Discografias Comentadas: King Diamond (Parte II)

Discografias Comentadas: King Diamond (Parte II)

Durante os meses de janeiro e fevereiro, o blog estará de férias! Por isto, estaremos publicando novamente as matérias mais acessadas em cada mês destes dois anos de Consultoria do Rock, sempre às terças, quintas e sábados. Além disso, a seção Discografias Comentadas será quinzenal durante este período, mantendo-se na sua data tradicional de domingo. Voltaremos à nossa programação normal em março, desejando um Feliz 2013 a todos os nossos leitores, com muito “rock and roll all night, and party every day” durante este ano!

Por Micael Machado

Os desentendimentos com a gravadora Roadrunner forçaram a King Diamond Band a ficar parada por um tempo, e Andy LaRocque acabou se unindo ao Death para gravar o essencial Individual Thought Patterns em 1993. Com o retorno do Mercyful Fate, a carreira solo de King Diamond também foi retomada, e, devido à sua mudança para os Estados Unidos, o vocalista se uniu aos americanos Herb Simonsen (guitarra), Chris Estes (baixo) e Darrin Anthony (bateria) – também membros do Mindstorm – para, depois de resolver seus problemas legais com o antigo selo, trazer o grupo de volta à ativa cinco anos depois de The Eye!

Confira agora a segunda parte da Discografia Comentada de King Diamond!


The Spider’s Lullabye [1995]

Com uma banda quase totalmente revovada em relação à que gravou The Eye (sobrou apenas o velho parceiro Andy LaRocque), este é um dos poucos álbuns da discografia solo de King Diamond que não é totalmente conceitual. The Spider’s Lullabye (que, particularmente, considero um dos mais fracos de sua carreira) possui seis faixas que não têm relação liricamente, e outras quatro que contam a história de Harry, um sujeito que sofre de aracnofobia, e procura o estranho Dr. Eastmann em busca de uma cura para o seu medo.

Claro que as coisas não saem como ele queria, e o final acaba sendo trágico, como em quase todas as histórias contadas pelo Rei. Apesar da qualidade de canções como “From the Other Side” e “Eastmann’s Cure” (ambas com um riff veloz e refrão bastante melodioso), a longa “Room 17” (bastante variada) e “To the Morgue” (com um final bastante marcante), as demais canções não me atraem muito, talvez pela presença excessiva dos teclados (como em “The Poltergeist” ou “Moonlight“), ou apenas porque os riffs não caíram no meu gosto pessoal (como os de “Killer” e “Six Feet Under”).

A cadenciada “Dreams” (com um marcante refrão) ganha velocidade nos solos, e a faixa título, apesar de durar quase quatro minutos, a meu ver é apenas uma vinheta de introdução para a história de Harry, marcada por mudanças de tempo, uso excessivo dos teclados e vocalizações que não ficaram muito legais, especialmente no começo e no final. Não diria que é um álbum desprezível, mas com certeza está longe dos melhores registros de King Diamond. Cabe citar que a versão nacional original (lançada pela Castle Brasil) possuía como bônus uma entrevista com o vocalista, a qual é quase impossível de ser ouvida, pois colocaram no áudio, enquanto King fala, algumas passagens de músicas do álbum, as quais muitas vezes se sobrepõem à voz do entrevistado, fazendo com que não se entenda o que ele diz, em uma demonstração incrível de amadorismo, e que serve como um dos exemplos das falhas que levaram a gravadora à falência no país. Assim como outros álbuns, este foi remixado por Andy e relançado em 2009, com uma nova arte gráfica.


 The Graveyard [1996] 

Um sujeito inocente é acusado de violentar uma garotinha, e internado em um sanatório. Mentalmente perturbado devido ao “tratamento” recebido no local, ele consegue escapar e se refugia em um cemitério, enquanto planeja sua vingança contra o verdadeiro culpado. Mas, quando coloca seu plano em prática, as coisas acabam saindo um pouco diferentes do que ele queria. Outro álbum que não me atrai muito tanto na parte lírica quanto na musical, The Graveyard tem como destaques as faixas “Black Hill Sanitarium” (com um excelente refrão), a cadenciada “I’m Not a Stranger” e a pesada “Lucy Forever”.

As demais faixas meio que se equivalem, e, embora funcionem bem para o contexto da história (como a vinheta “Whispers”, que serve para mostrar o estado de insanidade da mente do narrador, assim como a angustiante “Up From the Grave”, ou a melódica “Daddy”, passando perfeitamente o sofrimento da garotinha Lucy), separadas não ficam entre as melhores composições da carreira do Rei Diamante.

A quase teatral “Digging Graves” (com seu ritmo macabro reforçado pelos efeitos de teclado) começa bem interessante, mas sua longa duração (sem muitas variações) acaba tornando-a cansativa, assim como “I Am”, cuja melodia tem como ponto forte os teclados (a cargo de King) e a interpretação vocal do cantor, que passa bem a ideia de ser um sujeito completamente demente, como é o estado mental do narrador.

A levada de bateria no começo de “Waiting” lembra a de “Welcome Home”, do álbum Them, e a pesada “Trick or Treat” tem algo em sua melodia que me lembra Judas Priest. A primeira parte de “Heads on the Wall” é bem lenta, com um refrão bem interessante, mas na segunda metade a música fica bastante veloz, tornando-se algo completamente diferente. A mid-tempo “Meet Me at Midnight” também possui um bom refrão, a faixa título é uma vinheta com efeitos assustadores e King dando um show de interpretação no papel do demente narrador da história, e a quase orquestral “Sleep Tight Little Baby” completa o track list, sem muito brilho.

Este é um dos álbuns mais bem sucedidos comercialmente na carreira de King Diamond, tendo atingido boas posições nas paradas e um número expressivo de vendas. Mas, como eu disse, não me convence! The Graveyard também foi remixado e relançado em 2009 com uma nova arte gráfica.

A formação de Voodoo: King Diamond,John Luke Hébert, Chris Estes, Herb Simonsen e Andy LaRocque


Voodoo [1998]

O casal Lafayette (com a esposa Sarah grávida) e o “vovô” se mudam para uma mansão na Louisiana para recomeçar a vida. Próximo ao local existe um cemitério vodu, e as cerimônias realizadas ali perturbam o casal. Quando este decide destruir o cemitério, seu mordomo, um membro do culto vodu, se une a outros seguidores para impedir que isto ocorra, claro que não de uma forma pacífica, e, mais uma vez, as coisas não saem da forma que todos esperavam.

Com os mesmos músicos que gravaram The Graveyard (à exceção da bateria, agora a cargo de John Luke Hébert), Voodoo é outro álbum onde as músicas funcionam bem no contexto da história, mas não possuem muita força isoladamente. A excelente faixa de abertura “‘LOA’ House” (cuja letra cita o álbum Abigail ao falar da gravidez de Sarah Lafayette, afirmando que desta vez a história será diferente, e este bebê sobreviverá), a agressiva e pesada “A Secret“, que possui um excelente riff, além de um interessante refrão (com destaque para o teclado), a complexa e variada “Sending of Dead” e “The Exorcist” (mais direta e com outro riff matador) poderiam ser apontadas como os destaques, mas não chegam nem perto dos clássicos da carreira de King.

Algumas faixas são guiadas pelo teclado, como “Life After Death”, “Sarah’s Night” e a vinheta “Unclean Spirits”, que narra a tentativa de exorcismo de Sarah. Apesar de alguns momentos de velocidade, “Cross of Baron Samedi” é a mais cadenciada do álbum, e “One Down Two to Go” mistura suaves partes acústicas com outras velozes e elétricas ao longo de seu arranjo. A vinheta “If They Only Knew” conta apenas com efeitos de teclados e a vocalização de King, que inclusive é bastante variada em “Salem”, que me lembra os tempos de Fatal Portrait.

A sonoridade dos tambores de vodu marca forte presença tanto na intro “Louisiana Darkness” (vinheta que tem sua melodia repetida na outro “Aftermath”) quanto na faixa título, que tem a presença de Dimebag Darrell, já falecido guitarrista do Pantera, no solo principal. A edição europeia possui uma faixa escondida após “Aftermath”, a qual é basicamente “Unclean Spirits” tocada de trás para frente. A história é bastante interessante, mas, musicalmente, este disco fica abaixo dos melhores momentos de King Diamond. Este foi outro álbum remixado e relançado em 2009.


House of God [2000] 

Um sujeito perdido em uma floresta francesa é salvo por um estranho lobo, e levado por ele a uma igreja um tanto “diferente”. Ao entrar, o lobo se transforma em uma belíssima mulher, e, após uma noite de amor, ela lhe revela ter sido amaldiçoada e forçada a tomar conta do local, sendo que, se não arrumar alguém para lhe substituir, irá morrer em breve. Por amor, o sujeito toma seu lugar, e passa a guardar a igreja, que esconde um terrível segredo: é o local onde está enterrado o corpo de Jesus Cristo, que teria escapado vivo da crucificação e ido para a França junto com Maria Madalena.

Tal descoberta trará trágicas mudanças na vida do protagonista da história! Parcialmente baseada em uma lenda local (a igreja da história existe realmente, embora não se tenha provas do que é guardado em suas catacumbas), este é, para mim, o melhor disco desde o retorno da banda após o álbum The Eye, sendo a minha faixa favorita a variada “The Trees Have Eyes”, com marcantes passagens de guitarra e um refrão que fica na cabeça após poucas audições.

No geral, as músicas são mais rápidas e diretas do que nos discos mais recentes, como ocorre em “Black Devil” (que possui um riff inicial matador), “Catacomb” (outra com um refrão marcante), “Just a Shadow” ou “The Pact”, embora “This Place Is Terrible” seja mais cadenciada, e “Follow the Wolf” alterne partes pesadas com outras lentas e suaves. A faixa título (outro destaque) é a mais melódica, com bastante destaque aos teclados em seu arranjo, e “Help!!!” conta com um riff marcante, que fica se repetindo, dando um toque de metal industrial à canção.

A suave instrumental “Peace of Mind” fecha o álbum, cujo track list é completado pelas vinhetas “Upon the Cross” (que tem na letra o mote do disco, ou seja, que Jesus não morreu na cruz), “Goodbye” (de melodia bastante tristonha) e “Passage to Hell”, que conta com alguns efeitos assustadores.

Um disco excelente, que marcou as estreias de Glen Drover nas guitarras (ao lado de Andy) e de David Harbour no baixo (John Luke Hébert se manteve na bateria), e iniciou uma espécie de “recuperação” para a carreira de King, pelo menos no meu modo de ver, sendo o primeiro de  uma sequência muito boa de lançamentos. Em 2009 este álbum também foi remixado e relançado.


Abigail II: The Revenge [2002]

A continuação da história contada no álbum Abigail acontece dezoito anos depois dos fatos relatados naquele disco. O bebê Abigail não foi morto pelos Black Horsemen, e cresceu para virar uma bela mulher, que retorna por acaso à mansão de sua família, onde encontra Jonathan La’Fey ainda vivo, embora tendo de usar uma cadeira de rodas e necessitando dos cuidados do mordomo Brandon Henry (personagem inspirado em um empregado de King), e Little One, o fantasma da natimorta Abigail do primeiro disco. 

Jonathan pensa que Abigail é Miriam, e acaba estuprando-a, fazendo com que a jovem prometa se vingar dele, ainda mais depois de descobrir o que aconteceu com a primeira Abigail. Mas, como sempre, as coisas não saem exatamente da maneira como ela planejou… Sem conseguir sequer se igualar à qualidade da primeira parte, Abigail II: The Revenge é mais um álbum onde as músicas funcionam bem no contexto da história, mas não se destacam muito separadamente.

As que mais chamam a atenção são aquelas mais rápidas, como “Mansion in Sorrow“, “The Wheelchair“, “Spirits” e “Miriam” (com um riff no início que me lembra o de “Black Devil”, do disco anterior, e diversas variações ao longo de sua duração). O álbum conta com vários efeitos sonoros em suas faixas para caracterizar os acontecimentos do conto elaborado por King, como o som da tempestade no início de “The Storm”, os vidros quebrados em “Broken Glass” (onde os teclados têm papel importante na melodia) ou o choro de Abigail ao final de “Slippery Stairs” e seus risos na curta “More Than Pain”.

King também usou a voz de uma garotinha chamada Alyssa Biesenberger (filha de um amigo do produtor do álbum), que interpreta Little One na música que leva seu nome (que mescla partes mais marcadas com outras bem velozes), na vinheta “Sorry Dear” e na marcada e quase teatral “Mommy“. A vinheta “Spare This Life” e a variada “The Crypt” completam o track list de um álbum que marcou a estreia do guitarrista Mike Wead (também do Mercyful Fate) e do baterista Matt Thompson, além do retorno de Hal Patino ao baixo (Andy LaRocque seguia firme na outra guitarra, em uma formação que seguiria junta nos próximos lançamentos), e que não chega a ser um equívoco, mas passou longe de se tornar um clássico, como a primeira parte conseguiu.

Livia Zita e King Diamond


The Puppet Master [2003]

Um sujeito vai assistir a um show de marionetes em Budapeste, na Hungria, e acaba conhecendo Victoria, uma mulher fascinante pela qual se apaixona. Mas ela some pouco depois, o que se transforma em um mistério para o rapaz. Um ano depois, ele volta ao mesmo local disposto a descobrir o que aconteceu com sua amada, mas o que irá descobrir é tão terrível que está além de qualquer um de seus pensamentos mais tenebrosos, além de mudar tragicamente sua vida para sempre.

Ao lado de House of God, este é um dos meus álbuns favoritos desta “segunda fase” da carreira de King Diamond. No geral mais melódico que os dois anteriores, conta com um uso maior dos teclados nos arranjos das faixas (e não apenas para “efeitos sonoros”, como ocorre em outros discos do cantor), com se comprova em “Blue Eyes”, na teatral “No More Me” (com sua melodia quase demente) e na excelente “Magic” (um dos destaques, ao lado da faixa título, da rápida “Blood to Walk” e da variada “Christmas“, que conta com trechos da tradicional canção natalina “The Little Drummer Boy”).

King conheceu a cantora Livia Zita durante uma entrevista que ele lhe deu quando ela trabalhava para a revista Metal Hammer da Hungria. Encantado por sua voz (e por sua beleza), o vocalista a convidou para participar do seu próximo disco, fazendo as vozes dos personagens femininos. A bela voz de Livia se destaca na citada “Magic”, em “Emerencia”, na balada “So Sad”  (uma das músicas mais tristes que King já compôs) e na cadenciada “Darkness” (uma das mais pesadas deste disco). Pouco tempo depois, os dois se casariam, estando juntos ainda hoje.

A vinheta “Midnight” e as velozes “The Ritual” e “Living Dead” (que encerra o álbum com uma triste melodia ao violão) completam o track list da versão regular, sendo que existe uma edição especial que vem com um DVD de bônus, mostrando apenas King Diamond em sua casa (completamente caracterizado, e sentado à uma mesa com diversos objetos ritualísticos), onde o cantor explica as faixas de seu novo trabalho à medida que vai contando a história que ouviremos no disco.

É bem interessante, mas pode ser cansativo para aqueles menos “fanáticos”, especialmente se eles não entenderem o idioma britânico, pois, pelo menos na edição nacional, não há nenhum tipo de legendas. A turnê de divulgação rendeu o duplo ao vivo Deadly Lullabyes em 2004, com foco nas duas partes de Abigail, porém sem esquecer outros momentos da carreira solo.


Give Me Your Soul…Please [2007]

As almas de uma garota e de seu irmão estão esperando seu destino final no além. Enquanto a dela está destinada para a luz, a dele irá para as trevas. A menina resolve então conseguir uma alma para substituir a do irmão, para que a do garoto possa ir com ela para a luz. Ela consegue ir até a casa onde King mora, e, após assombrá-lo, o músico usa de magia para entrar em contato com a aparição. A menina (retratada na sangrenta capa do álbum) pede que King lhe entregue sua alma, mas, ao verificar que a dele é ainda mais “suja” que a do irmão, desiste do cantor, e decide ir procurar em outra casa, supostamente, aquela na qual está a pessoa que ouve o disco.

O até agora mais recente lançamento da carreira solo de King Diamond é outro disco que não me agrada muito, quebrando a sequência de bons álbuns que o grupo vinha tendo desde House Of God. King inova mais uma vez, e, baseado na série 24 horas, compôs uma história que se desenvolve “em tempo real” ao longo do play, ou seja, os eventos vão acontecendo ao mesmo tempo em que você vai escutando as músicas, algo que funcionou muito bem em termos conceituais, mas não foi ajudado pelas composições, um tanto genéricas na carreira do vocalista, e que pouco lhe acrescentam após a audição.

Apesar da qualidade da veloz “Never Ending Hill” (que chegou a ser indicada ao Grammy de “Melhor Performance de Metal”, perdendo para “Final Six”, do Slayer), ou das interessantes melodias de “The Girl in the Bloody Dress” (com ênfase nos teclados), “Black of Night” (com King dando um show de interpretação, mais uma vez) e “The Cellar”, as outras músicas se perdem em riffs repetitivos e padrões já explorados em álbuns anteriores do vocalista.

Há canções mais rápidas como “Mirror Mirror” ou “The Floating Head“, e outras mais cadenciadas como “Cold as Ice” e “Is Anybody Here?” (uma das mais pesadas), mas não há aquele “candidato a clássico” que outros discos possuíam.

A participação de Livia Zita é menor do que em The Puppet Master, sendo mais notada apenas na vinheta “Pictures in Red”, nas citadas “Black of Night” e “The Girl in the Bloody Dress” e no começo da faixa título, que ganhou um vídeo de divulgação. A melodia maluca de “Shapes of Black” e a vinheta de abertura “The Dead” completam o track list, que se encerra com a semi-balada “Moving On”, com começo acústico e belos teclados em sua melodia, além do dueto de King e Livia, em uma canção que lembra “So Sad”, do disco anterior, porém não tão bonita, e que em sua parte intermediária ganha bastante velocidade e peso, voltando ao tema calmo inicial mais perto do final. Um álbum interessante, mas não muito mais que isso.

A formação mais recente: Andy LaRocque, Hal Patino, King Diamond,Matt Thompson e Mike Wead
 

Existem duas coletâneas do Rei no mercado: Nightmare in the Nineties, de 2001, apenas com músicas da década de 1990 (ou seja, de The Spider’s Lullabye a House of God) e The Best of King Diamond, de 2003, lançada pela gravadora Roadrunner e apenas com músicas da época de King no selo (ou seja, de Fatal Portrait a The Eye).

Há também o raro box Decade of Horror, em edição limitada a mil cópias e contendo quatro picture-discs de vinil. King também participou do projeto Probot em 2004, álbum capitaneado por Dave Grohl, do Foo Fighters (ex-membro do Nirvana) que reúne diversos vocalistas e instrumentistas em um dos melhores discos lançados naquela década (o Rei canta na música “Sweet Dreams”, ao lado de Grohl e Kim Thayil, do Soundgarden), e também atuou como convidado nos álbuns Necronemesis, do Usurper, e Nymphetamine, do Cradle Of Filth (apenas em sua versão digipack lançada em 2005).

Já Andy fez parte do IllWill (ao lado de Snowy Shaw e Sharlee D’Angelo) e do X-World/5, além de participar como convidado em diversos álbuns de bandas como Evergrey, Falconer e Witchery. Em 2001, foi lançado King Diamond & Black Rose 20 Years Ago (A Night of Rehearsal), que registra uma noite de ensaios do Rei Diamante ao lado de sua ex-banda Black Rose, registrado em fita K7 a 30 de setembro de 1980. O som é bem diferente do desenvolvido pelo Mercyful Fate ou por King em sua carreira solo, e vale a pena ser “descoberto” por seus fãs!

Em 2010, King passou por problemas cardíacos que o levaram a uma cirurgia, além de já estar sofrendo há algum tempo por sérios problemas na coluna. Tudo isso fez com que o cantor se afastasse dos palcos para recuperar plenamente sua saúde, mas, aos poucos, ele vai retomando sua rotina, tendo participado do show em comemoração aos trinta anos do Metallica em 2011, e feito uma aclamada apresentação no Sweden Rock Festival em 2012, além de alguns outros festivais europeus.

Um novo contrato para três discos com a Metal Blade foi assinado recentemente, e novos álbuns e turnês devem vir pela frente em breve. Que o Rei Diamante se recupere plenamente, e volte logo a nos encantar com suas macabras melodias de ninar! All hail the King! Long live the King!

4 comentários sobre “Discografias Comentadas: King Diamond (Parte II)

  1. Desses álbuns eu também gosto demais do House of God. Fiquei um tempo sem ouvir alguns dos discos do King Diamond e comecei a conhecê-los recentemente. Infelizmente não tenho o tempo que tinha quando era estudante apra me debruçar sobre o álbum e absorver totalmente a música e a história dos álbuns. Quando fazemos isso aproveitamos muito mais os discos do Rei…

    1. Concordo plenamente contigo Fernando…bons tempos onde ouvia quase até furar os discos (em vinil, claro) do Fatal Portrait até The Eye, pouco depois deles terem sido lançados, e tinha todo o tempo do mundo para absorvê-los…E também estou redescobrindo o trabalho do mestre…

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