Na Caverna da Consultoria: Paulo Muro

Na Caverna da Consultoria: Paulo Muro

Por Fernando Bueno

O heavy metal sempre ajudou as pessoas à criar amizades. Quem faz parte do meio sabe do que estou falando e deve ter muitos amigos feitos por conta do amor à música. Nem sei há quanto tempo já conheço Paulo Muro. A impressão é de que o conheço desde sempre, já que conseguimos criar um laço de amizade suficiente para que nossas conversas extrapolem o ambiente metálico. Sempre bastante incisivo em seu comentários, gosta de sempre tratar com bom humor mesmo assuntos mais sérios. Colecionador desde os anos 80 já passou pela onda do LP, pela mudança para o CD, pela morte das mídias físicas e pela volta delas. Porém nunca deixou claro que ficaria à vontade com as plataformas digitais para consumir música. O papo foi mai abrangente que apenas sua coleção, mas abordou um pouco do colecionismo e suas idissioncrasias. Conheçam Lorde Muro, aquele que tem todos os discos que você quer e os mantêm todos ainda lacrados.

Olá Paulo Muro! Seja bem-vindo ao Na Caverna da Consultoria. Antes de mais nada gostaria que você se apresentasse aos leitores.

Grande Fernando Bueno !!! Prazer imenso em poder, enfim, participar desta entrevista com a Consultoria! Bom, para quem não me conhece, meu nome é Paulo Muro (ou Paul Wall para alguns). Tenho 48 anos, destes, uns 36 dedicados a paixão pela música. Trabalho com tintas há muitos anos e, a música é, foi e será meu eterno remédio para o estresse do dia a dia.

Curioso que a gente se conheceu e só muito tempo depois soubemos que trabalhávamos quase no mesmo ramo. Você lembra quando nasceu seu interesse pela música?

Até meus 16 anos, em 1986, eu morei ao lado da casa dos meus primos. A diferença de idade era relativamente grande, mas, mesmo assim, eu vivia junto com eles. Meus primos eram ouvintes de Led Zeppelin, Purple, Nazareth, Presley, Springsteen, etc. Eles passavam horas ouvindo música em um gravador de rolo AKAI e eram momentos bem legais. Foi aí que começou a nascer meu interesse pela música.

Quando percebeu que “não era apenas uma fase” e que a música faria parte da sua vida em um grau maior do que apenas uma trilha sonora dos churrascos?

A partir da compra do The Number of the Beast, em 1982. Na verdade, eu comprei o álbum pela capa, pois, achei bem interessante. Deixei o LP em casa, de pé no criado mudo, como se fosse um porta retrato e só fui ouvir uns 3 ou 4 dias depois. Já na primeira audição percebi que precisava “apimentar” um pouco a base que eu tinha.

Contracapa do disco comprado em 1982

Você ainda tem esse disco?

Sim…comprado em 1982.

Quando você percebeu que estava se tornando um colecionador?

Eu comecei a aumentar o acervo quando passei a frequentar a Galeria do Rock / Woodstock Discos, a partir de 1985. Aquela, sem sombra de dúvidas, foi uma das grandes fases da minha vida. Era como uma religião. Todo domingo ouvir o Comando Metal, apresentado pelo Walcir Chalas e, no próximo sábado, partir para a Woodstock para TENTAR comprar algo que havia sido apresentado no sábado anterior. O acesso aos importados era bastante limitado. A galeria possuía várias lojas e, as opções de compra eram melhores.

Até hoje gostamos de ir na Galeria do Rock, mas frequentar nessa época aí deve ter sido muito diferente, não?

Como assim, nessa época ???….rs….não faz tanto tempo assim….hahahahahaha….O número de lojas era maior, mas a variedade de títulos era menor, justamente pelas dificuldades de importação. O roteiro para todos era mais ou menos igual. Parte da manhã, até 11:00 / 12:00 hs na Woodstock e depois Galeria. Os preços dos importados eram salgados também. Lembro muito bem dos singles (7’’ e 12’’), dos pictures discs. Devido ao alto custo, era bem difícil você conseguir comprar algo, mas, quando você conseguia, aquela peça acabava tendo uma atenção pra lá de especial.  Tenho até hoje 4 singles 12’’ do Iron, comprados na Woodstock e sei bem como foi difícil consegui-los. Ouvíamos até furar o disco. Uma outra curiosidade, que acontecia com uma certa frequência, eram as brigas entre as diferentes “tribos”. Presenciamos várias confusões entre punks, skinheads, “metaleiros” e etc, tanto é que, em determinado momento, nem me arriscava a ir para a Galeria com camisetas de banda. Hoje eu continuo gostando bastante de ir lá, mas, não vou negar que “naquela época” tinha outro sabor.

Na sua opinião há diferença entre colecionador e acumulador? Existe um limite entre essas categorias?

Sem sombra de dúvidas existe. Eu mesmo, não me considero um colecionador. Meu hobby é a música e os CDs fazem parte deste hobby. O colecionador vai atrás de tudo o que está relacionado à sua paixão. No nosso caso ficaria apenas nos CDs, DVDs e LPs. É muito mais amplo e complexo. Conheço alguns (reais) colecionadores. É a vida deles. Os caras respiram aquilo e, confesso que é bem interessante acompanhar tudo o que fazem para conseguirem “incrementar” suas coleções. O acumulador, visa a quantidade, um número. Compra centenas de milhares de itens para simplesmente aumentar o que ele chama de coleção. Não há critério algum. Muitas vezes nem sequer sabe o que está comprando, mas, não importa. Sua coleção passará de X itens para X + 1. Quando você começa a aumentar o número de CDs, você tem que se policiar. Isso pode até virar uma doença. Tem que ter um certo cuidado.

Como sua família vê esse seu hobbie e já teve alguma situação em que ele atrapalhou ou interferiu no dia a dia familiar?

Nunca tive problema algum relacionado a isso. Claro que, aquela semana que você recebe um número significante de encomendas, pode causar um certo transtorno, principalmente se foi a semana em que você foi no mercado e disse para sua esposa que é um absurdo gastar R$ 12,00 em um aromatizador de ambiente…rs… mas, no geral, é bem tranquilo. A meu ver, a família acima de tudo. Cada milésimo de segundos que passamos com eles é pra lá de precioso. O CD, LP, DVD ou o que for, pode esperar um pouco mais. Isso tudo, sem contar o que investimos nos filhos, como, escola, uma segunda língua, um intercâmbio e por aí afora. Um negócio interessante que rola são as viagens de carro. Como curtimos fazer este tipo de viagem, sempre é uma boa oportunidade para doutrinar os filhos!

Quando a quantidade de discos começa a ficar grande sempre há um questionamento sobre o tempo que temos que ter para se dedicar à eles. Como você trata essa questão? Como você divide o tempo para ouvir os lançamentos e coisas que vai recebendo com os discos que você já tem?

Até agosto de 2017, meu escritório ficava a 16 quilômetros de casa. Por 20 anos, eu fiz este trajeto, todo santo dia. Conhecia cada buraquinho da Marginal Pinheiros. Levava 40 minutos para ir e, em média, 1 hora e vinte para voltar. Meus CDs eram meus companheiros. Conseguia ouvir de 2 a 3 discos por dia, sem telefone tocando e etc. Agora, trabalho a 6 km de casa e não pego a marginal. Consigo três músicas na ida e mais três na volta. Este é o único ponto negativo. Hoje eu faço um “meio a meio”. Um dia escuto algo que chegou recentemente e no outro dia fecho os olhos e, aleatoriamente, pego outro CD qualquer (muitas vezes nem lembro que aquele CD fazia parte do meu acervo). É assim que tenho feito.

Sei que você se interessa bastante por edições especiais. Qual são os maiores atrativos nesses lançamentos e quando você sente que não vale a pena ter algo assim?

Tenho algumas edições especiais. Eu acho que vale a pena quando traz alguma novidade, por exemplo, B-sides, algum show, uma camiseta específica, etc. Não me interesso muito quando é apenas um relançamento remasterizado. Pra mim, não faz sentido investir em algo que já tenho (a não ser que a gravação original seja horrível e o novo apresente mudanças realmente significativas).

Qual é a sua banda favorita? Aquela que você não se contenta em ter apenas os lançamentos principais?

Minha banda favorita, é o Maiden, sem sombra de dúvidas. Tenho todos os álbuns oficiais e singles. Tenho também os bonecos do Eddie, aviões e basta…rs . Na sequência do Maiden, vem o Marillion.

O Iron Maiden é realmente um caso à parte para todo fã. Agora vamos falar de números? Qual o número de itens que você tem? Tem registro de tudo?

Nunca contei quantos itens tenho. Nunca tive interesse nesta informação. Já tentei, por algumas vezes catalogar meus CDs, mas, não por ter um número e sim para evitar comprar coisas em duplicidade. Tenho um software da Collectorz que é bastante interessante, mas, por erro meu, acabei perdendo tudo por duas vezes, então, por enquanto, não estou trabalhando com ele. Pretendo um dia fazer!

Sendo assim imagino que você já deve ter comprado alguma coisa repetida. O que costuma fazer quando isso acontece? Você tem algum sistema de para organizar os discos?

Então, o software que comprei deveria ter esta finalidade. Da primeira vez eu cheguei a catalogar uns 1.500 itens. Quando fui fazer o back up para a nuvem, acabei deletando tudo. Fiquei p… da cara e deixei aquilo de lado. Segunda tentativa, começando do zero, cadastrei vários itens, mas, aí, meu iPad deu uma pane e tudo foi para o saco mais uma vez. Pretendo em breve tentar outra vez….a última….rs. Cara, vira e mexe aparece algo repetido. Dificilmente eu fico com algo em duplicidade (a não ser que uma cópia tenha algo a mais), mas, quando isso acontece, ou eu vendo ou troco.

Como você organiza sua coleção? Você tem algum tipo de organização pessoal?

A resposta é simples. Tenho dois armários. Um, com gavetas, organizado por ordem alfabética. O outro armário é de prateleiras, onde guardo os discos que mais gosto/escuto. Em resumo é fácil explicar. Eu me acho na minha bagunça.

Você sente vontade de se desfazer de alguma coisa da coleção? Qual (ou quais) o item que você não venderia de jeito nenhum?

Sim. Como eu disse anteriormente, tenho muitos itens que não ouço mais. Posso, perfeitamente, (se um dia tiver vontade) ouvi-los em um Spotify da vida. Na verdade, como muitos sabem, meu maior interesse é nos álbuns ao vivo. Muitos me chamam de louco e etc, mas, se eu fizer uma analise rápida, 90% do que costumo ouvir é ao vivo e 10% de estúdio. Talvez um dia eu passe a focar mais nos álbuns ao vivo e me desfaça de boa parte dos de estúdio, mas, isso, por enquanto está no TALVEZ….rs

Imagino que muita gente que está lendo isso já ficou interessado nessa informação acima (inclusive este aqui que digita essas palavras….rs). Qual é o item mais incomum da sua coleção? Aquele que quando alguém encontra não entende por que está ali?

Aqueles que quando vocês vão em casa, vocês acham e ficam meses me amolando?? É isso?? hahahahahahahahaha… Putz… eu acho que todo mundo tem algo de tenebroso… Como a pergunta é QUAL O ÍTEM (singular), eu vou citar um CD do Renato Russo. Pronto! Próximo assunto, por favor….rs

Dentro do colecionismo qual é a prática que você entende como “coisa de maluco”?

Quando você mencionou, no início da entrevista, colecionador ou acumulador, eu acho que vai direto a esta pergunta. Na minha opinião, a partir do momento que você passa a focar em um número, em quantidade, isso, para mim, não faz mais sentido. Vou te dar um exemplo – e já discutimos isso várias vezes. Uma pessoa tem, exatamente o mesmo disco, mas centenas de cópias (IGUAIS) lançadas em países diferentes. Isso para mim não tem um porquê. Você está agregando “número” em seu acervo. Nada além disso, mas de maneira alguma eu reprovo quem o faça. É simplesmente uma opinião.

Quais são seus estilos favoritos? Na sua coleção você tem algum que tem um foco maior, aquele que faz você querer algum disco que você nem gosta muito, mas acha importante ter?

Atualmente, eu responderia sua pergunta da seguinte maneira. Existem dois estilos básicos para mim. Os que eu gosto e os que eu não gosto. Nunca gostei de “rotular” os estilos. Acho importante para você talvez se nortear quando te falam de uma banda nova (ah, ela segue na pegada do hard rock). A base que eu tive foi no classic/hard rock. Depois veio o interesse pela NWOBHM, progressivo e etc. Hoje, ouço um pouco de tudo sem ser eclético…rs. Tenho dado uma atenção bastante especial ao southern rock também. Dentro dos CDs que tenho cabe um pouco de tudo também.

Mas você já comprou alguma coisa que talvez nem gostava tanto e sim por ser um item importante dentro de um estilo ou por ser um disco ruim de um artista bom?

Putz….kkkkk….quem não o fez ???? Já comprei “n” itens que nem deveria ter pego na mão. Vou te dar um exemplo que me veio à cabeça agora. Teve uma época que eu gostava bastante de ouvir os primeiros álbuns do Bon Jovi. Era o tipo de som que agradava a gregos e troianos. These Days, Slippery When Wet e New Jersey são álbuns que, até hoje me agradam bastante. Daí, com o passar do tempo e das ouvidas, você os acaba deixando um pouco de lado. Não me recordo quando lançou, mas um dia me deparo com What About Now, na FNAC. Acabei puxando na memória os excelentes momentos que tive com os primeiros álbuns e peguei. Me lembro que ouvi no caminho da volta para casa, até a quarta ou quinta música para nunca mais encostar a mão. Achei horrível, mas, por outro lado, já vi algumas pessoas falando bem do álbum… É aquela história, o que seria do branco se não fosse o preto e vice versa….gosto é gosto….

Você disse acima em “ser eclético”. O que isso representa pra você ?

Cara, para mim, dentro deste universo da música, ser eclético nada mais é do que escutar o que te faz feliz, principalmente, sem ter a necessidade de se afirmar perante uma outra pessoa ou grupo. É por isso que eu não sou adepto de rótulos. Vou te dar um exemplo: gosto de várias coisas do U2, REM, Phil Collins, Mumford and Sons e, ao mesmo tempo, gosto muito também de Kreator, Suicidal Angels, Slayer e etc. Muitas vezes me deparo com discussões do tipo : “Ah, você é poser pois gosta de tal banda…”. Que sentido isso faz ? Seja feliz ! Você não precisa provar nada para ninguém!

Todos nós temos nossos ídolos. Dentro disso, você é adepto daquilo que é bastante comum de se ver, tipo, se meu ídolo gosta, eu gosto !

Hahahahahahahahahahahahahaha….o pior é que, muitas vezes, não fica somente no se ele gosta, eu gosto. Tem a questão do, se ele gosta, eu gosto E, TENHO QUE TER….rs…. Não, definitivamente eu não sou assim. Gosto da banda e do que ela me proporciona. Não me interesso muito pela vida e pelos gostos de seus integrantes. Isso pode até ser curioso. No canal da Amoeba tem uns vídeos chamados What’s In My Bag. Para muitos assistir estes vídeos pode até ser frustrante, mas isso não me influencia em nada. Fico imaginando o cara que pensa assim e é fã do Steve Harris. Imagina ? Ter toda a discografia do Yes, Emerson, Lake & Palmer, Jethro Tull, Genesis….pqp….haja dinheiro e espaço !!!!!

Existe alguma banda que você nunca gostou, mas que acabou ouvindo melhor e se tornou fã?

Sim. Essa é fácil de responder. Uma banda que eu escuto muito é o Anathema. Há muitos anos atrás, não me lembro quem foi, mas, fui apresentado à banda. O CD, eu lembro até hoje, era o Serenades. Pra quem me conhece, sabe que eu odeio gutural, grunhidos, latidos, ou algo parecido. É claro que, não ouvi nem duas músicas. Achei péssimo! Há uns 8 anos atrás, fuçando no youtube, na famosa caça às bandas perdidas/desconhecidas, aparece novamente o tal do Anathema. Desta vez, eram as músicas Untouchable Partes I e II. Já veio na memória a péssima experiência com o Serenades. Ouvi e foi paixão à primeira “ouvida” (se não existe este termo, acabo de criar). Desde então, ouço com MUITA frequência os álbuns da banda, sem os grunhidos, é claro.

Sei que você comparece à bastante shows. Conte-nos um pouco sobre essa experiência e também sobre algum em especial.

Posso dizer que já fui um frequentador de shows mais assíduo. Hoje a frequência é menor, por conta de alguns fatores (preços abusivos, agenda dos filhos tumultuada, dificuldade de acesso, dores no corpo…rs…e etc). Ir a um show é sempre uma experiência agradável e diferente. Quando moleque, com 15 anos, cogitei de ir ao Rock in Rio para a apresentação do Maiden, mas, meu pai acabou vetando. Em junho de 1992, estava chegando nos Estados Unidos e ao sair do aeroporto me deparo com um outdoor gigantesco com uma apresentação da donzela alguns dias após, mas, com um SOLD OUT estampado. Por um momento eu senti que talvez assistir a um show deles não seria tão fácil quanto eu imaginava, mas depois, no mesmo ano, tive a oportunidade de vê-los no antigo Parque Antártica. Vários shows inesquecíveis…muitos!!!! Se me perguntar qual o melhor, na lata…Iron em 92 no Parque Antártica. Um que me surpreendeu, The Who no ano passado se não me engano. Motorhead no Olympia, Ramones, putz é bastante coisa. Aliás, o Olympia era perfeito para isso!

Qual é a fonte que você costuma adquirir mais material? Alguma delas é a sua preferida? Pode indicar algum lugar que pode ser desconhecido para outras pessoas?

Aqui no Brasil, na Die Hard e Animal Records. Recentemente tive a oportunidade de conhecer a Zeitgeist (acho que é assim que se escreve) e, achei bastante interessante. Algumas vezes compro algo pelo Mercado Livre.

E compras no exterior, quais são suas experiências com elas?

Nunca tive problema algum. Claro que, algumas acabaram sumindo, mas, em um contexto geral, o percentual é bem baixo. Discogs é o que eu mais uso. Tem que tomar um pouco de cuidado por conta do grande número de CDs piratas, mas em matéria de variedade é matador. Já comprei mais pelo Ebay, hoje compro muito pouco.

Você é adepto à prática do “pago mais para receber logo”?

Hahahahahahahahahaha…a nossa velha discussão?? Hoje eu sou, mas eu mudaria a sua pergunta para “um pouco mais”. Com a cotação do dólar, euro ou libra no patamar que está, não vejo grandes diferenças. Talvez o fator mais importante nem seja esta diferença, que a meu ver não é tanta, mas o fato de você comprar com mais garantia. O item já está no Brasil, livre de impostos e, depois da compra, estará em mãos em dois ou três dias. Hoje mesmo estava vendo um disco na Discogs. O custo total com o frete seriam 28 euros. Aqui achei por R$ 130,00. A diferença é pouca e você não vai depender da entrega e de possíveis impostos. 

E compras in loco fora do Brasil. Quais foram as cidades que você já fez compra e poderia citar alguma loja em especial?

Já fui em várias lojas dos Estados Unidos, mas sem sombra de dúvidas, as melhores são a Amoeba e a Park Ave CDs (Orlando). No Canadá, a HMV de Montreal é interessante, mas, você encontra mais itens básicos e em Toronto Sonic Boom, Neurotica e Mike´s Music.

Fui nessa Park Ave por sugestão sua e gostei bastante mesmo. Descreva alguma situação engraçada ou triste em relação à compra de algum disco ou algum show?

Eu tinha uma boa expectativa com relação a compras no Canadá. Quando (bem) mais jovem, através de um amigo, conheci uma banda chamada The Nits. Nessa época viajávamos muito para Serra Negra com os amigos e aquela era a trilha sonora. Sempre tentei comprar este CD, mas nunca achei. Meu pai viajava muito a trabalho nessa época e também nunca achou. Já tinha desistido de comprar. Fui para o Canadá e, em Quebec, enquanto aguardava minhas irmãs olhando lojas de roupa, vi uma pequena loja de instrumentos musicais. Como não tinha o que fazer, entrei na loja para xeretar. No fundo dela, encontro uma sessão bem modesta de discos. Resolvi fuçar e, em pouco tempo, encontro o CD da banda que jamais tinha encontrado. Comprei o CD na hora e, a partir daquele momento, o Canadá se tornaria o melhor lugar para comprar discos. Anos depois, em Montreal, dentro da HMV, chego faltando uma hora para a loja fechar. A lista estava dobrada dentro do passaporte e vamos lá. Como eu tinha pouco tempo, optei por pedir ajuda ao único vendedor do departamento. Entreguei a lista em suas mãos, mas, eles não tinham quase nada (decepção já lembrando do que tinha ocorrido no passado). O curioso foi que ele, o vendedor da loja, começou a me perguntar sobre as bandas que eu queria comprar e, me pediu se podia copiar a lista…hahahahahahahahaha…. deixei ele copiando e parti para garimpar algo, o que foi um pouco frustrante. Se bem que, na minha lista, não tinha muita coisa usual… a maioria seria mesmo difícil de encontrar.

Riverside: Lost ‘n’ Found – Live in Tilburg

Qual o item mais raro da sua coleção? Qual foi o que mais deu trabalho para conseguir?

Vou citar o último álbum que me deu mais dor de cabeça para comprar. Foi o Lost´n Found – Live in Tilburg do Riverside. É um álbum ao vivo, duplo, lançado pela própria banda em 2017. Este CD era vendido apenas em alguns shows deles. Não sei se é tão raro, mas, foi chato para conseguir.

E qual é aquele que você procura há muito tempo e ainda não conseguiu?

Uma versão do Universal do Anathema que vem com Blu-ray, DVD e dois CDs. Já achei algumas vezes, mas o custo é meio fora do normal.

Existe alguma banda dentro dos estilos que você gosta que definitivamente não te agrada?

Sim, existem milhares de bandas que não me agradam. Isso é algo curioso no nosso “meio”. Falar que você não gosta de algo que a maioria gosta é como jogar pedra na cruz. Eu nunca tive problema com isso. Tem várias bandas que não me agradam. Tem até coisas boas, mas a grande maioria não cai no meu gosto. Posso citar algumas…vamos lá… (colocando o colete a prova de balas)….Motley Crue, Wasp, Children of Bodom, Arch Enemy e várias outras…

Disco ao vivo/DVD ou disco de estúdio?

Disco ao vivo, SEMPRE.

CD ou LP?

CD

Bruce Dickinson ou Rob Halford?

Pelo amor de Deus….nem precisa pensar…Sir Paul Bruce Dickinson

Fish ou Steve Hoghart?

Até 1988, FISH. Depois disso, fico com o HOGHART (impossível responder isso..rs)

Acho que essa última resposta não valeu…hahahah. Disco ruim pra completar alguma coleção ou um disco que você ainda não conhece?

Atualmente, disco que eu não conheço. Outro dia peguei (aleatoriamente) o Radiation do Marillion para ouvir. Fazia séculos que não ouvia. Tá doido… chega até a ser perigoso, pois, ouvindo aquilo, pode ser que você passe a odiar a banda….rs

Vinho ou cerveja?

Cerveja

Churrasco ou feijoada?

Churrasco

Cerveja e churrasco? Sim obrigado. Quando?

Hahahahahahahaha….cerveja, churrasco, um bom papo e um som legal…quem não curte? Vamos marcar sim! No dia podemos fazer uma live para os amigos da Consultoria. O que acha?

Só marcar! Agora as perguntas que todos gostam (ou não!). Quais são os melhores discos da década de 60 (61-70)?

Se tem uma coisa que eu odeio fazer são estas listas… Sempre que leio a Consultoria do Rock, tento fazer as minhas listas e, não consigo. A cada 3,7 minutos tudo pode mudar….rs…. A década de 60 é um período que eu não me atento muito. Vou citar alguns discos que lembro de ter ouvido e que me chamaram a atenção

The Beach Boys – Pet Sounds

The Velvet Underground & Nicko – The Velvet Underground & Nicko

Bob Dylan – Highway 61 Revisited

Led Zeppelin – Led Zeppelin II

Simon and Garfunkel – Bookends

Já sei…. Já tem gente falando que esqueci dos Beatles. Isso é um detalhe a parte que prefiro explicar em uma outra oportunidade….rs

Quais são os melhores discos da década de 70 (71-80)?

Essa é um pouco mais fácil…vamos lá

Black Sabbath – Vol 4

ACDC – Back in Black

Rainbow – Rising

Pink Floyd – Dark Side of the Moon

Genesis – The Lamb Lies Down on Broadway

Quais são os melhores discos da década de 80 (81-90)?

Faltariam gigabytes nos servidores da Consultoria do Rock para que eu pudesse citar os melhores discos desta época. De 1981 a 1990 foi justamente o período em que meu interesse pela música estava “borbulhando”. Eu não seria capaz de fazer nem os 50 melhores álbuns desta época, pois, certamente, cometeria inúmeras injustiças. No meu ver (e ouvir), foi a década de ouro. Aqui nós temos os melhores discos do Maiden (The Number até o Seventh Son), temos Appetite for Destruction (Guns), Blizzard of Ozz, Pyromania e Hysteria, Ride the Lightning, Operation Mindcrime, Peace Sells, Among the Living, Keepers….putz….vou citar alguns dos milhares de melhores discos desta época, levando em consideração aqueles que eu ouvi até furar o disco…

Iron Maiden – Powerslave

Metallica – Master of Puppets

Helloween – Keeper”s”

Dio – Holy Diver

Deep Purple – Perfect Strangers

Quais são os melhores discos da década de 90 (91-2000)?

Megadeth – Rust in Peace

Slayer – Seasons in the Abyss

Dream Theater – Images and Words

Bruce Dickinson – Accident of Birth

Queensryche – Empire

Quais são os melhores discos do século 21?

Vou tentar citar bandas que não citei anteriormente para não me sentir injusto, ok ?

Rush – Clockwork Angels

Porcupine Tree – Fear of a Blank Planet

Tool – Lateralus

Evanescence – Fallen

The Gaslight Anthem – The ´59 Sound (essa banda é muito boa)

Quais seriam os dez discos que você levaria para uma expedição de colonização de Marte?

Primeiramente, eu levaria um toca CDs e pilhas, muitas pilhas…os discos…

Iron Maiden – Live after Death

Scorpions – World Wide Live

Marillion – The Thieving Magpie

Anathema – Universal ( a versão que eu ainda não tenho..rs)

Anthrax – Kings Among Scotland

Supertramp – Paris

Thin Lizzy – Live and Dangerous

Pink Floyd – Pulse

Metallica – Live Shit

Ghost – Ceremony and Devotion

Já li essa relação umas 50 vezes e já estou arrependido de não ter colocado vários outros! Não pode ser “Quais seriam os 150 discos que você levaria para Marte”?

Qual é a fonte que você mais usa para ficar por dentro de lançamentos?

Vejo muito o site da Loudwire e das próprias bandas mesmo. Outra coisa que faço bastante, quando gosto de determinado artista, recorro ao Google e listo as bandas/artistas similares. É uma ferramenta legal para você conhecer coisa nova.

Qual é aquela banda que “só você conhece” e gostaria de indicar para nossos leitores?

Certamente, não é uma banda que só eu conheço. Como eu disse anteriormente, estou dando uma atenção maior ao Southern. Até hoje, pra todo mundo que falei, só obtive retorno positivo. A banda chama-se Hogjaw (posso citar mais outras? Gaslight Anthem, Dave Hause, The Horrible Crowes, Dead Lord, El Cuero, Glass Kites, …tudo rock´n roll de primeira).

Aqui na Consultoria do Rock temos uma seção chamada Discos que Parece que Só Eu Gosto. Se você fosse escrever sobre um deles, qual seria?

Kreator – Renewal!! Isso é realmente interessante. Sempre ouvi falar muito mal deste álbum e também não gostava sem nunca ter ouvido. Há uns 4 anos atrás, conversando com um amigo, ele me perguntou do Renewal. Já de cara respondi que achava péssimo e, veio a réplica: “mas, você já ouviu?”. Putz… não… não tinha ouvido nada. Não conhecia nada daquilo. No mesmo dia, ao chegar em casa, fui no Youtube à procura do álbum. Claro que se você for escutar este álbum para tentar fazer uma comparação ao Coma of Souls você chegará à conclusão de que o álbum é, no mínimo, horrível. Escutei a primeira vez e não gostei. Passado alguns dias, escutei de novo e passei a achar algumas coisas interessantes. Depois da terceira vez, comprei o CD. Gosto de coisas novas, de sair do mais do mesmo. Já passei (há muitos anos atrás) pela fase HEADBANGER FUC**´* TRUE METALHEAD. O que o Kreator fez foi inovar. Fazer o diferente e a receita deu certo! A mistura do thrash com pitadas de industrial trouxe riffs bem interessantes. Nos discos mais atuais, ainda dá pra sacar algumas passagens que certamente nasceram no Renewal. Ótimo disco! 

Qual foi sua última melhor descoberta?

Blind Ego. 

A sua coleção terá um fim, aquele ponto que você quer chegar e a partir dalí não precisa avançar mais?

É difícil e ao mesmo tempo triste falar sobre isso. Posso estar muito enganado, mas acredito que tanto CDs, quanto os discos de vinil, estão com seus dias contados. Vai em uma concessionária para comprar um carro e verifique se ele sai de fábrica com CD player. Muito difícil! Talvez em alguns anos tenhamos poucas gravadoras espalhadas pelo mundo, lançando um ou outro CD e, com isso, o custo tende a subir. As plataformas de streaming digitais vieram para ficar. Crescem a todo momento, COM O APOIO DAS BANDAS! Já não estamos mais na era Metallica x Napster. Isso já ficou lá atrás. Claro que, para muitos de nós, isso é horrível, inclusive para mim. Poder pegar a mídia física, folhear o booklet, cadastrar, ouvir ao lado de uma cerveja bem gelada e etc ainda tem o seu valor. Mas, ao mesmo tempo, não teremos forças para lutar contra a praticidade, a variedade e, principalmente, pelo custo. Eu utilizo muito o Spotify. Acho uma mão na roda. Para um plano familiar, gasto perto de R$ 28,00/mês ! É o preço de UM CD nacional. Tento não me entregar a ele, mas, confesso, que é bem difícil. Hoje temos diversos equipamentos próprios para isso, os DAP. Compre um bom fone de ouvido e veja o resultado que você obterá. Acho que a próxima geração talvez não tenha a mesma paixão que temos. Eles terão acesso ilimitado a centenas de milhares de bandas e não irão se aprofundar em nenhuma delas. Certamente não serão aficionados, como somos. Jamais passarão dias, ou até mesmo meses atrás de uma determinada peça, não saberão das histórias de seus mitos e, talvez, nem tenham mitos, mas de tudo isso creio que o mais importante seja manter essa nossa “cultura”.

Você já citou os filhos algumas vezes. Como você vê o interesse deles em música. Ter um pai que gosta tanto os influenciou de alguma maneira? Você acha que eles vão tem o mesmo interesse?

Boa pergunta! Não sei se eles terão o mesmo interesse ou não. Claro que eu cheguei a tentar influenciar, mas o fato de (até agora) não ter dado certo não me incomoda. A geração deles é infinitamente diferente da minha. Hoje em dia eu sinto que se eles não tiverem os mesmos gostos, o mesmo tipo de vestimenta, as mesmas vontades, eles passam a ser excluídos dos grupos. Eu nem diria que é uma questão de caráter, mas eles são assim. Eu venho de um período completamente diferente. O fato de um amigo meu gostar de Pet Shop Boys, por exemplo, não seria para mim um impedimento de ter uma amizade. Muitos deles chegaram a visitar a galeria comigo e eu também cheguei a ir em danceterias e etc. A “tolerância” que eu vivi não é a mesma que meus filhos vivem. Chega até a ser engraçado, pois já tivemos “n” discussões (saudáveis) com relação a música. Às vezes eles me mostram artistas que é um cara cantando e uma batida por trás…tum, tum, tum…. zero guitarras, zero baixo, zero tudo. A música é horrível, mas é o que eles curtem. Do mesmo jeito que eu mostro algo do meu gosto e eles falam que é música de velho….hahahahahahahaha… Uma coisa que eu vivo falando para os dois é que tem um lado bom em tudo isso. Jamais eles ou os amigos encostarão as mãos nos meus discos…rs 

Tenho certeza que os leitores ficaram curiosos. Qual é o detalhe com os Beatles?

Antes de responder sua pergunta, preciso abaixar a persiana e me certificar que não há  nenhum sniper nos prédios ao lado…rs…. Agora sim, vamos lá. Como eu disse no começo, meu pontapé inicial foi com meus primos, que também ouviam os Beatles. Para mim, naquela época, eu não me preocupava em saber se a banda era dos anos 50,60,70 e etc. O que mais me importava era simplesmente se eu gostava ou não daquilo. Eu comparava o som dos Beatles com o som do Purple, do Nazareth e etc e, ao fazer esta comparação, era nítido que o som das demais bandas eram infinitamente mais trabalhados que o som dos Beatles, tanto é que, pouquíssimas vezes ouvia uma música deles até o fim. No meu entender, o som dos Beatles era um som mais simples (parte instrumental), com melodias extremamente fáceis, que era a receita certa para cair no gosto de todos. Hoje eu não penso tão diferente. Continuo achando que são melodias simples, fáceis de decorar, MAS, em hipótese alguma, tiro a importância deles no cenário da música. Eles, sem sombra de dúvidas, são um dos alicerces de tudo o que temos hoje. Toda vez que você fala que gosta de música, mais voltada para o rock, vem o comentário: “Ah, então você é fã dos Beatles!!”. Quando eu respondo, não, eu não sou fã deles, já vem a cara de espanto….rs… Mas uma confissão que devo fazer para tirar este peso das minhas costas ….rs…. muitos anos atrás, estava na Saraiva e comprei o álbum Good Evening New York City do Paul McCartney. Cara, não é que eu achei legal! Não é um álbum de cabeceira, que ouço toda hora, mas uma ou duas vezes ao ano, costumo levá-lo para um passeio no carro (inclusive, quem tiver dicas dos outros álbuns ao vivo dele, por favor, podem me passar !!).

Muito obrigado pela entrevista e deixo aqui um espaço para você mandar um recado para nossos leitores.

Eu que agradeço ! Pra você ver como são as coisas, fizemos bastante amigos neste meio, não é? Os loucos começaram a se encontrar no falecido Orkut e tudo permanece até hoje. Claro que uns tem mais afinidades com outros, mas tudo começou por conta do rock´n roll! Aos demais, um forte abraço e, se tiverem oportunidade, apareçam em nossos encontros na Galeria do Rock. É sempre bem bacana poder conhecer outras pessoas além do virtual. Para a nova safra que está por vir, não deixem tudo isso morrer! Sejam mente aberta!! Obrigado!

18 comentários sobre “Na Caverna da Consultoria: Paulo Muro

  1. Tirando as citações do “Paulão Parede” aos discos do Iron Maiden, Master of Puppets, Pyromania, Back in Black, Blizzard of Ozz, Holy Diver, etc., amei as citações ao The Dark Side of the Moon (clássico absoluto do Pink Floyd) e ao preferido da maioria dos fãs do Genesis, o “Vai Lamber Sabão na Broadway”. Porém senti falta de uma citação ao Judas Priest e ao Accept em sua discoteca de heavy metal, e no setor do rock progressivo, senti falta de um álbum do Yes a ser citado por ele, como por exemplo, Fragile (de 1971). Achei estranho também a citação de Accident of Birth em sua lista noventista, descrito por mim como o CD mais “sem-graça” da carreira solo de Bruce Dickinson (claro, The Chemical Wedding sempre me diz mais do que o famoso “disco do palhaço assassino”). No mais, a entrevista com o “Parede” no geral ficou bem legal.

      1. Desculpa Fernandão, eu não sabia disso… Foi apenas uma ideia… Outra coisa: eu ia citar o Tales from Topographic Oceans em relação ao Yes, mas, para deixar de ser chato, resolvi falar do Fragile para evitar problemas (hehehehehehe).

    1. Grande Igor, obrigado pelos comentários. Accept e Judas, sem sombra de dúvidas, são monstros do metal, mas, não foram bandas que me aprofundei tanto. Tirando os clássicos de ambas, nunca fui muito atrás de outros materiais. Voltei a ouvir Accept do Blood of the Nations pra cá e, do Judas, o último album está sensacional. Quanto ao YES, não foi por falta de oportunidade. Já ouvi vários albuns, mas, não é muito a minha praia. Se me perguntasse um album que me chamou a atenção, eu diria que é o Close to The Edge. GRande abraço !

      1. Tudo bem, Parede! Compreendo totalmente suas observações em relação ao Accept e o Judas Priest, mas devo dizer-lhe que em se tratando do Yes, as citações que os outros fazem no site ao Close to the Edge são como um pretexto de me fazer provocações, já que eu ultimamente não sou mais fã deste que pra mim não é nem de longe o melhor álbum do grupo, mas sim, é o mais “superestimado” da discografia do Yes, que por sorte possuem álbuns melhores do que CTTE em sua bagagem. Te mando outro abração, tá certo?

  2. Uauuu que show de entrevista, parabens ao grande colecionador Paulo Muro, itens sensacionais, que coleçao!!! e ao Fernando Bueno pela conduçao da entrevista.

  3. Show de bola de entrevista! Paulo Muro manja muito de som e é muito gente boa! E que bela coleção!

  4. muito legal a entrevista, me identifiquei com o assunto dos filhos, minha filha gosta de rock/metal mas só pelo spotify , parabens pela entrevista .

  5. Ótima a entrevista. Fico muito feliz pelo ecletismo do Paulo, mas triste pela constatação de que a mídia física está com os dias contados e de que as novas gerações não terão a mesma relação com os artistas. Recomendo o DVD Rockshow (1976), do Paul McCartney & Wings. Abraços.

  6. Que interessante, por acaso esse show do Maiden sold out em 1992 teria sido em Miami? Uma historinha aqui: em 92 eu fui pros Estados Unidos em julho e na volta eu estava usando uma camiseta do “Be Quick or Be Dead” que comprei durante a viagem. Esse era o 1o single do “Fear Of The Dark” que tinha acabado de sair e comprei a camiseta lá quando vi numa loja, aliás tenho ela até hoje, ehehe (e serve em mim ainda, ahaha). Quando estava no avião de volta, um comissário de bordo apontou minha camiseta e veio falar comigo, dizendo que dei azar porque o Maiden tocaria em Miami NO DIA SEGUINTE!!! Rapaz, na época eu nunca tinha visto o Maiden ao vivo, fiquei bem chateado… Essa sensação triste só passou quando os vi finalmente no Parque Antártica alguns meses depois. Abraço!

  7. Show de bola a entrevista. O Paulo é um cara que ainda tenho que conhecer pessoalmente – e o Bueno tb.

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