Whitesnake – Forevermore [2011]

Whitesnake – Forevermore [2011]

Por Leonardo Castro
Três anos após o retorno com o disco Good To Be Bad, o Whitesnake está de volta com Forevermore. E se o disco anterior, apesar de consistente, deixava um pouco a desejar no quesito composições marcantes, este novo registro é extremamente bem sucedido neste aspecto, trazendo uma bela coleção de canções, riffs e refrões.
Mantendo o núcleo criativo com o líder David Coverdale e o guitarrista Doug Aldritch, a banda também manteve o guitarrista Reb Beach da formação anterior, e apresenta o baterista Brian Tichy e o baixista Michael Devin, ambos pela primeira vez em um registro de estúdio com o grupo.
Forevermore tem início com “Steal Your Heart Away”, que remete diretamente aos primórdios bluesy da banda, e também ao projeto Coverdale/Page. A timbragem quente das guitarras já fica evidente nesta primeira música, e o riff setentista realça ainda mais a boa produção do álbum. Uma ótima abertura, que causa uma impressão bem melhor que “Best Years”, que iniciava o disco anterior. A faixa seguinte, “All Out Of Luck”, parece ser saída das sessões de Slip Of The Tongue, de 1990, e tem uma levada mid tempo deliciosa, com uma interpretação cheia de malícia que só fica bem na voz de Coverdale.
Já “Love Will Set You Free”, a primeira a ganhar um videoclip, vem diretamente na linha de “Give Me All Your Love Tonight”, do álbum 1987, com um riff esplendoroso de guitarra e um refrão inesquecível, que você já sai cantando após apenas uma ouvida. Uma das melhores músicas do disco e candidata a clássico da banda.
A música seguinte, “Easier Said Than Done”, é a primeira canção mais lenta do disco, e também remete ao disco 1987, além de ter um belo solo de slide guitar. “Tell Me How” lembra o material mais pesado e direto de Good To Be Bad, e tem um grande trabalho de bateria de Brian Tichy, além de um belíssimo solo de guitarra.
“I Need You (Shine A Light)” mistura o estilo do disco Ready n’ Willing com o som clássico dos Rolling Stones, e é outro destaque do disco, enquanto “One Of This Days”, outra balada, lembra o que David Coverdale fez em seu disco solo Into The Light, e tem um riff de slide guitar que remete diretamente a George Harrison.
O rock sujo e pesado, mas ainda assim acessível, dá as caras mais uma vez em “Love & Treat Me Right”, outra música marcante com um solo espetacular e um grande refrão, que deve funcionar muito bem ao vivo. “Dogs In The Streets” é a herdeira de “Bad Boys” e “Children Of The Night”, ambas do disco 1987, mais pesadas e agressivas, lembrando o estilo de compor de John Sykes.
“Fare The Well” é outra balada que vai na linha do disco Into The Light, com uma interpretação mais grave e séria de Coverdale, lembrando também as músicas mais lentas dos Rolling Stones. “Whipping Boy Blues”, como o nome indica, é mais um blues rock clássico, e também remete ao som do Coverdale/Page, enquanto “My Evil Ways” é um hard rock acelerado, e lembra músicas como “All In The Name Of Rock And Roll”, do Mötley Crüe.
O disco se encerra com a épica “Forevermore”, que se inicia de forma acústica, repleta de influências de III (Led Zepellin), e depois se torna mais pesada e até sombria, com belos riffs e solos de guitarra, terminando o disco de forma magnífica.
Em resumo, Forevermore apresenta um pouco de tudo que o Whitesnake e David Coverdeale fizeram de melhor em suas carreiras, do início enraizado no blues, passando pelo heavy metal de discos como 1987 e Slip Of The Tongue e até as passagens mais calmas de Restless Heart e Into The Light, mostrando composições inspiradíssimas e ótima performances de todos os membros, mas dos guitarristas Doug Aldritch e Reb Beach em especial.
Certamente o melhor disco da banda desde 1987, e candidato fortíssimo a melhor disco do ano.

3 comentários sobre “Whitesnake – Forevermore [2011]

  1. Não conheço o disco, mas estou procurando o mesmo para ouvi-lo, agora com todo o perdão a tua matéria leo, os Previsíveis já haviam falado algo bem similar, heheheh

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    A essência de Forevermore é a mesma do lançamento anterior, com aquela fórmula que só eles conseguem dosar na medida certa, ou seja, um Hard & Heavy com fortes influências de blues e a voz magnífica de David Coverdale, que nesse disco é acompanhado de músicos renomados na guitarra, como Doug Aldrich (que já tocou no Burning Rain, com Dio e no próprio Whitesnake, entre outros) e Reb Beach (Winger, Whitesnake, entre outros).

    O disco em si é mais pesado, com uma produção mais moderna que deixa os instrumentos bem nítidos e dá a impressão de que a banda está tocando na sua casa. A voz de Coverdale está com toda aquela malícia e competência que só os grandes possuem, apesar do tempo e da idade já começarem a trazer sinais de cansaço.

    As músicas vão do Heavy às baladas com maestria e, como de costume, a palavra "LOVE" é citada diversas vezes. É evidente que não é o clássico absoluto da banda, afinal eles já lançaram obras primas e clássicas do Rock, mas é um disco que faz jus à carreira da banda e se você é fã, pode comprar sem medo de ser feliz que com certeza você sairá cantando várias músicas de imediato, em uníssono, como a pesadíssima faixa 1. Não há um destaque, mas ouça com atenção as faixas 2, 4, a já citada faixa 1 e a faixa 8.

    A "Cobra Branca" está viva e mostra que ainda tem muita lenha para queimar!

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    Aliás, quando Os Previsíveis voltarão a dar o ar da graça por aqui??

  2. Srs, primeiramente me desculpem pela ausencia… sei que to devendo muuuuito com voces… mas o trabalho está sendo feito com maestria por todos… isso que eu chamo de EQUIPE…

    Sobre o comentário… ri muito… lembrei dos previsiveis na hora… e vejo o comentário e me rachei de rir…..

    Tudo voltará em breve…. to tentando me organizar para atender tudo…

    ABRASSSSSSSSSSSSSSSss

  3. Excelente álbum, um dos melhores da banda. Como ponto negativo, cito a quase falta do som dos sintetizadores, que marcaram o som da banda nos álbuns clássicos. Fora essa falha no arranjo, o resto é excelente.

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