Notícias da Semana {17 a 23 de Agosto}

Christian Death e Gene Loves Jezebel celebram o gothic e death rock em São Paulo
A capital de São Paulo receberá, no dia 12 de dezembro, uma noite histórica para os fãs de gothic e death rock. Com realização da produtora Dark Dimensions, a “Gothic Night” reunirá, no palco da Burning House, duas lendas do gênero: Christian Death e Gene Loves Jezebel (versão liderada por Michael Aston). Esse evento promete uma imersão sonora e visual no universo sombrio e melancólico que marcou gerações nas décadas de 80 e 90. Formada por Valor Kand (vocal e guitarra), Maitri Nicolai (baixo), Matthew Anderson (guitarra) e Steve Kilroy (bateria), a banda americana Christian Death é considerada precursora do death rock e referência mundial do gothic. Com mais de quatro décadas de trajetória e uma estética inconfundível, o grupo retorna ao Brasil para promover seu mais recente álbum, Evil Becomes Rules, que mantém viva a atmosfera obscura e provocativa que consagrou seu nome na história da música alternativa.
Já a britânica Gene Loves Jezebel, que se apresentará no Brasil novamente na versão liderada por Michael Aston, traz ao público brasileiro os grandes clássicos que marcaram os anos 1980, como “Heartache”, “Desire (Come and Get It)” e “The Motion of Love”. Fundada originalmente pelos irmãos gêmeos Michael e Jay Aston, a banda se tornou um dos nomes mais icônicos do post-punk e gothic rock, conhecida por seu som envolvente, vocais marcantes e letras carregadas de intensidade emocional. Os ingressos para a “Gothic Night” já estão disponíveis na plataforma DDTickets pelo link.
Com duas apresentações completas e setlists que mesclam clássicos e composições recentes, a noite promete ser um encontro inesquecível entre a atmosfera intensa, sombria e teatral do Christian Death e a energia sedutora e melódica do Gene Loves Jezebel. Um evento imperdível para quem vive e respira a estética e o som que moldaram a história do gothic rock.
SERVIÇO: Gothic Night com Christian Death e Gene Lovez Jezebel
Data: 12 de dezembro de 2025 (sexta-feira)
Local: Avenida Santa Marina, 247, Água Branca – São Paulo/SP – 05036000
Produção: Dark Dimensions
Assessoria: JZ Press
Abertura da casa: 19h
Início do Evento: 20h30
Classificação: +18 anos
Valores dos Ingressos online (1º Lote):
Camarote – Meia-entrada ou Solidário (*): R$ 250,00 + 37,50 Taxa
Pista Meia-entrada ou Pista Solidária (*): R$ 200,00 + 30,00 Taxa
Camarote – Inteira: R$ 500,00 + 75,00 Taxa
Pista Inteira: R$ 400,00 + 60,00 Taxa
(*) Ingressos promocionais mediante entrega de 1 kg de alimento não perecível na entrada do evento.
Meia entrada, levar documentação que comprove o direito
Ponto físico (sem taxa de serviço – pagamento em dinheiro):
Animal Records – Galeria do Rock/SP
Valores sujeitos a alteração conforme virada de lote.
BURNING HOUSE:
Inaugurada em janeiro de 2025, a Burning House rapidamente se firmou como um dos principais pontos de encontro para fãs de punk, metal e hardcore em São Paulo. Localizada na Avenida Santa Marina, 247, na Água Branca — a poucos metros da estação de trem Água Branca, da CPTM —, a casa aposta em programação intensa e plural, reunindo nomes consagrados e novas promessas da música pesada. Mais do que um espaço para apresentações, a Burning House nasceu para ser um refúgio para quem vive a cultura underground, conectando gerações e fortalecendo a cena independente. Desde sua estreia, já recebeu bandas nacionais e internacionais de peso, e segue com agenda aquecida para todo o ano.
Krisiun e Malevolent Creation atualizam datas da turnê pelo Brasil em setembro
A turnê de duas potências do death metal mundial – Krisiun e Malevolent Creation – que acontecerá no próximo mês de setembro pelo Brasil, sofreu alterações de logística e tempo para preservar o bem-estar de Phil Fasciana, guitarrista do Malevolent Creation, que passou por um grave problema de saúde nos últimos dias, chegando a ser entubado durante compromissos profissionais pela Europa. A turnê atualizada é São Paulo/SP (12/09 no Burning House), Limeira/SP (13/09 no Mirage Eventos), Belo Horizonte/MG (14/09 no Mister Rock), Curitiba/PR (18/09 no Stage Garden), Florianópolis/SC (20/09 no Célula Showcase), Porto Alegre/RS (21/09 no Opinião) e Brasília/DF (25/09 no Infinu), esta última data apenas com show do Malevolent Creation.
As produtoras da turnê, Xaninho Discos e Caveira Velha Produções, acompanharam toda a situação e, com Fasciana apto para voltar gradativamente aos palcos, tomou medidas em relação às datas no Brasil. “Phil teve uma melhora e diante desse quadro, iremos manter a tour, no entanto necessitamos ter um pouco mais de cuidado, com uma logística mais curta e enxuta entre uma turnê e outra da banda. Portanto, os shows de Recife, Belém e Fortaleza, estão cancelados por motivos de logística e tempo”, anunciaram as produtoras. Todos os ingressos já podem ser reembolsados por meio da @101tickets.
Neste giro, o Krisiun trará setlist focado nos 25 anos do terceiro registro fonográfico, Conquerors Of Armageddon, um disco icônico da música pesada e que colocou os brasileiros de forma definitiva no primeiro escalão do metal. Outros petardos das primeiras fases do Krisiun também serão executados nestes shows. Já o Malevolent Creation, com seu death metal feroz, agressivo e robusto na ativa desde 1987, volta ao Brasil para um show de clássicos como “Retribution”, “Stillborn” e “Premature Burial”. O guitarrista fundador da banda Phil Fasciana vem com um time de peso para essa turnê.
SERVIÇO
Krisiun + Malevolent Creation no Brasil em 2025
12.09 – São Paulo/SP, no Burning House
13.09 – Limeira/SP, no Mirage Eventos
14.09 – Belo Horizonte/MG, no Mister Rock
18.09 – Curitiba/PR, no Stage Garden
20.09 – Florianópolis/SC, no Célula Showcase
21.09 – Porto Alegre/RS, no Opinião
25.09 – Brasília/DF, no Infinu
Ingressos em breve.
Odair José e Ema Stoned serão atrações de abertura no The Brian Jonestown Massacre em São Paulo
Duas atrações nacionais, o hitmaker Odair José e a banda sensação do underground paulistano Ema Stoned, farão a abertura do show de retorno do The Brian Jonestown Massacre a São Paulo/SP, o maior nome da psicodelia atual, que acontece dia 28 de novembro, no Espaço Usine (antigo Clash Club). A realização é da Maraty. Um dos grandes cancioneiros do Brasil na ativa desde a década de 1970 com melodias simples e letras diretas, Odair José apresenta o show “Clássicos”, reunindo sucessos que atravessaram gerações, como “Cadê Você”, “A Noite Mais Linda do Mundo” e “Eu Vou Tirar Você Desse Lugar”. O show propõe um reencontro com a trajetória de mais de cinco décadas de Odair José e também um olhar sobre sua produção mais recente.
Já a Ema Stoned é um power trio instrumental formado apenas por mulheres. Na ativa desde 2011, passeia pela música instrumental guiada por improvisação e experimentação com doses de psicodelismo, noise e jazz na busca de encontros onde o som e a arte possam pulsar através do vínculo entre o interno e o externo, o individual e o coletivo.
The Brian Jonestown Massacre
Formado em 1990, o The Brian Jonestown Massacre é uma fusão intensa e prolífica de folk, eletrônica, psicodelia, blues e garage rock, um dos nomes mais importantes do neo psicodelismo liderada pelo criativo multi-instrumentista e vocalista Anton Newcombe. Já se passaram mais de 30 anos desde a estreia da banda com o single ‘She Made Me/Evergreen’. Desde então, Newcombe (vocalista, compositor, compositor, proprietário de estúdio, multi-instrumentista, produtor, engenheiro, pai, força da natureza do TBJM) coleciona sucessos e histórias.
Lançado em 1992, enquanto a imprensa musical se dirigia aos EUA para ungir a próxima banda de guitarra americana como a moda do mês e as grandes gravadoras estavam à caça de esperançoso obedientes para serem sua última solução rápida, Anton Newcombe teve uma ideia: dizer não. Newcombe já havia se estabelecido como um compositor visionário, um homem para quem fazer música não era uma escolha de estilo de vida ou um corte de cabelo hipster, mas a própria essência da existência, e ele observou em horror silencioso enquanto seus colegas se conformavam timidamente com tudo – sim para contratos, sim para gestão, sim para sugestões, sim para isso, sim para aquilo, sim, sim, sim. Mas ele era diferente.
Anton Newcombe estava prestes a dizer não para tudo. “Eu simplesmente sabia que teria mais sucesso de uma certa maneira ao dizer não, apenas sendo contrário porque eu percebi que se as pessoas gostassem de mim, elas iriam gostar de mim de qualquer forma”, ele diz. “Ou não gostarem de mim. Não importa.” Muito disso foi documentado no polêmico documentário ‘Dig!’, que ainda é celebrado como um dos melhores documentários de rock já feitos, e comemora seu 20º aniversário este ano. A versão remasterizada e expandida estreou no Sundance em janeiro.
O álbum de estreia do Brian Jonestown Massacre, Methodrone, tingido de shoegazing, foi lançado em 1995 e desde então vários membros da banda se juntaram a Newcombe em suas escapadas sonoras, mas ele permaneceu o único constante, o gênio criativo no centro de uma das bandas mais fascinantes da música. Desde então, houve mais 20 álbuns sob o nome de Brian Jonestown Massacre, cada um embarcando em sua própria aventura de expansão da mente e explorando os reinos exteriores do rock’n’roll; rock psicodélico, country-blues, rock’n’roll raivoso, noise-pop relaxante e mais.
Ao longo do caminho, Newcombe se estabeleceu como um talento único na vida, que viu a direção em que o indie-rock mainstream estava indo e optou por dar a volta longa. Ele emergiu como uma força revolucionária na música moderna, um herói underground. Não havia outro caminho, era assim que tinha que ser. “Minha única opção com tudo na vida sempre foi que você apenas pula no fogo”, ele declara. “Não importa o que seja.” É com esse espírito que ele pulou ao redor do mundo, da Costa Oeste a Nova York, de Manhattan à Islândia, e então a Berlim, onde viveu por 15 anos e tem dois apartamentos, um para morar e outro que foi convertido em seu estúdio. Depois de uma década de 2010 extremamente prolífica, que viu o lançamento de oito álbuns completos e um mini-álbum, Newcombe estava passando por um período de bloqueio criativo quando um dia ele pegou sua guitarra de 12 cordas e “The Real” (a faixa de abertura do álbum anterior Fire Doesn’t Grow on Trees) surgiu dele. Assim como o kraken, era como se ele tivesse convocado isso.
“De repente, eu simplesmente ouvi algo”, ele diz. “E então não parou mais. Gravamos uma música inteira todos os dias, durante 70 dias seguidos.” No final, eles tinham 2 álbuns prontos para serem lançados. Juntando-se a Newcombe no estúdio para The Future Is Your Past estavam Hakon Adalsteinsson (guitarra) e Uri Rennert (bateria).
Ao longo da carreira, o The Brian Jonestown Massacre figurou em diversas trilhas sonoras: “Straight Up And Down” é música tema da série televisiva da HBO, Boardwalk Empire; “The Way It Was” foi usada na trilha sonora do video game de corrida Need For Speed: The Run; “Going To Hell” fez parte da trilha sonora do clássico da comédia americana American Pie (1999); “Not if You Were the Last Dandy on Earth” aparece na trilha sonora de seu filme Broken Flowers.
SERVIÇO
The Brian Jonestown Massacre em São Paulo
+ bandas de abertura
Data: 28 de novembro de 2025 (sexta-feira)
Horário: 20h
Local: Espaço Usine (R. Barra Funda, 973 – Barra Funda, São Paulo – SP)
Valores em 1º lote: R$220,00 (Meia Estudante), R$ 230,00 (Meia Solidária – mediante doação de um 1 kg de alimento não perecível), R$ 440,00.
Faces of Death lança single e videoclipe impactantes: “Terror em Barbacena”, inspirado no “Holocausto Brasileiro
O quarteto paulista de Thrash/Death Metal Faces Of Death está de volta com um lançamento impactante: o single e videoclipe “Terror em Barbacena”, gravado no Audiolab Extreme Studios, em Taubaté/SP, com produção, mixagem e masterização assinadas pela banda e pelo produtor Niko Teixeira — ex-baterista e parceiro de longa data do grupo. A faixa, que remete a busca pelo Death Metal do início dos anos 90, marca a estreia da atual formação em material inédito de estúdio, composta pelos irmãos e fundadores Laurence Miranda (vocal/guitarra) e Sylvio Miranda (baixo), agora acompanhados por Maurício Filho (guitarra) e Igor Nogueira (bateria).
Após o lançamento do EP ao vivo Thrash disConcert, a banda aprofunda sua identidade sonora com uma sonoridade brutal, técnica e agressiva, consolidando a evolução iniciada no álbum Evil (2023).“Terror em Barbacena” é uma faixa densa e veloz, inspirada no trágico passado do Hospital Psiquiátrico de Barbacena (MG), conhecido como o “Holocausto Brasileiro”. Cerca de 60 mil pessoas morreram vítimas de negligência, tortura e abandono. A letra denuncia esses horrores e expõe um dos episódios mais cruéis da história brasileira.
Ouça o novo single
Segundo Laurence Miranda, “buscamos agressividade e peso para descrever todo o sofrimento dos internos, que parecia mais um braço do campo de concentração nazista, enquanto a sociedade ignorava o que acontecia”. O videoclipe foi gravado em São Paulo/SP, no FSM Studio, sob direção de Maycon Avelino (Starship Videos). Diferente dos trabalhos anteriores, o vídeo utiliza chroma key e cenários digitais criados com inteligência artificial, permitindo liberdade criativa para ambientes intensos e perturbadores. Para Igor Nogueira, “a música já estava tão bem estruturada que conseguimos finalizá-la com dinâmica inédita. O chroma key nos deu liberdade para criar cenas intensas. O Maycon entendeu exatamente o que queríamos e entregou um resultado insano.”
O guitarrista Maurício Filho acrescenta: “Nosso vídeo se inspirou em referências do Cannibal Corpse. O Maycon captou a atmosfera sombria, alinhando peso da letra com imagens impactantes. É brutal, dinâmico e cheio de personalidade.” Para Laurence, a faixa representa um passo além na sonoridade da banda: “Riffs velozes, pedal duplo, passagens cadenciadas e solos do Maurício encaixados perfeitamente. É o começo de uma nova fase, ainda mais técnica e pesada.”
Assista ao videoclipe
“Terror em Barbacena”, cuja arte de capa criada por Sylvio Miranda evoca o clima nostálgico das camisetas antigas em preto e branco, é a primeira amostra do próximo álbum do Faces Of Death, que ainda está em composição e gravação, sem título ou data definida, mas promete explorar novas camadas de peso, velocidade e atmosfera sombria, reforçando a identidade da banda no Thrash/Death Metal nacional.
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Blades Of Steel e Prika Amaral (Nervosa) lançam single videoclipe “Riders Of The Night”
A revelação do heavy metal nacional, BLADES OF STEEL lançou o single “Riders Of The Night”, com a participação da vocalista da NERVOSA, Prika Amaral. Junto com a faixa, a banda revelou um videoclipe impressionante que você pode assistir abaixo. Sucessor do aclamado álbum de estreia homônimo Blades of Steel (2025), o single é a primeira amostra do vindouro segundo álbum, com previsão de lançamento para o próximo ano. Produzida por Val Santos (Viper), a faixa apresenta uma sonoridade mais encorpada e agressiva, com destaque para os riffs de guitarra. Sobre a composição, o guitarrista Jonas Soares comenta:
“A minha ideia de composição da música ‘Riders of the Night’ foi apresentar uma música com bastante riffs, tendo muita influência de Grave Digger e Accept principalmente, mesclando com música clássica nas notas da ponte da música, juntamente com uma linha de voz mais emocionante e marcante, culminando com um Refrão poderoso. Na segunda parte da música, com uma linha mais Thrash metal 80’s inspirado em bandas como Sodom e Destruction e também os trabalhos das guitarras dobradas tendo como base uma de nossas influências principais, que é o Judas Priest”.
Ressurgente de um cenário majoritariamente masculino, Blades of Steel aposta no empoderamento feminino dentro do metal tradicional. A colaboração com a Prika Amaral reforça ainda mais a proposta e missão do grupo. A vocalista e fundadora Yara Haag conta sobre a inspiração de “Riders Of The Night”: “Queria criar algo de coração, que tivesse a essência da Prika: uma mulher livre, motoqueira, destemida, que enfrenta o mundo com coragem pra alcançar seus sonhos. Essa música nasceu assim — como homenagem. É sobre um gosto que temos em comum, as motos, mas acima de tudo é um tributo à mulher que há tantos anos representa o metal com verdade”.
A Prika Amaral mostrou seu talento vocal para novos estilos musicais: “Essa participação que fiz nessa música é muito especial para mim, que recentemente me tornei vocalista. Foi uma oportunidade incrível de fazer arte ao lado de uma amiga e vocalista talentosa, e também de descobrir em mim uma nova voz para um estilo diferente. Além disso, a música fala de uma das coisas que mais amo nessa vida, que é dirigir moto!” “Riders Of The Night” também marca uma nova etapa para a banda, com a nova formação e o amadurecimento do som. “Agora sabemos melhor como queremos nossas composições, o que realmente tem a cara da banda e quais produções vamos seguir daqui pra frente”, afirmou Yara Haag.
BLADES OF STEEL segue trabalhando no novo álbum, prometendo uma sonoridade mais rápida e mais intensa, mas sem deixar de lado a raiz no metal tradicional. “Queremos explorar novas possibilidades, sem perder aquilo que define nossa identidade como banda”, completa Yara Haag.
Ouça o single “Riders Of The Night” AQUI!
Assista ao video de “Riders Of The Night”: AQUI!
Blades Of Steel- Riders of the night (feat. Prika Amaral- Nervosa) (Official- Video)
Blades of Steel é uma banda brasileira de heavy metal tradicional formada com o propósito de homenagear e revitalizar as raízes do gênero. Seu som é impulsionado por riffs poderosos, melodias potentes e letras que evocam temas de coragem, resistência e liberdade. Influenciados por bandas clássicas como Judas Priest, Manowar, Running Wild, Accept e Saxon, o Blades of Steel entregam um som fiel à velha escola, ao mesmo tempo em que forjam uma identidade única.
Em 2025, a banda lançou seu aguardado álbum de estreia homônimo, Blades of Steel, produzido, mixado e masterizado por Rafael Augusto Lopes (Crypta). O álbum foi lançado em todas as principais plataformas de streaming, além do formato em CD e fita cassete, abraçando a estética e a experiência do heavy metal clássico. O lançamento foi elogiado por sua autenticidade e poder, marcando um marco significativo na jornada da banda e consolidando o Blades of Steel como uma força em ascensão nas cenas do metal brasileiro e sul-americano.
Atualmente, a banda está trabalhando nas composições de seu segundo álbum, com lançamento previsto para 2026. Um dos destaques do próximo é a faixa bônus com a participação especial de Prika Amaral (Nervosa), acompanhada de um videoclipe profissional. Esta colaboração marca um passo importante na expansão do alcance da banda para novos públicos e mercados. O Blades of Steel mantém a chama do verdadeiro heavy metal viva, combinando tradição, poder e profissionalismo em todas as etapas de sua carreira.
Gênero: Heavy Metal
Selo: Metal Relics
Produção: Val Santos
Gravação: Val Santos
Mixagem: Val Santos
Masterização: Val Santos
Formação: Yara Haag- Vocal; Rafael Romanelli- Guitarra; Jonas Soares- Guitarra; Filippe Tonini- Baixo; Bruno Carbonato- Drums (video)
Arte da Capa: Marcelo Tonidandel
Fotografia: Fernando Zannini
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Claustrofobia anuncia turnê com a Crypta nos Estados Unidos
Os pesos-pesados do thrash metal Claustrofobia não estão desacelerando em 2025. Depois de cair na estrada ano passado com Sepultura, Obituary e Agnostic Front para uma turnê brutal, as lendas brasileiras continuam com o pé no acelerador. Claustrofobia foi convidado para abrir os shows da turnê norte-americana da CRYPTA. Serão 22 shows cruzando o país, passando por casas icônicas como o Whisky A Go Go, em Los Angeles, El Corazon em Seattle, entre outras.
Sobre a turnê, Marcus D’Angelo comenta: “Será uma honra cair na estrada com nossas amigas da Crypta. Elas estão fazendo um sucesso estrondoso pelo mundo, e é uma alegria ver o metal brasileiro cada vez mais forte. Nossa caminhada aqui nos Estados Unidos tem sido muito positiva, e mal posso esperar para começar os shows. Vai ser muito divertido, e o Metal vai reinar como sempre”.
A banda também anunciou o desligamento do baixista Rafael Yamada por motivos pessoais, anunciando Garrett Davis como substituto para a turnê. “Estamos super empolgados porque nosso brother Garrett Davis, do Unidad Trauma, vai tocar baixo com a gente nesse giro. Essa turnê vai preparar o terreno para o lançamento do nosso novo álbum, que será gravado logo em seguida, e então começar a planejar uma ida ao Brasil. Obrigado a todos pelo apoio, e a marcha continua”. Juntos, essa turnê desencadeará uma exibição eletrizante de poder, paixão e emoção.
Datas da turnê:
09/10/25 USA – Covington, KY / Madison Live
09/11/25 USA – Spartanburg, SC / Ground Zero
09/12/25 USA – Atlanta, GA / The Garden Club (at Wild Heaven West End)
09/13/25 USA – Tampa, FL / The Orpheum
09/14/25 USA – Orlando, FL / Conduit
09/17/25 USA – Dallas, TX / Trees
09/18/25 USA – Houston, TX / Scout Bar
09/20/25 USA – Austin, TX / Come and Take It Live
09/22/25 USA – Phoenix, AZ / The Nile
09/23/25 USA – San Diego, CA / Brick by Brick
09/24/25 USA – Los Angeles, CA / Whisky a Go Go
09/25/25 USA – Las Vegas, NV / Fremont Country Club
09/26/25 USA – Sacramento, CA / Harlow’s
09/27/25 USA – Portland, OR / Star Theater
09/28/25 USA – Seattle, WA / El Corazon
09/30/25 USA – Salt Lake City, UT / Metro Music Hall
10/01/25 USA – Denver, CO / The Oriental Theater
10/03/25 USA – Madison, WI / The Annex
10/04/25 USA – Joliet, IL / The Forge
10/05/25 USA – FT Wayne, IN / Piere’s Entertainment Center
10/07/25 USA – Columbus, OH / The King of Clubs
Fundado e liderado pelos irmãos D’Angelo, fortemente independentes desde 1994, o CLAUSTROFOBIA atua com o mesmo respeito e atitude nos clubes underground mais sujos ou nos maiores palcos da atualidade. Sua energia e autenticidade inconfundíveis conquistaram inúmeros fãs em todo o Brasil, América do Sul, Europa e Estados Unidos. Não é nenhuma surpresa que eles dividiram o palco com a realeza do Metal Iron Maiden, Slayer, Anthrax, Sepultura, entre outros.
Em 2019, retornaram ao Brasil para um show histórico no Rock in Rio, a pedido dos fãs brasileiros, por meio de uma petição nacional. A banda também foi convidada pelo Slayer para abrir seu último show em São Paulo. O Claustrofobia continua divulgando seu último álbum, Unleeched. Neste projeto, o grupo brasileiro de heavy metal traz de volta seu clássico som agressivo, e também expande sua sonoridade em 9 faixas inéditas. Produzido por Adair Daufembach e Claustrofobia, e gravado, mixado e masterizado por Adair Daufembach em agosto de 2020 no Northwood Sound Studio em Los Angeles, ‘Unleeched’ está disponível em todas as plataformas digitais e em formato físico no Brasil, lançado pelo selo ForMusic.
“Construir um culto é uma daquelas coisas fáceis na teoria, mas difíceis na prática. Ou é, pelo menos, se você não for Claustrofobia – um trio ultra-poderoso de death metal brasileiro com toques de death/thrash metal que vai fazer você bater cabeça” – Shawn Macomber, Decibel Magazine, dezembro de 2020
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THE CROSS: Banda libera a soturna releitura “The Fall II” com a participação do violoncelista Evandro Neves
A lenda do Doom Metal sul-americano, THE CROSS, lançou oficialmente na última sexta-feira, 15 de agosto, seu mais novo single, “The Fall II”. O material já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming e download do mundo, em uma parceria com a Sangue Frio Records. A faixa é uma releitura do clássico “The Fall” e conta com a participação especial do renomado violoncelista Evandro Neves (Radar Alternativo), que agrega novas e densas camadas de melancolia e peso à composição original. Para ouvir “The Fall II”, acesse o link unificado para as plataformas digitais:
Uma Arte à Altura da Sonoridade
A identidade visual de “The Fall II” foi novamente concebida pelo aclamado artista e guitarrista Paulo Monteiro (LFX Music Works). Conhecido por seu estilo sombrio e detalhista, o trabalho de Monteiro vem ganhando crescente reconhecimento no cenário internacional. Conheça a LFX Music Works.
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Professor de canto e intérprete de Freddie Mercury, Fabricio Fonseca se lança em carreira solo
Natural de Londrina, no Paraná, Fabricio Fonseca é um experiente vocalista e professor de canto com mais de 25 anos de carreira. Graduado em música pela renomada UEL (Universidade Estadual de Londrina), Fabricio Fonseca ainda tem pós-graduação em canto lírico e o certificado internacional TVS Certified Instructor – The Four Pillars of Singing pela The Vocalist Studio de Seattle, nos Estados Unidos. Em paralelo a sua formação e atuação acadêmica, Fabricio Fonseca foi vocalista da banda Hocus Pocus com quem gravou três álbuns e fez uma turnê pela Europa em 2009. Também foi vocalista da Onde Os Fracos Não Têm Vez, turnê realizada ao lado do renomado baterista Aquiles Priester (Wasp, ex-Angra) onde interpretaram músicas do Iron Maiden em cerca de 20 shows por todo Brasil. Também trabalhou com o baterista no “1° Aquiles Priester Drum Fest” realizado em São Paulo no ano de 2021.
Atualmente, Fabricio Fonseca atua através de duas bandas: a Cometz que interpreta artistas variados de rock e pop internacional, e a Queen Tribute Brazil, a primeira banda tributo ao Queen do país que tem sempre agenda muito cheia, com shows por todo território nacional. Mas Fabrício Fonseca também têm muito a dizer como compositor, e agora se lança em carreira solo autoral. Seu primeiro lançamento é a música “Rain Down” que já está disponível em todas as plataformas de streaming. Segundo o cantor, Rain Down é uma canção sobre “deixar cair o que pesa, aceitar a chuva como parte do caminho”. “Estou muito feliz em lançar essa minha música autoral em inglês. Rain Down é uma faixa intensa, emotiva e cheia de identidade! Mas é claro que traz influências de Queen, Muse, Alice in Chains e Radiohead”, comentou o vocalista.
Ainda segundo Fabricio, o processo de produção de “Rain Down” foi bastante diferenciado. “Eu gravei as vozes em Londrina e o Leonardo Cacione ficou responsável pela bateria. Mandei tudo, além de algumas referências, para a Gramane Records que ficou responsável por finalizar as gravações de todos os demais instrumentos, além da mixagem e masterização. Para um músico como eu em carreira-solo e que está mais habituado a atuar com bandas cover/tributo, foi uma forma muito prática de conseguir montar um time de músicos e produtores competentes para atingir um resultado final que me deixou bastante satisfeito.”
Ouça “Rain Down” nas plataformas digitais:
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Um vídeo de “Rain Down” também estreou no início deste mês de Agosto na edição #65 do programa Roadie Crew Online Festival. O videoclipe está agora disponível no canal oficial do Fabrício Fonseca no Youtube.
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Illegal Mind lança novo single “Riding Eleanor”
Illegal Mind não é uma banda de metal ou punk típica. Fundada em 2018 por Max Datskovsky (também conhecido como Maxx Dee), este projeto com base em Tel Aviv/Ashkelon funde música pesada com narrativas distópicas, onde os abrigos antiaéreos se transformam em estúdios e cada música soa como uma mensagem da beira do abismo. Desde 2021, tornou-se uma operação solo: Maxx escreve, interpreta, produz, mixa e projeta tudo sozinho, combinando nu-metal, punk, alt-metal e post-grunge em um som ao mesmo tempo cru e cinematográfico. Mas além da mistura de gêneros, o que realmente distingue Illegal Mind é o apocalipse vivido que habita. From The Ashes (2023) foi escrito e gravado em um abrigo real, com temas forjados na sobrevivência do mundo real. Isso não é cosplay: é confissão. Um diário sonoro de medo, resiliência e obstinada esperança, envolto em decadência soviética e poeira neon, completamente DIY (faça você mesmo) e absolutamente autêntico. Toda essa crueza e memória retornam rugindo em “Riding Eleanor”, o novo single do projeto.
É um tema de punk melódico a toda velocidade —uma história de fantasmas narrada em marcas de pneus e vento de estrada. Originalmente escrito em hebraico durante os dias de MWOC de Maxx, o tema foi reconstruído em inglês e renasceu com o som mais sombrio e agressivo de Illegal Mind. Eleanor, explica, é “uma garota fantasma, a indicada, viajando no assento do copiloto através da memória e do espejismo”. Com Steve Gershin (Fatum Aeternum) contribuindo com linhas de baixo atmosféricas e expressivas, a música golpeia com urgência: parte obsessão, parte libertação. Visualmente, “Riding Eleanor” se encaixa perfeitamente na mitologia em evolução de Illegal Mind. A capa, com estilo de quadrinhos, foi gerada mediante conceitos de IA e finalizada com o próprio trabalho de Photoshop de Maxx —áspera, DIY e cheia de significados ocultos.
Se você olhar de perto, encontrará uma garota zumbi escondida, uma referência a lançamentos anteriores e à narrativa interconectada do ermo da banda. Não há videoclipes espetaculares nem turnês massivas; em vez disso, Maxx aposta em teasers visuais em preto e branco, fanzines digitais e uma estética de kit de sobrevivência que refletem as raízes underground da música. Sem pretensões: Illegal Mind nasce da solidão, da inventividade e de uma profunda convicção de que a música deve dizer a verdade, não seguir tendências. Maxx elabora sua própria cerveja IPA entre sessões, abraça cada imperfeição linguística em sua voz e compõe músicas costuradas com cicatrizes, não com polimento. “Riding Eleanor” não é apenas outro single: é um marco em uma longa jornada de memória, sobrevivência e autoafirmação. Com mais singles, fanzines e experimentos DIY no horizonte, Illegal Mind continua avançando pelo deserto —uma trilha assombrada e eletrizante ao mesmo tempo.
“Riding Eleanor”:
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Distrokid
“Cheiro de Enchente”, novo single da Diokane, verte a agonia da maior tragédia climática do RS e dá voz a vítimas da catástrofe com documentário/clipe
Em meio ao caos que se alastrou com a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio de 2024, um forte odor vindo do lodo e dos detritos, carregados de sedimentos variados – como animais mortos e esgoto –, deixou a maior tragédia climática do Estado ainda mais perturbadora. É esse o mote de “Cheiro de Enchente”, novo single da banda porto-alegrense Diokane. A composição é um relato do que se viu e sentiu durante a enxurrada de horror, com base, principalmente, no que foi testemunhado ou mostrado na imprensa em Porto Alegre e arredores. Um documentário/clipe com imagens da catástrofe e depoimentos de quem sofreu diretamente as consequências da inundação acompanha o lançamento. Até mesmo as cenas em que a banda aparece tocando tiveram como cenário um dos inúmeros locais alagados na capital gaúcha.
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No vídeo, os personagens que narram como foram impactados pelo dilúvio são familiares e amigos da banda – mostrando que vítimas da catástrofe estão por todas as bolhas. A amostragem, ainda que pequena, ilustra números assustadores sobre a magnitude do evento climático que não poupou gente nem bicho. Foram 478 dos 497 municípios gaúchos atingidos, conforme a Defesa Civil do RS. Houve impactos para cerca de 2,4 milhões de pessoas (entre as que precisaram deixar suas casas e as que tiveram interrupção de serviços), com mais de 180 mortos e 25 desaparecidos. Além disso, o governo do Estado estima cerca de 20 mil animais resgatados. As áreas mais afetadas incluem Vale do Taquari, Porto Alegre e Região Metropolitana. Na capital e cidades vizinhas, boa parte dos atingidos era gente pobre e/ou negra, conforme o Observatório das Metrópoles.
Sobre a música, mas não só
Descrever a percepção olfativa do que se sentiu durante e após a enchente é uma tarefa complexa. Para a presidente da Fundação Gaia, a bióloga Lara Lutzenberger (filha do ambientalista José Lutzenberger), houve um agravamento substancial do odor relacionado à catástrofe. A razão é a mistura tóxica e pestilenta com todo o tipo de lixo e materiais perigosos que as águas encontraram no caminho. “Na enchente dos anos 1940, não havia nada disso, e os danos se “limitaram” ao alagamento, sem ampla contaminação associada. Os componentes orgânicos que se misturaram no coquetel do ano passado, que também foram mais abundantes que em outras épocas – incluindo esgoto por falta de redes de saneamento adequadas – proliferaram algas e bactérias em grande quantidade. Isso se revelou no mau cheiro”, elucida Lara.
A fetidez cessou conforme as estruturas que resistiram às chuvas foram secando e sendo limpas, mas as marcas do pé-d’água descomunal permanecem. Não apenas nas paredes ainda encardidas com as indicações da altura em que a inundação chegou, como também na memória de quem sofreu com a força da natureza. Essas recordações estão registradas em “Cheiro de Enchente”.
A composição foi gravada no Black Stork estúdio, com produção de Thiago Caurio (baterista da Atomic Elephant). Já a mixagem e a masterização ficaram sob responsabilidade de Renato Osório, guitarrista da Atomic Elephant e produtor que já trabalhou com Híbria, Distraught, Leviaethan entre outros. O vocalista da banda Pull The Trigger, Tiago “Taz” Freitas Severo, 44 anos, faz participação na faixa. Ele é morador da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, e perdeu praticamente tudo que tinha na residência em que morava com os pais e a filha, precisando sair resgatado por um barco. Taz canta junto o refrão: “O cheiro da enchente / mal-estar evidente / da náusea à dor / desamparo latente”.
“Teve o cheiro do momento em que a gente saiu, que era um odor de gasolina, pois tinha barcos circulando para resgatar a população. E teve o pós, quando a água desceu e voltamos para ver como ficou a casa, que era pior. Era algo forte, de muita coisa misturada, nem sei como descrever. Mas se isso vem à lembrança, traz o gatilho de que possa acontecer novamente”, afirma Taz, que teve a habitação coberta por 2m20cm de água. A operadora de OPLS Vanessa Giovagnoli dos Santos, 47 anos, moradora do Mathias Velho – periferia de Canoas e um dos pontos que mais sofreram com a tragédia em todo o RS –, relaciona o bodum ao luto: “Era cheiro de morte. Não é só uma percepção do olfato, porque é algo que remete ao vazio das perdas”.
Testemunhos da destruição
Para ilustrar o tamanho da catástrofe que veio do céu, “Cheiro de Enchente” chega acompanhada de um documentário junto ao clipe. A produção audiovisual é dirigida pelo baixista Billy Valdez, com fotografia, operação de câmera e assistência de direção de Leandro Monks. A obra apresenta depoimentos de vítimas da enxurrada, bem como cenas do cataclismo misturadas com takes da banda tocando. As imagens do grupo ao vivo foram captadas no Áudio Porco, estúdio no bairro Cidade Baixa, região central de Porto Alegre. No local, o refluxo do esgoto e a água que o sistema de bombeamento não deu conta de escoar, fizeram com que o líquido empesteado chegasse a aproximadamente 1m20cm dentro do estabelecimento – que fica abaixo do nível da rua. O estrago obrigou o empreendimento a interromper os serviços por cerca de 60 dias e demandou investimento não previsto para reformar o mobiliário atingido.
“Tínhamos uma reserva, ainda bem. Se não, o jeito seria fechar”, avalia Moisés Augusto Rodrigues, 38 anos, proprietário do local, que admite temer algo parecido em um futuro não muito distante. Perdas materiais também acometeram a secretária administrativa e coproprietária do InkPact Tattoo Gallery Carina Nascimento Giehl, 35 anos, e o tatuador Fernando Antônio “Tampa” Giehl, 40. O casal teve a casa em que morava, no bairro Fátima em Canoas, invadida por cerca de dois metros de água. O espaço profissional, no bairro São Geraldo (zona norte de POA) não foi poupado – ainda que com nível de alagamento menos elevado do que na residência.
“Ficamos um mês fechado com água dentro e mais um mês de limpeza. Foram cerca de cinco ou seis lavagens para sair o cheiro, que só parou mesmo depois de lixarmos o piso umas três vezes”, recorda o artista, que saiu de Curitiba com a família quando era criança justamente em razão de uma enchente que invadiu o lar onde moravam. Apesar do prejuízo com móveis, decoração, eletrodoméstico e outros itens, Carina conta que a dor maior foi presenciar objetos simples, de valor afetivo e ligados a infância dos filhos, sendo consumidos pela intempérie.
“Em uma das idas para limpar a casa, em Canoas, achei roupas dos meus filhos (um com 10 anos e outro prestes a fazer 18) na rua. Aquilo não sai da minha cabeça. Esse tipo de lembrança não tem mais. É uma recordação da vida que a gente perdeu”, desafoga, às lágrimas. Izza Balbinot, 32 anos, ex-vocalista da banda Välika que trabalha em diferentes frentes no setor de eventos, reforça que o episódio foi traumático. Ela destaca que o pouco que tinha no domicílio, no Mathias Velho, foi perdido na molhaceira. “A gente já é desestruturada emocionalmente por outras questões e ainda tem de passar por isso. Foi desastroso, destruiu bem mais do que só pertences”, desabafa.
Vanessa Giovagnoli também não esquece a tristeza que sentiu ao saber que investimentos feitos com sacrifício foram destruídos. “A enchente nos impactou de todas as formas, seja psicologicamente ou financeiramente. Ainda é uma luta”, pontua a irmã do guitarrista da Diokane, Rafael Giovanoli. A casa em que ela ainda vive com a mãe – a pensionista Silvana Giovagnoli, 66 anos – e o filho Lucas Giovagnoli, 12, ficou submersa por cerca de seis metros, com praticamente tudo o que havia dentro inutilizado pelo encharcamento. Agora, a família busca deixar o imóvel em que residiu por boa parte da vida, com medo de passar pelo pesadelo outra vez. “A gente continua traumatizada. É algo que não vai passar logo. Eu não consigo nem dormir quando tem barulho de chuva. Se for possível iremos para outro lugar, queremos sair daqui”, frisa Silvana.
A fluidez com que a água se alastrou durante o evento climático do ano passado contrasta com a aparente falta de urgência do poder público para lidar com um possível novo desastre. Poucas ações concretas para prevenir ou mitigar outras enchentes foram implementadas, reforçando o temor de quem viu a própria história naufragando. Basta alguma precipitação mais forte para o pavor tomar conta. Foi o que aconteceu em junho de 2025: uma tempestade trouxe à tona o lembrete de perigo iminente, com chuvas três vezes maiores que a média, mensurou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Novas mortes (ao menos cinco) e estragos em diferentes áreas do RS foram confirmados, de acordo com a Defesa Civil. E isso não cheira bem como previsão de futuro.
Barulho para verter insatisfação
O jornalista Fábio Schaffner, de GZH, que atuou na cobertura das inundações em pontos diferentes do Rio Grande do Sul, percebe o lançamento da Diokane da seguinte forma: “Cheiro de Enchente”, o mais novo single da Diokane, tem a urgência e a revolta de quem testemunhou um cataclismo climático e sobreviveu para cantar a desgraça. Sete anos após o lançamento do EP de estreia, “This Is Hell We Shall Believe”, a banda de hardcore/metal gaúcha faz do aluvião que atingiu o Estado em 2024 tema de sua canção de retorno. Mas esse, definitivamente, não é o inferno em que a Diokane acredita. Pelo contrário. Ao narrar o sofrimento de quem perdeu tudo o que tinha e o descaso de quem não fez nada para evitar a tragédia, Homero Pivotto Jr. exorciza ao microfone a mistura pútrida de chuva, esgoto e carniça que invadiu casas e ruas, enquanto Billy Valdez (baixo), Rafael Giovanoli (guitarra) e Gabriel Kverna Motta (bateria) nos conduzem pelo ouvido ao purgatório da lama e do caos de uma cidade submersa. O começo, hipnótico, é como o redemoinho que traga o náufrago. Os riffs crescem, mas sem ceder à velocidade. A melodia é lenta e pesada, com a força de uma correnteza que se move devagar e arrasta tudo que há pela frente. Com 3min20s, “Cheiro da Enchente” é pungente e necessária. Muitos cantaram a enchente sob a ótica poliana do recomeço, o sol sorrindo na manhã seguinte. Faltava alguém para dar punch ao desamparo, para nos lembrar que escurece de novo no fim da tarde.
Ficha técnica: Billy Valdez – baixo; Gabriel “Kverna” Motta – bateria; Homero Pivotto Jr. – voz; Rafael Giovanoli – guitarra
‘Cheiro de Enchente’ foi gravada no Black Stork Studio
Produção: Thiago Caurio
Mixagem e Masterização: Renato Osório
Participação especial na voz: Tiago Taz Freitas Severo (Pull The Trigger)
Arte da capa: Rafael Giovanoli
Fotos da banda: Leandro Monks
Reportagem/Release: Homero Pivotto Jr.
Direção e edição do documentário/clipe: Billy Valdez
Letra:
Quem tem medo do inferno,
Reluta em crer
Que a treva veio do céu
O cheiro da enchente
aflição que se sente
enxurrada de horror
Tristeza inclemente
Sufocando sonhos
jogados ao lixo
choveu sofrimento
pra gente e pra bicho
A marca do lodo
impregna a parede
e lembra o descaso
que nenhum dique conteve
Todos no mesmo barco
naufragando em agonia
afogando em lembranças
do que já foi um dia
O cheiro da enchente
mal-estar evidente
da náusea à dor
desamparo latente
O esgoto vertendo
repulsa e nojo
se vê rato e entulho
cenário bico do corvo
no fundo do poço
resgatando esperança
pra afugentar o mau tempo
algoz de adulto e criança
O cheiro da enchente
mal-estar evidente
da náusea à dor
desamparo latente