Na Caverna da Consultoria: Rodrigo Cópia

Na Caverna da Consultoria: Rodrigo Cópia

Por Mairon Machado

O Na Caverna da Consultoria continua em São Paulo. Agora, estamos na região metropolitana, mais precisamente em Mauá, para conhecer a coleção de Rodrigo Cópia, leitor da Consultoria que entrou em contato conosco para apresentar sua paixão por Iron Maiden, bem como alguns de seus CDs.

 

Olá caro Rodrigo, bem vindo à Consultoria do Rock. Obrigado por seu contato. Por favor, apresente-se aos nossos leitores.

Olá Amigos da Consultoria do Rock. Antes de me apresentar gostaria de agradecer a oportunidade. Bem, meu nome é Rodrigo Cópia, tenho 42 Anos, sou natural de São Paulo/SP mas há alguns anos resido no município de Mauá/SP onde também trabalho como fisioterapeuta. Sou um fanático por Rock e Heavy Metal e já coleciono itens destes gêneros há um bom tempo.

Quais suas primeiras lembranças quando lhe falam sobre sua admiração e paixão pela música?

Bem, eu sou de uma família de músicos e sendo assim, sempre estive inserido nesse meio.

E qual foi o momento que você percebeu que sua paixão pela música lhe levava a se tornar um colecionador?

Bem, isso foi bem mais tarde, lá para a minha adolescência. Foi quando eu tive contato com o Lado Negro da Força (rs). Quando eu descobri o Rock e o Heavy Metal e passei a querer ter os LPs das bandas que eu curtia.

Qual o primeiro disco que você comprou e por que? Você ainda o tem?

Olha, eu estou puxando pela memória aqui, mas não lembro com certeza qual teria sido o meu primeiro disco. Eu acho que foi uma coletânea do Elvis Presley lançado pela Globo Discos em 1987. Eu estava com 12 anos na época e ganhei ele de amigo secreto na escola. Não, infelizmente não o tenho. Na verdade eu sou um dos que se desfez dos LPs quando o CD tomou conta do mercado.

E como foi essa transição do LP para o CD? Se arrepende das trocas? Conte um pouco para nós desse momento que os jovens colecionadores de hoje se quer imaginam que aconteceu.

Nós começamos a ouvir falar dos CDs ainda nos anos 80. Só que eram caros e tinham poucos títulos disponíveis. Adquirir um aparelho que tocasse CDs então, era algo fora da minha realidade. Eu e grande parte da população comprávamos discos de vinil, também conhecidos como LPs, nas lojas de departamentos como o Mappin ou a Mesbla e até mesmo em grandes supermercados como o Carrefour. Era comum na época. Claro que existiam também lojas especializadas, sobretudo no centro de São Paulo, as quais eu comecei a visitar lá pelo final da minha adolescência. No início da década de 90, assim que pintava uma graninha, eu ia até a Woodstock Discos ou à Galeria do Rock para ver o que dava para “garimpar” com aquela quantia. Geralmente dava para levar um LP usado mas os lançamentos normalmente exigiam um investimento maior e acabavam ficando para o futuro. Quando eu comecei a trabalhar, naturalmente de Office Boy, as visitas à Galeria do Rock se tornaram mais frequentes e o acervo de discos aumentou substancialmente. Com o passar dos anos, a tecnologia dos CDs tornou-se mais barata e acessível e praticamente qualquer um podia comprar um Discman (Aparelho Portátil para tocar CDs) e acoplá-lo ao seu próprio aparelho de som. Foi justamente nessa época, lá pela metade da década, que o CD pegou mais força no mercado, popularizando-se de vez. Diante dessa realidade, os Discos de Vinil começaram a cair de preço e eu os comprava aos montes, diferentemente dos CDs que ainda eram caros e que eu comprava timidamente. Lá pelo fim da década os discos de vinil já eram considerados obsoletos, então resolvi me desfazer deles e aproveitar para comprar mais CDs, os quais eram menores e mais práticos, fáceis de carregar e ouvir em qualquer lugar. Passei para frente quase toda a minha coleção de discos, exceção para alguns que tinha ganho de presente de pessoas queridas, alguns que estavam autografados pelos meus ídolos, enfim, poucos restaram. De um modo geral, eu não tenho arrependimentos de ter passado os discos para frente, gostaria de ter mantido algumas coisas, como os primeiros álbuns que eu comprei, como você perguntou anteriormente, ou a discografia do IRON MAIDEN (que é a minha banda favorita).

 

Como foi que você descobriu o Iron Maiden, e por que essa é sua banda favorita?

O IRON MAIDEN é uma banda muito emblemática e conhecida. Eu já tinha tido um contato superficial com a banda desde a época em que haviam tocado no Rock in Rio de 1985, no entanto nunca tinha parado para ouvir o som deles. Quando eu ganhei o meu LP do Elvis de amigo secreto na escola, alguns colegas ganharam o Somewhere in Time e eu achei aquela capa muito da hora, mas só fui conhecer o som mesmo alguns Anos depois, eu comprei o álbum Killers quase que “no escuro”, mais por causa daquela capa sinistra. Quando cheguei em casa e coloquei pra rolar, pensei: “Nossa, isso é muito pesado. Acho que não vai dar para escutar”. Só que como eu tinha pouquíssimos álbuns na época, fui ouvindo e ouvindo, insistindo e insistindo, quase como quando começamos a tomar uma bebida forte pela primeira vez. Você insiste e insiste até que passa a apreciar, e alguns anos depois você se tornou um alcoólatra Kkkkkkkkk…

Hauhauhauahua. E hoje, quantos álbuns do Iron você tem na sua coleção, e qual é o seu Top 3 da banda?

Do IRON MAIDEN tenho bastante coisa: a discografia básica completa, Singles, EPs, Promos e muitos Bootlegs. É a banda que eu tenho mais itens na minha coleção, mais de uma centena. Se for contar as bandas afins então, como carreira solo dos integrantes e ex-integrantes, esse número dobra facilmente. No meu Top 3 estão Powerslave, Piece of Mind e The Number of the Beast.

Quais são aqueles itens, dessa coleção ligada ao Iron, que você faz questão de mostrar para aqueles que o visitam. E quais os que você considera os mais raros?

Na minha coleção do IRON MAIDEN, tenho vários títulos raros e altamente desejáveis como o The Soudhouse Tapes em CD, o CD promo de The Wicker Man, ou os dois Boxes de Bootlegs da Godfather Records, que são a coisa mais linda. Mas a joia da coroa, para mim, é o Best of the Beast em vinil, autografado por toda a banda.

Wow. Toda a banda, show de bola. Conte-nos como foi esse contato com o grupo, e com outros artistas também que você teve a oportunidade de trocar uma ideia. Quais os que mais empolgou e quais os que te decepcionaram?

Morar em São Paulo, ter uma certa disponibilidade de horários e ter os contatos certos facilitou muito as coisas. Na minha primeira experiência nesse sentido, aos 19 Anos, eu já fiquei cara a cara com o meu ídolo, Bruce Dickinson. Eu tremia como uma vara verde. Mal podia acreditar que ele realmente estava ali, na minha frente e que eu estava falando com ele. Ano após ano, até o fim da década de 90 eu tive esse “Boi” de me aproximar dos meus ídolos. Foram vários, passando por IRON MAIDEN, HELLOWEEN, YES e outros. Depois dessa época foi ficando mais difícil. Fui perdendo os contatos, meu inglês já não estava mais lá essas coisas, não tinha mais tempo e interesse. Quando se é jovem, às vezes, estamos tão empolgados em encontrar nossos ídolos que não percebemos que eles não estão muito entusiasmados em nos encontrar. Na verdade, para muitos deles, isso é um saco. Nunca aconteceu de eu ser mal tratado por nenhum deles, mas as histórias que eu já ouvi de pessoas que eu conheço são tantas que até desanima de ir atrás dos “Rock Stars”. Hoje em dia, só me aproximo numa “Certa” ou em Meet & Greets quando as bandas estão dispostas a atender aos fãs.

Sobre essa questão dos Meet & Greet, eu já tive a oportunidade de participar dos encontros com Glenn Hughes (pago) e com alguns outros artistas que se propuseram a encontrar os fãs após o show. Qual a sua opinião para os valores de Meet & Greet cobrados, por exemplo, por artistas como Kiss, Ozzy Osbourne e outros mais badalados?

Essa é uma questão interessante. Não há dúvida de que os valores praticados por KISS e OZZY são exorbitantes. os Valores cobrados nos Meet & Greet do GLENN HUGHES e do SAXON foram bem mais acessíveis, e se fossem minhas bandas favoritas certamente eu estaria lá. Existem também os artistas que atendem aos fãs porque são legais e amam de tal maneira o que fazem que não tentam capitalizar em cima disso, como era o caso do DIO, como é o caso do STEVEN TYLER e tantos Outros. O IRON MAIDEN também já se pronunciou através de seus membros ser contra Meet & Greet pago, no entanto, pelo tamanho da banda, quando eles se propõe a atender ao público acaba ficando impraticável. Daí que nunca teremos algo nesse sentido e os fãs acabam tendo que ir para o corpo a corpo com a banda, como eu fiz no passado, e nem sempre eles estão a fim.

Bom, voltando-se agora para sua coleção. A quantas anda ela? Quantos discos e qual o predomínio das mídias em vossas prateleiras?

O predomínio é massivo de CDs. Faz tempo que não conto mas estimo que esteja na casa dos 1.600. Como eu falei anteriormente, existem alguns LPs especiais, autografados e talz, e uma meia dúzia de Fitas K7s também. Em termos de vídeo, só restou um VHS. Entre DVDs e BluRays tenho algo próximo de 200 Peças.

Como você organiza sua coleção, e qual são os seus hábitos mais comum em termos de limpar, catalogar e ouvir seus discos?

Basicamente eles estão organizados por banda em ordem alfabética, e cada álbum de uma mesma banda em ordem cronológica. Os Boxes que cabem nas prateleiras ficam junto com os CDs, e os que não cabem ficam nas prateleiras mais altas. Quando me mudei para este apartamento, mandei fazer um móvel planejado só para esse fim, mas como está ficando muito cheio, esse ano vai haver uma remodelação dele e mandarei fazer um outro para livros, DVDs e BluRays. Não há nenhum registro ou catálogo de todo esse material. Uma vez eu tentei fazer no computador mas logo desisti. Eu tenho umas anotações dos lançamentos e do que eu ainda quero comprar, mas se eu compro e esqueço de dar baixa… rs,  já comprei CDs repetidos várias vezes… rs. Os CDs novos que chegam ficam separados para serem ouvidos antes de entrarem definitivamente para o acervo, e eu também separo vários que ficam na pauta para serem ouvidos conforme dá vontade. Quanto à limpeza, eles estão em um local estratégico que acumula bem pouca poeira e conforme eu vou tirando para ouvir, acabo limpando. Acho que a mulher que faz limpeza aqui em casa dá uma bela força, pois eu não observo acúmulo de poeira.

Quantos shows você já foi e quais os mais marcantes?

Já fui mais de 150 concertos. Os mais marcantes para mim foram o Roger Waters de 2002 da turnê “In The Flesh”, David Gilmour, o Deep Purple com orquestra em 2000, AC/DC de 1996, o IRON MAIDEN na Terceira Edição do Rock in Rio em 2001.

Como sua família vê sua paixão pela música?

Todos sabem que sou um fanático (rs). Minha mãe era quem mais pegava no meu pé quando eu era jovem e solteiro. Hoje sou casado e moro com a minha esposa. Logo no começo do relacionamento já deixei muito claro que eu era um colecionador e não tenho do que reclamar. Minha esposa é muito tranquila quanto a isso. Eu falo para ela quantos comprei, quanto paguei, sem crise. Já cheguei em casa com uma sacola com 36 CDs de uma compra só. Já paguei R$500,00 em um CD muito raro e ela compreende. Ela acha loucura, mas ela compreende.

Coisa boa, hehehehe. Qual o disco que você está em busca há mais tempo, mas ainda não achou por um preço justo? Ao mesmo tempo, qual o valor mais alto que já pagou por um disco, e qual foi o bendito?

Eu estou sempre “precisando” de algum Item (rs). Quando o acho e compro, passo para Outro. Não tem fim. Atualmente eu estou atrás de um Bootleg do IRON MAIDEN chamado Chile Uncensored 1996, que é uma gravação tirada da mesa de som do show do Chile de 1996. Na época eu o vi para vender e não tinha grana para bancar. Hoje em dia não o encontro nem a preço justo e nem injusto, mas tenho certeza de que uma hora ele me aparece, assim como outros apareceram. O valor mais alto que já paguei foi de R$720,00 alguns anos atrás, em um Box do IRON MAIDEN com 03 CDs Bootlegs com raridades da banda.

O Iron é uma banda que tem muitos itens de colecionador. Você, como colecionador da banda, participa de algum grupo especial dedicado a “garimpar” itens raros dos britânicos? Ao mesmo tempo, indique para nossos leitores, lojas físicas/online nas quais você sacia a fome de colecionar

Sim, eu estou em tudo o que é grupo de colecionadores do IRON MAIDEN aqui do Brasil. Como você deve saber, por aqui o IRON MAIDEN é quase uma religião (rs). Sou amigo de vários colecionadores, com coleções da banda muito superiores à minha. A minha é modesta, mas tem muitos itens legais, e vez ou outra eu apareço com alguma coisa que os outros não tem. Eu compro muito pelo eBay mesmo. Dá para achar de tudo por lá.

E sobre os bootlegs, os quais você mencionou acima sobre estar buscando um, como é sua relação com eles? Você coleciona somente aqueles bootlegs com capinha e encarte ou também aquele show de um artista nas Ilhas Fiji, gravado em um celular de sexta categoria dentro do bolso da camisa?

HaHaHaHaHaHaHaHa… Não, esses não. Só Bootlegs de qualidade, sobretudo áudio. Praticamente todos que eu tenho são Soundboard ou FM. É claro que tem alguns gravados do público, mas só pego se a qualidade for realmente boa. Capinha e encarte são fundamentais, mas não excludentes, pois tem muito Boot bom por aí com capas que não estão relacionadas com a turnê e talz …

Como você faz para atualizar-se sobre música hoje em dia, e quais bandas recentes você recomenda para nossos leitores?

Informação hoje é o que não falta, mas as dicas dos amigos ainda são fundamentais. Tenho uma boa rede de amigos que conhecem os meus gostos e trocamos informações o tempo todo. Eu não sou muito garimpeiro mas vira e mexe me interesso por uma banda nova. Eu tenho curtido bastante essas bandas atuais que fazem um som mais retrô. Uma ótima dica de banda, para quem gosta dessa linha de som, e que está no seu segundo álbum, é o BLUES PILLS, ou uma um pouquinho mais velha, o GRAVEYARD.

Partindo para as mais temidas questões e o encerramento da nossa entrevista: Quais os dez melhores discos da década de 60?

Eu não estou muito familiarizado com a cena dos Anos 60, exceção das minhas Bandas Favoritas. Assim, tive que fazer e refazer a lista algumas vezes de modo a tentar contemplar os Melhores Álbuns. Sem Ordem Definida:
THE BEATLES: Please, Please Me
THE BEATLES: Abbey Road
CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL: Bayou Country
LED ZEPPELIN: Led Zeppelin I
LED ZEPPELIN: Led Zeppelin II
THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE: Are You Experienced?
THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE: Electric Ladyland
THE WHO: Tommy
KING CRIMSON: In the Court of the Crimson King
DEEP PURPLE: The Book of Taliesyn

Quais os dez melhores discos da década de 70?

Sem Ordem Definida:
PINK FLOYD: The Dark Side of the Moon
LED ZEPPELIN: Led Zeppelin IV
DEEP PURPLE: Machine Head
BLACK SABBATH: Paranoid
RAINBOW: Rising
AC/DC: Highway to Hell
RUSH: Fly by Night
SCORPIONS: Lovedrive
JUDAS PRIEST: Stained Class
KISS: Destroyer

Quais os dez melhores discos da década de 80?

Sem Ordem Definida:
IRON MAIDEN: The Number of the Beast
OZZY OSBOURNE: Blizzard of Ozz
DEEP PURPLE: Perfect Strangers
BLACK SABBATH: Heaven and Hell
JUDAS PRIEST: British Steel
AC/DC: Back in Black
RUSH: Moving Pictures
SCORPIONS: Love at First Sting
GUNS ‘N’ ROSES: Appetite for Destruction
MICHAEL JACKSON: Thriller

Michael Jackson?? Achei que ia ter mais Irons hehehe

Estou tentando diversificar para abranger um universo maior. Estou tentando colocar um álbum por manda, se não ia ter só IRON MAIDEN aí HeHeHe… Que conste dos autos que estou tentando selecionar um álbum por banda para diversificar mais a lista!

auhuahuhaasahuahuah. Quais os dez melhores discos da década de 90?

Sem ordem definida:
BRUCE DICKINSON: The Chemical Wedding
OZZY OSBOURNE: No More Tears
HELLOWEEN: The Time of the Oath
BLACK SABBATH: Dehumanizer
JUDAS PRIEST: Painkiller
ALICE COOPER: Hey Stoopid
ANDI DERIS: Come in from the Rain
RUSH: Counterparts
ALICE IN CHAINS: Dirt
METALLICA: Metallica

Quais os dez melhores discos da década passada (de 2001 a 2010)

Sem ordem definida:
IRON MAIDEN: Brave New World
ACCEPT: Blood of the Nations
SCORPIONS: Unbreakable
HEAVEN & HELL: The Devil You Know
JUDAS PRIEST: Angel of Retribution
ALICE COOPER: Brutal Planet
AVANTASIA: The Metal Opera
BRUCE DICKINSON: Tyranny of Souls
HALFORD: Resurrection
NEVERMORE: Dead Heart in a Dead World

Quais os dez melhores discos da década atual (de 2011 até agora)?

Sem ordem definida:
DEEP PURPLE: Now What
JUDAS PRIEST: Firepower
MASTODON: The Hunter
GRAVEYARD: Hisingen Blues
BLUES PILLS: Blues Pills
CANDLEMASS: Psalms for the Dead
RIVAL SONS: Pressure & Time
ALCEST: Les Voyages De L’Âme
GHOST: Infestissumam
QUEENSRYCHE: Queensryche

Cite dez discos que você levaria para uma ilha deserta, e o que precisaria ter por lá para desfrutar do momento?

Eu me contentaria em ter algum tipo de equipamento de som que funcionasse com baterias solares e levaria Basicamente apenas álbuns “Ao Vivo” de modo a poder curtir mais músicas em um track list mais abrangente do que os álbuns de estúdio. Fora que as versões ao vivo são mais orgânicas e via de regra, mais legais. Vamos lá:
IRON MAIDEN: Live After Death
IRON MAIDEN: Live at Donington
IRON MAIDEN: Rock in Rio
JUDAS PRIEST: Live ’98 – Meltdown
BLACK SABBATH: Reunion
HELLOWEEN: High Live
KISS: Alive II
DEEP PURPLE: Live at the Olympia ‘96
SCORPIONS: World Wide Live
PINK FLOYD: Pulse

Indique três discos que mudaram sua vida, e conte um pouco por que de cada um deles.

Três discos que mudaram a minha vida… Difícil…

Não posso deixar de citar o Creatures of the Night do KISS. Foi na tour desse álbum que a banda veio para o Brasil pela primeira vez, e foi nessa ocasião que tomei contato com o rock pesado pela primeira vez. Ver o compacto do show do Maracanã que a Rede Globo passou na TV no sábado seguinte ao do Show, com aquela performance da banda, cheia de fogos e pirotecnia, com aqueles figurinos estranhos aos sete Anos de idade, mexeu muito comigo. “I Love It Loud” era o Hit da época, uma música bastante simples e com apelo bem forte, visceral mesmo. Alguns anos atrás pude presenciá-la ao vivo, foi de tirar o fôlego.

Fear of the Dark do IRON MAIDEN foi o primeiro lançamento da minha banda do coração que pude conferir de perto. De quebra ainda fui ao show de São Paulo nesta mesma Tour. Eu tinha dezesseis anos de idade, e foi absolutamente incrível e inesquecível.

Tento pensar em mais algum dentre tantos que foram importantes para mim, e um que me vem a mente é o Balls to Picasso do BRUCE DICKINSON. Não porque ele tenha “mudado” a minha vida mas porque ele foi lançado num momento muito importante e difícil da minha vida, e suas músicas foram marcantes para mim. Além disso, foi na perna Sul Americana da Tour desse álbum que eu tive a oportunidade de conhecer o BRUCE, algo inesquecível também.

Conte-nos alguma história engraçada/curiosa envolvendo a compra de um álbum, uma visita a uma loja, um encontro com determinado artista, enfim, algo envolvendo a música.

Bem, são mais de 25 Anos Colecionando Discos, frequentando a Galeria do Rock e me encontrando com as Bandas Pessoalmente. Daí já dá para se ter uma Idéia de que tenho muitas Histórias Curiosas e Engraçadas para Contar.

Teve a primeira vez em que estive com o BRUCE DICKINSON e ele não quis atender a Galera que estava esperando no saguão do hotel, pois estava atrasado para a primeira noite de Show no extinto Olímpia em 1995. Era tanta ansiedade para tirar uma foto e pegar um autógrafo do meu ídolo que saí andando na cola dele, e quando ele foi sair do Hotel Maksoud Plaza pela porta giratória, o segurança deu uma vacilada esperando ele sair para ir em seguida e eu acabei entrando junto no mesmo espaço que ele, colado. Foi muito engraçada a cara dele na hora, quando ele tentou rodar a porta e ela não ia, pois batia no meu pé logo atrás dele. Ficamos presos. Ele realmente não acreditou que aquilo estava acontecendo. Fiz ele assinar um pôster da Top Rock ali mesmo.

Daí me encolhi um pouco, a porta girou e ele pode sair do outro lado HaHaHaHaHaHaHa… Eu e meus Amigos ficamos lá pelo Hotel bebendo e jogando conversa fora até a 01:00 AM esperando ele voltar do Show, quando ele, de bom humor, atendeu à todos, tirou fotos, distribuiu autógrafos, fez piadas, deu risada, tudo numa boa. Estive com o Bruce em outras três ocasiões, tudo muito mais rápido e contido.

Eu poderia contar várias, como quando estive com o DAVE MURRAY e com o JANICK GERS do IRON MAIDEN, e após os autógrafos e um papo rápido, na hora de tirar as Fotos, o Janick veio ao meu lado e começou a brincar comigo dando uns soquinhos no meu ombro. Entrei em êxtase.

Ou quando eu estive com os caras do HELLOWEEN e ao constatar que o Andi Deris não estava com eles, cumprimentei os caras e fui embora HaHaHaHaHaHaHa… Que louco!

Louco também foi quando a banda de um colega meu, que era proeminente no cenário underground paulista da década de 90, foi abrir para o PATRULHA DO ESPAÇO no interior do estado. Viajamos no mesmo ônibus, todos juntos, as duas bandas, roadies e amigos. Eu tinha 18/19 anos na época. Imagine só a doideira que foi isso HaHaHaHaHaHa…

Carvalho!! Doideira pura! Qual será o futuro da sua coleção?

O futuro da minha coleção será continuar expandindo-a e curtindo-a enquanto eu puder. Esse Ano vou consultar um Marceneiro conhecido meu para remodelar a minha Estante de modo a caber mais CDs e construir uma Outra para os Livros e os DVDs / BluRays. Cara, como me disse um Amigo uma Vez; “Alemão, Você gosta de muita coisa…” (rs)

Alguma coisa mais que gostaria de passar para nossos leitores?

Bem, eu gostaria de agradecer, mais uma vez, pela oportunidade. Para finalizar eu gostaria de dizer que não existe Coleção de Mp3. Quem é fã compra os álbuns, compra o Merchandising e vai aos Shows. Se você não está disposto a fazer isso, Você não é fã e sobretudo, não deveria nem pensar em usar uma Camiseta de Banda.

17 comentários sobre “Na Caverna da Consultoria: Rodrigo Cópia

  1. Uma das minhas maiores tristezas nessa questão de coleção e memorabília foi ter perdido lá por 2004-2005 um envelope que eu guardava todos os ingressos de show que fui durante a década de 90 até aquele ano. Ingressos de todos os Monsters, alguns Iron Maiden, Angra na época doAndré e nos primeiros do Edu, Metallica e mais um monte de outros…
    Já pensei em fazer um quadro com os que eu tenho depois disso mas vai ser apenas um objeto que me fará lembrar desses que perdi, então não faço.

    1. Lamentável mesmo…
      Eu tbm não tenho todos os Ingressos de Shows que já fui. O do Rock in Rio III e o do Roger Waters de 2002 eram Cartões Magnéticos que ficaram presos na Catraca na entrada do Evento. O do AC/DC de 1996, como você pode observar na Foto, a Moça que estava verificando os Ingressos fez a “Gentileza” de rasgar no meio. Enfim…

      1. Os meus eu tinha em quadros, mas agora, coloquei em pastas para melhor proteger eles. QUe perda hein Fernando!!

      2. Primo querido, que bela reportagem. Vc é o nosso orgulho.sua prima.silvia Cristina cópia

  2. Show de bola a entrevista, cada item legal, coleção nota 10, ah e o iron maiden, essa é top, parabéns

    1. Conheço o Rodrigo desde os tempos de escola….naquela época já mentia ….pelo visto continua a inventar histórias que só aconteceram na cabecinha dele……ficar preso na porta foi a mais absurda de todas…. tadinho….

  3. Sou colecionador e simplesmente adorei a entrevista. Parabéns.

    Tive a oportunidade de conhecer o Rodrigo pessoalmente numa venda de cd e o cara é gente boníssima.

    Valeu !!!

    1. Grande Moisés, fico lisonjeado com essas Palavras vindas de um Colecionador como Você.
      Vlw !
      Abs

  4. Parabéns Rodrigo…
    Uma vida recheada de grandes momentos de Rock, nos conhecemos à pouco tempo, mas esse pouco tempo parece décadas, tive o prazer de conhecer essa coleção maravilhosa.
    É impressionante, muita organização
    Forte Abraço Amigo

  5. Só por falar de Iron Maiden, Judas Priest, AC/DC, Blizzard of Ozz, Resurrection, Machine Head, The Dark Side of the Moon, Blood of the Nations, Led IV e The Chemical Wedding (agora sim!), já mereceu um lugar de destaque aqui no site.
    Agora, cá entre nós: Rodrigo Cópia é quase um “clone” do Lobão!

  6. Como fã doente do Maiden me identifiquei muito com a entrevista… Belíssima coleção, belíssimo gosto musical também!! Sensacional mesmo!

  7. Muito legal, especialmente a coleção! Gostei de ver o Judas Priest Live Meltdown 98 na lista… Muita gente despreza a fase do Ripper Owens, mas, em termos de repertório e performance, este é imbatível!

  8. Tive o prazer de conhecer o Rodrigo Copia, ele era amigo do Rodrigo Rodrigues (GG), O Copia, chamava ele de pleonasmo…rs. Tempo bom aquele, eu era adolecente e 1996, no Condominio Trinanon – Ipiranga. Importente registrar isto, por que aprendi muito ouvindo o Rodrigo falar sobre o Iron Maiden e outras bandas. Que fique registrado que a melhor tatuagem do The Trooper que vi até hoje é a dele! Impecável.

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