pessoal muito fera em Maiden! Eu sinceramente não sou o mais capacitado para fazer tal texto rs.
    Grande abraço!!

  5. Fala Thiagão,

    Ótimo artigo. De fato Angra é uma banda importante para cenário nacional.
    O texto ficou objetivo e fácil de ler e amarrado a bons argumentos. Parabéns!

    Só para constar, meu álbum favorito dos caras é Holy Land.

    Rock on…!

  6. Valeu pelo comentário, Marcelão!

    Realmente o Holy Land é acima da média…

    em minha opinião os dois melhores da banda são Holy Land e Temple of Shadows!

    e obrigado pelos elogios tb!!

    Rock On!!

  7. bom material fazia muito tempo que eu não lia um igual a esse, ficou muito legal.Parabéns Thiago pelo otimo material

  8. gostei muito da resenha..

    foi bom ter focado só nos discos de estudio..

    tb trouxe alguns fatos q eu não sabia do angra..

    gostei mesmo, parabens..

  9. Para mim também, Cadão. No meu caso, empatado com o Holy Land.

    Um grande trabalho do Angra realmente.

    e obrigado ao pessoal pelos elogios sobre a matéria.

    abrasss

  10. Boa Thiago!!!

    Eu acho que tenho problemas!!!
    Não curto muito o Temple of Shadows e acho o Aurora Consurgens ainda mais fraco e isso não é birra de "viúva do André Matos"…rs. Até porque gosto muito do Rebirth e achei o Aqua legal. Porém confesso que esses discos foram lançados na época em que estava numa fase de rock progressivo profunda, quase irreverssível e posso ter perdido alguma coisa. mesmo assim gosto de Spread Your Fire…

    Até mais

  11. E ae Bueno!! Valeu pelo comentário cara!

    Seu gosto é até normal…para quem cresceu com a banda desde o começo…o som da banda no TOS e no Aurora está bem diferente…não acho ruim, pelo contrário, até pq o TOS é um dos melhores para mim. Mas sua opinião é válida, com certeza!
    Uma pergunta: qual álbum da fase andre que vc mais gosta?

  12. Olha, Angra pra mim é complicado hoje em dia. Não me entendam mal: tenho todos os álbuns com Andre Matos, além do EP "Freedom Call", e acho que todos são bons, pra dizer o mínimo. Meu favorito é o "Angels Cry", onde Andre demonstrou uma maturidade fantástica como compositor, ele estava tinindo! A faixa-título, "Carry On", "Never Understand", "Time", "Lasting Child"… e o cover da Kate Bush também ficou ótimo, totalmente dentro do contexto. Rafael Bittencourt também estava mandando bem, sem ser tão cerebral, como depois ficaria mais evidente a partir de "Temple of Shadows".

    Não, eu não sou viúva de Andre, e pra ser bem honesto, até nem tenho dado bola para o que ele lança hoje em dia, mas a verdade é que o Angra pós-"Rebirth" não me conquistou, a começar pelo próprio, que achei um tanto sem ousadia, pisando em um terreno seguro, inclusive com algumas canções soando semelhantes a outras registradas no passado. Aí em "Temple of Shadows" a banda me perdeu de vez, muito devido a essa "cerebralidade" que citei acima. O disco é ruim? NEM FODENDO! E não credito de maneira alguma Edu Falaschi por essas mudanças, até porque minha faixa favorita do Angra na sua voz é de sua autoria, caso de "Bleeding Heart".

  13. Grandes argumentos Diogo! Faz sentido realmente o que vc falou…o fato do "Temple of Shadows" ser cerebral. O que mais me chamou a atenção nesse álbum foi o instrumental e a orqustração, digno de nota realmente.
    E "Bleeding Heart" é uma grande pérola realmente…gosto demais dela.
    abrass

  14. Faltou dizer algumas coisas no texto…
    faixa bônus para o Japão do álbum Rebirth: Bleeding Heart
    faixa bônus para o Japão do álbum Aurora Consurgen: Out of This World, cantada por Bittencourt

  15. Thiago…
    O meu preferido é o Holy Land, mas acabo escutando mais o Angel's Cry. Provavelmente isso ocorre por razoes emocionais, já que me faz lembrar da época que fiquei esperando o seu lançamento. Ouvia a fitinha Reaching Horizons diversas vezes por dia e ficava esperando o album…

  16. É o que eu disse anteriormente, Fernando…vc tem uma ligação emotiva com o começo da banda e isso é muito legal!

    E aquela história de que vc tinha a fita demo Reaching Horizons e a perdeu…como foi isso?

  17. Cara, eu acho q sou um dos poucos que gosta do Andre Matos mais no Viper do que no Angra. O trabalho do Angra eu companhei só no inicio, e me foi muito decepcionante. Hoje ja vejo com outros olhos, mas nao consigo me candidatar a comprar algum disco.

    Porem, esse belo texto do Tiago me deixou com um coceira em relação ao Temple of Shadows, que merecerá uma chance assim que conseguir encontra-lo.

  18. Mas pode ter certeza que, apesar de Andre somente ter amadurecido como compositor a partir de "Angels Cry", também prefiro aquele moleque de "Theatre of Fate"!

  19. Mairon e Diogo, "Theatre of Fate" é clássico absoluto!!!
    Grande álbum e um marco para a cena.

    Mairon, escute o "Temple of Shadows" que vc não irá se decepcionar…

    valeu galera!!

  20. Ótimo post, Thiago!
    Pra mim, os melhores albuns da banda são Angels Cry e Rebirth.
    Do Angels Cry, a que eu mais gosto é a Evil Warning. Do Holy Land é a Make Belive. Do Fireworks é Petrified Eyes, do Rebirth é a Acid Rain, do Temple of Shadows é a Waiting Silence, do Aurora Consurgens é a Passing By, do Aqua é a Lease of Life. Achei o Angels Cry muito bom, pois a banda chegou com uma idéia brilhante mesclando música erudita + música brasileira + heavy metal. O Holy Land também é demais e dessa vez abusaram em colocar a cultura Brasileira no CD (desde a temática até o instrumental) e eu acho que nunca vi um CD com tanta influência Brasileira (Talvez o Deep do Eyes of Shiva). Já o Fireworks, não gostei muito, achei que a banda mudou muito o estilo musical e a própria mixagem do CD não me agradou. O Rebirth é perfeito! Pena a Visions Prelude ter sido a última musica do album (Porque essas bandas de metal nunca tocam a última música ao vivo). Temple of Shadows Deu um susto em todo mundo devido a sua monstruosidade instrumental, nesse album os músicos se mostraram virtuosos e rápidos ao extremo. Porém, ele acaba pra mim na música 8. O Aurora Consurgens é muito bom, na minha opinião, mas acho que ele não fez tanto sucesso porque na época de seu lançamento, vazou na net uma versão dele com uma mixagem muito ruim, digamos que uma versão beta, e a maioria das músicas não tinham todos os efeitos que possuem no album original, então muitos fãs que baixaram o CD, não gostaram do album e não tiveram o privilégio de ouvir o CD mesmo, sem contar que na época do lançamento do Aurora, TODOS os membros da banda estavam lançando CDs paralelos e aconteceu que se juntássemos as melhores idéias que cada um colocou em seu CD paralelo, o Aurora Consurgens teria sido, de longe, o melhor CD da banda, mas ao invés disso, os músicos do Angra lançaram CDs paralelos excelentes, como também, lançaram o Aurora. Não gostei do Aqua, até porque, a banda já vinha me decepcionando muito, seja com o Confessori não conseguindo chegar na velocidade do Aquiles ao vivo ou seja com o Edu xingando os próprios fãs do Angra em declarações nada agradáveis. Sem contar que na época do lançamento do Aqua, o Edu já não estava mais conseguindo cantar direito no Angra e lançaram o Aqua com a voz dele perfeita no CD, não curti isso. Resumindo: Acho que a banda foi bem apresentada no Angels Cry, mostrando aos fãs o que queria apresentar, estourou de vez com o Holy Land, se tornando única no estilo, deu uma recaida no Fireworks, porque resolveu inovar e acabou não agradando muitos. Renasceu com Rebirth, mostrando a todos sua proposta novamente, estourou novamente com o Temple of Shadows (Alcançando o nível mais alto de popularidade da banda). Caiu novamente com o Aurora, talvez porque todos esperavam um album com o sucesso do Temple of Shadows e já no fundo do posso, lançou o Aqua, sem forças para escalar o poço em que estava. E agora torcemos para que a banda não morra afogada no fundo do posso e se erga novamente, apresentando sua proposta aos fãs, como fez em Angels Cry e Rebirth. OBS: Vale a pena lembrar que essa é apenas a minha opinião e os albuns que eu citei como melhores/piores, o são somente para mim, não estou generalizando. Parabéns pelo Blog e torcemos para que o futuro do Angra seja promissor!!!

  21. Conheci o metal com o Angra na voz do Andre Matos,para mim os 3 primeiros álbuns e a formação clássica são insuperáveis e sinceramente não ouvi e tenho teno vontade de ouvir nada do Angra após a separação.Andre eterno

    1. Mas então você não está sendo fã de Angra, e sim de André Matos e Shaman. Pois o Angra é muito criativo e vai muito além de três albuns, ano que vem vai fazer 30 anos essa banda. Se prender apenas à 9 anos é muito limitante e é sempre bom abrir a mente para as novas idéias que vieram depois.

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