Discografias Comentadas: The Rolling Stones – Parte II

Discografias Comentadas: The Rolling Stones – Parte II
Por Adriano KCarão

Nesta semana, a coluna Discografias Comentadas traz a segunda parte da discografia dos Rolling Stones, englobando os discos lançados na década de 70 (de 1971 a 1980). Mick Jagger (voz), Keith Richards (guitarra), Bill Wyman (baixo), Charlie Watts (bateria) e o então novo membro Mick Taylor (guitarra) adentraram a nova década cobertos de glória, fama, problemas, incertezas e desafios. Por um lado, eram uma banda no auge da popularidade e agora com gravadora própria (Rolling Stones Records), podendo lançar seus discos como bem entendessem – inclusive com a capa que quisessem. Por outro lado, descobriram ter sido enganados pelo antigo empresário Allen Klein, o qual ganhou direito sobre tudo o que a banda lançou até 1970, o que fez muita música de fins da década de 60 só aparecer nesses primeiros álbuns dos anos 70. Musicalmente falando, Keith Richards se dedica mais à guitarra-base, deixando boa parte dos solos para Taylor, guitarrista mais técnico, mas, na minha opinião, sem o diferencial que marca os trabalhos de Keith. Os dois primeiros discos da década, Sticky Fingers e Exile on Main St. são provavelmente os mais amados pelos fãs e aplaudidos pela crítica em geral, mas este que vos fala é um apaixonado pela fase Brian Jones, então considero esses discos ótimos, mas longe de serem o ápice criativo da banda. Dito isto, vamos às pedras, quer dizer, às resenhas! Se você não leu a primeira parte clique aqui.

Sticky Fingers [1971]
Uma das capas mais famosas do rock – mais uma de Andy Warhol –, homenageada, entre outros, pelo Mötley Crüe no álbum Too Fast for Love (1981), guarda em seu interior um dos álbuns mais populares dos Stones. Sticky Fingers segue a linha de Let It Bleed, fazendo uma mescla de rock, country e blues, com pitadas de soul e funk, e exaltando os excessos da vida rockeira, de forma às vezes chocante – tal como a capa em que se pode abrir o zíper da calça e deparar-se com uma cueca de algodão! Os Stones mantêm a tradição de decidir tudo no primeiro round (como em “Sympathy for the Devil” e “Gimme Shelter”, que iniciam, respectivamente, Beggars Banquet e Let It Bleed), e o golpe da vez é a contagiante “Brown Sugar”, similar a “Live With Me” do disco anterior, mas se destacando pelo riff, simples mas inesquecível, e pelos empolgantes gritos de “yeah” em coro, quase ao final. Mas a banda nunca foi um time retranqueiro e não quer saber de “administrar o jogo”. Depois de nocautear o ouvinte com a primeira faixa, eles pisoteiam o adversário com uma série de golpes certeiros. O primeiro deles é “Sway”, faixa até meio esquecida da banda, mas muito emotiva, carregada, antecipando os melhores momentos de Exile on Main St., e com destaque para as guitarras de Jagger e Taylor – Keith faz apenas backing vocals – e o vocal exasperado de Jagger. A clássica “Wild Horses” não me agrada tanto quanto outros clássicos dos Stones, mas jamais poderei considerá-la ruim. A faixa seguinte, “Can’t You Hear Me Knocking”, seria um ótimo número dos Stones, com um belo groove e um refrão ótimo pra cantar junto, e nada mais que isso, se a banda não tivesse se empolgado após o “fim” da faixa e realizado uma jam no maior estilo Santana que não havia sido programada, mas que – graças a Deus ou ao Diabo – ficou registrada, para honra e glória de nós, ouvintes! Após o cover pantanoso do blues “You Gotta Move”, temos “Bitch”, faixa bem direta e de andamento quadrado, com um arranjo pra metais e um riff que lembra “Rock ‘n’ Roll Queen” do Mott the Hoople. “I Got the Blues” lembra as soul ballads de Otis Redding e possui uma linda interpretação de Jagger e um belo solo de Billy Preston ao órgão. “Sister Morphine”, com seu clima de ressaca, antecede “Dead Flowers”, que figura entre minhas canções country favoritas, com seu refrão marcante e sua letra deprimente. Pra encerrar o disco, a belíssima “Moonlight Mile”, faixa altamente zeppeliniana (Dá até pra imaginar Robert Plant cantando essa música!). Com a delicadeza de seu arranjo e execução, incluindo mesmo um arranjo de cordas que a certa altura acompanha uma marcha solene iniciada pela guitarra, é um encerramento de disco bastante majestoso, situado em alturas muito elevadas que exigirão uma queda dolorosa para que se chegue à lama de onde brota o disco seguinte!
Exile on Main St. [1972]
Exile é um album de raiz. Vai tão fundo nas raízes que traz à tona toda a sujeira, excrementos, enfim, tudo o que há de mais vil e baixo no universo do rock. O disco foi gravado na Villa Nellcôte, antigo bunker nazista apropriado por Keith e ocupado nessa época pela banda e por músicos, traficantes e drogados diversos, os quais geraram mitos que serviriam de objeto para livros e filmes diversos, e nas horas vagas geraram também um mito chamado Exile on Main St.! Muitos poderiam reduzi-lo a um álbum simples, como eu mesmo, que não gosto tanto das faixas mais blueseiras. Não se pode, porém, dizer que há nele faixas mal trabalhadas ou desnecessárias. Mesmo a faixa mais estranha do disco, “I Just Want to See His Face”, provavelmente a que menos gosto, é uma das músicas favoritas do músico Tom Waits! Vamos então aos meus destaques, só ressaltando que são meus, e não seus ou do Tom Waits! Os Stones gravaram mais uma sensacional faixa de abertura na história: “Rocks Off” – faixa que, por algum motivo, me soa bem “anos 90” – é mais uma faixa animada, mas não como as anteriores dos Stones. A coisa toda parece surgir de alguma decepção, uma decepção tão grande que você se afogou na bebida – ou no que mais preferir – até perder a noção de si, chegando a um estado de desesperada euforia! Jagger canta: “I can’t even feel the pain no more!”. Tudo nessa música convida ao êxtase: a estrofe, a ponte, o refrão, sendo este um caso à parte: uma mixórdia de vozes, onde mal se sabe quem é a voz principal e quem são as vozes de fundo, isso tudo sobre uma cama sonora que parece ter sido destruída por uma noite de sexo selvagem! Jagger chegou a reclamar de não ouvir sua própria voz na música, mas é essa indefinição total o que torna a faixa espetacular! Aliás, a performance vocal de Jagger está melhor do que nunca em Exile, e o auxílio dos backing vocals confere ainda uma maior perfeição à parte vocal do disco. A faixa seguinte, “Rip This Joint”, não é das minhas favoritas, mas destaca-se, com sua rapidez e agressividade, por anteceder o punk em uns quatro anos! Destaque verdadeiro vai para “Tumblin’ Dice”, faixa com grande apelo country, onde a guitarra de Keith chora e faz chorar, e onde, próximo ao final, ele entoa um “keep on rollin” que parece se dirigir à própria banda! Destaco também as diversas faixas lentas, pelas quais cabe saudar Mick Jagger, que foi o responsável pela sonoridade gospel de boa parte do álbum, quando as gravações se transferiram para Los Angeles e ele fez os arranjos pra piano e vozes de apoio, tentando “tirar o disco da lama”! Destaque em especial para as belíssimas “Loving Cup” e “Let It Loose”, esta última – que certamente serviu de modelo para as melhores baladas do hard oitentista – possuindo uma das mais emocionadas interpretações de Jagger! Uma das canções mais populares do disco é “Happy”, composta quando Keith chegou cedo demais para as gravações e não tinha nada pra fazer! A faixa seguinte, porém, eu considero muito mais digna de figurar entre os clássicos da banda. “Turd on the Run” é uma espécie de skiffle com sotaque punk, tão empolgante – e também subestimado – que você nem liga se o título da música é realmente “cocô em fuga” e já está cantando junto o verso “I lost a lot of love over you!”, sempre seguido de gritos e da gaita furiosa de Jagger! Pra fechar o disco, escolheram “Soul Survivor”, uma grande música, funkeada e bem “pra cima”, mas que pouco ou nada tem de música de encerramento! Mas, se considerarmos que essa experiência sonora foi um verdadeiro “exílio” nas terras lamacentas de onde brotou o rock – e não são poucos os que consideram esse disco a cartilha básica do estilo –, nada melhor que uma faixa como essa, com cara de começo, pra encerrar o disco: foi oficialmente inaugurado o rock ‘n’ roll!
Goats Head Soup [1973]
Gravado na Jamaica, um dos únicos locais no mundo onde todos da banda ainda tinham permissão pra ficar nessa época, o sucessor de Exile on Main St. pode não conter tantas canções realmente memoráveis como o disco anterior, mas é um álbum consistente, sem nenhuma falha e com algumas faixas marcantes. O disco possui uma sonoridade influenciada pelo glam rock de então e talvez pelo ambiente e a variedade de nacionalidades a que pertenciam as diversas pessoas envolvidas na gravação. Uma magia – negra, pois negra é a música dos Stones – parece tomar conta da atmosfera, e você pode sentir as forças malignas que são libertas de seu sono milenar pelas primeiras notas de guitarra que iniciam “Dancing with Mr. D” (“Death” ou “Devil”?). O vocal de Jagger soa abafado por toda a faixa, como se fosse uma presença sobrenatural ou estivesse a esbaforir fogo e enxofre! Na continuidade, porém as coisas se acalmam com a bela “100 Years Ago”, faixa calma, de clima nostálgico, com um encerramento mais acelerado. “Coming Down Again”, balada bastante calma onde Keith canta sobriamente as estrofes, deixando Jagger comandar os refrões, não está no nível de uma “Let It Loose”, por exemplo, mas é uma ótima balada, tão boa quanto a clássica “Angie”, que se encontra mais à frente nesse disco. O título de “Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)” pode enganar, mas na verdade a letra não versa sobre amor, e sim sobre a morte precoce do possível amor que habitaria o coração de uma criança de dez anos, baleada no peito em um erro policial. Jagger deixa entrever um pouco da visão de tal cena odiosa em sua interpretação, mas a música, em geral, tem um astral elevado. Após a famosa “Angie”, a banda entra com “Silver Train”, faixa ainda mais animada e com um ar mais tradicional. Apesar de ser distinta do restante do disco, a faixa, que canta o amor de uma prostituta, não soa deslocada. “Hide Your Love” parece conduzir o disco de volta a sua atmosfera típica, investindo em motivos tradicionais como a faixa anterior, dessa vez na forma de um blues lento ao piano, mas retornando àquela ambiência quase mística. Essa ambiência irá dominar as duas faixas seguintes, “Winter” e “Can You Hear the Music”, em especial a primeira, que possui um belo arranjo de cordas. Pra encerrar o disco, a versão tipicamente stoneana do “Ziggy Stardust” de Bowie: “Starfucker”! Os distribuidores insistiram para que mudassem esse título, que acabou virando “Star Star”, mas a banda repete incansavelmente esta doce alcunha durante os refrões. Ainda imiscuída no universo glam, com um toque de Chuck Berry, a faixa se despede, entretanto, da aura esotérica que permeia o disco, prenunciando o próximo lançamento da banda.
It’s Only Rock ‘n’ Roll [1974]
Este é o último disco a contar com Mick Taylor nas guitarras, e Ronnie Wood (ex-guitarrista dos Faces) faz já sua primeira aparição, na faixa-título, mas não como guitarrista oficial. Este foi o primeiro CD que comprei da banda, mas o considero o disco que inicia a pior fase da carreira dos Stones! Mas quem disse que o pior precisa ser ruim? Apesar de não contar com tantos clássicos quanto os discos anteriores e de apresentar um Keith Richards cada vez mais decadente em seu vício, os álbuns dessa fase possuem momentos bastante agradáveis, alguns realmente memoráveis. It’s Only Rock ‘n’ Roll (também referido como IORR), em particular, conta com a melhor atuação de Mick Taylor nos Stones, a meu ver, apesar de ele não participar de três das faixas contidas no álbum. Vamos então ao disco! Diferentemente dos álbuns anteriores, que sempre abriam com faixas marcantes, IORR inicia com “If You Can’t Rock Me”, a faixa mais AC/DC dos Stones, que revela a permanência da sonoridade glam no som da banda, mas sem o brilho de Goats Head Soup. Entretanto, seu refrão parece referir-se a ela própria, quando diz: “If you can’t rock me, somebody will!”. Esse “somebody” se encontra mais à frente, após o cover bacana de “Ain’t Too Proud to Beg”, e é a própria faixa-título. “It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)” é um verdadeiro hino! É nitidamente inspirada em “Get It On”, do T. Rex, mas não constitui de forma alguma uma mera cópia, e decidir qual a melhor das duas é um dilema! As baladas desse disco não se equiparam às do anterior, mas são boas. A primeira delas, “Till the Next Goodbye”, e a faixa posterior, “Time Waits for No One” foram em parte as responsáveis pela saída de Mick Taylor, pois ele queria receber crédito como co-autor por ambas. Na minha opinião, elas não valem isso tudo, mas eu destaco nessa última o próprio Taylor, que faz um trabalho de guitarras impecável! Vale destacar ainda “Luxury”, a ótima “Short and Curlies”, que resgata a sonoridade de Exile on Main St., mas sem figurar como clássico, e, por fim, talvez o primeiro “funk até o caroço” dos Stones, “Fingerprint File”. Essa faixa possui um ótimo trabalho de bateria do subestimado Charlie Watts e do baixo, aqui tocado por Mick Taylor – Bill Wyman toca sintetizador –, pra não falar das guitarras envenenadas de Keith e Jagger e do vocal debochadíssimo deste último – os primeiros “hmm-hmm” são de arrepiar! Resumindo, IORR é um disco agradável, mas que está longe de ser um clássico. É apenas rock ‘n’ roll. (Mas eu gosto!)
Black and Blue [1976]
O disco foi gravado enquanto os Stones ainda selecionavam o substituto de Mick Taylor na segunda guitarra, e alguns dos candidatos à vaga são os responsáveis pelas seis cordas em algumas músicas, incluindo obviamente aquele que seria o definitivo segundo guitarrista dos Stones até hoje, Ronnie Wood. Black and Blue dá continuidade a IORR, já abrindo com mais um legítimo funk, mas dessa vez não tão cafajeste: “Hot Stuff” é bem mais limpa (lembrando um pouco a “Stuff Like That” de Quincy Jones, já pelo título) e inferior a “Fingerprint File”. Em seguida, o primeiro destaque do disco, “Hand of Fate”, com um vocal bem cheio de Jagger e um belíssimo solo do guitarrista Wayne Perkins. Em vez de blues ou soul, o cover presente aqui é do reggae “Cherry Oh Baby”, bem similar à original de Eric Donaldson. Os Stones seguem com suas baladas lentinhas e seguem piorando. “Memory Motel”, com um trecho cantado por Keith ainda tem seu charme, mas a famigerada “Fool to Cry” só me desce em dias bem generosos. “Hey Negrita”, “inspirada por Ronnie Wood”, não impressiona, enquanto que “Melody”, “inspirada por Billy Preston”, o qual toca piano e auxilia Jagger nos vocais, é bem interessante, lembrando um pouco “Hide Your Love” e fazendo um verdadeiro resgate da musicalidade negra dos anos 40 e 50 nos EUA. Os Stones mais uma vez resolvem investir suas fichas no encerramento do álbum, com a linda “Crazy Mama”, onde Keith esbanja sentimento com seu choroso riff de notas ligadas e se unindo a Jagger para o simples e belíssimo refrão, não conseguindo, porém, tornar o álbum mais do que mediano.
Some Girls [1978]
Esse disco marca a alegada “limpeza” de Keith, que se livraria da heroína e recuperaria o “s” no final de seu sobrenome, tentando recuperar, além disso, sua parcela de liderança nos rumos do grupo! Por ora, no entanto, é Jagger ainda quem comanda o barco. A banda mais uma vez abre o disco com um funk – quase disco –, dessa vez com um certo tempero de blues, na faixa “Miss You”. A fórmula tinha tudo pra dar certo, e pra muita gente até deu, mas comigo essa música não desce muito bem, apesar de dois pontos altos: o trecho “oh, baby, why you wait so long” e o solo de sax da lenda Mel Collins, antecedido por um gritinho de Jagger. O que se vê depois é a imagem do pai que se rende à rebeldia dos filhos: os Stones substituem suas faixas animadas tradicionais por uma espécie de “punk institucionalizado” (chamo institucionalizado, pois o que são os Stones senão uma verdadeira instituição, cujo símbolo da boca-e-língua – um convite à felação? – é a própria logomarca do rock?). “When the Whip Comes Down”, “Lies”, “Respectable” e “Shattered” são, cada uma a seu modo, sinais de adaptação dos Stones aos novos tempos de músicas mais simples, rápidas e diretas – a primeira nem tanto (outro efeito do punk sobre a banda foi a diminuição dos músicos adicionais, sendo esse disco e o posterior fortemente centrados no trabalho dos membros da banda). A banda, porém, costuma se dar bem nessas atiradas loucas, e “Lies” e “Respectable”, principalmente, têm seu valor. No lado A, temos ainda a versão bacana para “Just My Imagination” e a faixa-título, razoável e que tem um pé no reggae. Mas é no lado B que a banda surpreende! Logo de início, na belíssima “Far Away Eyes”, Mick Jagger rende um tributo à música country, em sua vertente denominada “Bakersfield sound”, citando até a cidade na letra – que é ótima. Destaque para o refrão, que me tenta fortemente a considerar essa a melhor música dos Stones, e para a guitarra slide de Ronnie Wood, que se alia ao refrão nessa causa! A segunda surpresa é “Before They Make Me Run”, cantada por Keith e que também possui um certo feeling country, mas numa linha mais animada. E, finalmente, antes de encerrar o disco com “Shattered”, ouvimos uma canção tão bonitinha, tão fofinha, que deve ter indignado uma boa parcela dos fãs cabras-machos da banda! Ouvir Jagger e Richards em falsetto cantando “pretty, pretty, pretty, pretty, pretty, pretty giiirls”, como se estivessem a acariciar um bebê, só pode ser brincadeira! Mas é uma brincadeira sensacional! Como não tenho necessidade de afirmar minha masculinidade e assim reprimir algum desejo oculto, “Beast of Burden” entra para a minha lista de melhores baladas dos Stones, sem dúvida alguma!
Emotional Rescue [1980]
Apesar de o disco anterior ter dado um sopro de vida na música dos Stones, sendo superior a Emotional Rescue, aqui se realiza um certo resgate da desorientação de meados da década de 70, pois o disco serve de molde para bons trabalhos que o seguiriam, abrindo caminho para o aclamado Tattoo You, além de apresentar fortes sinais da recuperação de Keith Richards. Uma primeira cartada contra o anterior aparece logo de cara: “Dance (Pt. 1)” é o funk definitivo da banda, onde tudo funciona perfeitamente bem! Quando eu era criança, meu pai tinha esse CD, e eu lembro de pegá-lo para ouvir, permitindo que as faixas passassem com certa impaciência, até não aguentar e retornar para essa, que foi a primeira música dos Stones pela qual me apaixonei! Há ainda as incursões no punk, com “Let Me Go”, “Summer Romance”, “Where the Boys Go” e “She’s So Cold”, esta possuindo um clima mais light. Nenhuma chega a impressionar, mas não são um lixo total. “Send It to Me” mantém as influências de reggae, enquanto “Indian Girl”, uma faixa consistente, de sonoridade country, não chega a ser um clássico, mas faz viajar em seu clima distante, especialmente se atentarmos à letra, que narra o drama de crianças do Terceiro Mundo, cujos pais se enfrentam em duras guerras civis. “Down in the Hole”, apesar de não me agradar muito, é mais um diferencial, pois tem os pés totalmente fincados no blues, estilo que recupera seu lugar de direito no som da banda. A faixa-título é mais uma incursão na disco-music, interessante, mas nem de longe uma grande música. O encerramento, com “All About You”, tal como quase todo o disco, é um tanto morno, mas novamente abre caminho para boas coisas que os Stones fariam depois, no caso, músicas lentas com o vocal grave de Keith. Resumindo, Emotional Rescue é isso: um disco morno, mas cuja fórmula seria aperfeiçoada e garantiria a sobrevida da banda!

31 comentários sobre “Discografias Comentadas: The Rolling Stones – Parte II

  1. Mandou bem de novo, Adriano. Parabéns!
    Em alguns momentos me lembrou até aqueles fotógrafos fodidões, capazes de extrair apetite appeal de um bolinho de jiló.
    Para não dizer que eu não tenho nada a acrescentar, vou repetir a historinha manjada dessa capa do Andy Wahrol. O cara era genial e sabia surpreender, mas não entendia (ou não se preocupava, afinal era um artista) com detalhes logísticos ou de estocagem dos discos. No famoso disco da banana do Velvet Underground ele não caprichou tanto assim no gimmick da capa, já que uma vez que a banana fosse descascada, ela não voltava ao normal. Isso inclusive contribuiu (mais o fato da tiragem ser muito pequena) para que o preço das poucas cópias mint do álbum original chegasse às alturas mais tarde.
    Na capa do Stick Fingers, o pino do zíper tinha uma protuberância que costumava ferir a capa vizinha quando elas eram prensadas na estocagem. Aqui no Brasil, por exemplo, a coisa foi além. Na primeira edição do disco, com o zíper de verdade, o papelão da nossa capa era mais fino, fazendo com que o zíper abrisse um buraco na capa e ferisse inclusive o vinil, chegando a prejudicar a passagem da agulha pelo sulco.

  2. Bem que eu queria danificar meus otros vinis com esse zíper! Por sinal, se alguém tiver tendo dores de cabeça com esse disco, eu tô aceitando LP's do Sticky Fingers aqui em casa! õ/

  3. Repito os elogios ao primeiro texto neste. Como de costume, a qualidade de escrita e a precisão das informações. Cara, é a primeira vez que leio algo tão certo sobre o "It's only rock'n'roll"; excelente desfecho, inclusive. Apenas devo dizer que fico confuso ao ler algo tão racional e contrário aos meus gostos, já que você listou aí dois de meus álbuns favoritos. Eu realmente entendo quando fãs da era Brian consideram aqueles os anos dourados dos Stones, mas não posso deixar de dizer que acho Exile o maior álbum da banda. Todo o contexto em que foi produzido, mesmo a atmosfera do ambiente acabou por influenciar de tal forma a sonoridade que a energia que aquelas faixas passam me podam de qualquer análise fria. De qualquer forma, o texto me impressionou bastante. Acho que gosto de lê-lo porque você me faz ver os discos de outra perspectiva, e escutá-los novamente depois é sempre maravilhoso. Aguardo agora a próxima parte, já que é difícil encontrar críticas construtivas sobre os anos 80, que, por serem a fase de decadência da banda, sempre são atacados impiedosamente. Abraço e até a próxima!

  4. Nào conheço os discos depois do Exile. Sempre tive a informação que os Stones depois disso eram fracos. Acabei tendo esse impressão cheia de preconceito….vou dar uma chance à eles…

  5. Marco, vc disse que eu extraio apetite-appeal de jiló, mas eu sei muito bem que, como eu, vc adora um jiló na música!

    Matheus, valeu pelo comentário! Você não achou a resenha do Exile elogiativa o suficiente? Que pena! Ele é o meu preferido dessa década, e, apesar de eu ser um Brian Jones-geek, acho que ele entra no meu Top 5! Aliás, se o Exile contasse apenas com "Rocks Off" no primeiro disco e "Turd on the Run" ou "Let It Loose" no segundo, já seria um dos melhores discos dos Stones! Tem muita música concorrendo às primeiras vagas entre as melhores dos Stones nesse disco! Mas é isso, eu sabia que não ia agradar a todos com minhas opiniões nessa segunda parte.

    Bueno, não dou nem bom dia pra quem não conhece os discos dos Stones após o Exile!

  6. Haha, de forma alguma, meu chapa. Você foi bastante justo com o álbum, e nem de longe me decepcionou com a crítica. Eu fui apenas fanático no meu comentário, pois, como já falei, é o meu favorito. Eu sei, é uma parada irracional mesmo, como uma paixão, em que se ignoram os defeitos. De resto, que venha a próxima década!

  7. As próximas, pois a terceira parte vai abordar de 1981 a 2005, ano em que eles lançaram o, até então, último disco!
    Cara, é um lance irracional mermo! Você acha que eu gosto do Their Satanic porque eu fui pesquisar, estudei o disco e vi que ele é bom? Uma ova! A pesquisa é posterior! E pesquisando acabei gostando ainda mais! Mas, sem o lado irracional, o puro gostar por gostar, ele seria mais um disco bem feito, ao qual eu não daria a mínima!
    Mas eu achei uma pena pq talvez tenha passado a impressão de que o disco é razoável, e não é! É sensacional!

    Bueno, eu encontro o CD "It's Only Rock 'n' Roll" nacional por R$ 20,00. Acredito que os demais sejam por aí também. Mas em vinil, encontro alguns desses por R$ 15,00, talvez até por R$ 10,00..

  8. Alo, sr.

    A sua menção ao Mott the Hoople me fez lembrar que o disco Mad Shadows, que inclusive dizem ter o Jagger fazendo umas vozes de fundo, devia se chamar Sticky Fingers….

    Acho que Brain Cappers fizeram bem mais do que costumam receber de crédito afinal… 😛

  9. Sim, sr.
    Muitas bandas deixam de receber qualquer crédito, porque a maioria das pessoas prefere resumir a história da música a uma pequena Corte de artistas intocáveis… Como se esses "medalhões" criassem sua música no meio do nada, no máximo inspirados em otros medalhões!
    Eu discordo dessa linha de pensamento. Por isso, fiz questão de mencionar esses artistas mais underrated no meu texto. E olha que eu nem acho que os Stones copiaram ou fizeram algo parecido com "Rock 'n' Roll Queen"! Mas não podia deixar de mencionar isso…
    Valeu pelo comentário, Ian Hunter-geek! xD

  10. Cara, seu texto tá bacana mas tá meio confuso. Teve uns pedaços que eu não compreendi pelo excesso de ganchos e comentários por cima dos comentários, podendo ser um pouco mais conciso. Me pareceu afobado seu estilo de escrever. O conteúdo tá legal, sua opinião fica clara entre o que curte e o que não curte. Discordo sumariamente de algumas coisas escritas, como sobre a Rip this Joint, na qual uma comparação com o punk acho bem descabida, Let it Loose tb não me remete a base para nenhuma das baladas hard farofentas, enfim…mas isso é opinião, como vc mesmo ressalta ao longo do texto. Acho talvez que esse lance de vc ficar ressaltando muito que é a sua opinião é desnecessário, já que se vc que está com a palavra, é implícito que é sua opinião, se não, não haveria nenhuma credibilidade em ler algo que vc escreveu que não é o seu pensamento. Pareceu medo das críticas, que eventualmente suas opiniões talvez polêmicas, já se colocaram numa posição defensiva. Vc pode concentrar isso numa argumentação mais forte, sem usar desses recursos que enfraquecem o texto. Não entenda isso de uma forma ofensiva, entenda esse meu posicionamento como algo motivador, quero te ver escrevendo em outros textos.
    Abraço!
    Ronaldo

  11. Ronaldo, adorei seu comentário! Algumas das coisas que vc falou são até auto-críticas que já me fiz, mas eu não posso saber se é só impressão minha ou se realmente eu peco nesses pontos ATÉ que alguém leia e aponte esses problemas. O termômetro da boa escrita é o leitor! Acompanho seus textos e comentários desde longa data e sei que vc não seria leviano nas suas considerações.
    Quanto aos períodos longos, informações por cima de informações, eu admito que é uma dificuldade que tem sido difícil superar, pois, além de haver MUITA informação importante acerca desses discos – a banda aqui são simplesmente os Rolling Stones! -, eu não me permito jamais escrever um texto apenas informativo! E, como não posso me exceder no tamanho do texto, termina ficando dessa forma. Espero conseguir um melhor resultado nos próximos textos!
    Quanto aos 'a meu ver', 'na minha opinião', isso é apenas um cuidado pra não misturar informações com opiniões. Mas realmente eu me excedi no uso dessas expressões. E realmente o medo de ofender quem tem opinião contrária acaba influindo, pois se com todo esse cuidado algumas pessoas me consideram polêmico, que dirá se eu estampasse tais opiniões de forma mais incisiva! Mas eu sei que isso torna o texto um pouco enfadonho e até atrapalha a concisão.. Preciso arranjar formas novas de não parecer presunçoso! xD
    Quanto às suas discordâncias, "Let It Loose" é algo até meio pessoal, pois a sensação que tenho ao ouvi-la hoje é a que eu tinha quando ouvia Bon Jovi em minha infância. Não quis dizer que o instrumental, os timbres, a sonoridade, ou mesmo a estrutura seja igual aos das baladas farofeiras. São mais as linhas melódicas, as nuances das melodias. Já "Rip This Joint", acredito que eu não seja o único que pense assim… Além de a faixa ser uma "atualização" do rock dos anos 50, a agressividade, a rapidez e a simplicidade lembram demais o punk. Nem tanto Sex Pistols, Clash, mas já esses punks mais acelerados, inclusive o punk-pop de hoje.
    É isso: um abraço e obrigado pelo comentário!

    Fábio, vc deve ter notado que o Black and Blue é o meu "desfavorito" desse período, hehe! Pior que o disco tem boas faixas e nenhuma bomba! Acho que o que me desagrada nele é realmente o "conjunto da obra".. Mas é isso: que bom que o que agrada a mim não agrada a todos! E isso vale tb pros desagrados! Valeu pelo comentário!

  12. O Ronaldo é um cara muito bacana.
    Ele desce até nós, mortais, dedica seu tempo a ler o que escrevemos e se preocupa em tecer comentários muito pertinentes e construtivos.
    Gostei também da sua sinceridade, Adriano.
    Este blog está ficando cada dia melhor.

  13. Excelente texto..como o anterior…me deu vontade de ouvir toda a discografia de novo…sobre os discos dos anos 80 o unico que realmente me desagradou por completo foi o Undercover…os outros embora não muito consistentes tem alguns ótimos momentos…mas este é assunto pra outra coluna

    Abraços

  14. Grande guru Siri da Gaita! cara, assim vc me deixa até encabulado! hahuahuahuauha…imagina, cara, opinar sobre uma coisa que eu gosto e que eu quero que cresça (no caso, toda a produção relacionada a esse lance musical que a gente curte) pra mim é quase que uma necessidade!
    Carão, agradeço por ter acolhido a minha opinião, claro que mesmo discordando dela, mas todo mundo tem a crescer (eu incluído) e espero tb seus comentários nos meus próximos escritos, agradeço tb pelas referências ao que escrevo!
    Valeu, grande abraço ao som dos Rolling Stones!
    Ronaldo

  15. Mandou super-bem mais uma vez. Apesar de só conhecer o Fingers e o Exile da década de 70 (e algumas faixas avulsas dos álbuns seguintes), percebi que depois do Black And Blue sua visão dos Stones fica um pouco pra baixo mesmo. Como eu parei no tempo no Exile, depois de ler isso me senti obrigado a baixar o Goats Head Soup e seguir adiante! xD

  16. Fábio, agradeço novamente pelo comentário!
    Agradeço também ao Siri!
    E, Ronaldo, pode ter certeza que eu vou ler seus textos e meter-lhes o sarrafo! xD
    Tô brincando.. Mas, falando nisso, onde é que vc anda escrevendo? Nunca mais li texto seu…
    E, a propósito, vc leu a primeira parte?

  17. Rendrick, vai fundo! Pelo menos o Goats Head Soup ainda pode receber o título de clássico! Do IORR pra frente é aquela coisa… Não é uma lástima, mas se vc for pensar no passado, dá um certo desânimo…

  18. Groucho…eu fui ouvir aquele funk que vc citou no final do IORR e realmente…não havia prestado atenção antes… é uma faixa simplesmente sensacional e superior aos Funks do Black and Blue

    abraços

  19. Gorucho, eu estou vendendo o meu Sticky Fingers em vinil pq o zíper está estragado. Ele está inteiro, só não abre mais. 30 reais e o frete e tá na mão

    quanto a matéria, eu curto bastante essa fase do Mic Taylor, e a partir do momento que o Ron Wood entra na banda, os Stones mudam totalmente, já que um baixista fazendo a guitarra solo não cai muito bem. Não desmerecendo o trabalho do Ron, que é muito bom por sinal, mas perto de Taylor e do Brian, não tem comparação.

    Então, novamente alguns comentários:

    O Sticky Fingers é o meu favorito dessa fase anos 70. "Wild Horses", Can't You Hear Me Knocking", "Moonlight Mile" e "You Gotta Move" são espetaculares. Os Stones fizeram um grande álbum, que mesmo sendo um dos favoritos, ainda acho que é pouco falado perto de Exile. Ouvi "Moonlight" e desculpa, mas não consegui enxergar o Plant, mas é talvez por que sou muito fã da canção e também do Plant.

    Quanto ao Exiles, particularmente eu não sou tão fã desse disco. Reconheço a importancia, e a forma como foi gravado realmente o torna mais atrativo, mas eu não consigo ouvir ele e gostar de cabo a rabo como são os outros até aqui. As canções que mais curto são "Ventilator Blues", "Let It Loose", "Torn and Frayed" e "Loving cup". Ouvi esse disco diversas vezes, e infelizmente, até hoje não fui picado pelo vírus dele.

    Goat's Head Soup eu acho um discaço de baladas muito boas. "100 Years Ago" é quase do nível de "Wild Horses", assim como a melhor faixa do disco, "Angie". Não tem o q falar dessa faixa. Se foi feita ou não para homenagear a angela bowie, se o jagger estava pelado ao lado do bowie, isso nao interessa. Essa musica é linda, e não tem o q faça tirar esse titulo para mim. Outra linda é "Winter". Aqui os stones deram o sinal de mudança, e esse álbum é o penultimo que eu consegui ouvir de cabo a rabo gostando de tudo.

    Sobre o IORR, bom, para começar eu prefiro Get It On. Concordo plenamente que as baladas aqui não se comparam as do Goat Head's, mas discordo que esse seja o melhor trabalho do Taylor (para mim, é o sticky fingers). E para finalizar, "Fingerprint File" foi A MÚSICA que me fez gostar de Stones. Joguem as pedras, mas a versão que esta no Love You Live (o primeiro disco dos stones que eu ouvi) é fodástica, assim como "You Gotta Move", "You Can't always get what you want" e todo o "Mocambo Side". A levada funk dessa canção é sensacional. Grande faixa! Curti o encerramento sobre o álbum, bastante comum, mas ficou legal e é realmente uma boa ideia para o que é o disco.

    Black and Blue tenho no mesmo nível do Goat's Head Soup, porém, pecando em apenas duas canções que eu não curto muito: "Fool to Cry" e "Cherry Oh Baby". Ou seja, concordamos novamente. Em compensação, "Hot Stuff" (outra q no Love You Live é excelente, é mais um baita funk, e concordo de novo que não se compara a Fingerprint, mas é um baita som.

    Depois, o ultimo grande album do grupo. Some Girls para mim é uma aula de rock. "Miss You" é uma das melhores canções da carreira dos Stones e da história da música. "Some Girls" é outra pedrada assim com o"when the Whip comes down". Esse álbum é praticamente perfeito na minha opinião. Eu curto mais o Lado A do que o Lado B, mas o destaque para Beast of Burden ser uma das melhores baladas do Stones, bom, é bem questão de gosto. Acho uma boa faixa, mas é a piorzinha do disco. A parte do "pretty girls" parece realmente que eles estão cantando para um bebê, hehehe. Esse foi o ultimo grande trabalho dos stones até voodoo lounge.

    E sobre o emotional, tu disseste tudo nessa frase: " Nenhuma chega a impressionar, mas não são um lixo total." É bem isso. Tu ouves o disco na boa, mas não te encantas pelas musicas (nao curto Dance da forma como tu curtes).

    Parabens, perdoa novamente o comentario longo, e que venha a ultima parte

    abraço

  20. Apenas para citar, tirando o A Bigger Band e o Sticky Fingers com ziper, que eu paguei 50 reais no vinil, e a versão 3D do Their Satanic, que eu paguei 70, o LP mais caro que eu paguei do stones foi 10 reais, curiosamente o voodoo lounge. A maioria eu encontrei no rio de janeiro na faixa dos cinco reais. É uma barbada, não? Dos oficiais de estudio (como o groucho está mostrando aqui), em vinil, falta apenas o bridges to babylon. Se alguem tiver e quiser negociar, entra em contato!

  21. Valeu pelo comentário, Mairon. Não vou querer o Sticky Fingers, infelizmente. Tô numa $ituação meio de$favorável! xD
    Parece que, tirando o Some Girls, nossas análises são bem parecidas. Algo me diz que na 3a parte também vai ser assim.
    Quanto aos vinis – ou CD's – dos Stones, minha coleção é de fazer vergonha! xD
    Mas um dia eu chego lá…

  22. parabens pelas resenhas já li as 3 ! claro discordo de algumas coisas, mas isso faz parte! por exemplo sempre gostei do undercover, inclusive acho que em toda sua longa carreira eles só fizeram 2 discos fracos emotional rescue e dirty work!, mas deu pra perceber que vc entende do assunto valeu!

  23. KCarão!sou um apaixonado por stones desde o começo da decada de 80,pra mim eles foram sim a maior banda de rock que já existiu,existe um blog muito chamado STONES PLANET BRAZIL ! têm vária notícias atualizadas, e o dono do blog que é jornalista sabe tudo! aparece lá!.

  24. Acredito que eu seja o único roqueiro que considera Sticky Fingers muito superior a Exile On Main St.

  25. Eu amo o “Exile on Main Street”,é um disco que quero que toquem durante o meu funeral. Adoro a sonoridade crua, suja, sem nenhum tipo de rodeio. Adoro a guitarra safada de Keith,o vocal visceral de Mick Jagger e um maravilhoso grupo de vozes que o acompanham.
    Ouvir esse disco dá uma vontade de ser um cantor de rock.

    Parabéns pelo texto.

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