Cinco Músicas Para Conhecer: Os Duetos de David Bowie

Cinco Músicas Para Conhecer: Os Duetos de David Bowie

Por Mairon Machado

David Bowie é um dos maiores artistas de todos os tempos, isso sem sombra de dúvidas. Criou discos e canções atemporais, mas não só na música ele se destacou. Foi um dos primeiros artistas a entrar no mundo da internet, sempre esteve pronto para auxiliar amigos e campanhas de caridade, bem como colaborar com amigos para ajudar na carreira do mesmo. Salvou nomes como Iggy Pop e Peter Frampton do ostracismo, bem como revelou ao mundo gigantes do porte de Stevie Ray Vaughan, Mick Ronson e Carlos Alomar, para citar só alguns. No Cinco Músicas Para Conhecer de hoje, apresento alguns dos principais duetos de Bowie ao longo de sua carreira, sempre ao lado de nomes consagrados da música, e aqui, em maioria adaptações de canções consagradas anteriormente.


“Across the Universe” – w/ John Lennon [1975]

Sucesso da carreira dos Beatles, registrada na despedida Let it Be, e composta por John Lennon, “Across the Universe” foi regravada por Bowie com a participação especial do autor cantando o refrão. Apesar da predominância vocal de Bowie ao longo dessa linda faixa, a participação de Lennon é emblemática, principalmente na segunda metade da canção, onde ele e Bowie travam um lindo dueto entoando a frase “Nothing is gonna change my world”, gritada a plenos pulmões em uma sincronia de amigos que se conhecem há anos, e com uma categoria que somente gigantes têm nessas horas. Iniciando a fase soul de Bowie, “Across the Universe” está no indispensável Young Americans, e em algumas coletâneas do camaleão.


“Peace on Earth / Little Drummer Boy” – w/ Bing Crosby

Conheci essa canção através do especial de Natal Bing Crosby’s Merrie Olde Christmas, de Bing Crosby, o qual foi ao ar em 30 de novembro de 1977, e que encontrei na internet quando buscava vídeos de David Bowie. Clássico natalino, este é um dueto arrepiante, com os vocais graves dos cantores encaixando-se perfeitamente enquanto Crosby canta “Little Drummer Boy” (tradicional natalina) e Bowie solta a voz em “Peace on Earth” (de Ian Fraser e Larry Grossman), em uma magnífica adaptação feita por Katherine K. Davis ao lado de Harry Simeone e Henry Onorati. O arranjo orquestral é extremamente apropriado para a canção, tornando-o o clima de emoção em cada pedaço das caixas de som. Em 1982, a canção foi lançada em uma bolachinha e em um EP 12″, com “Fantastic Voyage” no lado B, alcançando a terceira posição nas paradas britânicas e sendo um dos compactos mais vendidos na carreira de Bowie, com mais de 400 mil cópias.


“Under Pressure” – w/ Freddie Mercury [1982]

A única faixa composta por Bowie, e curiosamente não lançada em um disco de Bowie por muito tempo, é certamente o mais emblemático e conhecido dueto do Camaleão. O duelo vocal dele com Freddie Mercury é uma das mais emocionantes audições de uma canção envolvendo o nome David Bowie na história, superada talvez somente por “Wild is the Wind”. Os dois monstros sagrados ingleses revezam seus vocais, com Bowie no grave e Mercury caprichando em agudos e falsetes, em um contraste incrível. E quando ambas cantam juntos, ao final da canção, sobre como o amor é importante nas nossas vidas, bom, daí a casa literalmente cai. Bowie também fez uma versão com Annie Lennox no especial em homenagem à Mercury, Freddie Mercury Tribute Concert, em 1992, marcada por uma cara de susto de Bowie hilariante, perante o “assédio” de Lennox. A canção saiu em uma bolachinha de extremo sucesso, com a inédita “Soul Brother” no lado B, isso em 1981, e devido a esse sucesso, incluída em Hot Space no ano seguinte. Também está presente em coletâneas e álbuns ao vivo do Queen, porém sem a participação de Bowie.


“Tonight” – w/ Tina Turner [1984]

Para quem imaginaria que a união do Camaleão com a Acid Queen geraria uma canção poderosa, com muita energia e vitalidade, a dupla entrega aqui uma canção inspirada pelo reggae, com uma latinidade e um romance clichê demais para os mais xiitas fãs do duo, mas com uma beleza e elegância que somente esses dois gigantes da música mundial poderiam criar. Na composição de Bowie com Iggy Pop, do clássico Idiot (1977), as surpresas estão presentes não só pela levada latina, que transformou totalmente o original de Iggy, mas também por que na versão aqui, Bowie faz o papel de Iggy, enquanto Tina faz o papel de Bowie, servindo como uma base sólida para os vocais graves de Bowie. Para mim, isso tornou a adaptação ainda mais linda que o original. Foi lançada no álbum homônimo de 1984 e em um compacto de relativo sucesso, com “Tumble and Twirl” no lado B. A dupla também interpretou “Tonight” ao vivo, sendo registrado no disco Tina Live in Europe (1988) e em um compacto com “River Deep, Mountain High”.


“Dancing In The Street” – w/ Mick Jagger [1985]

Versão dançante e super anos 80 desse clássico de Marvin Gaye, regravado por nomes como The Mamas & The Papas, The Kinks, Black Oak Arkansas e Van Halen, é outro grande sucesso de Bowie em parceria com um músico britânico, agora o Senhor Lábios de Borracha Mick Jagger. Bowie e Jagger já eram bem conhecidos na época, e uniram-se pela campanha Live Aid, regravando esse super sucesso trazendo novos locais para a letra original. Soltinha nos estúdios, a dupla canta numa alegria espontânea e contagiando muito o ouvinte. Os backing vocals gospel, a linha de baixo sinuosa, as batidas quadradas e cronometradas da bateria, e um naipe de metais grudento, são algumas das atrações de uma faixa onde a dupla gigante divide harmonicamente os vocais. Cabe ainda a Bowie citar o nosso “Brazil” na canção. Saiu em um single de extremo sucesso mundial, além de um clipe de também idêntico sucesso, e também se faz presente em diversas coletâneas de Bowie.

20 comentários sobre “Cinco Músicas Para Conhecer: Os Duetos de David Bowie

  1. Semana passada assisti um documentário do Mick Rock, um dos principais fotógrafos do Bowie… Muitos relatos interessantes. Por isso estou escutando muito Bowie!
    Tem muitas coisas dele para eu conhecer ainda.

  2. Quando saiu Under Pressure, um crítico maldoso, mas bem humorado escreveu que o Queen finalmente tinha achado seu lugar: banda de apoio de Bowie…hehehehehe

  3. Quando vejo matérias como essa de uma era em que o rock dominava o planeta, atraia jovens cheios de hormônios e prontos para desafiar os conservadores do mundo e os deuses caminhavam sobre a Terra, me bate uma melancolia…A verdade atual, triste e inapelável, é que os jovens de hoje, pelo menos os não reacionários, não ligam a mínima para Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix, David Bowie, Neil Young, Metallica, Iron Maiden e tantos outros dinossauros do rock que endeusamos! O estilo virou coisa de respeitáveis senhores nostálgicos repressores e de jovens reacionários, algo de uma época morta e enterrada na qual o cinismo ainda não havia vencido e, apesar de eu não o ser, ao ler este artigo me senti velho, muito velho.

    1. Confesso que sua ingenuidade me comove.

      Os jovens cheios de hormônios que desafiavam o mundo nada mais são do que os mesmos senhores que estão nas mesmas corporações e cargos de poder que o senhor hoje abomina. Nenhum deles se tornou líderes sonhadores ou revolucionários inspiradores. Se tornaram a mesma coisa que “os jovens reacionários de hoje”.

      É aquela coisa né, vai chegando a idade, as contas precisam ser pagas, os mesmos rockstars de antigamente hoje precisam ser caretas porque as drogas e o álcool cobraram seu preço, fica mais caro e difícil questionar o sistema e aceitar passivamente o que a música mainstream sempre foi que é mais um nicho de mercado.

      1. Cara, na boa: quem está sendo ingênuo aqui é você que pensa que a rebeldia está “automaticamente” ligada com drogas, bebidas e farras e que a idade “impede” as pessoas de questionarem o sistema, pois isso sim é ingenuidade, talvez até covardia! Não existe “rebeldia” mais careta do que “traçar todas” e se drogar e beber até cair ou clichê mais estúpido do que dizer que é “natural” um jovem ser de esquerda e um “velho” de direita. E não é só porque os jovens de ontem se tornaram os reacionários de hoje, como você alega, que eu sou obrigado a seguir o mesmo caminho. Não é porque “naturalmente” vamos da esquerda à direita, como você acredita, que eu vou “naturalmente” seguir este triste percurso! Este modo de pensar fatalista, bovino e apático não é para mim! Apesar da maioria das pessoas pensarem como você, não vou usar do mesmo cinismo ou culpar o sistema para justificar qualquer apatia ou covardia que a idade venha a me causar! Não é porque tenho determinada idade que vou justificar meu acovardamento e falta de vontade com um vazio “é, a vida é assim mesmo…”. E só para falarmos um pouquinho de música: o David Bowie do artigo permaneceu rebelde até o fim e se recusou com todas as forças a ser enquadrado pelo sistema, mas quem liga “rebeldia” à farras, drogas e bebidas e que pensa que contas a pagar podam qualquer ousadia, certamente não tinha possibilidades de enxergar esta rebeldia.

        1. Meus Deus, quanta falácia do espantalho você criou aqui. Vamos separar cada espantalho por partes.

          “Cara, na boa: quem está sendo ingênuo aqui é você que pensa que a rebeldia está “automaticamente” ligada com drogas, bebidas e farras e que a idade “impede” as pessoas de questionarem o sistema, pois isso sim é ingenuidade, talvez até covardia! Não existe “rebeldia” mais careta do que “traçar todas” e se drogar e beber até cair ou clichê mais estúpido do que dizer que é “natural” um jovem ser de esquerda e um “velho” de direita.”

          A rebeldia daquela época era, justamente, fazer farras, usar drogas e “protestar” contra o sistema, coisas que eram vistas como contracultura principalmente dentro do rock, obviamente tudo muito bem incentivado por todos os envolvidos no mercado musical daquela época. Quanto ao primeiro espantalho, não me referi em nada a questões ligadas a espectro político e sim mais na questão das atitudes quanto a enxergar como se deve levar a vida e o futuro.

          “Não é porque “naturalmente” vamos da esquerda à direita, como você acredita, que eu vou “naturalmente” seguir este triste percurso! Este modo de pensar fatalista, bovino e apático não é para mim! Apesar da maioria das pessoas pensarem como você, não vou usar do mesmo cinismo ou culpar o sistema para justificar qualquer apatia ou covardia que a idade venha a me causar! Não é porque tenho determinada idade que vou justificar meu acovardamento e falta de vontade com um vazio “é, a vida é assim mesmo…”

          Respondendo ao segundo espantalho: não me importo e não me interessa como você enxerga a vida já que ela não é relevante a discussão e não me importo de você apenas trocar um pensamento bovino por outro pensamento bovino como o que diz que tem. Só questionei essa ingenuidade de realmente achar que todo aquele movimento do rock das décadas anteriores era “rebelde”. Uns poucos eram “rebeldes”, destes a maioria morreu na depressão ou nos vícios e os poucos que estão vivos seguem suas vidas de velhos caretas sóbrios.

          “E só para falarmos um pouquinho de música: o David Bowie do artigo permaneceu rebelde até o fim e se recusou com todas as forças a ser enquadrado pelo sistema, mas quem liga “rebeldia” à farras, drogas e bebidas e que pensa que contas a pagar podam qualquer ousadia, certamente não tinha possibilidades de enxergar esta rebeldia.”

          Bowie “rebelde”? Ele está longe de ser rebelde. Bowie foi autêntico e um grande artista por seus méritos de enxergar o mercado e se adaptar a ele visto que teve suas fases em que surfou no mercado para continuar faturando e depois disso foi para ondas mais alternativas (como a fase alemã) quando já tinha uma bela estabilidade financeira. “Rebeldes” mesmo nunca ficam multi-milionários com música que é um dos mercados mais selvagens que existem.

  4. A contracultura, de tão inofensiva, era a “rebeldia” permitida pelo sistema, cara, tanto que hoje muitos daqueles artistas viraram sir, ganharam prêmio Nobel e são matéria de faculdade. E aí está um de seus vários equívocos: pensar que a contracultura foi rebelde. Os artistas enquadrados na contracultura, que eram a “elite” da época, apesar de produzirem grandes obras, tinham uma rebeldia de butique e não é deles que estou falando…Quando o Rolling Stones encarou a “rebeldia real” e que estava nas ruas em Altmont, e descobriu que de farra esta rebeldia não tinha nada, ficou morrendo de medo e com o rabo entre às pernas! Rebeldia para mim é Velvet, Stooges, Black Sabbath, Ramones, Led Zeppelin, Sex Pistols e alguns poucos outros, e destes, com exceção do Led, todos odiavam a contracultura, os hippies e a balela do “paz e amor”…Estes artistas em sua época causaram “estranhamento” por diversos motivos e só foram reconhecidos muitos anos depois. Hoje todo mundo enche a boca para falar que os adoram, mas em sua época estas bandas comeram o pão que o diabo amassou por parte da crítica e não era “in” admitir que se gostava delas! David Bowie foi rebelde, sim! Ele só não se enquadra nos seus conceitos estreitos de rebeldia. Você é tão raso que acha que o comportamento se resume ao comportamento apenas, meu Deus!!!David Bowie quando se declarou bissexual estava fazendo um ato comportamental e político, e certamente mais político do que comportamental, mas talvez a “complexidade” deste raciocínio do camaleão seja demais para você…

    1. Muito obrigado Cleibsom por refutar o Cleibsom.

      E eu concordo com o Cleibsom quando ele discorda do Cleibsom que contracultura e anos 80 não tinha nada de rebeldia exceto algumas poucas exceções, embora discorde de algumas das bandas citadas principalmente o Sex Pistols que foi um projeto montado (que ganhou a fama de “rebelde” muito mais por causa de Sid Vicious do que por música ou atitudes).

      Quando a rebeldia de Bowie, principalmente quando cita sobre sua bissexualidade, fico com o artigo do Marco Gaspari sobre o Jobriath que este sim sofreu de verdade e teve que enfrentar um monte de obstáculos devido a sua sexualidade.

      Sobre me chamar de raso, agradeço pela honra de vir mais uma vez neste site engrandecer esta discussão já que tínhamos a necessidade de saber que o rock de hoje só tem abomináveis jovens reacionários e senhores nostálgicos repressores. Uma generalização válida e totalmente verdadeira.

      1. Quem ler os comentários com atenção constatará que quem linkou a rebeldia à contracultura foi você! Eu nunca faria essa conexão estúpida e sem sentido. Quanto a Sid Vicious, no Sex Pistols ele era tratado como o bobo da corte e isso diz muito sobre sua suposta rebeldia…Não vou entrar nesta de opinar sobre quem sofreu mais ao se declarar bissexual, pois não sei aonde isso leva e para que isso serve, o que eu sei é que quando um astro fala algo assim o assunto pelo menos é discutido e isso esfrega um pretenso “tabu” na cara da sociedade. Quanto ao rock ter se tornado coisa de tiozinho com pouco cabelo e barrigudo ou de jovem reacionário que pensa que música não é lugar de política, creio que basta olhar em volta para constatar essa triste realidade…Mas, para encerrarmos, não vou entrar em sua birra infantil como se isso fosse um debate em que um “oponente” tivesse que ser “jantado” e “nocauteado” pelo outro, algo muito em moda nestes tempos sombrios. Temos apenas opiniões diferentes sobre o assunto e creio que a “verdade dos fatos” não esteja com nenhum de nós dois…

      2. Mas era justamente essa ideia que discordei de ti no primeiro post e concordei logo mais abaixo, se não me fiz claro. Que justamente todas aquelas coisas que as bandas pregavam ou faziam eram vistas como “anti-reacionárias”, mas no fundo não conseguiram nada.

        Para resumir tudo, apenas discordo sobre essa generalização que o rock é coisa de um lado ou outro, seja do espectro político ou de visões quanto a sociedade atual.

        E sobre não entrar em debate, bem… esse é um site que possui um sistema de comentários para debate. Por isso, não tem como postar um comentário e não esperar que alguém venha e o rebata. E se o teor do comentário for um tanto quanto polêmico, é normal que isso aconteça.

        Mas de minha parte, também encerro por aqui.

  5. Longe de querer tomar lado, pois o que se vê acima não é um debate e sim um troca tapa inflamado, mas creio que, se a Consultoria quer evitar falar de política aqui, deveria orientar os editores a ignorar ou não responder tais brechas.

    A conversa acima em nada acrescenta à matéria, e fica feio pra imagem do site ter um “consultor” provocando e ofendendo um leitor. Na matéria “Melhores dos anos 70” rolou a mesma coisa, exatamente com os mesmos indivíduos.

    1. A questão Jeremias é que este site não é como todos os outros dos quais é comum vermos por aí.

      A Consultoria do Rock é como uma casa construída por um monte de pessoas comuns sem qualquer ligação com empresas, patrocínios ou grande imprensa. Isso aqui é uma casa construída por mim e mais por um monte de gente que veio antes e depois de mim, de forma que você é convidado a entrar e poder bater um papo conosco sobre um assunto aqui referente à música. De fato, é algo nosso evitar o máximo a entrar em política porque esse assunto chato já tem de monte por aí embora as vezes escape uma coisa ou outra porque tem vezes que não há como desviar do assunto.

      E, justamente por ser uma casa, você simplesmente não pode chegar nela achando que pode nos provocar de graça, ofender o site ou algum integrante ou agir de maneira desrespeitosa e não esperar por uma resposta. Enquanto uns aqui podem optar por simplesmente ignorar, eu visto a camisa do site, conheço os caras, sei que são pessoas de excelente índole e vou defender isso aqui com unhas e dentes.

      No caso do Cleibsom, você não o conhece mas eu já o conheço de muito tempo de vários sites que ele comenta (Whiplash, Collectors Room só para citar alguns) e ele tem fama e um histórico de ser agressivo e/ou politizar os comentários. Pois teve justamente esta postagem ao qual o senhor se refere nos chamando de misóginos, racistas, homofóbicos e tudo mais, ofensas que eu não engulo calado e respondo na mesma altura ou a ridicularizo, como a fiz naquela postagem.

      E eu não aceito que chamem o Mairon, Ronaldo, Davi, Líbia, Micael, Fernando, Daniel e tanta gente que contribui ou contribuiu para esse site, pessoas das quais tenho grande carinho e admiração, de tais adjetivos dentro da nossa casa e na minha frente. E desse tipo de gente nós não precisamos mesmo por aqui, mesmo que o site corra o risco de ser nós escrevendo para nós mesmos (o que, felizmente, não é o que ocorre devido ao número de visualizações que temos).

      Se o Cleibsom mudar de postura (não quero que mude de opinião, apenas a maneira agressiva como escreve) será mais do que bem tratado, como ele próprio já foi muitas outras vezes aqui quando ele foi respeitoso (da qual até me surpreendi positivamente) por aqui.

      Eu já vivi na era de antigos fóruns da internet, desde 2005 pelo menos, e percebi que as pessoas só vêem que o negócio é diferente quando as tratam no mesmo tom. Ou seja, se você responder ao som dos canhões, eu vou responder ao som dos canhões. Se responder ao som dos violinos, eu vou responder ao som dos violinos. Não queira responder ao som dos canhões e exigir receber carinho ao som dos violinos que não terá ao menos de minha parte.

      Críticas de forma educada já recebemos aos montes aqui e agradeço por cada uma delas. Mas não aceito provocações gratuitas para qualquer um dos membros que suam para fazer esse site.

  6. André, como fui citado vou me intrometer e comentar, e espero, sinceramente, que sem ofender sua sensibilidade…O que eu tenho não são opiniões ofensivas e sim contundentes, e convenhamos que são coisas bem diferentes uma da outra! Não me senti agredido por suas respostas em nenhum momento, apenas acho que nossa “discussão”, como o Jeremias bem percebeu, não era um debate e sim monólogos que em última instância só satisfariam nosso próprio ego. O que eu penso, e isso é algo que cada vez confirmo mais e me incomoda em demasia, é que as pessoas estão muito “do-dói” e se sentem ofendidas por qualquer coisa. Por exemplo, não vejo ofensa nenhuma contra mim ouvir de alguém que “o Jorge Ben é uma bosta!”, só para citarmos um de meus maiores ídolos, e não vou “exigir” que a pessoa que tenha essa opinião me respeite, porque isso para mim, me desculpe o linguajar, seria pura frescura! Em meu comentário inicial que gerou tudo isso não acho que fui agressivo com ninguém em particular, muito menos com o CONSULTORIA, que é um site que respeito, tanto que venho aqui comentar e não perderia meu tempo se achasse o site uma porcaria, até porque tenho muitas coisas para fazer! No COLLECTORS, que você também citou, eu nem comento mais porque o Seelig é “sensível” demais para o meu gosto, e isso em alguém com a idade do cara é até constrangedor, me desculpe a contundência!Talvez pessoas “sensíveis” me achem agressivo, mas aí podemos entrar em um “debate” se a “culpa” é minha ou dos “sensíveis em demasia”. PS.: Não sabia que eu estava tão “famoso” assim para ser “conhecido” em tantos lugares e ainda bem que não coloco minha foto nos comentários que posto, senão já estaria dando autógrafos ou sendo agredido na rua (modo ironia ligado, por favor!!)

    1. Então Cleibsom, este seu comentário de agora é um exemplo de uma pessoa que foi respeitosa conosco e com o nosso site.

      Todavia, há uma diferença em ser contundente e ser agressivo. Nessa você foi contundente e isso é de boa. Naquela dos anos 70 você foi agressivo e aí prejudica e muito manter uma relação amistosa que seja.

      Se você manter uma postura como essa de agora, tenha o gosto musical que for, será sempre bem tratado por aqui. Apenas peço para evitar ao máximo de politizar comentários (que já tem muito internet afora e não precisamos de mais um veículo para guerras ideológicas) e no mais tudo bem.

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