Direto do Forno: Pandemmy – Obliteration (split) [2019]

Direto do Forno: Pandemmy – Obliteration (split) [2019]

Por André Kaminski

Os pernambucanos do Pandemmy já estão há 8 anos na labuta e chegam em 2019 com mais um novo lançamento. A banda que já contém dois discos gravados, um single e alguns eps já são bem conhecidos na cena pesada nordestina. Neste registro, eles dividem o disco junto aos italianos do Abscendent, porém, me focarei apenas em analisar as cinco faixas dos brasileiros que são compostas por uma intro, um cover e três canções inéditas. Os italianos fazem a mesma coisa no registro deles.

Nesta época, a formação era composta Rayanna Torres (vocais), Pedro Valença (guitarra), Guilherme Silva (guitarra) e Marcelo Santa Fé (baixo). Jhoni Rodrigues (da banda Infested Blood) gravou a bateria do registro.

A intro que abre o disco “Monstera” engana quem acha que a banda teria, exclusivamente, uma sonoridade sinfônica, visto que logo em seguida surge “Fear of Choosing a Side” já botando o metal para rodar. A sonoridade da banda fica numa mistura do melodic death metal com alguns pequenos toques thrash aqui e acolá, principalmente nos solos. Os vocais de Rayanna que fazem aquela mescla de gutural e rasgado lembram bastante àqueles utilizados pela lendária Angela Gossow, ex-vocalista do Arch Enemy. Entretanto, em alguns momentos, Rayanna usa apenas o tom gutural típico das bandas de brutal death metal. É bem interessante, dá uma variedade boa às canções.

As vozes diferentes de Rayanna e o jeitão melodeath fica ainda mais evidente na “Untwinessed”, que aliás, quem gravou o solo de guitarra aqui? Foi o Pedro ou o Guilherme? Mande meus elogios ao autor que ficou muito bom, ainda mais que depois veio uma “acelerada” da bateria que deixou a canção excelente. A próxima inédita veio com “Withholding”, esta menos melodeath e mais brutal death/thrash. O batera que contrataram é excelente, toca demais. Quem produziu está de parabéns, nesse tipo de música a bateria tem que estar bem aparente para destacar ainda mais o peso do instrumental.

Guilherme Silva (guitarra), Marcelo Santa Fé (baixo), Rayanna Torres (vocal) e Pedro Valença (guitarra)

Porém, devo confessar que não curti muito o cover de “Them Not Me” do Motörhead. Achei que ficou muito descaracterizada com ela tocada ao estilo death metal. Mas é mais questão de gosto pessoal meu mesmo. É apenas uma versão diferente da qual não se encaixou com o meu gosto. Longe de mim dizer que eles “estragaram a música”.

No saldo geral, a banda tem muitos acertos e pouquíssimos erros, o que considero bastante positivo e do qual creio que a banda poderá se superar ainda mais futuramente.

De acordo com os canais oficiais da banda, eles estão há alguns meses de lançarem o seu terceiro disco de estúdio. Como comentei logo acima, quem gravou este disco era a formação da época. A vocalista Rayanna Torres deixou o grupo mês passado e quem assumiu os vocais foi o próprio guitarrista Daniel Silva. O baterista da banda Terrible Force, Vitor “Vespa” Alves foi o convidado a gravar o instrumento.

É uma banda que vale a pena acompanhar, logo você poderá conferir mais músicas inéditas que lançarão em breve!

Tracklist

  1. Monstera
  2. Fear of Choosing a Side
  3. Unwitnessed
  4. Withholding
  5. Them not Me (Motörhead cover)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.