Almah – Almah [2006]

Almah – Almah [2006]
Por Thiago Reis
Para se entender uma história, temos que compreender o que aconteceu no passado. E essa premissa não deixa de ser verdadeira com a banda Almah, que em seu primeiro álbum foi um projeto paralelo de Edu Falaschi (Angra).
Era mais do que uma fuga dos problemas empresariais e de relacionamento entre os membros do Angra. Edu precisava fazer esse álbum para ele, para o seu próprio bem e sem se importar muito com a resposta da crítica e dos fãs.
Mas como um bônus para o artista tivemos um bom feedback por parte dos fãs e atrelado ao hiato em que a banda Angra sofreu entre os anos de 2007 e 2009 foi a época perfeita para oficializar o Almah como banda. Mas isso é história para outro post, pois agora iremos comentar as músicas do álbum de estreia, o auto-entitulado Almah.

Edu Falaschi

Fazendo parte desse projeto, temos além de Edu Falaschi, Emppu Vuorinen (Nightwish) nas guitarras, Lauri Porra (Stratovarius) no baixo e Casey Grillo (Kamelot) na bateria, além de diversas participações de músicos brasileiros que discutiremos ao longo do texto. Com um time como esse, sem sombra de dúvidas teremos músicas muito bem executadas e atrelado a grande capacidade de Edu como compositor, a audição desse disco sempre é prazerosa.

Começamos com uma faixa típica de abertura de um álbum de power metal, a empolgante “King”, que inclusive encaixa perfeitamente nos set lists da banda até hoje.

Edu Falaschi começa a se destacar realmente na segunda faixa, “Take Back Your Spell”, com um ótimo refrão (Edu é especialista em fazer refrões que ficam na cabeça) e temos ainda a grande participação de Edu Ardanuy (Dr.Sin) no solo da música, contribuindo com a sua habilidade e precisão. Vale ressaltar que Edu Falaschi foi o responsável por todas as composições e os músicos já citados apenas ajudaram na execução de seus respectivos instrumentos.

Emppu Vuorinen

Um momento brilhante vem a seguir com a bela “Forgotten Land”, que além de uma belissima performance de Edu, conta com maravilhosos solos de Ardanuy, que a propósito, contribui de forma exuberante nessa música. Uma ótima balada, que foge um pouco dos princípios do power metal empregado nas duas primeiras faixas e foca mais na cadência, nos solos de Ardanuy e na belíssima performance de Edu. Vale ressaltar a ótima contribuição de Lauri Porra nessa faixa, com linhas de baixo que combinam perfeitamente com o clima da música.

Seguimos com “Scary Zone”, que tem um ótimo riff em sua introdução, atrelado com uma perfeita combinação da “cozinha” de Lauri Porra e Casey Grillo. O refão é outro ponto alto, já que foi feito sob medida para funcionar perfeitamente ao vivo e com certeza “Scary Zone” tem lugar garantido nos set lists de futuros shows do Almah.

“Break All The Welds” começa de uma maneira meio morna, um riff que não empolga tanto, mas Edu novamente rouba a cena com ótimas linhas vocais. No geral é uma faixa que não chama muito a atenção comparada com o resto do álbum.

Casey Grillo

Continuamos com “Golden Empire” e o destaque vai todo para a “cozinha”, já que a introdução da música possui uma ótima linha de baixo e um acompanhamento perfeito na bateria. O refrão também faz a sua parte ao ficar grudado na cabeça do ouvinte e “Golden Empire” tem um lugar cativo na preferência dos fãs da banda.
“Primitive Chaos” começa com uma linda introdução de voz/violão, que nos transmite paz e tranquilidade, e o resto da música, com toda a cadência e ritmo, cai como uma luva no disco. Sem sombra de dúvidas um dos pontos do álbum.

Mais um momento brilhante vem a seguir com “Breathe”, simplesmente uma das melhores composições da carreira de Edu Falaschi, uma verdadeira poesia em forma de música. E temos ainda arranjos muito bem feitos, com a bateria e o baixo ditando o ritmo, enquanto Edu canta uma de suas mais belas letras. Créditos na parte de percussão a Adriano Daga, que fez uma participação mais do que especial nessa faixa.

Depois de um momento tão brilhante seria difícil igualar ou até superar o que foi feito anteriormente. Assim sendo, “Box of Illusion” não tem nenhuma surpresa que salte aos olhos, mas é uma boa faixa, mantendo o balanço positivo do disco.

Lauri Porra
Encerramos com a faixa-título, que tem um ótimo trabalho de violões e um baixo fretless que dá um toque especial à música. Mais uma vez temos a presença marcante da percussão, dessa vez executada por Marcus César. No fim ainda temos um toque feminino, um lindo solo de vocal, executado por Aline Ramos, que fecha literalmente com chave de ouro o debut do Almah.

Em 2007 a banda se apresentou no evento Anime Friends em SP com uma formação completamente diferente da que gravou o álbum, tendo Aquiles Priester na bateria, Felipe Andreoli no baixo e Edu Ardanuy na guitarra. Com certeza uma “sementinha” do que o Almah viria a ser no próximo disco foi concebida ali, já que no ano seguinte o álbum Fragile Equality contava com Felipe no baixo e novos membros que permanecem até hoje e são eles: Marcelo Moreira (bateria), Marcelo Barbosa (guitarra) e Paulo Schroeber (guitarra), estabilizando assim a formação que gravou Motion, o mais recente trabalho da banda.

11 comentários sobre “Almah – Almah [2006]

    1. Meai boca por que? Só aparecer e falar merda igual opinião de pinguço de boteco não adianta nada!

    2. Meia boca por que? Só aparecer e falar merda igual opinião de pinguço de boteco não adianta nada!

  1. "apesar q hoje em dia eu não gosto de quase nenhuma banda de power metal.."

    Esse disco naõ é de power metal… Escuta ele direitou…

  2. O Almah 1 é a mais pura PROVA de que um álbum não precisa ser a “inovação” do século pra soar agradável, achei q esse CD é o trabalho mais honesto q o Edu já gravou na vida, é muito bem feito, resgata o lado BOM de vários estilos de rock e musica étnica, é RIQUÍSSIMO de fato, mas muito bem DOSADO (eu disse BEM dosado), e é uma pena q algumas pessoas confundam “dosado” com “limitado”, pois são coisas muito distintas, e o álbum ta longe de ser limitado…

    Apenas entendam q “clichê” ou “original” não servem pra exaltar e muito menos pra denegrir, musicas clichês ou originais dependem exclusivamente da essência da boa arte pra soarem BOAS de FATO, ou seja, independente da proposta, uma musica precisa de HONESTIDADE, boa TÉCNICA e FEELING coerente pra soar realmente boa pra quem tem bom gosto.

    Eu amo esse álbum, só não gosto das faixas bônus, q eu conheci a pouco tempo, achei meio “forçadas” e fora do contexto do disco…

  3. o trecho que mais me chamou a atenção nesse post foram: O Almah 1 é a mais pura PROVA de que um álbum não precisa ser a “inovação” do século pra soar agradável, achei q esse CD é o trabalho mais honesto q o Edu já gravou na vida

    mandou bem cara…

    até a próxima!!!

  4. Considero o trabalho mais fraco do Edu. Um disco que tem ele em grande forma na voz, grandes músicos mas as composições são bem fraquinhas, tirando as duas primeiras, Breaking All the Welds. A partir do Fragile a evolução já é bem notada notada e todos os outros álbuns são bons, cada um no seu nível.

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