Podcast Grandes Nomes do Rock #15: Motorhead

Podcast Grandes Nomes do Rock #15: Motorhead
Por Mairon Machado
Encerrando nossa homenagem aos grandes nomes do rock internacional que estão em turnê pelo Brasil, nesta semana o Podcast da Consultoria do Rock apresenta a você, leitor do blog, um programa dedicado ao grupo britânico Motörhead, contando com clássicos da carreira do grupo, versões para canções que o grupo gravou, porém interpretadas pelos artistas que as compuseram, covers para clássicos do grupo e também um bloco de bandas relacionadas à história do grupo.

O Motörhead é uma das bandas mais influentes do heavy metal e do hard rock. Sua origem se deu no ano de 1975, quando o baixista do grupo Hawkwind, Ian Fraser “Lemmy” Kilmister, foi preso durante a excursão canadense do grupo por porte de cocaína. Esse fato não pegou bem entre os demais membros do Hawkwind, e Lemmy acabou sendo despedido do grupo.
Sozinho, ele criou uma nova banda, a qual foi batizada de Bastard. Mas, através do empresário Douglas Smith, foi convencido de que um grupo com aquele nome jamais faria sucesso ou apresentaria-se, por exemplo, no famoso programa Top of the Tops. Então, Lemmy modificou o nome da banda, batizando-a com a última composição feita por ele para o Hawkwind: Motörhead.
Larry Wallis, Lucas Fox e Lemmy Kilmister

Em 1976, Lemmy conseguiu fechar a primeira formação do Motörhead, com Larry Wallis na guitarra e Lucas Fox na bateria, e fizeram o primeiro show no dia 20 de julho do mesmo ano. Até 19 de outubro, o grupo fez dez apresentações que chamaram a atenção do grupo Blue Öyster Cult, que contratou o trio para ser banda de abertura nos shows que o BÖC faria no Hammersmith Odeon.

Destes shows, surgiu um contrato com a United Artists, e o grupo foi para os estúdios da Rockfield a fim de gravar seu primeiro álbum. Porém, durante as gravações, Fox foi substituído por Phil “Philty Animal” Taylor. Terminado o processo de gravação, a United Artists rejeitou o resultado final, recusando então o lançamento do LP.
Isso frustrou Lemmy, que decidiu incorporar mais um guitarrista ao grupo. O escolhido foi “Fast” Eddie Clarke. No entanto, Wallis estava excursionando também com o grupo Pink Fairies, e recebeu o famoso ultimato: “ou eles, ou nós!”. Wallis escolheu seguir com o Pink Fairies, e assim, nasceu a principal formação do Motörhead, com Lemmy, Eddie e Animal.
Formação clássica do Motörhead: Ian “Lemmy” Kilmister, Phil “Animal” Taylor e “Fast” Eddie Clarke

Em dezembro de 1976, gravaram seu primeiro single, pela gravadora Stiff Records. “Leaving Here” estava para ser lançado, mas a United Artists novamente interferiu, alegando que o grupo ainda estava sob contrato com a gravadora. Apesar disso, através de um acordo, o single saiu, e o Motörhead recebeu a “honrosa” classificação da revista NME de “Melhor Pior Banda do Mundo”.

Em abril de 1977, o trio pensou em desistir de seguir carreira, fazendo assim um show no Marquee Club de Londres. Para isso, Lemmy contatou seu amigo Ted Carroll, e perguntou se seria possível levar um estúdio móvel pertencente à Chiswick Records (onde Ted trabalhava) para gravar o show. Ted não podia levar o tal estúdio para o show, mas em troca, ofereceu dois dias no Escape Studios, tendo a produção de Speedy Keen, para a gravação de mais um single.

O trio agarrou a chance, e ao invés de gravar apenas uma canção, registrou logo 11 faixas. Entusiasmado com a produção de Lemmy e cia., Ted deu mais alguns dias, agora no Olympic Studios, que permitiriam a conclusão das canções, assim como a adição de solos e vocais. De lá, saíram com mais duas composições, e assim, completaram as 13 faixas pertencentes ao primeiro LP do grupo.

Clarke, Lemmy e Taylor

Em junho de 1977, através da Chiswick Records, saiu o single “Motörhead”, seguido pelo álbum de mesmo nome, que alcançou a posição 43 nas paradas britânicas durante a primeira semana de lançamento. No mesmo mês, excursionaram abrindo para o Hawkwind, e no mês seguinte, abriram a turnê “Beyond the Threshold of Pain”, ao lado do The Count Bishops.

O grupo mudou de empresário em 1978, voltando a trabalhar com Douglas Smith, que conseguiu um contrato com a Bronze Records, pela qual saiu o single “Louie Louie” (número 68 nas paradas britânicas). O sonho de Lemmy realizou-se em outubro daquele ano, já que o trio apresentou-se no programa de rádio “John Peel in Session”, da BBC, e, posteriormente, no programa de TV “Top of the Pops”, onde apresentaram uma nova canção, “Overkill”. Ao mesmo tempo, a Chiswick Records lançou, junto à EMI, uma raríssima versão em vinil branco de Motörhead.
O trio que atingiu o maior número de décibeis em um show de rock!

Os shows do Motörhead chamavam a atenção tanto dos apreciadores do punk quanto do heavy metal, principalmente pelo alto nível de decibéis que o grupo atingia, superando o The Who no quesito “a banda mais barulhenta do mundo”. O nome da banda cresceu junto ao single para “Louie Louie”, levando-os a expandir o contrato com a Bronze Records, que financiaria o segundo álbum do grupo.

Gravado no Roundhouse Studios, com produção de Jimmy Miller, Overkill foi lançado em 24 de março de 1979, logo após o lançamento do single da canção de mesmo nome, e tornou-se o primeiro de muitos álbuns de sucesso do grupo, chegando na posição 24. O sucesso do Motörhead refletiu-se na quantidade de shows que o grupo começara a fazer, através da “Overkill UK Tour”, que teve como destaque a apresentação do grupo no Reading Festival daquele ano. Em junho, mais um single foi lançado, agora com “Overkill” e “No Class” no lado A, além da inédita “Like a Nightmare” no lado B.
Entusiasmados com o sucesso de Overkill, trancaram-se novamente nos estúdios, registrando Bomber, que foi lançado em 27 de outubro de 1979 e atingiu a décima segunda posição, com o single de mesmo nome, lançado em 1º de dezembro, chegando na posição de número 34. A “The Bomber Europe Tour” mostrou a grandiosidade do Motörhead, contando com o Saxon como banda de abertura e com uma gigantesca aeronave com canhões de luz que iluminavam o palco e o público.
A aeronave do palco de Bomber
Durante o período da “Bomber Tour”, a United Artists acabou vendo que estava perdendo dinheiro. Assim, finalmente lançou o material gravado em 1975 e 1976, no álbum On Parole. Enquanto isso, a Bronze Records lançou a primeira coletânea do grupo em 8 de maio de 1980, batizada The Golden Years, que chegou na oitava posição. Em agosto, o Motörhead participou, ao lado do Girlschool, de uma apresentação no Nottingham Theatre Royal, que foi registrada para o programa Rockstage, apresentado em abril do ano seguinte.
Formação clássica na época de Ace of Spades: Lemmy, Phil e Eddie

Agosto e setembro foi reservado para o período de gravação do quinto álbum do grupo. Dentro do Jackson’s Studios, com o produtor Vic Maile, registraram aquele que é considerado um dos melhores LPs do heavy metal, Ace of Spades, lançado em 8 de novembro de 1980. A faixa-título tornou-se um clássico entoado em praticamente todos os shows do grupo a partir de então, e o álbum chegou à quarta posição das paradas, rendendo um disco de ouro ao grupo, fato que culminou com o lançamento em edição limitada de uma versão de Ace of Spades em vinil dourado.

A “Ace Up Your Sleeve Tour” contou com Girlschool e Vardis como bandas de abertura. Todo mundo queria ganhar algum em cima do sucesso do Motörhead, então a gravadora Big Beat, que havia comprado o catálogo da Chiswick Records, lançou o single de “Beer Drinkers and Hell Raisers”, que havia sobrado do primeiro álbum do grupo, e que alcançou a posição de número 43.
Em 1981, lançaram o EP St. Valentine’s Day Massacre, tendo a colaboração do Girlschool, bem como um single com uma versão ao vivo para “Motörhead”. Entre abril e julho, o grupo excursionou abrindo para Ozzy Osbourne, e em outubro, participaram do programa de rádio da BBC “Maida Vale”. Mas o maior sucesso daquele ano foi o lançamento do LP ao vivo No Sleep ‘Til Hammersmith, que mostrava toda a potência sonora do trio Lemmy, Eddie e Phil. Considerado um dos melhores registros ao vivo do heavy metal, esse álbum foi o primeiro do grupo a chegar no topo das paradas britânicas, e é tido até hoje como o disco definitivo quando se fala em conhecer a obra do grupo ao vivo.
Depois de um breve hiato de dois anos sem lançar um LP, em 1982 o trio decidiu se auto-produzir. Partiram para o Morgan Studios, onde registraram Iron Fist, outro grande sucesso de vendas, chegando ao número seis nas paradas. Mais uma bem sucedida turnê pelo Reino Unido ocorreu entre 17 de março e 12 de abril. Também se apresentaram pela primeira vez como headliners nos Estados Unidos, em maio daquele ano. Foi no dia 14 de maio, após uma apresentação no New York Palladium, que Eddie decidiu sair do grupo.
A saída de Eddie ocorreu devido a uma briga entre ele e Lemmy, que surgiu por causa da insistência do baixista na gravação do cover “Stand By Your Man”, de Tammy Wynette, em colaboração com Wendy O. Williams e o grupo Plasmatics. O guitarrista ficou incomodado com aquilo, alegando que a canção fugia da tradição e dos princípios morais que ele enxergava para o Motörhead. Devido a isso, pediu o boné e foi fazer sucesso ao lado do baixista Pete Way (UFO) no grupo Fastway.
Phil, Brian Robertson e Lemmy
Lemmy e Phil saíram atrás de um novo guitarrista, e encontraram no Canadá o novo membro das seis cordas, Brian Robertson, ex-Thin Lizzy, que estava começando a preparar seu primeiro álbum solo. Com Robertson, completaram a turnê para Iron Fist pela América do Norte, e lançaram em 1983 Another Perfect Day. Em junho e julho se apresentatam pela primeira vez no Japão, excursionando pela Europa e pela América do Norte nos meses seguintes.
Würzel, Lemmy, Phil e Campbell

Contudo, Robertson não se adequava ao perfil que um membro do Motörhead exigia. Amigavelmente o guitarrista deixou a banda no dia 11 de novembro daquele ano. A busca por um novo guitarrista voltou, resultando na decisão de  Lemmy em retomar à formação com quatro membros, contratando os guitarristas Michael “Würzel” Burston e Phil Campbell. A estreia da nova formação se deu através de uma regravação de “Ace of Spades” para um episódio do personagem Bambi, que foi apresentado na série britânica “The Young Ones”. Isso causou mais uma baixa, ocasionando a saída de Phil Taylor, que não tolerava a forma como Lemmy agia. Para seu lugar, entrou o baterista Pete Gill, ex-Saxon.

A Bronze tá metendo a mão na minha grana!
A Bronze Records decidiu lançar uma nova compilação,  trazendo quatro canções inéditas, ao mesmo tempo que a nova formação estreava com o single “Killed by Death”, lançado em 1º de setembro de 1984. A coletânea No Remorse foi lançada 14 dias depois, transformando-se em disco de prata pelas vendas no Reino Unido. Os dois anos seguintes foram de confronto entre Bronze Records e Motörhead, parando nos tribunais, já que o grupo alegava uma promoção não ideal e desvio de dinheiro por parte dos empresários da gravadora.
A “Death on the Road Tour” levou o nome Motörhead a países novos, excursionando por Austrália, Nova Zelândia e Hungria. Em novembro e dezembro, passam pela América do Norte, tocando ao lado do Exciter e do Mercyful Fate. No final do ano, apresentaram-se em cinco datas na Alemanha.
Em abril de 1985, vestidos de terno e gravata, apresentaram-se ao vivo no Channel 4 Music ECT (Extra-Celestial Transmission). Celebrando dez anos de carreira, dois shows no Hammersmith Odeon foram realizados em junho. O segundo foi lançado no VHS The Birthday Party. A banda partiu então para uma turnê na Escandinávia, batizada de “It Never Gets Dark”, além de mais datas pelos Estados Unidos e Canadá.
Würzel, Lemmy, Gill e Campbell

Com o processo contra a Bronze Records correndo e sem uma gravadora, o jeito era fazer shows. O grupo adentrou 1986 apresentando-se por Alemanha, Holanda, Dinamarca e Itália. Assinaram com uma nova gravadora, a GWR. Depois de mais de dois anos sem um lançamento oficial, em agosto foi lançado o álbum Orgasmatron, mesmo mês no qual o grupo foi uma das principais atrações do festival britânico Monsters of Rock.

Excursionaram com a “Orgasmatron Tour” pelo Reino Unido, tendo como banda de abertura o grupo Zodiac Mindwarp and the Love Reaction, além de passar por Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Gill saiu do grupo em 1987, com Phil “Animal” Taylor voltando para a bateria. Com o novo time, lançaram Rock ‘n’ Roll, em 5 de setembro daquele ano, álbum que fez relativo sucesso.
Campell, Gill, Lemmy, Taylor
Em 2 de julho de 1988, apresentaram-se no Hämeenlinna Festival, na Finlândia, fato que foi registrado no segundo disco ao vivo do grupo, No Sleep at All, lançado em 15 de outubro do mesmo ano. Um single do álbum estava planejado para ser lançado, contando com “Traitor” no lado A. Mas a GWR preferiu lançar “Ace of Spades”. Lemmy e cia. não permitiram o lançamento do single nas lojas, sendo vendido apenas durante a turnê e no fã-clube oficial. Começou assim mais uma briga entre o Motörhead e uma gravadora, agora a GWR.
Depois de quatro anos sem um álbum de estúdio, e encerrados os casos com a GWR e a Bronze Records, assinaram com a Epic/WTG, e dedicaram o ano de 1990 ao novo álbum. Um incidente envolvendo o produtor Ed Stasium e Lemmy acabou atrasando o lançamento do mesmo. Lemmy despediu o produtor, acusando-o de alterar a mixagem proposta, enquanto Stasium acusou Lemmy de estar tão drogado e alcoolizado que nem se lembrava do que havia feito.
Somente em fevereiro de 1991 saiu 1916, vigésimo quarto nas paradas britânicas, seguido das turnês “It Serves You Right” e “Lights Out Over Europe”, passando posteriormente por Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos (ao lado de Judas Priest e Alice Cooper) e Alemanha, no que foi batizado de “Operation Rock ‘n’ Roll Tour”.
No dia 28 de março de 1992, Phil Taylor realizou seu último show com o Motörhead, no Irvine Meadows, Califórnia. Para o novo álbum, três bateristas diferentes foram utilizados: Taylor, que foi demitido por não conseguir aprender a linha de bateria que Lemmy queria para a canção “I Ain’t No Nice Guy”; Tommy Aldridge, que gravou a maior parte do material; e Mikkey Dee, que gravou a canção “Hellraiser”. March ör Die foi lançado em agosto de 1992, contando com participações especiais de Ozzy Osbourne e Slash (Guns N’ Roses).
Lemmy, Würzel, Dee e Campbell

Dee permaneceu no posto, realizando sua primeira apresentação com o grupo em 30 de agosto, no Saratoga Performin Arts Center, seguindo em turnê ao lado de Ozzy Osbourne, Exodus e Skew Siskin. No dia 27 de setembro, apresentaram-se com o Guns N’ Roses e o Metallica em Los Angeles. Em outubro, colocaram seus pés na América do Sul, com insanas apresentações no Brasil e na Argentina. Depois, foi a vez de desbravar novamente a Europa durante a “Bombers and Eagles Tour”, ao lado do Saxon.

Em 29 de novembro de 1993, depois de mais shows por Europa, Estados Unidos e América do Sul, lançaram Bastards, com o grupo seguindo em ação pela Europa, durante dezembro daquele ano, e, ao lado de Morbid Angel e Black Sabbath, apresentando-se nos Estados Unidos entre fevereiro e março de 1994, encerrando a primeira parte da turnê com uma sensacional apresentação em 14 de maio na cidade de Buenos Aires, abrindo para os Ramones diante de 50 mil fãs. A segunda parte ocorreu no decorrer do ano, com apresentações no Japão e na Europa.
Uma férias foram retiradas entre janeiro e março de 1995, com o grupo agendando mais datas para o mês de abril. Em junho, voltaram a excursionar com o Black Sabbath, além de passar pelos estúdios a fim de compor novo material. Durante os ensaios, Würzel mostrou-se insatisfeito com os caminhos para os quais Lemmy levava a banda. Assim, foi mais um a pedir as contas, logo após o lançamento de Sacrifice, em julho do mesmo ano. A partir de então, o Motörhead voltou a ser um trio, excursionando pela Europa, América do Sul e Estados Unidos.
Em 1996, os shows mantiveram a longa maratona em cima dos palcos, destacando a turnê ao lado de Dio e Speedball, que ocorreu em outubro e dezembro. Neste período, lançaram Overnight Sensation, o primeiro álbum do grupo como trio depois de muitos anos. Treze datas na Alemanha encerraram o ano, mas não os shows, já que em 1997, Europa, Japão, Estados Unidos, América do Sul e Rússia puderam conferir a potência sonora do Motörhead, com destaque para a apresentação no London Astoria, contando com a participação especial de Todd Campbell e “Fast” Eddie Clarke, bem com a turnê americana ao lado do W.A.S.P., e com Lemmy comemorando as apresentações na Argentina e no Japão .
Ingresso para apresentação no Brixton Academy
Mais um álbum de estúdio foi lançado em março de 1998, Snake Bite Love, seguido do registro de um show na Alemanha para o terceiro ao vivo do grupo, Everything Louder than Everyone Else, lançado em março de 1999, seguido de mais uma turnê pelos Estados Unidos, e pelo álbum We Are Motörhead, lançado em maio de 2000, além de shows pela América do Sul e América do Norte. Em novembro, a “Monsters of the Millennium Tour” invadiu a Europa, com Motörhead, Dio, Manowar e Lion’s Share, encerrando o ano com o lançamento da coletânea The Best Of, o aniversário de 25 anos do grupo sendo celebrado na Brixton Academy de Londres, tendo a participação de Brian May, Doro Pesch, Paul Inder, Whitfield Crane e Fast Eddie Clarke, sendo este show filmado e gravado para o DVD 25 & Alive Boneshaker e para o CD Live at Brixton Academy, e uma série de shows pela Europa Oriental.
O DVD The Best of Motörhead foi lançado em abril de 2002, trazendo performances do grupo nos anos 70 e 80. Depois de dois anos, mais um álbum de estúdio foi lançado, Hammered. Para manter a tradição, mais shows, primeiramente por Irlanda e todo o Reino Unido, e depois em festivais como o Graspop Metal Meeting (Bélgica), o Quart Festival (Noruega) e o Wacken Open Air, bem como shows pelos Estados Unidos e de cinco datas no Reino Unido ao lado do Anthrax e Psycho Squad, sendo a última série de shows ao lado do Hawkwind.
Lemmy e Dave Murray (Iron Maiden)

Em 2003, o grupo fez mais uma série de shows pelos Estados Unidos, sendo que, em três deles, Todd Youth substituiu Phil Campbell, que havia perdido a mãe no período. Depois, vieram os festivais de verão da Europa, seguido por mais uma turnê americana, dessa vez ao lado de Iron Maiden e Dio. No dia sete de outubro, a caixa Stone Deaf Forever! alegrou os fãs, apresentando cinco discos que cobriram a carreira do grupo entre 1975 e 2002. Durante outubro, shows pelo Reino Unido, Bélgica, Holanda e Espanha ampliaram o já extenso currículo de apresentações, encerrando o ano com datas na Suíça e Alemanha.

Que quié, rapá!!!

O próximo álbum do grupo foi Inferno, lançado em junho de 2004, após mais uma série de shows pela Europa, e que colocou o Motörhead nas paradas americanas depois de doze anos. O grupo excursionou com o Class of Zero pela Irlanda e teve o Sepultura abrindo os shows pela Europa, com destaque para a apresentação de 4 de dezembro na Alemanha, onde ambos interpretaram juntos a clássica “Orgasmatron”. O show do dia sete, em Düsseldorf, foi lançado posteriormente como o DVD Stage Fright.

Phil Campbell

O grupo entrou 2005 conquistando o Grammy de “Melhor Performance Metal” pelo cover para “Whiplash” (Metallica), gravada no álbum Metallica Attack: The Ultimate Tribute (2004). De março a maio, excursionaram pelos Estados Unidos, e carregaram a “30th Anniversary Tour” pela Europa durante junho, julho e agosto. Em setembro, saiu a compilação de shows do grupo na BBC, intitulada BBC Live & In-Session. O ano encerrou-se com apresentações pela Europa, ao lado de Mondo Generator, In Flames e Girlschool, além de dois shows na Nova Zelândia e na Austrália, ao lado do Mötley Crüe.

O ano de 2006 começou com a parte americana da turnê, tendo uma pausa para a gravação de mais um álbum, Kiss of Death, que foi lançado em agosto do mesmo ano, encerrando a maratona de shows que começou com Inferno em 25 de novembro, com uma apresentação na Brixton Academy, e o grupo partindo para merecidas férias.
Em abril de 2007, retornaram à ativa para apresentações especiais pela América do Sul, em Caracas (25) e Rio de Janeiro (27), e participaram de poucos shows pela Europa, recuperando-se do excesso de apresentações dos últimos anos. Como presente para os fãs, No Sleetp ‘Til Hammersmith foi relançado em uma caprichada versão com dois CDs, já no início de 2008, quando o grupo voltou para os estúdios para gravar o décimo nono álbum da banda, Motörizer, lançado em 26 de agosto, dois meses depois do grupo ter sido atração no Download Festival.
Motörhead 2008: Phil Campbell, Lemmy Kilmister e Mikkey Dee
A partir de então, voltaram de vez aos palcos, com destaque para a “Metal Masters Tour”, ao lado de Judas Priest, Heaven & Hell e Testament, que ocorreu entre 6 e 31 de agosto. O ano encerrou-se com uma série de shows ao lado de Danko Jones, Saxon e Witchcraft. Aumentando o número de carimbos nos passaportes, apresentaram-se no Dubai Desert Rock Festival, nos Emirados Árabes Unidos, em 6 de março de 2009, e depois, fizeram uma turnê revival ao lado de Sweet Savage e The Damned.
The Wörld is Yours, lançado em 14 de dezembro de 2010, é o último lançamento do grupo, e é com esse álbum fresquinho que o Motörhead está chegando ao Brasil para uma série de shows, passando por São Paulo (16/04), Curitiba (17/04), Florianópolis (20/04) e Brasília (22/04), bem como a confirmação para o Rock in Rio deste ano. Excelentes oportunidades de ser ver uma das maiores bandas do rock ainda na ativa.

 

Discografia Oficial
Singles

 

Track list do Podcast # 14: U2
Bloco 01
Abertura: “Sunday Bloody Sunday” [do álbum War – 1983]
“I Will Follow” [do álbum Boy – 1980]
“Gloria” [do álbum October – 1981]
“New Year’s Day” [do álbum War  – 1983]
“Bullets the Blue Sky” [do álbum The Joshua Tree – 1987]
“Helter Skelter” [do álbum Rattle and Hum – 1988]
Bloco 02
Abertura: “Pride (In the Name of Love)” [do álbum The Unforgettable Fire – 1984]
“MLK” [ do álbum Recently – 1987 (Joan Baez)]
“One” [ da apresentação no programa de TV AllStars – 2006 (Joe Cocker)]
“Bad” [ do bootleg An Intimate Evening with Dream Theater Shows – 1998 (Dream Theater)]
“Exit” [ do single Taking the Music Back – 2003 (Anthrax)]
“Where the Streets Have No Name (I Can’t Take My Eyes Off You)” [ do single How Can You Expect to Be Taken Seriously – 1991 (Pet Shop Boys)]
Bloco 03
Abertura: “Mysterious Ways” [do álbum Achtung Baby – 1991]
“Dancing Queen” [ do álbum Arrival – 1976 (ABBA)]
“All Along the Watchtower” [do álbum John Wesley Harding – 1967 (Bob Dylan)]
“Hallelujah” [ ao álbum Various Positions – 1984 (Leonard Cohen)]
“Paint it Black” [ do álbum Aftermath – 1966 (Rolling Stones) – versão americana]
Bloco 04
Abertura: “Staring at the Sun” [do álbum Pop – 1997]
“Beat on the Brat” [do álbum We’re a Happy Family; A Tribute to Ramones – 2003]
“Desire” [do álbum Rattle and Hum – 1988]
“Lemon” [do álbum Zooropa – 1993]
“Electrical Storm” [do álbum The Best of  1990 / 2000 – 2002]
“The Saints are Coming” [do single The Saints are Coming – 2006 (com Green Day)]
Encerramento: “Vertigo” [do álbum How to Dismantle an Atomic Bomb – 2004]

9 comentários sobre “Podcast Grandes Nomes do Rock #15: Motorhead

  1. Vocês vejam só, em um Podcast do Motörhead as músicas mais legais acabaram sendo do Thin Lizzy e do King Diamond, hehehehehe…

    Falando sério, eu gosto do Motörhead, mas me incomoda o fato da persona "Lemmy" ter se tornado maior que a música feita pelo grupo, parecendo até que os lançamentos mais recentes não tem tanta importância. Claro que isso não ocorre em geral, existem sim muitíssimos fãs dedicados, mas também muita gente que estacionou em "Iron Fist".

    Ah, boa a inclusão do Twisted Sister. Poucos sabem, mas Eddie Clarke faz um solo em "Tear It Loose", canção do primeiro álbum da banda. Sem falar no fato do TS ter sido banda de abertura do Motörhead na Grã-Bretanha quando eles ainda não possuíam credibilidade alguma em seu país natal. Aliás, bela combinação.

  2. Para mim,os grandes álbuns do moörhead,são kiss of death,sacrifice,e we are motörhead.Muitos param no iron fist,e acham que não existe nehum outro álbum do motorhead!Phil Campbel,é um guitarrista injustiçado.O som do Motörhead,ganhou mais peso e consistência,com o álbum Sacrifice,onde os caras começaram a usar distorção baixa nas guitarras.O Sacrifice é um álbum fudido!!

  3. Também acho que a banda ganhou (e muito!) em consistência nos anos 90, especialmente após a entrada de Mikkey Dee. Lemmy achou a parceria perfeita com Mikkey e Phil, e não tenho dúvidas de que essa será a formação que durará até o encerramentedas atividades do grupo. E sim, "Sacrifice" é foda! Especialmente em relação à faixa-título: Lemmy gosta de dizer que sua banda não toca heavy metal, mas rock 'n' roll, o que por um lado acho correto, afinal, isso não é mentira alguma, mas que essa música é uma paulada digna de ostentar o rótulo, ah, isso é!

  4. pessoalmente, não gosto muito dos primeiros discos deles..

    acho muito crus..

    eu atualmente estou ouvindo a discografia do motorhead aos poucos e de trás pra frente..

    então ouvi todos dos anos 2000s e agora estou na decada de 90..

    a proxima vai ser o bastards..

    até aqui os discos estão otimos..

  5. O Another Perfect Day,é um álbum injustiçado,ninguém lhe deu o devido valor,na época de seu lançamento.Brian Robertson,ex Thin lizzy,criou Riffs, e solos,fantásticos,nesse disco.Pena que a parceria com Robertson,tenha durado,só esse álbum!!Brian,tinha uma personaalidade forte,assim como Lemmy,e não possuia nenhuma afinidade,com o estilo do Motörhead.

  6. Würzel,era um excelente guitarrista.Ele e Phil Campbell,formavam,umaa ótima dupla de guitarristas.Eles duelavam,faziam solos de guitarra,fantásticos.Embora,na minhaa opinião,semquerer desmerecer Phil,Würzel,tinha mais habilidade para solar.

  7. Certa feita,em uma entrevista,Lemmy declarou,que nunca gostou,do som do Black Sabbath.Ele disse que preferia Ozzy,em carreira solo..Vale lembrar,que o Motörhead,excursionou,com Ozzy,na época de Ace of Spades,quando Randy Rhoads,tocava com Ozzy.Mas é interessante,que no álbum,Sacrifice,existe uma música chamada Order/fade to black(nada ver com a do Metallica),que possui uma afinação,e um riff semelhante,aos que Tony Iommi,fazia nos primeiros discos do Sabbath.Assim como em (Wearing)Heart on your Sleeve,do álbum "We are Motörhead",cujo riff do refrãao,se assemelha,a introdução,da "Under The Sun",do Sabbath.Deve ser frustrante,para Mikkey Dee,e Phil Campbell,serem sempre ofuscados,por causa de Lemmy.A imprensa,parece que sempre os deixa de lado,dando a impressão,que só o Lemmy,é o "Motörhead".Foi o que disse Phil Campbell,sobre o filme,do Lemmy.Phil é um excelente guitarrista.Ele sempre teve bom gosto,com ótimos riffs,e solos de guitarra.Em uma entrevista feita,a algunss anos atrás,ele disse que a parte musical,vem dele e de Mikkey.Eles primeiro,criam a música,e de´pois Lemmy vem,e cria a letra da música.O que voc~es aqui da Consultoria do Rock,acharam,do filme,do Lemmy??

  8. Não vi o filme, mas também acho que Lemmy eclipsa em excesso os outros músicos, e nem diria que isso ocorre por culpa dele. Na verdade, parece que o culto a Lemmy, essa persona tão marcante, é muito maior do que a atenção dada às músicas do Motörhead.

  9. Concordo com oDiogo. O mito Lemmyt faz com que ele cubra os demais membros, apesar de ser o menos talentoso. É como o Ian Anderson ser o Jethro Tull, sendo que O Martin Barre e (na época) o Dave Pegg colaboraram muito para o sucesso do grupo

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