Discografias Comentadas: King Crimson – Parte I

Discografias Comentadas: King Crimson – Parte I

Por Adriano KCarão

Apresentamos, nesta semana e na próxima, a discografia de estúdio de um dos pilares do rock progressivo mundial, o King Crimson. Desenvolvendo inicialmente um estilo claramente progressivo, calcado no uso do mellotron, como uma evolução do que vinha fazendo o The Moody Blues, a banda foi absorvendo desde o início da carreira até os últimos anos uma maior ou menor influência de elementos os mais diversos, como a música erudita, o jazz, o rock pesado e até sonoridades mais dançantes. Dividiremos a discografia do grupo em duas partes: a primeira, abordada por mim, engloba a fase “clássica” da banda, do primeiro álbum até o disco Red (1974), depois do qual a banda entraria em um grande hiato; a segunda, abordada pelo colega Micael Machado, engloba desde o ressurgimento da banda, com o álbum Discipline (1981) até os seus últimos lançamentos. Surgido da união do guitarrista Robert Fripp e do baterista Michael Giles (ambos do Giles, Giles & Fripp) com o multi-instrumentista Ian McDonald (futuro membro-fundador do Foreigner) e o letrista Peter Sinfield, e recebendo ainda o acréscimo do baixista e vocalista Greg Lake (futuro Emerson, Lake & Palmer), o King Crimson apresenta uma discografia que se estende por cinco décadas, dividida em diversas fases e com diversas formações, incluindo algumas bastante inusitadas. Em 5 de julho de 1969, o Rei Escarlate recebeu seu batismo de fogo, tocando no concerto gratuito dos Rolling Stones no Hyde Park, o qual foi dedicado à memória do recém-falecido Brian Jones. Os Stones preparavam o lançamento de seu novo álbum, Let It Bleed, e se Suas Majestades Satânicas ordenavam que se deixasse sangrar, pois que viesse o Reinado Escarlate do King Crimson!

In the Court of the Crimson King [1969]

A estreia do King Crimson não apenas ajudou o incipiente rock progressivo a andar com suas próprias pernas, indo além de suas raízes sessentistas, como constituiu um legítimo clássico do estilo, com uma das capas mais conhecidas da história do rock. Ao mesmo tempo, ITCOTCK já apresenta certos elementos peculiares, que destacavam o King Crimson em meio aos gigantes do prog. Entre esses elementos, encontramos um flerte com o também incipiente heavy metal. E isso nos é apresentado já na primeira faixa, fortíssima candidata a melhor música do grupo: “21st Century Schizoid Man”. O andamento carregado, o riff que antevia os momentos mais sombrios de Tony Iommi, a voz atormentada de Greg Lake, o cenário próprio do heavy metal já se podia ver ali em sua plenitude. Nos anos 60, entretanto, o demônio era um “homem de riquezas e bom gosto”, como diziam os Stones, e o metal do King Crimson não era, portanto, preso às amarras tão comuns a esse estilo quando plenamente desenvolvido. Após a segunda estrofe da música, então, notas graves e solenes vão aos poucos acelerando e dando lugar a uma pauleira jazzística, onde as notas blasfemas do sax de McDonald ora disputam, ora entram em acordo, ora fazem as duas coisas com a guitarra endiabrada de Fripp! O retorno ao tema inicial e um desfecho barulhento e excitante encerram essa faixa, que só encontra rival semelhante na magnífica “Facelift”, que o Soft Machine lançaria no ano seguinte. Após essa peça genial, desfilam boas composições, com especial destaque para a linda e comovente “Epitaph”, uma das faixas mais marcantes da carreira do grupo, além do encerramento com a imponente “The Court of the Crimson King”. “I Talk to the Wind” possui uma melodia encantadora e um instrumental que parece se despedir dos esperançosos anos 60, enquanto que “Moonchild” se divide entre um ótimo tema cantado, de atmosfera sombria, e uma sessão mais experimental que parece acrescentar pouco ao conjunto da obra, mas que não mancha em nada esse belíssimo disco!

In the Wake of Poseidon [1970]

Apesar do sucesso alcançado com ITCOTKC, o King Crimson sofreu duas fortes baixas, com a saída de Ian McDonald e Michael Giles – este ainda voltaria pra gravar a bateria de In the Wake of Poseidon como músico contratado. Além desses dois, Greg Lake logo abandonaria o barco, não mais tocando baixo, que aqui ficaria a cargo de Peter Giles (também ex-Giles, Giles & Fripp), e sendo substituído nos vocais por Gordon Haskell na faixa “Cadence and Cascade”. A quem queira se aprofundar na carreira do King Crimson e conhecer todos os seus discos, seria recomendável iniciar por este álbum, e não pelo primeiro, com o simples intuito de evitar um sentimento de repetição. Apesar de ter seu valor próprio e de acrescentar novos elementos ao já rico som da banda, nota-se claramente que em In the Wake of Poseidon a banda investe em ao menos três fórmulas do primeiro disco – que deram certo, diga-se de passagem. “Pictures of a City” é a irmã-caçula de “21st Century Schizoid Man”, assim como “Cadence and Cascade” de “I Talk to the Wind” e a faixa-título de “Epitaph”. Presentes no lado A do vinil, são todas inferiores às originais, mas são ainda assim todas proporcionalmente ótimas. Destaco, em especial, “Pictures of a City”, que, apesar de contar com uma performance de Lake que não me agrada – e que nem de longe atinge o brilhantismo do seu vocal na faixa irmã do primeiro álbum –, contém uma energia muito forte, conseguindo às vezes empolgar mais que “21st Century Schizoid Man”, mas sem o mesmo nível de genial loucura desta. O disco apresenta três faixas curtas, denominadas “Peace – a Beginning”, “Peace – a Theme” e “Peace – an End”, as quais situam-se respectivamente no início, no meio (início do lado B do vinil) e no fim. Após a segunda “Peace”, temos a fraquinha “Cat Food”, que tem, apesar de tudo, o mérito de apresentar uma nova “fórmula” musical, que seria melhor trabalhada no disco seguinte, Lizard. Chegamos então à obscura “The Devil’s Triangle”, faixa que eu não colocaria entre os clássicos da banda, mas que jamais deixará o ouvinte impassível. Com farto uso de mellotrons, colagens sonoras – pode-se até ouvir um trecho de “The Court of the Crimson King” próximo ao seu final – e até tomando emprestada a batida da peça “Marte”, de Gustav Holst, essa poderosa faixa torna-se algo único, mais um trunfo para Sua Majestade, o Rei Escarlate!

Lizard [1970]

Com Andy McCulloch assumindo as baquetas e Gordon Haskell e Mel Collins – que participou do disco anterior tocando sax e flauta – tornando-se membros permanentes, o primeiro assumindo também o baixo, além do auxílio de diversos músicos de jazz, a banda lançou mais um ótimo álbum, quase tão bom quanto o primeiro e certamente superior ao seu antecessor. Lizard já abre com uma das melhores criações de Robert Fripp, a tenebrosa “Cirkus”, cuja estrutura básica consiste em lindas estrofes, cantadas com intensidade por Gordon Haskell, e sempre seguidas de um sinistro tema de mellotron, acompanhado de um dedilhado apático no violão. Após entrar em um momento de quase silêncio, a música volta aos poucos, ressurgindo o tema do mellotron, e o dedilhado de Fripp torna-se bastante irrequieto, o que confere um ar ainda mais paranóico e desesperado a essa faixa, que encerra majestosamente com notas solenes de uma corneta. O clima torna-se ensolarado com “Indoor Games”, primeira a aproveitar a fórmula jazzística funkeada de “Cat Food”, com um resultado bem positivo, especialmente no instrumental aparentemente aleatório, mas onde todas as performances se encaixam perfeitamente. “Happy Family” é uma faixa deliciosa, que também segue a fórmula de “Cat Food”, mas de forma mais simples. Além do tema instrumental, que gera um efeito cativante ao combinar timbres díspares de vários instrumentos como piano e sintetizador, destaco nessa música o vocal de Haskell, que, assim como em “Cirkus”, não apresenta maiores virtudes técnicas, mas encaixa-se perfeitamente ao que a música pede, como que tornando-se um instrumento a mais. Após a calma “Lady of the Dancing Water”, temos, entretanto, uma participação especialíssima nos vocais: ninguém menos que Jon Anderson (Yes)! Ele substitui Haskell na primeira parte da belíssima suíte “Lizard”. Esta inicia com o belo tema cantado por Jon, ao qual se segue um trecho instrumental de arranjo impecável, com ênfase nos sopros e ótimas intervenções de piano. Esse tema, que mantém o clima dramático da música, encerra-se com um desfecho glorioso. A esse desfecho, emenda-se um novo movimento, que vai aos poucos se definindo, inclusive com Haskell cantando timidamente, até que a parte vocal dá lugar a um trecho instrumental mais arrojado, com a entrada da bateria. Um novo tema dos sopros é então apresentado, irascível, onde destaco novamente as intervenções sapientíssimas do piano! Esse tema ensaia alguns desfechos, até que finalmente some e deixa apenas a guitarra de Fripp chorando baixinho, um choro raivoso, que logo dá lugar a uma nova utilização de colagens sonoras pela banda, encerrando esse lindo disco com um resultado novamente acima da média.

Islands [1971]

Com Boz Burrell assumindo os vocais e o baixo no lugar de Haskell e Ian Wallace indo para a bateria deixada por McCulloch, o King Crimson lançou esse controverso álbum, amado por alguns, desprezado por muitos. Islands é um disco que não me desce muito bem, e isso se deve em grande parte à voz de Burrell, que não me agrada em um momento sequer do álbum todo. Um outro elemento que pesa contra o disco é a utilização de solos meio “frouxos” de instrumentos diversos em “Formentera Lady” e na – apesar de tudo, agradável – faixa-título, diferentemente do que ocorre nos momentos mais marcantes da banda, nos quais os elementos, à medida que solam, vão construindo a estrutura do conjunto. Isso pode ser ouvido em “Sailor’s Tale”, por exemplo, sendo essa minha faixa preferida do disco, mas ainda assim não podendo figurar entre os clássicos do grupo. “The Letters” e “Ladies of the Road”, especialmente a primeira, não fogem muito do que se espera do King Crimson em termos de estilo, mas também não impressionam. “Prelude: Song of the Gulls” é mais inusitada, por ser muito calma para os padrões crimsonianos e ser a única na carreira da banda tocada unicamente por um conjunto de cordas, mas também não salva o disco. Definitivamente, eu não levaria Islands comigo pra uma ilha deserta.

Larks’ Tongues in Aspic [1973]

Esse disco já foi comentado por mim aqui neste blog, então procurarei não ser repetitivo, recomendando a leitura da matéria que o aborda em particular. Com a banda totalmente reformulada, mantendo apenas Fripp das formações anteriores, e contendo agora John Wetton (ex-Family) no baixo e no vocal, David Cross no violino e na viola, Bill Bruford (ex-Yes) na bateria e Jamie Muir na percussão, além do letrista Richard Palmer-James (ex-Supertramp), Larks’ Tongues in Aspic representa para mim o ápice criativo da banda. Abrindo e fechando com as duas partes da “faixa-título”, e contendo entre elas quatro músicas bem distintas entre si, todas ótimas, Larks’ retoma a riqueza de sonoridades e o refinamento nos arranjos de Lizard, mas de uma forma completamente distinta. Embora todas as faixas sejam muito boas, destaco duas das melhores composições do grupo, a saber, “Exiles” e “The Talking Drum”. “Exiles” é como uma segunda “Epitaph”, mas superior à canção do primeiro disco, contando com performances soberbas de Fripp e Cross, além do maravilhoso vocal de Wetton. Já “The Talking Drum” é uma faixa improvável, ao mesmo tempo simples e ousada, investindo forte na combinação/duelo entre violino e guitarra. Seu encerramento, seguido da abertura da última faixa “Larks’ Tongues in Aspic, Part Two”, é tão ou mais impactante do que aqueles momentos mais pesados de “21st Century Schizoid Man” e “Pictures of a City”. O peso, por sinal, é bastante presente nesse disco, mas se tornaria parte ainda mais fundamental no som da banda nos discos seguintes, os quais não mais contariam com a contribuição marcante do percussionista Jamie Muir.

Starless and Bible Black [1974]

Consistindo principalmente de improvisos gravados em apresentações ao vivo, editados posteriormente em estúdio – e eventualmente recebendo alguns acréscimos como os vocais em “The Mincer” –, esse disco, juntamente com Islands, é um dos meus menos queridos do King Crimson. Apesar disso, não é de forma alguma um disco ruim, e apresenta algumas ótimas músicas, como “The Great Deceiver” e “Lament”, as únicas gravadas totalmente em estúdio, e a minimalista e ao mesmo tempo intrincada “Fracture”. “The Great Deceiver”, que contrasta uma sonoridade rocker bem básica com construções rítmicas bem incomuns, mesmo na parte vocal, pode até figurar entre os clássicos da banda. A guitarra estridente que entra esganiçando na segunda parte da música, após a repetição do seu tema introdutório, é simplesmente de arrepiar! “Lament” já soa pra mim com aquela atmosfera quase grunge que dominaria o disco seguinte, Red. As demais faixas do disco, embora apresentem ótimas performances do quarteto e tragam ainda algumas boas ideias, não impressionam, nem mesmo “The Night Watch”, que teve apenas sua introdução gravada ao vivo. “Starless and Bible Black” é provavelmente a faixa-título mais insossa do King Crimson! “Fracture” é um caso à parte. Consistindo mais em uma composição de Fripp do que em um improviso livre da banda, seu único defeito é a falta de um riff pesado mais marcante, que fizesse jus ao verdadeiro “psychological thriller” gerado pelo dedilhado de Fripp, e que lá pela metade da música atinge um de seus clímax com batidas de Bruford na caixa que tomam o ouvinte de assalto como em raros momentos! Tipo do seriado que podia ter encerrado uma ou duas temporadas antes.

Red [1974]

Com a saída de David Cross, o King Crimson lançou talvez o seu álbum mais homogêneo. Red é um disco marcado não apenas pelo peso, mas por uma ênfase na construção de músicas em cima de riffs que vão se repetindo e recebendo variações, à maneira de “Larks’ Tongues in Aspic, Part Two” e “Fracture”. O principal exemplo disso é a faixa-título, também instrumental, que abre o disco com bastante competência, trazendo uma série de melodias marcantes nas guitarras de Fripp. Na sequência, duas ótimas faixas cantadas: a belíssima “Fallen Angel”, que, apesar da sonoridade própria dessa fase do King Crimson, parece guardar certas reminiscências da faixa “Cirkus”, inclusive com toques de corneta; e a arrojada “One More Red Nightmare”, faixa que conta com Ian McDonald no sax e que de certo modo antecipa um pouco da sonoridade do King Crimson em alguns lançamentos futuros. “Providence” conta ainda com David Cross e é mais uma faixa baseada em improvisos gravados ao vivo, o que a torna a menos interessante do disco. Pra encerrar, a suíte “Starless” resume um pouco o histórico sonoro da banda, variando de um tema cantado acompanhado de mellotron a momentos mais exaltados e totalmente instrumentais, com solos de sax e guitarra, e passando também por momentos de improvisação. Com o lançamento de Red, o King Crimson pôs fim às suas atividades – um fim pretensamente definitivo –, na medida em que Fripp se encontrava desiludido com o mercado musical. A banda terminaria, no entanto, retornando, com formação e musicalidade novas, na década de 80, mas isso é assunto pra semana que vem. Deixemos o Rei Escarlate descansar um bocado em seu leito real.

35 comentários sobre “Discografias Comentadas: King Crimson – Parte I

  1. Vou me repetir aqui e cobrir o Adriano de elogios pelo texto bacana que ele fez. Já tinha enchido a bola dele (o que, reconheço, é um perigo) nas discografias do Rolling Stones. Mas existe uma diferença muito grande entre RS e KC. Enquanto a primeira banda se manteve unida por décadas, com a mesma formação e particamente o mesmo ideal, a segunda foi um entra e sai danado, principalmente na sua primeira encarnação. Então me resta aqui citar a abertura de um texto que a Ana Maria Bahiana escreveu sobre a banda em 1975 (ou seja, logo após o encerramento desta primeira fase) para a revista Rock, a História e a Glória: “Compreender o King Crimson e sua música é, basicamente, compreender a figura de Robert Fripp. Porque, nos cinco tumultuados anos da carreira do grupo, com muitos altos e baixos e sete formações diferentes, só a pessoa, a mente e as idéias de Fripp mantiveram um núcleo de coerência”.
    Pois foi justamente isso o que eu senti falta nas resenhas. Uma pequena explicação, por menor que fosse, sobre a mente e as idéias de Fripp na época de cada disco. Quais as causas da debandada de alguns músicos. Por que Greg Lake, por exemplo, se sentiu tão chateado por ser apenas o cantor do segundo disco, a ponto de aceitar a (é verdade) irrecusável proposta de Keith Emerson para formar o ELP? Por que McDonald e Giles também abandonaram o barco na época alegando que “o King Crimson estava nos aprisionando, havia concessões demais”? Por que Robert Fripp se declarava “o mais famoso guitarrista mal sucedido de todo o rock”? E, para não encher tanto o saco com tantas perguntas, qual a importância da cabala nos discos do KC a partir de 72? A própria crítica musical não era assim tão condescendente com o KC, principalmente a americana. A Rolling Stone invariavelmente descia o pau: “música de anúncio de desodorante íntimo” e outros que tais.
    Isto que escrevi até aqui não é crítica alguma às resenhas do Adriano que, como já disse, gosto muito. Mas falar de classic rock sem lembrar que o artista muitas vezes toma uma dimensão ainda maior que as próprias obras, me parece um enorme equívoco. Inclusive citei estas coisinhas do texto da Ana Maria Bahiana para deixar claro que pertenço a uma geração onde a informação era tão rara que bebíamos as poucas que tínhamos até a última gota. Hoje a informação é tão banal que na maioria das vezes escrevemos para quem não faz questão de ler sobre discos que ninguém faz a menor conta de ouvir. Mas é sempre importante dividir nossas sensações e espalhar para os outros aquilo que nos emociona. E é por isso que o Adriano está de parabéns.

  2. Grande Mister! Saudações em vê-lo por aqui mais uma vez!

    Depois do seu comentário senti o peso da responsabilidade cair nas minhas costas, até por ter o commpromisso de escrever sobre a segunda parte. Muitas das perguntas elaboradas nele eu não tenho condições de responder, assim como não responderei a outras criadas na segunda parte… nem todos somos especialistas nos assuntos sobre os quais escrevemos (a maioria não é), e é por isso que valorizo este canal como uma fonte de troca de ideias e informações sobre nossas paixões e gostos. Se nos dispomos a escrever, certamente é para dividir nossas sensações e espalhar para os outros aquilo que nos emociona, como citastes, mas também para receber de volta as sensações e emoções de quem lê o nosso trabalho… e isso você sempre forneceu muito satisfatoriamente!

    Porém, não acho que esta seção seja o local ideal para tratar dos assuntos abordados no seu comentário, embora eles sejam bastante importantes. Mas acredito que só de "apresentar" os discos (e, muitas vezes, a banda) para os leitores do blog já estamos dando um passo a favor do "bem maior". Despertada a curiosidade, com certeza haverão fontes mais fiéis e acuradas sobre os temas nesta vasta rede mundial. Somos meros apreciadores de música falando sobre nossa paixão, com todos os limites que nosso conhecimento e curiosidade nos impõem. O que não nos impede de, por vezes, conseguir superá-los!

    Até a segunda parte, semana que vem!

  3. Bom, Micael, eu não tive a intenção de provocar polêmica ou mesmo tirar a atenção daquilo que importa aqui que é a matéria do Adriano. Concordo quando você diz que ninguém que escreve neste blog é especialista profundo em qualquer um dos posts já publicados, Mas discordo quanto a este não ser o melhor espaço para tratar dos assuntos abordados. Por que não? É um espaço tão bom quanto qualquer outro para que se acrescentem coisas aos tópicos e, a partir de um mote, fornecer o máximo de colaborações para que ele cresça e renda bastante. Aliás, a Consultoria do Rock poderia assim se destacar em relação a outros blogs. Tempos atrás isso acontecia por aqui com vários tópicos recheados de comentários. Ultimamente parece que ninguém mais se aventura a comentar. E passamos a escrever sem um mínimo de feedback que nos estimule a escrever cada vez mais. Essas “fontes mais fiéis e acuradas sobre os temas” que você citou estão disponíveis para todos. Por quê deixar um tópico qualquer ser passado para trás em troca de um novo tópico qualquer? Citei uma fonte fiel e acurada sobre o tema que é a matéria da Ana Maria Bahiana porque senti falta do ponto fundamental da trajetória do KC: a personalidade difícil, obcecada, multifacetada e muitas vezes ditatorial de Fripp. É esse o único ponto constante na vasta, genial e desigual obra do KC. Lógico que não vou exigir aqui que um rapaz às voltas dos 20 anos fale de uma banda que já existia muito antes dele nascer com total conhecimento de causa. Admiro o Adriano justamente por ele ter um discernimento precoce para pontos fundamentais que várias músicas e álbuns abordam. Mas se eu acho que posso (seja por presunção ou o que for) apontar detalhes importantes para quem escreveu ou lê a matéria, por que não? Gostaria muito que fizessem isso com os meus textos e, assim, eles pudessem render muito mais. Mas não pense que não entendi seu ponto. Entendi muito bem e vou procurar me enquadrar nele.

  4. O que é isso, Mister, não precisa se enquadrar em nada, estamos todos aqui para isso, expor nossas visões e pensamentos sobre aquilo que gostamos. Mas às vezes (quase sempre)é muito difícil atender às expectativas de quem lê mossas matérias, ainda mais se tratando de uma banda da importância do Rei Escarlate… Mas acho que é por aí, ao se apontar novos pontos a quem escreve é que todos vamos melhorar. E se alguém tem conhecimento e capacidade para fazer algo assim, um deles é você.

    E também lamento a falta de comentários que gerem um delicioso e bem vindo debate aos textos feitos nos últimos tempos. Parece que bateu uma "preguiça geral", ou então as matérias que não estão interessantes…

    Abrasss!

  5. O King Crimson é tão destroçadamente fodônico que eu até preciso enumerar meus comentários por álbum para que eu consiga organizar melhor as ideias, hehe. Mas no geral, até que concordei bastante com o cearense.

    1. Adoraria dizer que o disco mais genial do KC e um dos meus 10 favoritos em todos os tempos é perfeito, mas não o é. Me xinguem, me apedrejem, mas tenho preferência por canções mais arranjadas, e o segmento improvisado de "Moonchild" não agrega tanto ao disco quanto poderia. Mas a presença de "21st…", a faixa-título e "Epitaph" dão conta de compensar com sobras e transformam o disco em uma obra-prima

    2. Pensamos bastante parecido. Para mim, é bastante óbvio enxergar ITWOP como o irmão caçula de ITCOTCK, repetindo algumas fórmulas. A produção, apesar de um pouco melhor que a do anterior, deixou a música menos compacta, algo que salta a meus ouvidos. Na verdade nem consigo precisar se isso é mérito ou demérito. Briga com "Lizard" e "Discipline" pelas duas últimas vagas no meu Top 5 da banda, encabeçado por ITCOTCK, "Red" e "Larks'…"

    3. Não sei se "Lizard" é superior ao anterior, mas é mais coeso, sem dúvida. "Cirkus" é classicíssima, soturna… a cara do fim da era flower power, em conjunção com o nascente heavy metal, se não musicalmente, ao menos transmitindo mesmo clima angustiado.

    4. "Islands" é um caso complicado… gosto, mas a impressão de estranheza que tenho a escutá-lo nunca passa, talvez pelo mesmo motivo que apontei quanto à preferência por faixas bem arranjadas.

    5. Fantástica reformulação, especialmente por adicionar Bill Bruford ao line-up, perfeito para levar adiante as ideias de Fripp. Só não concordo com a afirmação de que "Exiles" (apesar de fantástica) é melhor que "Epitaph". Para mim, a porção vocal "but I fear tomorrow I'll be crying", presente na última, é, provavelmente, o ápice de toda a obra do King Crimson.

    6. Muito bom, mas o menos marcante da fase, provavelmente pelos motivos que citei mais acima. Por vezes falta um fio condutor para emprestar uma maior coesão ao conjunto de faixas.

    7. Só não é melhor que o primeiro álbum por meros detalhes. O tom angustiado da faixa-título, a dinâmica "One More Red Nightmare", a majestosa "Starless"… sem mais!

  6. O segmento improvisado de "Moonchild" é realmente difícil de aguentar… o mesmo acontece com "Providence", do "Red", que, curiosamente, em sua versão completa lançada na caixa "The Great Deceiver" (com alguns minutos a mais), soa muito melhor.

    Estas duas faixas destoam das suas colegas de álbum, sendo os únicos motivos para não chamá-los de "perfeitos".

    Eu gosto mais do "In The Wake…" do que dos dois posteriores, talvez por não ser um apreciador do jazz, estilo que, de certa forma, é dominante em "Lizard" e "Islands", embora tenha de concordar com a ideia de que ele parece um "irmão caçula" de ITCOTKC. E, tirando o primeiro, nada supera os discos da "trilogia elétrica", sendo que "Red" ainda é meu favorito da vasta discografia do Rei Escarlate.

    E tenho que admitir que, apesar de alguns comentários do Adriano tenham sido bastante fortes e carregados de um certo "preconceito pessoal", não dá para discordar da maioria deles…

    Espero conseguir manter esse nível alto na segunda parte!

  7. Bom, estou atrasado em leitura no blog, mas não podia deixar de participar desse topico. Começo primeiramente dizendo que minha seuencia é

    Lizard
    Islands
    In the Wake of POseidon
    Starless
    Larks Tongues

    Então, assim como o Diogo, vamos lá

    1. 21st century schizoid man é uma baita musica, mas para dizer que é a melhor do KC, bom, dai começa a fanfarronice. Prefiro muito mais Epitaph, uma das melhores letras da historia da musica, e claro, The Court of the Crimson King.

    2. A amostra da fanfarronice segue. Discordo que esse seja um irmão caçula do primeiro (alias, mesmo sendo caçula, achei essa definição ofensiva). "Pictues of a city" ia ser a primeria Maravilha minha para o KC, mas escolhi Islands pelas questoes emocionais daquele momento. Esse disco é otimo. Dizer que "cat food" é fraquinha é pedir para sair, 0 – 2. Esse é um disco fantastico, e concordo apenas no fato de que para começar a ouvir KC, comece por ele

    3. O melhor disco do grupo. Essencial! Fantastico! Perfeito! "Cirkus" é uma obra prima! Bem pegado a comparação de Indoor Games / Happy Family com Cat Food. As tres são perolas. "Lady of the dancing water" é um espetaculo sonoro. Belissima. E o que dizer de Jon Anderson e de toda a suíte Lizard? Fantastico! Demais! Melhor disco do KC em disparado.

    4. A fanfarronice impera. Caraca, o Islands é quase tão perfeito quanto o Lizard. E mais, ele leva qualquer mulher, inclusve uma freira, por mais virgem que seja, ao orgasmo. Meu amigo Groucho, me desculpa, mas tu pisaste na bola aqui. Solos meio frouxos? Bebeste né. O Fripp está em otima performance com suas notas breves, mas emocionantes. Nao gotar da voz do Burrel? Ele é o melhor meio termo entre Wetton e Lake, e ta cantando muito aqui. Definir "Islands" apenas como agradavel é fanfarronice extrema. Essa canção é a melhor definição de MARAVILHA. Obra prima do grupo, do mesmo nivel de Lizard e Cirkus. Enfim, discordo totalmente do que foi dito, e levaria certamente para uma ilha deserta, já que ISLANDS tem o poder de atrair o sexo feminino mesmo em quilometros de distancia.

    5. Otimo disco, mas é outra banda totalmente diferente. Nao consigo mais ver o que é tocado como KC, apesar de reconhecer a importancia de Bruford, Wetton e principalmente Muir. O novo estilo é muito bom, e esse disco no geral não tem derrapagens. Acho que a melhor canção é exatamente "Book of Saturday", por conservar o ritmo jazzistico dos anteriores. Mesmo assim, é um baita disco.

    6. Volotu a fanfarrear. Cara, o Starless é demais. Os improvisos mesclados soam como um grude de canções que não tem como fritar seu cérebro. Aula de psicodelia progressiva metalica. Chamar a melhor canção do LP de insossa me permite não escrever mais nada sobre o álbum a partir daqui.

    7. Red é um baita disco, mas não acho ele tão bom assim, apesar do Bruford estar talvez na sua melhor performance (junto com Close to the Edge). Starless e Red são clássicos do KC. E Fallen Angel é uma boa anostra de que era possivel fazer otimas canções sem ser pesado. Baita disco!

    Enfim, apesar das criticas, nao leva a mal Groucho. MInha lista acho que mostra como gosto dos discos pares, e essa tua implicancia nao me soou bem. Senti falta da citação (pelo menos) ao Earthbound e ao USA, asim como concordo com o Gaspa que podias ter explorado um pouco mais sobre o por que das mudanças de formação.

    De qualquer forma, parabens, e que venha a segunda parte. Essa sim, eu vou jogar pedras!!!

  8. Tive dois filhos homens no intervalo de um ano. Para os pais e para muitos familiares e amigos, eles eram praticamente gêmeos nos primeiros anos, tanto no trabalho em dobro que deram quanto nas semelhanças. Com o passar dos anos é que a personalidade de ambos, e também os traços físicos, foram se definindo e cada um assumiu sua individualidade. Acho que isso tem a ver com os dois primeiros trabalhos do KC. Quando o segundo álbum saiu a frustração foi grande porque o álbum parecia um gêmeo tardio do primeiro e as expectativas do que seria feito pela banda após a estréia fantástica foi afogada em água fria. Mas In The Wake of Poseidon foi ganhando espaço com o passar dos anos e suas virtudes foram sendo descobertas. Para o bem e para o mal a gente sente lá a primeira manifestação de rédeas curtas que o Fripp impunha à banda, tudo em função de sua obsessão por fazer um rock de apelo intelectual, em oposição ao rock ainda fortemente calcado no blues do final da década de sessenta. Parece também que a forma precipitada como assinou seu contrato com a Island para o lançamento do ITCOTCK estava se provando uma dor de cabeça danada e sabe-se lá até que ponto não forçaram demais a barra para ele, literalmente, repetir o impacto da estréia. Mas, enfim, sempre gostei muito desse disco e penso que na resenha do Adriano ele teve uma grande sacada ao sugerir a quem for se iniciar na discografia da banda que comece por este disco e depois pelo primeiro. Simples, mas muito feliz sacada, pois daí ITCOTCK levará In The Wake às últimas conseqüências e a passagem para Lizards será ainda mais radical.

  9. Caramba…
    Foi só ficar uns dias longe e aparece essa polêmica toda…rs

    Que o KCarão é um fanfarrão iso todo mundo já sabe, mas gostei do todo do que ele falou. Também acho o Starless meio fraco se comparado com os outros citados aqui. Sou suspeito apra falar do ITCOCK, para mim o melhor disparado e o Red vem pouco abaixo. A participação do Jon Anderson é maravilhosa e o que oucos sabem é que o Robert Fripp quase entrou para o Yes antes do Steve Howe.

  10. Essa caverna prog seria aquele famoso condomínio de idosos nos arredores de Araraquara?

    10 – In the wake of Poseidon
    09 – The deception of the thrush: a beginner’s guide to ProjeKcts
    08 – Thrak
    07 – EleKtriK
    06 – Absent Lovers
    05 – Discipline
    04 – Larks’ tongues in aspic
    03 – USA
    02 – ITCOTCK
    01 – Red

    Avoid: Earthbound

    Esta é a lista (em ordem decrescente) publicada pela Mojo de fevereiro de 2009 na coluna “How To By” King Crimson. Como você pode ver, caro Mairon, nosso Island se fudeu, hehe…

  11. Putz, colocarem o "The deception of the thrush" nessa lista é brincadeira. A caixa é muito boa, mas essa coletânea meia-boca não faz sentido algum… E tem um monte de "ao vivo" (quatro), em detrimento dos discos de estúdio…

    Se bem que o "Absent Lovers" realmente resume bem a "trilogia das cores"…

    E cadê o "The ConstruKction Of Light", que eu gosto muito e que, de forma alguma, pode ser substituído pelo (no mais, excelente) EleKtriK?

    Mister, gostei muito do comentário sobre os filhos "quase gêmeos". Só você para escrever algo assim, tão "sério" e tão adequado ao assunto. Parabéns!

  12. Hehe, obrigado Micael… filhos são uma benção, mas é preciso resenhá-los todos os dias.

    E Mairon, o autor da lista acima justifica a não presença de Islands da seguinte forma: Islands envelheceu mau, no entanto contém um diabólico solo de guitarra em "The Sailor's tale". Ele não é bonzinho?

  13. Sem comentarios sobre essa lista.

    Mas ainda sobre o Islands, eu não entendo essa capa da nebulosa. Afinal, ela é a original ou não? Inclusive eu acho a capa da ilha (a branquinha) mais bonita, mesmo com todo o lado científico da nebulosa.

  14. O por que da nebulosa eu não sei. Ótima questão pro fanfarrão sair por ai pesquisando e completar o tópico.
    O pai dos burros virtuais diz que a capa original inglesa e européia é essa nebulosa de Sagitário, enquanto nos EUA (e daí Brasil), a capinha branca com aquela ilhota colorida (arte do Pete Sinfield) é a que vingou.

  15. Caralho! Desde sexta que não acesso a internet. Fiquei muito surpreso – e feliz – de ver que meu texto já rendeu tantos comentários, mas tenho certeza de que isso se deve bem mais à grandeza da obra de Fripp e companhia do que propriamente às minhas linhas. Vamos então tentar responder aos comentários.
    Primeiramente, quero agradecer ao Gaspari pelo comentário e pelas observações sobre esses aspectos que meu texto não tocou nem de longe. Uma vez até falei contigo – não sei se lembra – que não me sinto muito encorajado a escrever por aqui porque minha escrita fica devendo E MUITO nesses pontos. Mas como aqui temos uma "discografia comentada", imaginei que o foco do texto devesse ser realmente a impressão que cada disco causa sobre mim. Um guia sobre a sonoridade de cada disco, mais do que uma "biografia" ou coisa parecida.
    Quanto ao In the Wake of Poseidon, acho que o Gaspari entendeu bem o que eu quis dizer. O que eu senti com o disco foi realmente isso: a princípio, me decepcionei bastante, pq achei uma cópia barata do primeiro. Com o tempo percebi que o disco é MUITO bom, mas que repete SIM fórmulas do primeiro disco. Por isso sugeri que ele deve ser ouvido antes, pra evitar essa experiência por que eu próprio passei. Se amigos como o Bueno não tivessem me indicado o quão bom era esse disco, talvez eu nunca tivesse dado muita atenção a ele, já que as primeiras audições foram bem desagradáveis.
    O Diogo tá pensando parecido comigo. Também prefiro algo bem arranjado a músicas centradas em improvisos. Claro que se o improviso cumpre uma certa função no todo, o resultado pode ser ótimo – acredito que o solo de violino em "Larks' Tongues in Aspic, Part Two" se enquadre nesse caso.
    "Preconceito pessoal", Micael? hahaha Deixei claras as minhas preferências, mas não acho que tenha pré-julgado nada. Dei tantas chances a esses discos pares que vc não imagina, hehe.
    Galera, vleu. Sempre que possível quero continuar contribuindo de alguma forma por aqui!

  16. Islands como pior???????????!!! Penultimo Starless e antepenultimo o In the wake of poseidon???????????!!!

    Fanfarronice pura

    Hehehe, perdoa as brincadeiras, Groucho, mas é que realmente não entendo como um cara como tu, bastante centrado e apreciador de progressivo, não gosta do Islands

  17. Para os viúvos das 2 primeiras formações do KC, eu recomendo o disco do McDonald & Giles, lançado em 71 (a gravação é de 70. Ninguém mais fala deste disco e ele é maravilhoso.

  18. Tá, aproveitando o que o Adriano fez, e deixando bem claro que se trata apenas dessa porção:

    1. In the Court of the Crimson King
    2. Red
    3. Larks' Tongues in Aspic
    4. In the Wake of Poseidon
    5. Lizard
    6. Starless and Bible Black
    7. Islands

  19. Gostei do texto, no geral, me identifiquei com boa parte dele. Gosto bastante do Lizard e do In the Wake of Poseidon, seria um pouco mais misericordioso com o Islands e o Starless and Bible Black. Principalmente o Islands eu preciso explorar mais seu som, mas eu gosto. O Starless foi a porta de entrada no som do KC e confesso que demorei (muito) pra gostar dele, até hoje tem coisas que eu não encaro. Na questão dos improvisos, é uma coisa que eu aprecio de modo geral, mas o KC as vezes dava uma exagerada.
    Em tempo, Cirkus é um dos melhores sons do KC, acho que merecia figurar nas "maravilhas do mundo prog" ehehehehe….
    Abraço!
    Ronaldo

  20. Agradeço novamente os comentários.
    Mairon, é em grande parte pura questão de gosto. Acho a voz do Burrell chatíssima.
    Ronaldo, concordo quanto a "Cirkus". Durante um bom tempo, eu achei que fosse um admirador solitário dessa faixas, mas vejo que todo mundo aqui curte ela pakas!
    Esqueci de comentar antes: galera, parem com essa stória de que o Islands atrai mulher! '-' PROG NENHUM ATRAI MULHER!! Muito menos esse disco. E, se atraísse, teria tanto valor quanto um Parangolé, hehe.

  21. Islands é um disco sexy. Diáfano como uma lingerie de seda. Suave como lençóis de cetim. Envolvente como um perfume floral. Discos assim não apenas atraem mulher como prometem algo mais. Quem nasceu para Supertramp, som ambiente de rodoviária, jamais vai entender um disco assim.

  22. Mister Gaspa, concordo em quase tudo o que escreveste, apenas discordo do fato de que quem nasce para Supertramp jamais vai entender o Islands. Amo Supertramp, e compreendo cada linha do Islands, então, aessa teoria não está certa (fora o fato de que o Supertramp não é som ambiente de rodoviária, mas sim de fila de banco, ahoiehahioeohia)

    Conheço pelo menos três mulheres que são viciadas na florescência sexual do Islands, além de serem loucas por progressivo. Duas delas o Micael conheceu também. Pouparei os nomes, mas já adianto que o meu filho é com uma delas, e possivelmente foi feito sob o efeito da sequência "Prelude: Song of the Gulls" / "Islands"

  23. Claro que você pode gostar de Supertramp, Mairon… afinal, ninguém é perfeito.
    E fazer um filho com uma mulher que gosta de Islands é mais do que felicidade. É privilégio. Coisa para poucos…que nem cantava o Mautner: como alguém que tem um diamante costurado no umbigo…
    hehe… (putz, estraguei o romantismo da coisa)

  24. Dispenso certos privilégios, hehe.
    No mais, PROGRESSIVO de verdade não pode ser trilha de chamego nenhum, pq a música toma pra si toda a sua atenção.
    Caralho, dá pra fazer uma matéria discutindo sobre qual o melhor disco pra se ouvir ao fazer um filho..

  25. Groucho, Led Zeppelin é o mais apropriado para essa situação, principalmente o Physical Graffitti (In My Time of Dying é uma aula de sexo). I cant Quit you Baby e You Shooke Me tb entram facil nessa lista

    Outras bandas q são recomendadas para a ação:

    Allman Brothers (o lado A de Eat A Peach pede isso, principalmente a sequencia Les Bres in A Minor e Melissa); Judas Priest (uma rapidinha com Painkiller e o dia ta salvo); King Crimson com Islands (supracitado aqui) e Supertramp (Crime of the Century na integra e a conchinha garantida no fim da noite)

  26. Pô, Mairon, já começou citando Led Zeppelin.. Fudeu foi com o teu comentário!
    Não sei se serve como trilha sonora pra sexo, mas prefiro bem mais "In My Time of Dying" com o Dylan.

  27. Nada a ver com nada, mas algum dos amigos do site por acaso viu o recente documentário “In the Court of the Crimson King: King Crimson at 50”? Pergunto pois se trata de uma obra bem pouco convencional, muito distante dos biográficos tradicionais, e seria interessante conferir a opinião de mais algum(ns) aficionado(s) pelo grupo. De repente fica aí a sugestão.

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