Na Caverna da Consultoria: Daniel Benedetti

Na Caverna da Consultoria: Daniel Benedetti

Por Mairon Machado

O Na Caverna da Consultoria traz hoje a incrível coleção e história de Daniel Benedetti. Nosso consultor, além de dono do canal Simplesmente Rock e do site Rock: Álbuns Clássicos, é um sobrevivente da COVID-19, e conseguiu lutar contra a doença através da ajuda de seus familiares, amigos, e claro, de sua paixão pela música. Acompanhe a emocionante entrevista com Daniel, e claro, utilize os comentários para sabermos sua opinião sobre os discos aqui apresentados. Confira!


Grande Daniel, que bom te ver na nossa Caverna. Seja bem-vindo. Por favor, apresente-se aos leitores e obrigado por compartilhar sua paixão pela música conosco.

Meu amigo Mairon é uma honra participar do Caverna. Bem, meu nome é Daniel Benedetti, sou servidor público do Estado de Minas Gerais, formado em Bioquímica e Direito pela UFMG. Também tenho um site de resenhas de discos há 11 anos (Rock: Álbuns Clássicos) e recentemente comecei um Canal no YouTube sobre Rock (Simplesmente Rock).

Quais suas primeiras lembranças do começo de sua paixão pela música?

Meu começo foi tardio, já com uns 15 anos. Minha família é muito católica e lá em casa só rolava música popular brasileira, tantos nos Lps quanto nas rádios e isto jamais despertou meu interesse e eu não era ligado em música. Só fui conhecer o Rock (na verdade, o Metal) quando um amigo me apresentou o Load, do Metallica, que havia acabado de ser lançado. Eu lembro de ter achado legal e me interessado, mas a coisa pegou mesmo quando comprei e ouvi o Metallica (Black Album), que era um tipo de som que jamais havia escutado. Aí, quando conheci o Iron Maiden, já era, rsrsrsrsrs.

Que “manias” relacionadas com a sua coleção você têm? E qual a sua rotina na audição e curtição de seus discos?

Até que não tenho muitas manias não. Uma é que um disco só vai se juntar à coleção após devidamente ouvido. Procuro ouvir, pelo menos, 1 álbum da coleção por dia, até porque não tenho muito tempo, pois minha rotina é corrida.

O que a música significa para você?

Eu simplesmente não seria quem eu sou sem a música. Foram os discos, as bandas e as temáticas delas que me levaram a buscar conhecimento diferente do que me era oferecido e abriu minha cabeça para um mundo totalmente novo.

Como é constituída sua coleção? Quais as mídias predominantes em suas prateleiras e os números por favor?

Minha coleção é de CD’s. Como não sou a pessoa mais organizada do mundo, não sei os números exatos, mas levando em conta as últimas contagens, ela gira perto de 1.700 itens. Tenho também alguns DVDs de shows, mas não devem passar de uns 30, então nem os considero como coleção.

Como colecionador de CDs, como você percebe esse retorno do vinil, bem como de lançamentos em CD mais “caprichados”? Há espaço para o CD continuar na ativa, ou é uma mídia com tempos contados?

Não consumo vinil, mas o retorno de uma mídia física eu vejo com bons olhos, apesar dos preços estarem bem proibitivos, seja vinil, seja CD. Como tenho 43 anos e sou da era “pré-Internet”, ainda gosto da materialidade para minha conexão com a música: ler o encarte, o cheiro de CD novo, essas coisas. Desta maneira, é natural que devessem nos atender com mídias mais caprichadas no intuito de que valorizem quem ainda pode comprar mídia física. Eu torço para que o CD resista e continue sendo lançado, mas sei que é algo cada vez mais limitado.

Qual o primeiro disco que comprou e por que? Você ainda o tem?

O primeiro que comprei foi o Load, do Metallica. Ainda o tenho.

Qual o seu artista favorito?

Que pergunta difícil para alguém como eu… mas, para não ficar em branco, digo o Iron Maiden e o AC/DC.

Quais suas fases preferidas de cada banda?

Eu sou “Bruce Dickinson FC” e não tenho como fugir, minha fase preferida é a que vai do The Number of the Beast ao Seventh Son, mas eu gosto de quase tudo. AC/DC eu adoro a fase Bon Scott, mas os primeiros álbuns com o Brian Johnson também são essenciais.

O que há no som do Iron Maiden, em sua opinião, que o torna tão grandioso, e com fãs tão fieis?

Bem, a sonoridade do Maiden me agrada demais e é uma questão totalmente subjetiva. Gosto das guitarras, da forma como o Bruce interpreta as canções, mas sobretudo da temática das composições que, a meu ver, gira em torno da transitoriedade da vida.

O mesmo vale para o AC/DC?

O AC/DC foi muito importante na minha vida como ouvinte, pois abriu o caminho para sonoridades diferentes do Metal. O grupo mudou minha trajetória como ouvinte de Rock, antes de conhecer a banda, eu estava caminhando para sonoridades cada vez mais extremas. O AC/DC mudou tudo.

Você já se desfez de algum disco e se arrependeu depois? Qual?

Eu me desfiz de álbuns do Slayer e do Exodus e me arrependo demais, viu. Aos poucos estou adquirindo todos eles novamente.

O que você faz questão de apresentar para quem vai visita-lo em termos musicais? E qual aquela obra que você gosta de apreciar sozinho?

Bom, procuro mostrar algo que a pessoa não conheça. Normalmente, apresento um disco que esteja ouvindo por aquele período. Sozinho, meus CD’s de Jazz, penso que é o estilo ideal para relaxar depois de um dia exaustivo.

Você costuma ir a muitos shows? Quais os mais marcantes positiva e negativamente?

Eu costumava frequentar shows até mais ou menos 2011 e 2012, depois parei com a idade avançando, acabei cansando. O melhor show a que assisti é sem dúvidas o AC/DC, no Morumbi, em São Paulo. Foram muito marcantes, também, o Iron Maiden aqui em BH e o Metallica no Rock in Rio de 2011, no qual também tocou o Motörhead. Negativamente, o Whitesnake nesta mesma época, em abertura para o Judas Priest. Repertório e atuações decepcionantes.

E quais os artistas que você teve contato que você mais curtiu de trocar uma ideia?

Sinceramente, eu nunca procurei contato com músicos ou bandas. Sempre admirei as obras e o talento dos artistas. Respeito quem não é assim, mas “tietagem” nunca foi para mim.

Qual o disco mais raro que você tem? E qual o “arroz de festa?

Olha, boa pergunta, eu não sei dizer. Penso que minha coleção não é de itens raros. Eu sou mais focado em ter os álbuns de estúdio das bandas e artistas de que mais gosto. Arroz de festa é o Iron Maiden, é a única banda que eu tenho mais de uma versão para o mesmo álbum.

Você, além de colaborar com a Consultoria do Rock, também possui seu próprio site, o Rock Álbuns Clássicos. Como surgiu a ideia do mesmo?

Amigos mais próximos sempre me incentivavam a escrever sobre música, mas eu não era muito afim. Mas, quando comecei a assistir uma série de minidocumentários chamados Classic Albums, na TV a Cabo, veio uma inspiração. O site seria uma versão escrita do programa de TV. Hoje, penso nele como um diário, um guia, para quem herdar a minha coleção e quiser conhecer alguns álbuns dela com mais detalhes.

Qual sua opinião sobre o atual mercado fonográfico e sobre o consumo de música nos dias atuais?

Bom, as plataformas digitais são uma realidade e não há muito como fugir disso, o mundo mudou. Elas permitem o acesso a muita coisa que quem viveu a era pré-internet sabe que era muito difícil encontrar bandas e discos que hoje estão a um clique. Em termos de mídia física, alguns lançamentos não chegam ao Brasil e só resta a opção da importação e isto eleva ainda mais os custos, os quais já não são muito acessíveis. A mídia física é, cada vez mais, restrita a nichos muito restritos, inclusive do ponto de vista econômico.

Quais os dez melhores discos da década de 60?

In the Court of the Crimson King – King Crimson
Abbey Road – The Beatles
Blonde on Blonde – Bob Dylan
Are You Experienced? – The Jimi Hendrix Experience
Led Zeppelin II – Led Zeppelin
Let It Bleed – The Rolling Stones
Tommy – The Who
Disraeli Gears – Cream
Bayou Country – Creedence Clearwater Revival
Days of Future Passed – The Moody Blues

Quais os dez melhores discos da década de 70?

The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars – David Bowie
Master of Reality – Black Sabbath
Selling England by the Pound – Genesis
Thick as a Brick – Jethro Tull
Physical Graffiti – Led Zeppelin
Fire and Water – Free
Born to Run – Bruce Springsteen
The Wall – Pink Floyd
Machine Head – Deep Purple
A Night at the Opera – Queen

Quais os dez melhores discos da década de 80?

Master of Puppets – Metallica
The Number of the Beast – Iron Maiden
Moving Pictures – Rush
Melissa – Mercyful Fate
Back In Black – AC/DC
The Joshua Tree – U2
Sonic Temple – The Cult
Ace of Spades – Motörhead
Dr. Feelgood – Mötley Crüe
The River – Bruce Springsteen

Quais os dez melhores discos da década de 90?

Nevermind – Nirvana
Rust in Peace – Megadeth
Rage Against the Machine – Rage Against the Machine
Mellon Collie and the Infinite Sadness – The Smashing Pumpkins
Arise – Sepultura
Ten – Pearl Jam
The Crimson Idol – W.A.S.P.
Metallica – Metallica
Metropolis Pt. 2 – Scenes From a Memory – Dream Theater
Achtung Baby – U2

Quais os dez melhores discos da década de 2000?

Songs for the Deaf – Queens of the Stone Age
Crack the Skye – Mastodon
Toxicity – System of a Down
Damnation – Opeth
Dead Heart in a Dead World – Nevermore
Blue Record – Baroness
Black Ice – AC/DC
Temple of Shadows – Angra
A Matter of Life and Death – Iron Maiden
Wolfmother – Wolfmother

Quais os dez melhores discos da década passada?

Feral Roots – Rival Sons
Yellow & Green – Baroness
Once More ‘Round the Sun – Mastodon
Wasting Light – Foo Fighters
In Cauda Venenum – Opeth
Blues Pills – Blues Pills
Scorpion Child – Scorpion Child
Hardwired… to Self Destruction – Metallica
High Hopes – Bruce Springsteen
Thunderbolt – Saxon

Quais os dez discos que você levaria para uma ilha deserta?

Kind of Blue – Miles Davis
Otis Blue/Otis Redding Sings Soul – Otis Redding
Riding with the King – B.B. King & Eric Clapton
In the Court of the Crimson King – King Crimson
Back in Black – AC/DC
Powerslave – Iron Maiden
Fire and Water – Free
The Wall – Pink Floyd
Master of Puppets – Metallica
Physical Graffiti – Led Zeppelin

Quais suas últimas aquisições?

Comprei o Back to the Light e o Another World, do Brian May, e o Rescue You e o Nothing’s Changed, do Joe Lynn Turner.

 

Indique três lojas/sites para os colecionadores continuarem a aumentar suas coleções, e o porquê das mesmas.

A Amazon brasileira é uma opção, lá é possível garimpar coisas a preços mais acessíveis, especialmente para estilos além do Rock. Na CD Point encontra-se itens mais difíceis, mas com preços mais altos. Também costumo comprar na loja virtual da Die Hard.

Que bandas atuais você indica para nossos leitores conhecerem?

Até por conta da minha doença e processo de recuperação, no último ano e meio não busquei muitas bandas novas. Mas duas de que gostei bastante foram as suecas Night e Heavy Feather.

 Indique três discos que mudaram sua vida, e conte o porquê?

The Number of the Beast, do Iron Maiden. Foi o disco que me colocou no caminho que estou até hoje.

Back in Black, do AC/DC. Além de ter me tornado um fã da banda, ele me mostrou que o Rock (para além do Metal) era muito mais amplo.

Metallica, do Metallica. Foi quando, realmente, tudo começou.

A sua coleção tem fim? Chegará um dia onde você vai olhar e dizer “tenho todos os álbuns que preciso” ou isso não existe para nenhum colecionador?

Ah, acho que isso não acontece. Minha lista de desejos é quase do mesmo tamanho da lista de CD’s da coleção. A gente está sempre descobrindo bandas que nunca ouviu, discos novos, enfim, sempre há algo diferente que desperta a “sanha colecionadora”, rsrs.

Você infelizmente passou por maus bocados por conta da COVID-19. É uma alegria que você tenha superado a doença. Se quiser fazer um relato, por favor, fique à vontade.

Bom, com certeza passei pelos piores momentos da minha vida. Fui internado em janeiro de 2021, foram 2 meses de internação, 30 dias em coma. É muito estranho você abrir os olhos em uma UTI de hospital, sem entender o que aconteceu. Sensação estranhíssima e que não desejo a ninguém. Hoje, sei que todos estavam preparados para o pior, pois minhas chances eram mínimas e as pessoas que me amam sofreram muito. Depois foi reaprender a respirar, falar, comer, andar… enfim, você aprende que sua vida mudou, aprende a conviver com as sequelas permanentes e passa a ter um novo olhar sobre a vida e sobre tudo. Aproveito a oportunidade para agradecer a equipe médica do Hospital Felício Rocho que salvou a minha vida e por todos aqueles que torceram, da sua própria forma, pela minha recuperação.

Tenho uma curiosidade sobre esse período. A música, de alguma forma, lhe ajudou a se recuperar?

A música faz parte de quem eu sou. Quando ainda estava tendo que passar pela hemodiálise, eu ouvia meu antigo Ipad. Eram horas naquela máquina e eu ainda não conseguia nem ficar sentado. Mas estar ali, ouvindo várias músicas da época em que me tornei fã de Rock, faziam-me reconectar com a minha essência.

Conte para nós algo curioso que você passou ou vivenciou relacionado com um item de sua coleção, ou um artista que você teve contato, enfim, algo que aconteceu por conta da sua paixão pela música.

Uma vez eu estava saindo do trabalho e um colega servidor, bem mais velho que eu, com qual não conversava muito chegou para mim e disse “Você é o Daniel, né? Daniel Benedetti?”. Eu disse que sim e imaginei que teria feito alguma besteira no trabalho, rsrsrs.

Mas ele virou e disse “cara, meu filho ontem estava no quarto ouvindo Led Zeppelin e lendo um texto no computador. Perguntei a ele o que estava lendo e ele me disse que era sobre o disco. Então eu também acabei lendo e quando fui ver o autor, fiquei surpreso, eu disse para meu filho – esse cara é meu colega de trabalho!!!!” Foi bem legal, depois ficamos conversando sobre discos e bandas.

Bah, que massa!!! Meu caro, novamente muito obrigado por participar de nossa Caverna, e que bom que você está aqui para contar sua história de superação e amor pela música. Fique à vontade, este espaço é seu.

Muito obrigado pela oportunidade e pela amizade que tiveram comigo quando estive doente. Vocês não sabem como é importante para quem passou por situações graves como eu. Agradeço ao André Kaminski que me convidou a colaborar com a Consultoria do Rock, não poderia deixar de citá-lo! Por fim, convido a todos para acompanharem, também, meu trabalho no meu canal do YouTube, Simplesmente Rock, e no site Rock: Álbuns Clássicos.

9 comentários sobre “Na Caverna da Consultoria: Daniel Benedetti

  1. Grande Daniel, um dos grandes orgulhos meus desse site foi chamá-lo para escrever conosco, participar de nossas seções e ler seus textos e comentários.

    E eu sabia que tua coleção era grande, mas nunca imaginei que fosse gigante. Aqueles do Saxon ali em cima brilharam como ouro para mim.

    E eu fiquei muito apreensivo quando me contou da COVID. E ainda via as postagens dos seus parentes próximos, eu comentei com o pessoal que estava muito tenso com a tua situação e foi uma alegria imensa ali no começo de abril quando retomou o contato depois de dois meses inteiros internado.

    Aliás, ainda bem que o Mairon lembrou que faltava a ti para participar do Na Caverna. Já tava na hora!

    No mais, um forte abraço para ti meu amigo!

    1. Muito obrigado pelas palavras, meu amigo André. Demorei, mas finalmente consegui encontrar tempo para participar do Caverna. Sempre disse que é uma honra poder contribuir, ainda que minimamente, com a Consultoria. Aproveito para agradecer ao Mairon também.

      Foram momentos muito difíceis, mas, finalmente, as coisas começaram a se ajeitar. Ah, ainda me falta o mais novo do Saxon, rsrsrs. Abraço!

      1. Tamo junto meu caro. Valeu aí por tudo, e só para me exibir um pouquinho, já to com o carpe diem em mãos kkkk (ta baratinho na classic rock).

        Abração

  2. As estantes cheias de CDs me deixaram com água na boca… Aí vieram as coleções do Saxon e do Thin Lizzy e tive que ir correndo pegar o babador. Aquela box do Faces está no meu radar, até porque só tenho um CD da banda e antes só tinha o ao vivo em vinil (numa edição brasileira com uma capa ridícula, aliás), e gosto muito da banda! Parabéns pela coleção, pelo site (de vez em quando deixo meus comentários lá) e sobretudo pela história de sobrevivência!

  3. Já tinha lido a entrevista, mas só agora que consegui comentar. Acompanhamos de tabela sua situação durante o COVID e ficamos tensos por aqui. Mas também foi uma alegria quando soubemos da sua recuperação. Parabéns pela coleção! Muita coisa ali me deixou na mesma situação do Marcello que comentou acima. O box do Faces foi também o que me chamou mais atenção, mas um outro disquinho ali eu gostei de ter visto. Aquele embalado num cardboard mequetrefe, sem nenhuma identificação, junto dos discos do Metallica. É um CD single do Metallica para One, lançado já bem depois do And Justice For All, provavelmente para aproveitar o sucesso dos singles do multiplatinado Black Album. Tenho esse single e achava que era uma exclusividade minha por não tê-lo encontrado com ninguem mais….rs

    1. Muito obrigado, Fernando. Vocês me deram muita força, as mensagens que eu recebia me deram forças na recuperação. Este single de One eu não consigo mais me lembrar como foi que o adquiri, mas é uma peça realmente diferente na coleção!
      Grande abraço!

  4. Daniel
    Conheci seu trabalho de pesquisa agora e fiquei impressionado. Sou coleções da banda Genesis e fiquei orgulhoso por teres colocado o disco Selling England by the Pound entre os melhores discos dos anos 70. Gostaria de te apresentar detalhes da suite Supper’s Ready de 83, ainda com Peter Gabriel.
    Parabéns e abraço

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